Resenhas - A história da aia

Gabi308 09/06/2020

Não foi dessa vez, expectativas altas demais.
Eu sei, todo mundo fala em amores por esse livro. Mas eu acho que foi exatamente por conta disso que eu não fui muito com ele. Acho que criei expectativas muito, muito altas altas que apesar de o livro ser bom elas eram altas demais.

Primeiro eu vou falar algumas coisas que eu gostei no livro. O positivo primeiro.

Já resultando que esse sim é um livro que discute assuntos que precisam ser discutidos, apesar de ser "antigo", consegue fazer críticas a temas que ainda são falados hoje, mas que já deveriam ter sido tratados.

O fato de o protagonista, esse universo onde ela está inserida, no lugar e na posição onde ela foi submetida a estar fez com que o leitor pudesse não apenar ver o que ela vê, mas também ir junto em seus pensamentos e principalmente ver as pequenas observações que ela faz conforme vai olhando para as pessoas, andando com o Offlen, e em um diálogo.
Um detalhe que eu queria ressaltar é o fato de a filha da protagonista, nunca é mencionado o seu nome, ela é sempre deitada assim, com "Ela", como se a protagonista quisesse afastar sua memória para digamos, não sofrer a distância ao alho assim (o que me leva numa coisa que eu não gostei).
Outro detalhe é que a autora faz a protagonista como não confiável, eu amei isso. O que é bem evidenciado na parte ali para o final onde ela vai para ser "fecundada" pelo Nick. Que tem três versões de como aconteceu, e ela mesma diz que as três poderiam não ter acontecido. E isso deixar uma dúvida no leitor "Será que tudo o que ela contou até agora é verdade mesmo, ou ela mudou?"

Agora vamos para a parte ruim.

Em comparação com a série. Essa é (Nunca achei que diria isso) uma rara situação eu que eu acho a obra filmada melhor que a escrita. ( Não me matem, eu explico).
Por eu ter assistido a série, constantemente ao longo da leitura em vez de apesar ser uma cena na minha cabeça eu via a cena da série, e uma coisa que a série fez, e que ela podia fazer. Era ter tempo. Tempo para desenvolvimento. Uma coisa que no livro na minha visão ficou acelerado. Como por exemplo a relação com o Nick, foi uma coisa muito do nada lá para o meio, dois terços do livro e agora no final explode só pra ter uma justificativa para o final, onde ela vai para van, teoricamente para fugir ou sei lá, por conta do Nick que é um olho e pipipi pópopo.
Mas o que mais me incomodou nesse livro foi a diferença extrema de personalidade entre a protagonista do livro e a protagonista da série.
No livro ela é apresentada como uma Aia, que foi colocada alí a força, como todas, mas que é meio inerte, não sabe que existe uma residência (Que é revelada como Mayday), mas também é contra tudo o que eles lutam pra fazer elas engolirem. E quando ela descobre, ela fica animada por essa resistência existir mas dura o quê? 2 páginas e é isso falou. E no final quando é apresentada a oportunidade de ela sair daquele lugar e recusar por que quer ficar com o Nick. Sério? E ainda por cima quando ela pensa nas consequências de atos que poderiam cair contra ela, ela se rende simples e totalmente.
Enquanto a protagonista da série ao meu ver me parece bem mais construída. A motivação dela de não sair dali quando ela tem chance (E é mais de uma vez) Ela não vai, e não é por conta de um relacionamento proibido de adolescente, é porquê ela tem uma filha ali dentro, que ela não vai deixar para trás. Ela cresce dentro dessa resistência, e parece que toma o exemplo da mãe (Que era nessa linha de protesto e de ir contra o sistema opressor) para usar ali e no final ela se torna um símbolo ali dentro que quem conhece respeita e admira.


Não estou falando que o livro é ruim. Muito pelo contrário, eu só criei na minha cabeça que ele poderia ser coloca em uma medida de "1.000" quando na verdade ele tem que ser julgado em uma medida de "100".

Larissa1313 12/04/2021

Um livro para fazer pensar...
É uma leitura que nos faz refletir e analisar sobre uma sociedade extremamente teocrática e de interesses machistas, na qual o papel da mulher é visto, exclusivamente, como reprodutor. Em alguns momentos, é preciso parar e respirar fundo, pois nos deparamos com trechos intensos que podem desencadear gatilhos. Gostei muito desse livro e senti que aprendi muito com ele, porém o final deixa alguns questionamentos em aberto.

Alice @leituras_da_alice 21/03/2020

Um livro impressionante, que me prendeu do início ao fim.
A autora escreve muito bem e teve a capacidade de criar uma distopia que chega a dar medo o fato de não parecer tão distante da nossa realidade.
Sinceramente, não sei nem o que falar desse livro, além de que é quase uma recomendação obrigatória pra todos.
E esse final, me deixou um tanto irritada, mas eu até que gosto de finais instigantes.
Me deixou curiosa em saber o que ela escreveu na continuação.

Maisa.Santana 14/11/2020

Até um final ruim, é melhor que um final sem final para mim
Narrativa muito boa! Não o meu estilo de narração favorito, mas foi bom sair da caixinha um pouco. Me incomodou um pouco essa mudança brusca que a narradora fazia de ir pra o passado com o presente e alguns relatos achei cansativos. Mas diferente de outros livros não pulei nenhuma parte
Eu estava com muito receio de ler esse livro, com medo de ser muito pesado e de não estar psicologicamente preparada para ele, mas foi uma leitura surpreendentemente tranquila. Muitas coisas me deram um certo pânico, por ser muito possível nos dias atuais, mesmo sendo utópico mas, o que mais me incomodou foi o final aberto. Eu realmente odeio livros sem finais, prefiro finais ruins mas, não livros sem finais, então graças a isso a sensação final foi de perda de tempo e revolta. Mas é isso, recomendo e não recomendo

Evelim 21/03/2020

Visceral
Adiei muito a leitura desse livro, confesso que por um pouco de receio. O tema do livro é tão cruel, tão pertubador e tão necessário!
Acompanhamos aqui uma distopia onde grande parte das mulheres se tornaram inferteis e aquelas que ainda podem conceber são enviadas a casas de homens ricos que não podem ter filhos com suas mulheres.
Ao acompanhar essa mulher sem direitos de escolha que foi arrancada de sua familia e tudo o que ela passa como uma aia sentimos revolta, raiva e indignação, com certeza é um livro que merece toda a repercussão que tem.

_helenabss 27/03/2021

Muito bom!
Uma dica que eu quero deixar aqui é: quanto menos você souber sobre a história antes de ler melhor! Não leia as orelhas, nem nada. Não busque explicações que o próprio livro ainda não te deu.

Essa leitura me surpreendeu em vários aspectos, gostei disso. Não é 5 estrelas porque achei que o final ficou muito monótono e gostei de forma mediana do desfecho da história.

:)

Jorisdana 17/11/2020

Quanto maior a expectativa, maior a queda, caí bonito
Muito lento, escrita muito confusa e poética, não explica com trem direito, não tem grandes acontecimentos. Não consegui me conectar com a protagonista e com a história. Eu teria desistido, mas fui obrigada pela minha irmã a continuar rssrsr. O que me faz pensar que o livro é muito famoso é a história distópica, que é o melhor, pq o resto não consegui defender.

Aline Sampaio 21/01/2019

Livro incrível!
Quando o planeta está destruído por radiação, poluição, doenças, degradação e os humanos ameaçados em extinção, por causa da infertilidade, a comunidade busca alternativas para tentar se recuperar. Foi assim que surgiu Gilead, uma sociedade constituída por um grupo de religiosos denominados ?Filhos de Jacó? que aplicou um Golpe no Governo a tomando para si. Novas leis foram criadas a partir de conceitos bíblicos do Antigo Testamento. Entretanto, apesar da boa vontade em tentar recuperar a humanidade, poucos eram beneficiados.

O conto da Aia é uma distopia narrada em primeira pessoa sob o ponto de vista de Offred, uma Aia de Gilead, sociedade que nos tempos anteriores era conhecida como América. Ser uma Aia implicava dizer que a mulher fértil seria designada a uma família a prestar o serviço de ?útero com pernas?, utilizando a passagem bíblica que Raquel utiliza sua irmã como serva para ter filhos com Jacó (Gênesis 30). Logo, a Esposa sempre estava presente durante a cerimônia ? estupro.

Resenha Completa no Blog com informações da série.


Durante a narrativa conhecemos melhor como a sociedade foi construída, por meio de punições severas e ?salvamentos? ? penas de morte ?, o dia-a-dia de Offred e como ela tenta lidar com a situação. Conhecemos também um pouco da Offred anterior, quando foi capturada ao tentar fugir com a sua família e como foi o seu treinamento para se tornar Aia.

Não é um livro fácil de ser digerido, principalmente no momento do estupro justificado. É preciso ler com calma e paciência, pois há muitas repetições em algumas situações e pensamentos da protagonista, tornando a leitura cansativa, porém, creio que a autora queria fortalecer a vulnerabilidade diante dos absurdos. Não espere por personagens resistentes prontos para lutarem por uma sociedade mais justa, pois este livro não se trata disso. É um livro brutal, que nos faz pensar e repensar. Um livro que vemos o lado humano passivo, aqueles que temem pela sua vida e acabam sendo condicionados a aceitarem o sistema.

site: http://www.cantinhodaamiga.com.br/2019/01/resenha-o-conto-da-aia.html

@eusoudanivieira 26/12/2020

O conto da Aia.
O conto da Aia é sobre nós. 
TODAS nós.


Eu teria infindáveis, eu escrevi INFINDÁVEIS, pontos para tratar sobre o controle de nossos corpos pelo patriarcado, mas eu quero me valer de um: falar sobre O conto da Aia.
Leitura imprescindível,  uma análise social que exibe a briga de poder em foco atualmente: em um cenário onde nossos direitos estão em jogo e são constantemente ameaçados por crises políticas, qualquer fagulha pode provocar um incêndio.

O controle do corpo feminino não é ficção. 
Não ocorre apenas na República de Gilead.
Ele é uma realidade próxima, infelizmente.
Somos vistas apenas como um útero,  tendo como função apenas nosso destino biológico: procriar, sem levar em conta nossos anseios.

Um homem sexualmente ativo pode engravidar até 6 mulheres ao dia contra a mulher que, em tese, engravidaria uma vez ao ano e  ainda assim, os métodos contraceptivos visam apenas a nós nessa sociedade patriarcal fudida (sim, é esse mesmo o termo que eu quis usar.)
Se isso não é controle sobre nossos corpos, eu não sei o que é.

Gilead tem outros nomes atualmente: estupro, feminicídio, lesbofobia, mutilação genital... exploração com base na diferença sexual. Se você for mulher negra, sabemos, muito pior.

"Havia matérias nos jornais, é claro. Corpos encontrados em valas ou na floresta, mortos a cacetada ou mutilados, que haviam sido submetidos a degradações,  como costumavam dizer, mas essas matérias eram a respeito de outras mulheres, e os homens que faziam aquele tipo de coisas eram outros homens. Nenhum deles eram homens que conhecíamos.  As matérias de jornais eram como sonhos para nós,  sonhos ruins sonhados por outros". (Pag.54)

E a série?
Brilhante.
Sensacional.
Acrescentou páginas ao livro.
Uma fala do livro adaptada na série que considero excepcional é a parte em que June, como Offred diz: "Quando aniquilaram o Congresso, não acordamos. Quando culparam terroristas e suspenderam a Constituição,  também não acordamos.  Disseram que seria temporário.  Nada muda instantaneamente. Você seria fervido numa banheira de aquecimento gradual antes que percebesse".

Faz sentido.
Em pleno século XXI elegeram alguém que nos considera uma fraquejada.

Luiama Azevedo 23/12/2020

Levemente decepcionada ?
Gostei mais série! Confesso que fiquei um pouco decepcionada, pois esperava um pouco mais dele. Mas mesmo assim, é uma história incrível e deve ser lido siiim!

Luana 25/04/2021

Mayday!
Demorei um pouco pra pegar o ritmo da leitura. A autora descreve cada cena com muitos detalhes, desde o ambiente onde se passa, até as roupas de gestos das personagens.
Ele também começa um pouco confuso (assim como a série), mas depois fica genial! É um livro ótimo com uma narrativa mais pesada. É incrível! Você precisa se preparar pra passar raiva e se indignar a cada capítulo.
Apenas leiam! ?
Já está na minha lista ?Os Testamentos?.

Marcelle Melo 25/03/2021

Maravilhoso!
Estou completamente apaixonada pela escrita da Margaret Atwood!

Os assuntos abordados neste livro são importantíssimos e me trouxeram reflexões muito profundas!

Marianna.Calazans 18/04/2021

Bom, mas gostei mais da série (sorry)
É um livro bom, mas eu me cansei muito para ler por conta do exagero em detalhar as cenas, os cenários, os personagens.. inclusive isso me deixou um pouco irritada em vários momentos.

Quem estiver procurando um livro com leitura fluida, não é este, definitivamente.

Eu cheguei a pensar se eu gosto de ler,
porque em alguns momentos eu tive vontade de abandonar o livro, sendo que eu AMO, simplesmente amo, essa história.

Cheguei a conclusão, de que pode ter acontecido de eu não ter me habituado e identificado com a escrita, justamente por conta desses detalhamentos exagerados o tempo inteiro durante o livro, e também as 'Idas e Vindas' entre passado e futuro ( o livro tem de 5 a 6 nucleos) e a escritora fica alternando entre eles durante o texto corrido, o que fez muitas vezes, eu me perder sobre o que a personagem estava falando kkkkk [rindo de nervoso.]

Mas é isto, de modo geral, é um livro bom. Na reta final dá para entender o porquê ele é tão aclamado e indicado.

Resumindo não é uma leitura fluida, mas é uma leitura extremamente necessária nos tempos em que vivemos.

3???

Raay_silv12 05/04/2021

Basicamente o fim da minha ressaca literária kkk
O conto da Aia foi um dos melhores livros que já li e, sem dúvidas, o dinheiro mais bem gasto da minha vida. Eu adoraria contar como o final do livro foi genial, mas isso estragaria a leitura de vocês.

Renan.Schiavon 22/04/2020

O final do livro deixa o típico gosto de quero mais, o que me lembrou muito um livro feito para uma série e não uma série feito para um livro. mas não faz sentido pois a série veio depois.

Realmente se configura dentre os livros que contém uma literatura distópica. É uma leitura rápida, fácil e intrigante. Recomendaria para quem me perguntasse.