As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Lucas Lobo 20/04/2023

O rei dos finais
Os finais dos livros de Saramago sempre me surpreende, não decepciona nunca. Essa história é incrível.
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Pamso 24/07/2020

Sensacional
A escrita de Saramago é realmente viciante, você quer mais e mais. Ele joga a pseudo problemática na primeira página e você, bobo, acredita e segue achando que está dominando o livro mas na verdade está sendo dominado. Fui deliciosamente surpreendida por um começo provocativo, um desenvolvimento estimulante e um final surpreendente.

Intermitências é uma obra relativamente curta em relação a outras obras do autor, mas de jeito nenhum é menos profunda. É bem humorada, apresenta discussões muito interessantes e os desdobramentos são fantásticos.
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Mel 28/12/2023

Se viver é aprender a morrer, o que seria viver sem a morte?
Na primeira metade do livro a narrativa é focada no efeito massivo das intermitências da morte, em uma visão social e política sobre o que acontece quando o nosso inevitável futuro deixa de o ser, e não obstante nos leva a refletir sobre a individualidade da morte (será a mesma para todos?). Mas o melhor (ao meu ver) nos aguarda na segunda metade, mais intimista e desafiadora, onde a própria morte ganha vida a partir da exposição das nossas percepçãos sobre ela (para além de um esqueleto acompanhado de sua foice) e disto, Saramago constrói uma figura que nada tem de simples e que conduz às mais variadas reflexões existenciais, desmontando e remontando as nossas convicções sobre sua função e atribuindo a ela o que não poderia ser mais inesperado: o amor

Saramago, sem dúvida, é pra quem quer deixar de lado o superficial e o convencional
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Vini 29/07/2022

Estranho, incomum, diferente, interessante!
E se houvessem tais intermitências na morte?

E se ela, em sua versão humana, pudesse caminhar entre nós, ser vista, permitir-se determinados sentimentos e tudo isso causasse um alvoroço, no país, na economia, no governo, apenas por ter deixado de fazer o que sempre fez?

São perguntas complexas que atraem respostas de complexidade ainda maior. São coisas que só podem sair da cabeça de José Saramago, que virou um dos autores que mais admiro.

?As intermitências da morte? é um livro curto de apenas 208 páginas mas que trás grande reflexão.

O autor traz a seguinte analogia: ?A morte pode ser fatal, mas também tem seus sentimentos. Magoada porque os seres humanos tanto a detestam resolve mostrar como no fundo eles sao uns ingratos.?

Sua escrita peculiar e premiada pode ser um desafio para os iniciantes. Eu não recomendaria este como primeira leitura e sim ?Ensaio sobre a cegueira? que assim como em mim despertou bastante interesse, pode despertar em você também.
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Tatiana 18/05/2021

Eu adorei o livro. Esse livro me pegou forte: ele me surpreendeu, ele me divertiu, ele me chocou... O autor trata de um tema muito comum, já tratado de tantas formas em tantas mídias diferentes, a morte. No entanto, apesar de ser um tema comum, o autor consegue trazer uma reflexão completamente diferente de como a sociedade como um todo lida com a morte, assim como individualmente. Gostei bastante do livro, apesar de não ser um livro super fácil de se ler (mentalmente falando).
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astra9r 02/05/2023

No dia seguinte ninguém morreu
Meus amigos, que montanha-russa maravilhosa de emoções. saramago conseguiu construir uma narrativa intrincada de referências que não me deixaram perder o prazer pela leitura em nenhum momento. algumas vezes rindo, outras sentindo um aperto no coração, uma melancolia por não sei o quê, ler as intermitências da morte foi uma experiência única e, por mais que tenha acabado nesse instante essa jornada, o desejo de poder apagar tudo da cabeça e ler como se fosse a primeira vez, mais uma vez, já é maior que tudo.
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Lívia 19/02/2024

Graças a Deus terminei esse livro (sim, Saramago, Deus com D maiúsculo).
Eu não meço a grandiosidade de uma obra pela sua dificuldade de leitura e compreensão. Então, para mim, o fato da escrita desse autor ser maçante e lenta é ponto negativo e não uma suposta característica da avassaladora capacidade de escrita. Quando as pessoas me falavam que ler Saramago seria difícil eu pensava que essa dificuldade seria decorrente do vocabulário erudito e antigo, mas me enganei. O vocábulo é diferente do que estamos acostumados na literatura contemporânea, porém, nada fora da compreensão, é perfeitamente ok. O que dificulta de fato é o seu ?lenga-lenga? para contar as coisas e suas longas descrições em cenas que poderiam ser tão simples. Resumindo: é chato.
A leitura só fluiu um pouquinho (e ainda assim acho que fluir seja um termo forte demais) a partir da metade da história, quando o autor sai da fase de situar o leitor no universo criado e passa a dar mais atenção à protagonista.
Saramago humaniza a morte em diversos aspectos e isso pareceu interessante a princípio, mas na prática dá para notar que ateus se sentiriam bem mais à vontade com os escritos desse homem.
Não vou me estender mais, até porque isso não é um debate e não me preocupo em argumentar meu ponto de vista, pois uma das coisas que pesou para minha experiência ser tão negativa foi o claro despeito para com a religião que, para mim, é um princípio importante e, portanto, pessoal :)
Pesquisei sobre outras obras de Saramago e vi que isso é bastante recorrente, por isso me manterei lendo outros autores.
Existe uma grande diferença entre ler autores não cristãos e autores anti-cristãos. Leio livremente a primeira classe, mas quanto à segunda deixo o mais longe possível de mim.
nay.gba 19/02/2024minha estante
Olha só, por causa da sua resenha agora fiquei com vontade de ler!! Curiosa aqui pra saber a heresia de Saramago




Ig: pedro_couts. Médium:pedro-Parke 08/11/2023

Coisas simples são as que mais fazem falta.
Este é o meu segundo contato com obras do famosíssimo autor português, José Saramago. Já havia lido antes, "Ensaio sobre a cegueira". E adorei, fantástica obra.

Nesta obra conseguimos ver como as coisas mais simples são as que mais fazem falta. E isso fica comprovado quando vemos a morte, retratada em forma de personagem, tirar um período sabático, não matando mais ninguém. De primeiro momento isso se torna uma alegria, afinal, a maioria das pessoas não quer morrer, tem medo da própria morte, porém, conforme o tempo passa, aquilo que poderia vir a ser motivo de felicidade, se torna um caos. E é aí que nós percebemos o quão a morte está ligada a nós, intrínseca com nossas vidas.

Umas das liçoes, das várias que Saramago nos faz parar para pensar, está em como muita das vezes nós seres humanos negamos a morte, tão natural quando viver, mas, acreditamos ou depositamos nossas esperanças e fé em coisas, sentimentos que não necessariamente temos alguma comprovação. É com a morte também que se conquista a vida, pois na obra, percebemos o quão ela é importante fator para nós vivermos, pois sem ela, sonhos, objetivos ou qualquer outro tipo propósito se torna artificial, sem nexo e ou sentido.

Recomendo a leitura, embora, já adiante, que para quem começou a ler o autor recentemente, assim como eu, possa ter dificuldades com a forma de escrita do português, mas, que após um tempo, se torna tranquila. Me segurei para não soltar spoilers, mas, recomendo a leitura, e claro, releitura, com certeza é um livro que voltarei a ler para me aprofundar ainda mais.
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Jordana Borges 08/07/2021

Foi o primeiro contato com Saramago, a história é interessantíssima e o decorrer dela também, me deixou curiosa para saber o que seria feito e que rumo tomaria a resolução de tudo? Uma personagem principal diferente de tudo que já vi, final surpreendente e inesperado! Só me incomodou um pouco a forma de escrita do autor, parágrafos muito longos e a falta da pontuação, as vezes a leitura ficou um pouco cansativa, mas nada que seja tão incômodo assim! Vale a leitura!
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André 23/06/2020

As intermitências da morte é mais do que uma ficção especulativa sobre o que aconteceria se mais ninguém morresse. É uma crítica sobre a sociedade capitalista ocidental e um ensaio sobre a relação humana com a morte, tudo isso refletido com muita ironia.

Aliás, o livro me lembrou da época que era adolescente e tinha quase como meta de vida ser o mais irônico possível em qualquer situação cabível. Felizmente, Saramago é muito mais habilidoso no uso do sarcasmo do que jamais fui.

Mas não que o autor tenha exagerado, o insólito da trama combina perfeitamente, diria até que exige, essa narrativa mordaz. A ironia é perfeita para fazer as críticas necessárias, para dar o humor e para quebrar o absurdo da narrativa.

E devo dizer também que a narrativa é maravilhosa. A leitura, apesar de profunda e ampla, nunca fica pesada ou chata, é sempre bem dinâmica e instigante. Dá pra ler de uma só vez, se você tiver tempo o suficiente. Porém, em alguns momentos senti que fica prolixa demais, sem que houvesse necessidade para construção da trama, o que pode desagradar a alguns.

Sobre a estória em si, o livro tem duas partes, digamos. A primeira é a crítica à sociedade e a trama em si não é tão importante, o que vale a pena mesmo é ver Saramago esmiuçar como para a nossa sociedade a morte é um inconveniente econômico apenas.

O capitalismo torna a vida humana somente mais um negócio, assim também o é com a morte. A grande preocupação do governo, dos grandes empresários, da monarquia e da Igreja é como a falta de mortes pode prejudicar os interesses deles, todos egoístas, evidentemente. Não há preocupação humanitária, o capitalismo só se importa com o capital, com o perdão da obviedade.

E é interessante ver como em tempos de pandemia, como o em que vivemos no momento que escrevo essa resenha, essa visão se mostra amargamente precisa. No fim, a vida humana só importa se a sua permanência for interessante para os interesses econômicos de quem tem o poder. Se a morte for mais interessante para eles, que se reabra o comércio e deixe que todos morram.

Já a segunda parte é uma estória tocante sobre a relação entre humanidade e morte. Não a relação que vemos atualmente, mas uma maneira idealizada por Saramago. E, de fato, uma relação muito mais desejável e saudável.

Nos acostumamos a tratar a morte como algo amedrontador, talvez por conta da difusão de conceitos judaico-cristãos sobre ela, ao invés de perceber que vida e morte talvez sejam somente dois lados da mesma moeda. Que morte é a mais humana das naturezas e viver a vida com medo dela é se privar de, coincidentemente, viver e poder morrer em paz.

É claro que essa é só a minha interpretação da obra, mas justamente essa é a beleza do livro, permitir que qualquer um possa refletir sobre o que é a morte e o que ela significa.
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Thailinne 13/07/2021

As intermitências da morte
Que livro difícil de ler, comecemos por aí. Esse é o único motivo de não ter nota 5. A pontuação estraçalhou meu coração a cada página. Minha nossa! Que exercício difícil. Dito isso, que livro lindo. Amei muito. Surreal de bom. Mais do que recomendo
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guxtavoy 17/07/2021

Livro lindo
Não sei nem o que dizer... que livro lindo demais!!
O jeito que o Saramago cria essa história maior e depois converte ela em algo tão mais simples e tão mais singelo é fenomenal. Um livro emocionante, complexo e de muita reflexão. Recomendo muito!!!
Marcos Ogre 18/07/2021minha estante
É incrível como a história vai se transformando, né?




Milena.Saleh 27/08/2022

Um livro que não tem pressa de conquistar o leitor
O livro se trata de um país em que, certo dia, deixaram de morrer: a morte tirou férias. A primeira parte fala de todas as consequências sociais e econômicas da extensão anti-natural da vida. A segunda parte nos aproxima da morte em si, mulher, com sua companheira foice; destrincha sua personalidade e, pasme, seus sentimentos.
Fiquei positivamente impressionada com o livro. No começo, quase desisti, porque não me acertei com a narrativa impessoal e rápida dos fatos. Mas quando tive a honra de conhecer a morte, tudo mudou, e devorei o livro com gosto. Pelo final inesperado e que surpreende, recomendo muito. Nota 10!
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Ale; 28/06/2020

Inacreditável!
O livro foi um desafio, tanto pela escrita como pelos temas abordados. Fico feliz por não ter lido quando era mais nova, pois acho que perderia toda a vivência que o livro traz. A história fica na cabeça e os questionamentos abordados vão e voltam. Como alguém conseguiu pensar nisso? O final me deixou sem chão, sem saber se entendi direito ou não. O livro requer atenção na leitura, mas valeu cada página. Sem mais palavras. Incrível!
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