LT 15/06/2016
“Todos os reis são cegos. Os bons enxergam isso e utilizam mais que sua visão para governar.”
Certo, o que posso dizer pra vocês é que, os personagens do núcleo principal são fortes, Rehvenge – ainda que seja um dos personagens que menos me cativou na série – ainda assim, preciso dizer que ele é forte e que conquista muitos leitores. Pra mim, foi difícil desconstruir a ideia que eu tinha sobre ele, a de quando o conheci apenas como o traficante, um cara durão e difícil, o irmão da Bella, a shellan do irmão Zsadist – Z e Bella são o casal do terceiro volume da série, Amante Desperto. Uma imagem que prefiro não esmiuçar aqui.
Rehv – como é chamado, é um mestiço de vampiro com uma sub espécie que, é conhecida como devoradora de pecados e esse é um grande segredo seu, sendo conhecido por pouquíssimas pessoas, nem mesmo Bella – sua meia irmã, a quem ele protegeu sempre e ama muito, conhece esse segredo. Ele é um cafetão, traficante de drogas, assassino e devorador de pecados – um personagem que a primeira vista, pode ser um vilão, ou não... Tudo depende de inúmeros fatores e de seu segredo ser descoberto por todos ou não. Ele tem três amigos muito fiéis, dentre eles estão os sombras Trez e iAm e a Xhexhania – a qual, aparece bastante nas histórias paralelas deste livro, afinal, Rehv é seu amigo, comparsa, o cara que sempre esteve ao seu lado – de um modo ou do outro e mesmo vale quando falamos de Xhex em relação ao Rehv.
Ehlena é realmente uma das mocinhas que conquista, gosto bastante dessa personagem, apesar de achar que a autora podia explorá-la muito mais na série, por ser enfermeira e poder vir a trabalhar no centro médico da Irmandade junto a Jane – shellan do Vishous – e ao Manny – hellren da Payne – que são médicos. Ela perdeu tudo o que possuía e só tem o seu amado Pai, esse que é idoso e enfermo, ela trabalha na clínica do Dr. Havers (O odiado! – para quem conhece a série), não reclama da vida que outrora fora mais fácil, mas tem seu mudo virado do avesso quando um sentimento que não pensou que lhe caberia mais na vida, arrebata-a com a chegada de Rehvenge, um paciente do Dr.
J.R.Ward continua mantendo a linha que me conquista, ela continua trabalhando com as histórias paralelas que vão trazer os demais livros para nós. Em Amante Vingado ela trabalha vários núcleos paralelos e nos traz um pouco mais dos Sympathos. Mas, os principais adversários da Irmandade continuam ali, resistindo, eles estão tentando se recuperar para voltar a atacar e buscar a destruição dos irmãos e de toda a raça vampírica com tudo. Confesso que estou torcendo para que dê certo, nós precisamos de redutores “bons”, que a sociedade redutora consiga colocar um pouco mais de terror (estão longe disso agora) no que lhe compete fazer!
A Irmandade continua lutando para manter-se as margens da sociedade humana sem que os vampiros sejam descobertos e tem conseguido, até agora... Nesse volume temos vários acontecimentos e eu preciso fazer uma confissão: Sou uma apaixonada pela série, mas... Sim, tem um “mas”! Mas não sou hipócrita e reconheço os erros que a autora comete, quer dizer, as falhas existentes na série que, não é perfeita, tem algumas falhas, mas ainda assim, após ler 13 dos 15 livros da série (“Mas Ana, só tem 14!” – Respondo: Galera, O Guia, não é um livro, por acaso? Certo.) posso dizer que o grande diferencial da autora e desta série é o fato de que, apesar de conter algumas falhas, a autora consegue manter a sua paixão pelos personagens e pelo enredo. Ok, as vezes o enredo vai para um lado totalmente diferente do que você espera (Vide livro do V.) mas essa é uma das grandes graças e que faz a literatura apaixonante. Mesmo com os pequenos “defeitinhos” da série, Ward consegue nos manter fiéis de sua escrita fluida e de seus personagens apaixonantes!
Temos bastante sofrimento neste livro, por todas as partes, coisas realmente difíceis e que vão definir o rumo da série acontecem. Portanto, vou parar por aqui e deixar que, para aqueles que leem ou pretendem ler a série, que descubram os mistérios da Vingança lendo. Porque, depois das dificuldades que tive para ler Amante Consagrado, o volume anterior a este, a autora voltou a prender seus leitores do início ao fim. Com este livro, ela voltou a nos cativar! (Phury tem seus fãs, mas admito que não sou um deles).
Qual será o desfecho dos personagens?
Final feliz? Sim ou não? Rehv entrega-se ao seu lado obscuro de vez ou torna-se um aliado para Irmandade? Tudo é possível... e vale a pena a leitura para quem curte o gênero.
Lembrando que, todos os livros da série trazem uma história de fantasia urbana com uma pitada de erótico. As cenas eróticas são bem contextualizadas de acordo com o enredo e na medida certa, mas gosto de evidenciar que estão presentes para que assim, ninguém surpreenda-se por esperar que não tenha e são bem descritas (o que acho impossível de alguém pensar devido a premissa e as capas dos livros). E não posso deixar de destacar que a Editora Universo dos Livros tem feito um bom trabalho com essa série, aqui no Brasil.
E sei que as fãs da série vão entender as referências, por isso: Vos deixo em meio a uma ligação e meias calças - risos. Essas coisas nunca mais serão as mesmas depois do simpático, Rehvenge!
É isso!
[Quotes]
Em alguns momentos da vida, entre a miríade de decisões corriqueiras como o que comer, onde dormir e o que vestir, surge uma verdadeira encruzilhada. Nesse momento, quando a névoa da aparente irrelevância surge e o destino requer o livre-arbítrio, existem apenas duas opções, a da esquerda ou a da direita… Não é possível forçar e seguir em frente entre os dois caminhos, não é possível negociar com a escolha que lhe é imposta.Você deve responder ao chamado e escolher seu caminho. E não há volta.
George ficou sentado enquanto Wrath procurava o Céu que ele não podia ver. Será que iria nevar? Será que o Céu estava nublado? Será que era possível ver as estrelas? Em que fase a lua estaria?
As vezes, sem aviso, alguém alcança esse lugar quieto onde você passa seu tempo sozinho e muda a forma como vê a si mesmo.
A questão com os sympathos é que eles adoram muito a maldade em si mesmos para que outros possam confiar neles.
Graças ao seu lado mau e ao negócio que conduzia, tinha quebrado muitos ossos, partido várias cabeças e tinha sido a causa de muitas overdoses. Ehlena, entretanto, passava suas noites salvando as pessoas. Sim, tinham muitíssimo em comum, é claro. Os esforços dele possibilitavam que ela mantivesse seu emprego. Simplesmente perfeito.
Resenhista Ana Luz.
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