Resenhas - A Natureza da Mordida

LestatFidelis 24/05/2024

Excelente
Eu sou suspeita pra falar pois sou muito fã da Carla Madeira!
Esse livro é maravilhoso, sensível e aborda diversos temas importantes de forma até poética

Janine72 24/05/2024

Uma Biá pra chamar de amiga
Quem não gostaria de ter uma amizade inesperada e tão profunda?

A amizade entre uma jovem e uma senhora? essa com seus lapsos e lampejos de memória? e quanta clareza! Aquela com uma dor, a dor do não saber, do não compreender?. E tanto tempo pela vida à frente.

Um livro pra carregar no coração? com todas as dores, as reflexões, a sutileza e beleza que as vidas carregam em si!

Livro comovente. Lindo!

Ana Clarke 24/05/2024

10/10
Carla Madeira é definitivamente minha autora favorita do momento. Ler seus livros é uma experiência de imersão em muitos sentimentos distintos, as vezes até simultaneamente. A Natureza da Mordida é um livro mais sensível e delicado que Tudo é Rio, mas é tão magnífico quanto. Carla não precisa de grandes plots, revelações mirabolantes ou apelações extremas. Tudo que ela precisa, e faz com muita maestria, é abrir profundamente o coração e decifrar a mente de seus personagens. Eu nunca li algo tão profundo sentimentalmente falando, nunca experienciei palavras que pudessem tocar tão fundo em meu íntimo. Quem é próximo de mim sabe que eu não sou a maior fã de poemas e poesias, mas a leitura de Carla me faz desejar ser poeta. Me faz desejar tocar almas do jeito que a escrita dela toca a minha. Me faz querer entender a complexidade do sentimento humano, do amor, da dor, da solidão. Me faz querer ser alguém melhor, de alguma forma. Eu sinto o poder da escrita dela reverberando no meu peito e me instigando a querer sempre mais. Mais de mim, mais do outro. Sempre mais.

Vitória Oliveira 24/05/2024

O livro é incrível. Não é uma leitura simples, confesso que levou um tempo pra eu conseguir seguir com afinco nessa leitura, mas, ela te conquista e te leva a pensar sobre os acontecimentos da vida. Um dos melhores lidos do ano, com certeza

Railza.Albuquerque 24/05/2024

A Natureza da Mordida
Estou apaixonada com a habilidade poética de Carla Madeira em ?A Natureza da Mordida?, segundo livro dessa autora que leio. Sua habilidade em manipular as palavras para explorar o íntimo do ser humano é verdadeiramente impressionante. Nesta história, o tempo se revela como um protagonista silencioso, enquanto questões não resolvidas tecem seus fios invisíveis em torno das vidas de suas personagens.

Biá e Olivia, duas mulheres cujas vidas se entrelaçam de forma inesperada, descobrem ao longo de seu encontro uma conexão profunda e surpreendente. À medida que nos envolvemos com suas trajetórias, ficamos presos na narrativa pelo mistério que envolve seus passados e como esses eventos moldaram seus destinos de maneiras imprevisíveis.

?A Natureza da Mordida? nos convida a refletir sobre a complexidade das relações humanas e até que ponto devemos buscar a verdade (?nem sempre precisamos saber de tudo?).

lmjstxrm0 24/05/2024

A natureza da mordida
"Não vem da morte minha aflição. A morte é mais leve do que uma pluma. Já a responsabilidade de viver é mais pesada do que uma montanha."

cxramos 24/05/2024

?Não vem da morte minha aflição. A morte é mais leve do que uma pluma. Já a responsabilidade de viver é mais pesada do que uma montanha?
Genial, lindo, envolvente e triste. Segundo livro da Carla Madeira que leio, segundo que dou 5 estrelas por que de fato merece.

nanda 24/05/2024

Me sinto enlaçada por uma corda que não dá nó e escapa. as poucas palavras que me agarram e prendem são poucas, não são suficientes. sinto que vou abocanhar, que agora vai, que agora me conecto e? não. não foi dessa vez. é um desejo que só continua como desejo mesmo, um delírio que é interrompido no meio. não consigo abocanhar a natureza da mordida.

ao mesmo tempo que sinto que tem muita vida, também sinto um gosto artificial de calda de sorvete em formato de texto. não gosto do desenrolar da maior parte da história, não gosto das escolhas narrativas, não gosto de como as coisas crescem pra um óbvio absurdista, me irrita.

a vida tem como ser absurda, mas acho que esse livro encontra excelência em falar do simples. o simples é absurdo, excêntrico e envolvente em natureza da mordida. o absurdo é bambo, desanimador, fraco e forçado. parece que precisa do concreto pra falar das coisas grandes, e é absurdo o quanto não precisava.

queria que se agarrasse mais no que foi tão comunicado, tão engolido e vomitado nesse livro. o que não é real comunica. o que não acontece comunica. o que é imaginário comunica. o não saber é realmente libertador, tanto que queria não saber de metade do que se passa ali.

não sei como esse livro vai envelhecer pra mim, mas acho que talvez com um pouco de ressentimento. é uma viagem longa e um tanto decepcionante. também é uma viagem intensa e um tanto remexível. um misto de sentimentos e um fazer as pazes com o que eu tinha a esperar e o que realmente foi.

Joana.Amarante 23/05/2024

Que mordida da boca banguela da vida.
É como estar dentro de uma correnteza. Um fluxo vertiginoso de pensamento. Sem tempo para respirar, apesar das pausas.

Gosto do jeito que ela escreve, uma terceira pessoa dentro de uma primeira, não sei, ela nos coloca ali mesmo não estando. Ainda sem respirar com esse fluxo de encontros a partir dos desencontros, do saber e não saber, do que não deve ser dito e que a gente sente.

mandakaru 23/05/2024

Minha segunda experiência com Carla Madeira. Um pouco preguiçosa no início, em alguns momentos Biá era poética demais quando podia falar o simples e já iria dizer tudo. Isso me cansou. Até que a trama desenrolou e me perdi na história de amor de Olívia e Rita. Me cativa a forma crua como são expostas as relações nos livros dela, sempre nos lembrando que somos humanos. Onde há amor também pode haver inveja, mesmo que não seja de forma maldosa. Amor as vezes vira ?ador?, como disse Biá.

miri.miri 23/05/2024

A natureza implacável da mordida e o amor que se afasta
Carla Madeira não se cansa de provar que é uma escritora dona de um imenso talento. Como uma poetiza, ela faz a prosa virar uma rosa.
Esse livro se aprofunda nos laços de amizade e família. Nas marcas que nunca somem, a na distância que não anula o amor.
É um livro forte e leve ao mesmo tempo, uma leitura agradável, mas que também faz estremecer.
Contendo reflexões firmes sobre abandono, essência, e arrependimentos.
Bia é uma senhora, uma leitora sábia de vivência e de livros, tem uma vida e uma história. Mas o declínio de tudo é ela ver a própria memória se esvaindo.
Em um dia qualquer ela conhece Olívia, uma doce mulher de cabelos vermelhos que chorava enquanto escrevia.
E assim começa uma série de encontros, e conversas profundas.
Uma abrindo o coração para a outra, destrinchando o passado e suas dores.
Vemos a beleza da amizade delas, e nos interessamos por cada pedacinho dá história que se desenrola sendo contata a cada página.

As revelações que surgiram, por mais simples que sejam, mostram uma trama áspera, sem exageros. Um toque obscuro e belo. A escrita da Carla é arte!

"Somos felizes, Olívia, até o dia em que deixamos de ser. Aí notamos que a felicidade não é uma coisa abstrata, nem poética, nem complexa. Ela apenas está lá disponível e é sobretudo a ausência do irreversível. Mais cedo ou mais tarde acontece o que não pode ser desfeito. Você acorda e pensa: até ontem eu era feliz, e sabe que isso não terá mais conserto. Nada a fazer. O cachorro morde. O cachorro fere na mordida. A carne se rasga na mordida. A fome se mata na mordida. O sangue escorre na mordida. Os dentes se encostam na mordida. As marcas se fazem na mordida. Nada a fazer. A natureza da mordida está lá. Não importa o quanto sejamos civilizados. A natureza da mordida é implacável, e o gato arranha. O rato rói. O homem sonha. E os sonhos não podem ser dominados. E eu disse: ?Vá.? "

"Só que o amor? o amor quer sempre mais, quer sempre muito, e quem aceita migalhas? está doente ou adoecerá."

Lindo livro!

Dbra 23/05/2024

Amei!
Ainda não foi o meu favorito da Carla, mas gostei do enredo. Da reflexão em como decisões que tomamos afetam a nossa vida pra sempre, como os mal entendidos acontecem o tempo todo, a importância de não deixar pra depois e como a vida é breve e muitas vezes implacável.

anna3140 23/05/2024

Carla madeira sendo simplesmente genial
Uau. é isso o que resume essa leitura. não sou muito de fazer resenhas, mas esse livro me impactou tanto que tive que fazer uma.
a história é simplesmente uma das mais lindas e mais bem escritas que já li em toda a minha vida. a amizade tão pura que olívia e biá constroem é muito bem representada e muito bem construída em apenas poucas páginas.
a forma pelo qual as duas se complementam é muito real e sensível. mesmo possuindo tantos anos de diferença, elas se encontraram em suas dores e isso foi o que bastou para se tornarem grandes companheiras.
carla madeira foi simplesmente genial em seu jogo de palavras, e fiquei impressionada de como a linguagem que ela utiliza pode ser tão complexa e com tantas camadas, mas que também é muito fácil de se cativar e fluir.
me emocionei em diversos momentos do livro pois me senti muito tocada por tudo que aconteceu. essa é uma história muito impactante, e tenho que certeza que vou carregá-la no meu coração por muito tempo.
essa foi uma leitura que com certeza mudou a minha vida e a forma pelo qual eu enxergo o mundo. eu recomendo muito que todos leiam, e espero que possam também enxergar tudo que enxerguei através dessas páginas ??

Dani 23/05/2024

Não sou a leitora que mais ama Carla Madeira, mas aqui confesso ter gostado um pouco mais do que o famoso "Tudo é rio".
Aqui os diálogos entre personagens mulheres é criativo, poético (sem exagero), bonito até apesar de todas as desgraças (ela curte muito, né?!).
Gostei de algumas conclusões e não de outras.

isnarbru 23/05/2024

Esse é o meu 3° contato com a Carla madeiro, e posso afirmar que não deixou a desejar. Bate de frente, inclusive, com tudo é Rio. A narração entre as anotações atemporais de biá que te prendem na drama em conjunto com o suspense presente te prendem de uma forma incrível. Recomendo.