As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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raíssa. 19/10/2022

Provavelmente um dos livros mais bem escritos que já li.
Apesar de o livro parecer ser dividido em duas partes, que se conectam pouco e quase nada tem a ver uma com a outra, é incontestável o talento desse homem usando da ironia e da filosofia pra tratar, com tanta genialidade, da morte.
Pra mim que tenho lá minhas questões com o luto e com a morte, me deparei com uma história que, ainda que fantástica, conseguiu me ajudar a naturalizar um pouco mais isso que, no fim das contas, é vida.
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ekatherinah 02/11/2022

não é o que quero ler no momento, ainda assim foi divertido
me interessei pela premissa e decidi encarar Saramago mesmo sabendo que não é a leitura mais fácil do mundo.

meu principal problema foi que a escrita dele é cansativa. A pontuação dificulta a fluidez então precisa prestar atenção redobrada para entender os diálogos e algumas descrições. Fiquei pensando em quem achou Pessoas Normais, da Sally Rooney, difícil lendo Saramago haha'. Agora, de resto, foi divertido de ler (na maior parte do tempo).

de primeira eu esperei que fôssemos seguir a morte de modo personificado, mas isso só acontece depois. A ideia geral da história é meio que uma reflexão especulativa sobre como seria se deixássemos de morrer e quais as consequências práticas disso. Por isso não acho que o tema morte seja tratado de modo mórbido ou pesado, mas ainda assim se for sensível pessoalmente melhor não ler. Comigo a parte que pegou foi sobre a produção de caixões, porque ficou bem real e lembrei dos momentos críticos da pandemia de COVID-19. Mas foi uma parte bem rápida então consegui seguir em frente sem problemas.

eu divido o livro em duas partes sendo a primeira que conta sobre o país fictício e a segunda parte que conta sobre a morte personificada. A transição entre essas partes foi muito fluida, mas chegou em um momento que eu fiquei "ué, do que estávamos falando mesmo?" de tanto que distanciou do ponto inicial do livro. Sinto que foram dois livros em um de tão diferente que foi o objeto da primeira parte e da segunda parte.

uma coisa que não foi do meu agrado é a falta de explicação no final. O narrador passa o livro inteiro explicando coisas, algumas que eu achei desnecessárias ao ponto de pular, e chega no final e não explica nada. Terminei o livro com um "hmmm, então tá né, não explica Saramago, problema é nosso, isso aí".

enfim, foi interessante como primeira experiência com o Saramago, gostei de exercitar a reflexão sobre os problemas e de seguir a abstração sobre a morte personificada. Ah, uma das coisas que eu mais gostei foi a listinha de expressões populares que aprendi com o livro xD.
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Pamso 24/07/2020

Sensacional
A escrita de Saramago é realmente viciante, você quer mais e mais. Ele joga a pseudo problemática na primeira página e você, bobo, acredita e segue achando que está dominando o livro mas na verdade está sendo dominado. Fui deliciosamente surpreendida por um começo provocativo, um desenvolvimento estimulante e um final surpreendente.

Intermitências é uma obra relativamente curta em relação a outras obras do autor, mas de jeito nenhum é menos profunda. É bem humorada, apresenta discussões muito interessantes e os desdobramentos são fantásticos.
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Mel 28/12/2023

Se viver é aprender a morrer, o que seria viver sem a morte?
Na primeira metade do livro a narrativa é focada no efeito massivo das intermitências da morte, em uma visão social e política sobre o que acontece quando o nosso inevitável futuro deixa de o ser, e não obstante nos leva a refletir sobre a individualidade da morte (será a mesma para todos?). Mas o melhor (ao meu ver) nos aguarda na segunda metade, mais intimista e desafiadora, onde a própria morte ganha vida a partir da exposição das nossas percepçãos sobre ela (para além de um esqueleto acompanhado de sua foice) e disto, Saramago constrói uma figura que nada tem de simples e que conduz às mais variadas reflexões existenciais, desmontando e remontando as nossas convicções sobre sua função e atribuindo a ela o que não poderia ser mais inesperado: o amor

Saramago, sem dúvida, é pra quem quer deixar de lado o superficial e o convencional
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Hildeberto 17/03/2022

No dia seguinte ninguém morreu
"As Intermitências da Morte", de José Saramago, é um pequeno romance dividido em duas partes essenciais.

Na primeira, Saramago imagina o que aconteceria com o mundo se a morte fosse abolida. Diferentemente da alegria pela vida eterna, o autor descreve um cenário caótico, com os problemas se acumulando pela impossibilidade de morrer (aposentadorias, hospitais lotados, crise econômica, etc.) e as pessoas demonstrando seu pior lado (inclusive a máphia, com "ph", se aproveitando da situação).

Na segunda, ele personifica a morte, que passa a interagir com os humanos por meios de cartas violetas, as quais avisam que os remetentes morrerão em sete dias. Excepcionalmente, umas dessas missivas é retornada, e a morte transformar-se em mulher para resolver o problema causado por um violoncelista solitário.

Além de uma forma peculiar de escrever, muita fluída depois que nos adaptamos ao estilo econômico em pontos e outros sinais de pontuação tradicionais, as obras de Saramago são marcadas por muitas reflexões interessantes. Há duas delas que se destacam neste livro, para pior e para melhor.

Para pior, a autor, como ateu militante, não perde a oportunidade de fazer comentários depreciativos sobre o cristianismo; a questão não é que ele não possa fazê-los, mas sim que ele os repete à exaustão, chegando a uma insistência impertinente.

Para melhor, metaforicamente ele transforma a morte em mulher, que, como mulher, se submete ao amor, levando a conclusão que o amor é capaz de submeter a morte. Isso é tão bonito como parece, e a forma como o português escreve é de uma singeleza ímpar.
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Vini 29/07/2022

Estranho, incomum, diferente, interessante!
E se houvessem tais intermitências na morte?

E se ela, em sua versão humana, pudesse caminhar entre nós, ser vista, permitir-se determinados sentimentos e tudo isso causasse um alvoroço, no país, na economia, no governo, apenas por ter deixado de fazer o que sempre fez?

São perguntas complexas que atraem respostas de complexidade ainda maior. São coisas que só podem sair da cabeça de José Saramago, que virou um dos autores que mais admiro.

?As intermitências da morte? é um livro curto de apenas 208 páginas mas que trás grande reflexão.

O autor traz a seguinte analogia: ?A morte pode ser fatal, mas também tem seus sentimentos. Magoada porque os seres humanos tanto a detestam resolve mostrar como no fundo eles sao uns ingratos.?

Sua escrita peculiar e premiada pode ser um desafio para os iniciantes. Eu não recomendaria este como primeira leitura e sim ?Ensaio sobre a cegueira? que assim como em mim despertou bastante interesse, pode despertar em você também.
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lorena 15/08/2021

da um tempo saramago
a ousadia do homem em achar que eu nao tenho nada melhor pra fazer do que ficar lendo ele narrando tragédias em tom de jornal nacional
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Ig: pedro_couts. Médium:pedro-Parke 08/11/2023

Coisas simples são as que mais fazem falta.
Este é o meu segundo contato com obras do famosíssimo autor português, José Saramago. Já havia lido antes, "Ensaio sobre a cegueira". E adorei, fantástica obra.

Nesta obra conseguimos ver como as coisas mais simples são as que mais fazem falta. E isso fica comprovado quando vemos a morte, retratada em forma de personagem, tirar um período sabático, não matando mais ninguém. De primeiro momento isso se torna uma alegria, afinal, a maioria das pessoas não quer morrer, tem medo da própria morte, porém, conforme o tempo passa, aquilo que poderia vir a ser motivo de felicidade, se torna um caos. E é aí que nós percebemos o quão a morte está ligada a nós, intrínseca com nossas vidas.

Umas das liçoes, das várias que Saramago nos faz parar para pensar, está em como muita das vezes nós seres humanos negamos a morte, tão natural quando viver, mas, acreditamos ou depositamos nossas esperanças e fé em coisas, sentimentos que não necessariamente temos alguma comprovação. É com a morte também que se conquista a vida, pois na obra, percebemos o quão ela é importante fator para nós vivermos, pois sem ela, sonhos, objetivos ou qualquer outro tipo propósito se torna artificial, sem nexo e ou sentido.

Recomendo a leitura, embora, já adiante, que para quem começou a ler o autor recentemente, assim como eu, possa ter dificuldades com a forma de escrita do português, mas, que após um tempo, se torna tranquila. Me segurei para não soltar spoilers, mas, recomendo a leitura, e claro, releitura, com certeza é um livro que voltarei a ler para me aprofundar ainda mais.
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Lucas Lobo 20/04/2023

O rei dos finais
Os finais dos livros de Saramago sempre me surpreende, não decepciona nunca. Essa história é incrível.
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Duda | @univers0_literario 21/01/2022

Fascinante!
Saramago foi um dos maiores escritores da história, Intermitências da morte, que foi o primeiro livro que li dele já fez com que eu me tornasse uma admiradora. Sempre li muito sobre sua escrita diferenciada, mas só acreditei realmente no impacto dela depois que li as primeiras páginas.
?No dia seguinte, ninguém morreu.?, nessa obra Saramago transforma a morte em uma personagem, que cansada de ouvir tantas pessoas falando mal sobre ela, decide simplesmente parar de matar. O autor trata de um tema tão necessário, que geralmente as pessoas evitam de falar, de uma forma brilhante e aos poucos vai mostrando as consequências e o impacto disso no meio econômico, político, religioso e social, deixando subentendido que a morte apesar de triste, é indispensável e essencial para a vida.
Confesso que no início fiquei com receio de ler o livro, pela tão famosa escrita confusa e complexa das obras do Saramago: os diálogos separados por vírgula, a gramática diferenciada e a estrutura dividida em poucos parágrafos, além da fama que ele possui de ser um dos maiores causadores de ressacas literárias no mundo hahahahah! No começo apanhei um pouco para entender tudo, mas, logo me habituei e fiquei fascinada com a genialidade do enredo e da sua própria escrita, que é única!
A obra traz muitos sentimentos à tona, esclarece muitos questionamentos e tem as melhores reflexões que já li na vida, cada frase é um espanto diferente, obviamente positivo. Em todo segundo que eu lia parava para grifar alguma coisa e quando reparava, o capítulo todo estava sublinhado, finalizei a história e deixei o livro todo marcado, cheio de adesivos e sublinhados.
Saramago sabe usar as palavras, ele as organiza de uma maneira linda, explica aquilo que não pode ser explicado, sem dúvida ele veio ao mundo para contrariar aquele pensamento de que as que já existem são insuficientes, ele mesmo diz: ?As palavras, se não o sabe, movem-se muito, mudam de um dia para o outro, são instáveis como sombras, sombras elas mesmas, que tanto estão como deixaram de estar, bolas de sabão, conchas de que mal se sente a respiração, troncos cortados.?
Além da genialidade do tema do livro, ele faz jus ao seu nome e com certeza nenhum livro que fala sobre a morte chega aos pés desse, a inteligência do que ele diz em cada frase é surreal, que livro sensacional, nunca achei que fosse ler algo tão grandioso.
Essa obra é ótima para começar a ler Saramago, na verdade, todos deveriam lê-la algum dia. Seu único defeito é ser inteligente demais para ser compreendida, é necessário bastante concentração e calma para ler. De qualquer forma, vale muito a pena!
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Raissa 07/06/2020

depois desse livro, foram muitas as vezes que pensei "a vida é assim" no dia a dia
MatheusA 10/08/2020minha estante
Ou "assim é a morte"?




Lucas.Silva 11/06/2021

Excelente!
Utilizando mais uma vez de sua incrível genialidade, Saramago cria uma narrativa fantástica, na qual a morte deixa de fazer seu papel: matar. Tendo isso como premissa, o autor faz críticas ácidas no decorrer da obra, além de trazer diversas reflexões muito contundentes ao mundo em que vivemos. Beirando a metade do livro, a estrutura da narrativa muda e a morte passa a ter papel fundamental na história, fazendo comentários perspicazes e, no último ponto, trazendo um final único. Enfim, sensacional!
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Catarina 08/11/2021

E se a gente parasse de morrer?
Eis que no primeiro dia do ano a dona Morte (por que obviamente a morte é uma mulher!) decidiu parar de matar. Ela cansou de ser odiada, de falarem mal dela e quis dar um basta em tudo isso, ela enfim ia realizar o desejo da humanidade de parar de morrer. E ser imortal, que parecia ser uma maravilha, acabou se tornando o maior problema de todos os tempos. Passado período de comemorações, quando a realidade chegou, a população se deu conta de que viver para sempre não é lá uma das melhores coisas do mundo.

Eu já devo ter falado isso milhares de vezes, mas toda resenha que eu fizer do Saramago preciso reafirmar o quão brilhante a escrita dele é. “As Intermitências da Morte” é um livro genial, divertido e extremamente cativante, nunca imaginaria na minha vida que iria torcer e ficar intrigada com a história da dona Morte, que indivíduo fascinante ela é.

A icônica frase “no dia seguinte ninguém morreu” que inicia a nossa história mostra as questões éticas e morais que permeiam o ato de morrer e como os seres humanos lidam com essa situação, tudo isso com o humor e ironia que é característico do Saramago. Foi um livro que, definitivamente, me prendeu desde a primeira linha. E eu recomendo MUITO que você leia.

Pra quem nunca leu nada do Saramago e está procurando o livro ideal para conhecer o autor, recomendo demais esse aqui, juro que você não vai se arrepender. E pra quem já é leitor do autor e nunca leu “As Intermitências da Morte”, bom, mais um livro para sua lista de futuras leituras!

Instagram @kateoslivros
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Rain 10/04/2021

Difícil mas bom
A história é ótima mas Saramago realmente não sabe escrever então precisa ter muita paciência porque você precisará ler as páginas mais de uma vez. Depois da metade o livro fica bom. Final surpreendente!
ta.cha 12/04/2021minha estante
Eu tô penando MUITO com esse início. Ainda bem que não sou só eu


Esle 01/05/2021minha estante
SARAMAGO, "Saramago"... Nobel de literatura... Não sabe escrever? É necessário ter em mente, ao menos, que Saramago é Português (pessoa de Portugal). Se Saramago, insisto, "Nobel de Literatura", não sabe escrever, quem sabe?

É necessário ter em mente, que as vezes o problema não está no livro ou no autor, apenas não estamos preparados para a leitura ou não gostamos da forma de escrita.




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