Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


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Reginaldo Pereira 16/03/2022

Assombroso!!
O que dizer de Anna Kariênina? O que dizer de Tolstói? ?Assombroso?, é a única palavra que me vem à mente após terminar essa incrível jornada literária.
Um romance que consegue abordar diversos temas: desde sentimentos como amor, ódio, ciúme, desejo? passando por reflexões como o trabalho, a filosofia, a religião e a guerra? mas que, em minha opinião, culminam na maior das oposições: vida e morte.
E Tolstói consegue nos apresentar tudo isso não apenas através de diálogos expressivos, mas sobretudo no íntimo, na alma, na mente de cada personagem? como se imbutisse tudo isso na mente e na alma do leitor!
?Anna Kariênina? com certeza se tornou um de meus livros eternos! E, diferentemente de outras leituras, a sensação de ?saciedade? é nova pra mim! Pelo menos no que se refere exclusivamente à esta obra, pois quanto a Tolstói, é totalmente o contrário, a fome ainda é imensa! Que venha ?Guerra e Paz?!
Carolina 16/03/2022minha estante
O prazer de ler um livro bem escrito você teve.


Carolina 16/03/2022minha estante
Falei que nem o Yoda, eu hein rs


Reginaldo Pereira 16/03/2022minha estante
Kkkkkkkkkkk


Kássio Meniglim 16/03/2022minha estante
Shooow! ????




Nayzinha 06/12/2021

não tem como não se apaixonar por Ana Arcadievna. feliz por ter terminado esse livrinho. é, com certeza, um dos mais queridos.

ganhei essa edição aos 14, de presente. tentei por várias vezes, até estabelecer algum ritmo de agosto a dezembro deste ano, aos 23.

Tolstoi escreveu Ana para ser uma mulher incontornável, mesmo. todas as personagens que cruzam seu caminho se afetam por ela. e o que é repulsa, logo se entende, no decorrer da trama, que é inveja, ciúme ou outra insatisfação qualquer por coisa alheia à própria Ana.

?Se eu pudesse, procuraria ser para ele uma amiga sensata, e não uma amante apaixonada, cujos ardores lhe repugnam e que sofre por seu lado com a frieza dele. Mas eu não posso nem quero transformar-me.?. (Anna Kariênina, p. 612, 1997)
Danton 06/12/2021minha estante
tá aí um livro que quero muito ler. mas também acho que ainda não chegou a minha hora.


Nayzinha 06/12/2021minha estante
acredito mesmo nisso! estes livrões sempre possuem mensagens, conselhos, puxões de orelhas a seus leitores? penso que gostaria de ter a maturidade para alcançá-las todas, mas não é regra. algumas nuances ficam escondidinhas. de Anna Karenina com certeza. é preciso que eu também amadureça


Danton 07/12/2021minha estante
exatamente. o meu livro, favorito, por exemplo, eu levei uns dois anos na leitura. não era tão longo assim, eram cerca de 600 páginas. mas eu fui amadurecendo junto da leitura, fui ressignificando várias coisas. acabou sendo uma memória afetiva e marcante pra mim por causa desse tempo trabalhado em cima dele


Lira Juazeiro 09/04/2023minha estante
Também amei o livro. Mas tenho uma perspectiva completamente diferente em relação a Anna. Tive piedade dela sim, mas ela é uma personagem detestável, por seu egoísmo e pela busca em ser venerada por todos. É essa pura necessidade por veneração que a leva justamente as ações que lhe causarão ser rejeitada pelas pessoas que ela mais estima, aqueles com um alto status social. Como a veneração do ego é algo impossível de se obter, pois nunca será suficiente, especialmente na situação em que ela se colocou, a vida dela acabou. Levin, que é um ser tão passional e tão afetado por emoções quanto Anna, não tem essa mesma necessidade. Levin busca o sentido na vida que lhe fará últil para as pessoas de forma verdadeira. Um sentido que não seja o mesmo daqueles que fazem coisas vãs achando que estão sendo extremamente últil. Levin, cheio de defeitos como todos nós o somos, não sente a necessidade de ser adorado, mas sim de ser uma pessoa melhor. Anna inicia-se como alguém perfeita aos olhos da sociedade hipócrita que ela tanto ama. Porém, Anna mostrou-se desde a primeira aparição essa pessoa que tem todas as suas ações premeditadas para causar boas impressões. Ana foi falsa desde o início, por isso que a sociedade hipócrita a amou até o momento em que ela não mais se encaixou. Já Levin, nunca teve relações superficiais. Aqueles que o conhece profundamente jamais o rejeitaria. No entanto, aqueles que preferem a superficialidade têm dificuldade em aceitá-lo. Livro bastante complexo. Personagens muito bem construídos :)




Rafaelle 13/06/2023

Uma obra prima
Depois de quase 3 meses de leitura fecho esse livro que foi meu companheiro nessa fase tão nova da minha vida. Eu não esperava dar conta de um livro denso assim enquanto me descubro como mãe mas a leitura conjunta do @clubedofarol foi um chamariz irresistível. É com sentimentos mistos que me despeço de Anna, Vrónski, Kariênin, Kitty, Liévin, Dária, Oblónski, entre tantos outros. Ora com um gosto amargo na boca, ora com um sentimento de esperança na vida.

Com seu começo tão célebre, "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira", Tolstói está nos preparando para nos debruçarmos sobre a infelicidade e a analisarmos minuciosamente. Cada página está impregnada de infelicidade, conhecemos um rol de pessoas infelizes, cada um à sua maneira. Se a felicidade sempre é parecida, a tristeza adota múltiplos motivos, caracteres e facetas. Alguns personagens parecem buscar a própria infelicidade com afinco, minar todas as chances de alegria. Outros parecem se deparar com a tristeza em cada esquina enquanto tentam fugir dela. E há aqueles que nos fazem sentir que levam a vida rindo porque ignoram a tristeza dentro de si.

E embora repleto de infelicidade, ainda assim é um livro que não tem uma leitura pesada. Tolstói escrevia com uma leveza que nos faz esquecer que estamos perante um clássico com quase 150 anos de idade. E com essa suavidade, no meio de tantas pessoas infelizes, aprendemos a encontrar a alegria ali, escondida entre as minúcias da vida. A felicidade dentro de Anna Kariênina se mostra não nos grandes acontecimentos, não na realização de um amor, não na realização acadêmica. A felicidade está ali, em um canto esperando que alguém olhe para ela em meio aos dissabores da vida e entenda que não é de grandiosidade que a alegria é feita.

Esse livro tem personagens tão humanos que parece que estamos lendo um recorte da realidade. Não parecem personagens criados, parecem um retrato de pessoas que conhecemos. E dentro desse leque de pessoas tem aquela com quem nos identificamos. Pode ser com Liévin em sua busca por um sentido na vida, com Kitty com seus sentimentos confusos, com Anna em seu desespero por amor. Para mim a conexão imediata foi com Dolly. Por ter tido bebê esse ano, não tinha como não me conectar com a personagem que apresenta um retrato tão realista da maternidade. Dolly mostra as alegrias e as dores da maternidade. Ela se preocupa com o futuro dos filhos, com a educação, com o caráter deles. Se questiona se queria ter tantos filhos. Sente a necessidade de ser amada. E ama, ama profundamente cada um dos seus pequenos. Ela tem as dúvidas e as fraquezas que uma mãe real tem. Uma das cenas mais bonitas do livro para mim é uma cena em que Dolly está com seus filhos na beira do rio, feliz e orgulhosa de cada um deles. E poucas páginas à frente ela já está exasperada com eles. Uma mãe real. Uma mãe que encontra a felicidade nos momentos bonitos e sofre nos momentos difíceis. Talvez a personagem que melhor sabe viver nesse livro.

E sobre a personagem que dá título ao romance, Anna é um furacão. Um turbilhão de emoções, uma bagunça emocional, um caos ambulante. Anna dá título à história talvez porque suas ações conseguem influenciar a vida de todos os personagens, mesmo aqueles com quem ela se depara apenas uma vez. Meus sentimentos por ela mudavam a capa parte do livro mas o que sempre se mantinha era uma sensação de desespero. Anna fixa sua mente em seu desejo a tal ponto que a torna cega para tudo mais ao seu redor. Fica tão obcecada pelo que quer que sequer consegue perceber quando já tem na mão. E é desesperador ver uma personagem como Anna sem poder gritar para ela abrir os olhos e ver o que está fazendo consigo mesma.

No final chego à conclusão que esse livro é um acontecimento. É um daqueles livros que fechamos e dizemos UAU! É uma daquelas experiências de leitura que sabemos ser única. Um desses livros tão bons que nos deixam triste por saber que encontraremos poucos no mesmo patamar. Na metade do romance eu já sabia que não daria menos que 5 estrelas, mas as duas últimas partes levaram essa história a outro escalão para mim. Meu vocabulário sequer tem um adjetivo que seja capaz de expressar o quão bom esse livro é e minha habilidade como resenhista ainda é ínfima demais perante uma obra dessa. Apenas peço que caso tenha lido até aqui, faça esse favor a si mesmo e leia Anna Kariênina.
Cris Paiva 13/06/2023minha estante
Faz anos que eu quero ler o bendito, mas me recuso a comprar esse livro de capa feia, apesar de dizerem ser a melhor tradução. Sim, gosto de livro de capa bonita. :D


Heloisa198 14/06/2023minha estante
Só a sua resenha me deu vontade de ler esse livro!


Rafaelle 29/06/2023minha estante
Cris pior que eu te entendo kkkkk Não gosto dessa capa mas acabei me rendendo à essa edição por conta da tradução e porque dá pra fazer a coleção do Tolstói padronizada com ela


Rafaelle 29/06/2023minha estante
Heloisa, obrigada por esse comentário! Vale muito a pena a leitura, foi um livro que fiquei totalmente envolvida!




Alessandra 28/12/2009

Pensei ser tratar de uma heroína, uma mulher forte, à frente de seu tempo. Mas não, Anna é uma mulher extremante insegura, sem alto estima, fútil e egoísta e por vezes imatura e infantil. Casada com um homem bem mais velho, provavelmente ela se casou apenas para cumprir uma obrigação social. Dentro de uma relação de aparências, o casamento se mantinha por ele por questões referentes a sua posição social, por ela, por medo, em ambos por acomodação. Anna então se apaixona, por um homem pelo qual ela sente admiração, mas insiste em manter-se casada com um homem pelo qual senti repulsa. Numa sociedade hipócrita e retrograda o casamento se mantém, a ponto de se criar um triangulo amoroso, o marido teme o escândalo da separação, a perda de prestigio na carreira, Ana teme perder o filho. Vronski o amante, apaixonado, seguro, prático, o único capaz de agir com coerência, de maneira adulta, o que não o impede de num momento de fragilidade e desespero tentar o suicídio; sobrevivendo exigi de Anna que se separe, pois a situação então insustentável, já não é possível esconder da sociedade e Anna nem se esforça para isso, tenta enfrentar a sociedade, mas não tem nem estrutura emocional, nem maturidade, e só consegue provocar escândalos.
O marido também é fraco, se mantém apático dentro do casamento, sem pulso firme, raras e insignificantes as vezes que tenta se impor. Tanto ele como Anna parecem unidos pelas suas inseguranças, por medo de romper com uma sociedade hipócrita, de aparências, ambos não sabem o que querem. Ambos com seus motivos não aceitam a separação, um esforço inútil, já que o escândalo é fato. Anna usar o filho como desculpa para não pedir a separação, temendo que o marido fique com ele, mas fica sem o filho do mesmo jeito, e em nenhum momento anterior ao seu envolvimento com Vromski, nem com os escândalos que provoca em sociedade, ela parou para pensar no filho, as conseqüências dos seus atos. A única pessoa equilibrada, sensata é o amante.
Anna é infeliz, frustrada e culpa o marido e o amante, quando é ela que não é capaz de dirigir a própria vida, é não aceita a responsabilidade que lhe cabe.
Anna tem um filho com o amante, que se preocupa com a situação da filha e dos futuros filhos; pressiona Anna, que sofre por antecipação, titubeia, usa o filho como desculpa para não exigir a separação e termina por abandonar o filho que tem com o marido e a filha que tem com o amante.
Apesar das imensas transformações que a sociedade sofreu desde Anna Kariênina, é claro que ainda existem muitos casamentos degradantes assim, principalmente por questões financeiras.
Liévin, também personagem principal do romance. Preocupado em constituir família, com suas frustrações, inseguranças e crises existências, com seus questionamentos, filosóficos, dividido entre uma visão prática e realista da vida e dúvidas quanto a existência ou não de uma força superior, espiritual, e dá importância de uma fé.
Tendo sempre muitas dúvidas e pergunta sobre suas existência, sua função e importância na vida e de tudo que o cerca e não tendo nenhuma resposta definitivamente satisfatória. Em comparação com Anna, é o único á conseguir de fato forma uma família equilibrada feliz, a despeito de toda a sua trajetória, tentando ser feliz como pode e com seus dilemas e duvidas.
Vale ressaltar a citação na abertura do romance, tão famosa que é considerada por muitos, como o melhor inicio de romance, independente de concordar ou não, sem dúvida é uma frase de impacto.
Outra coisa que chama a atenção e a repetição de palavras isoladas ou não. Segundo Rubens Figueiredo (tradução e apresentação) não é descuido do escritor, e sim a intenção de sublinhar, dar ênfase. Realmente é o que acontece quando se lê estes trechos. Uma técnica interessante, creio eu, não é comum.
A bela edição é impecável, muito bem executada, têm biografia do autor, informações relevante sobre o mesmo e sua obra.
N 03/09/2012minha estante
Enfim uma pessoa que compartilha da mesma opinião que eu tenho sobre a Anna.


Marina 17/01/2013minha estante
Acho que você está analisando a obra por uma perspectiva errada. Você está julgando as ações dos personagens com o seu olhar contemporâneo. É fácil condená-los por serem fracos e covardes ao manterem uma situação insustentável e um casamento falido por causa das aparências, mas na Rússia do século XIX a sociedade exigia certas normas e excluia aqueles que não as seguiam.
Anna não é fraca, ela é sim corajosa por abandonar o marido. Ao fazer isso ela está enfrentando a sociedade. Só que ao fazer isso ela é abandonada por todos. Enquanto o Vronski, que você julga ser o único correto, pode continuar tendo uma vida pessoal, com atividades políticas e sociais, Anna fica presa em casa e não tem a companhia de ninguém. É claro que nesse cenário ela ficaria cada vez mais insegura e com isso cobra cada vez mais a atenção e o amor de Vronski, minando o relacionamento dos dois.
Anna estava sem saída. Se continuasse no casamento sem amar o marido seria infeliz. Se pedisse a separação e ficasse com o Vronski, ficaria sem o filho para sempre e também seria infeliz. Na situação em que se encontrava, vivia na indefinição e também era infeliz. Ela não tinha para onde fugir.

No final, as ações de todos os personagens derivam da sociedade em que viviam, que, concordo, era hipócrita e de aparências.


Cássio 05/05/2013minha estante
Acho que você não gostou tanto porque tinha a expectativa de que Tolstói fosse que nem Jane Austen...


Geo 24/09/2015minha estante
Concordo plenamente com a Marina, você teve uma perspectiva errada sobre a Anna. Eu já sabia o que aconteceria na história, mesmo assim, fiquei chocada quando li a passagem onde ela abandona tudo por uma paixão. Naquela época, traição e divórcio era um escândalo e ainda mais polêmico do que hoje e as consequências eram terríveis para uma mulher. A Anna teria um nome sujo e seria vítima de preconceito pelo resto da vida. Mesmo assim, ela correu o risco. Como pode dizer que essa mulher não foi corajosa?




Jécyka 20/02/2022

A primeira frase do livro já anuncia o quanto ele vai ser completo.
Terminei a leitura e já o coloquei na fila para ser relido. Recomendo muito!
As melhores cenas pra mim são a corrida de cavalos e a do parto. Eu vibrei e senti junto com os personagens.
Luiz.Ricardo 20/02/2022minha estante
Esse livro é perfeito mesmo


agathatriste 20/02/2022minha estante
Perfeito!


Freezerburn 20/02/2022minha estante
Obrigada pela recomendação


Pedro 20/02/2022minha estante
Aos poucos me preparo para encarar essa leitura!




Allana 20/05/2020

Impactante e atemporal
A gente se deixa levar pela condução do Tolstoi, o capitão de um navio, nos levando a um Iceberg? Uma terra-firme?
É um livro repleto de duos, opostos. Apesar do título, a história não é apenas sobre a Anna, ela é uma das personagens principais desse enredo, que trata principalmente sobre famílias. E o autor consegue resumir bem isso logo na sua primeira frase: Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.

É um livro que nos deixa criar juízo de valor aos personagens sem o autor deixar claro suas opiniões, por isso se torna uma obra atemporal e impactante.
Mas Tolstoi também tem seus momentos de ironias, até certo ponto tragicômicas, mas que apetece a todos, são personagens imperfeitos, por isso apaixonantes e que se julgam ao longo da trama. Numa mesma cena para um pode ser um momento maravilhoso, e para o outro um pesadelo sem fim, e nessas horas vê-se que não é a voz do escritor que fala, é a Anna, o Liev, a Kitty, o Oblonski, Vronski são eles, e não o Tolstoi, os escritores e persongens dessa história.
Marcelo Rissi 20/05/2020minha estante
Uma das minhas obras favorita. Parabéns pela excelente resenha!


Lendocomfernanda 20/05/2020minha estante
A leitura é fluida?


Allana 20/05/2020minha estante
Sim! Agora, são diálogos longos, mas fluidos. Você fica preso nesses embates


Lendocomfernanda 20/05/2020minha estante
Obrigada




Paula.Moreira 07/07/2021

Meu primeiro tijolão
Minha experiência teve altos e baixos. Porém, uma coisa que permaneceu constante foi a dó que eu senti da personagem Anna. Acho que Tolstoi foi um pouco injusto e moralista em muitas partes... Outra coisa que permaneceu na minha cabeça foi o do porquê da escolha do título! O livro é muito mais sobre o Liévin e suas questões existências, do que sobre Anna, mas enfim. Minha relação com o Liévin também foi meio cheia de altos e baixos... Achei ele muito chato e as idealizações dele me irritaram em muitos momentos, MAS acho que tiveram mais momentos bons, principalmente no fechamento do livro.
Gostei, acho que talvez seja um livro que vai crescer em mim com o tempo...
Carol 08/07/2021minha estante
Um tijolão de respeito! Parabéns por ter conseguido finalizar essa meta! :D


Paula.Moreira 08/07/2021minha estante
Obrigada, Carol! Acho que se não fosse em grupo, talvez eu não tivesse conseguido.... Mas independente fiquei muito feliz com a experiência de conclusão


Carol 08/07/2021minha estante
Com certeza! Dá um tempinho que daqui a pouco vc já tá pronta pro próximo tijolão! Hahahha


Guilherme 10/07/2021minha estante
Arrasou! ??????




spoiler visualizar
ju azevedo 30/05/2021minha estante
HAHHAHAHA que resenha maravilhosa!!!


Carolina.Gomes 30/05/2021minha estante
Nossa! Eu amo esse livro! Um dos favoritos da vida.


kiki.marino 31/05/2021minha estante
Brilhante resenha




Raul122 25/06/2018

Sensacional.
Marcar esse livro como lido é simplesmente fantástico. Primeiramente que nunca imaginei que seria tão bom quanto é. Que história maravilhosa. E acho que o que me ajudou mais foi ler devagar, sem pressa, aproveitando a história. Amei, não tenho palavras pra expressar o quanto. E estou muito mais que empolgado para uma hora dessas começar Guerra & Paz.
Sauron 14/03/2021minha estante
Seria uma boa porta de entrada, para o autor ?


Raul122 15/03/2021minha estante
Sauron, seria uma ótima porta de entrada. Foi o primeiro que li também.


Sauron 15/03/2021minha estante
Vlw mano eu iai começar por guerra e paz ,mais acho muito denso, vou começar por esse então vlw....




Natalie Lagedo 23/04/2017

Publicado entre 1875 e 1877 na revista O Mensageiro Russo, Anna Kariênina é um retrato da alta sociedade russa do século XIX, cheia de hipocrisia e contradições. É interessante, pois sai da introspecção característica da literatura russa e mostra a sociedade interagindo com seus costumes, formalidades e elegância. Que o livro trata de um adultério não constitui novidade, mas reduzi-lo a isso é tirar bastante do seu mérito. Tolstói colocou no que ele considera como seu melhor romance um formato cíclico, com mortes, sentimentos e lembranças que se repetem aprisionando a grande quantidade de personagens uns aos outros, com situações que se entrelaçam.

Anna Kariênina é a personagem que dá nome ao livro, mas que não é a protagonista sozinha. Existem dois núcleos destacados: o do qual ela é o centro – e nele estão seu marido, o filho, Vrónsk e o restante da família e nobreza habitante de Moscou e São Petersburgo; e o de Liévin, senhor de terras e morador do campo. Apesar dos dois nichos terem algumas semelhanças, as quais são as responsáveis por enquadrá-los no topo da escala social, as diferenças são mais acentuadas. Enquanto no primeiro vemos a imoralidade em todas as relações, sejam elas de cunho familiar, profissional e com o Estado, a segunda é transparente, simples e voltada aos interesses mais básicos, como a constituição da família, a ajuda mútua entre os parentes, criação e educação dos filhos, dificuldades econômicas numa Rússia coberta de corrupção, entre outros. Anna é a responsável por juntar as pontas do enredo e determinar o destino de cada um. O amor carnal de Anna e Vrónsk, condenado pela sociedade e pelo próprio Tolstoi, dadas as circunstâncias do desfecho, é redimido por Liévin e Kitty.

Algo curioso é que Tolstoi não diz as características físicas dos personagens, sabemos acidentalmente como eles são. Anna tem cabelos negros e encaracolados e preferência por roupas de cores escuras, Vrónsk é alto e possui bigode, Kitty tem uma beleza jovial, Dolly é magra e sua beleza se esvaiu com o desgosto. Mas o que ficou pouco caracterizado, na verdade, é o psicológico de Anna. Pela falta de desenvolvimento nesse sentido o que aparece é que ela é egoísta, ciumenta, vaidosa e exibida. Não há como concluir se essa era a vontade do autor, mas Anna, por vezes, causa repugnância pelas más escolhas e falta de justificativas.

Como o enredo se passa após a reforma na nobreza promovida por Pedro, o Grande e também depois da Reforma Emancipadora de 1861, são corriqueiros os temas de divisão e distribuição de títulos e cargos públicos e terras. Embates entre correntes distintas do materialismo promoviam o debate acerca do trabalho e propriedade e entreviam a Revolução Russa de 1917. O pan-eslavismo também suscita defensores e opositores dentro da obra, tudo isso contribuindo para que Anna Kariênina ultrapasse os limites do mero entretenimento.
Wagner 23/04/2017minha estante
Saudações.
Hoje dia Internacional do Livro, uma resenha brilhante.
Parabéns.


Natalie Lagedo 23/04/2017minha estante
Olá, Wagner! Muito obrigada.


PC_ 28/04/2017minha estante
faz um tempo que terminei Guerra e Paz, mas ainda falta coragem de voltar a ler Tolstói.
vou reler sua resenha quando decidir encarar Anna Karienina.

interessante,
uma frase vinha repetidamente a minha cabeça enquanto ainda estava nas 500 páginas "iniciais" de Guerra e Paz, e era assim : "Não é Dostoiévski, não é Dostoiévski., não é Dostoiévski , não é...", depois foi passando e cessou antes do 1o. volume, quando me conformei com o fato.

um amigo me relatou que aconteceu algo do gênero com ele também.
e vc, sentiu algo nesse "sentido" com Anna Karienina?

: I ?




Craotchky 10/11/2021

Breves impressões informais (Só pra constar)
(Uma opinião totalmente pessoal e nada aprofundada.)

Anna Kariênina foi mais um grande título russo que não me encantou. Com isso não quero dizer que não gostei; longe disso. No entanto, acontece que, por ver tanta gente que ama intensamente os livros russos, sempre me perguntei a razão para nenhum deles ter me cativado de forma tão profunda (salvo a exceção, Lolita, que sequer foi escrito em russo...) quanto parece ser com tantos e tantas, a julgar pela profusão de manifestações bastante entusiásticas de inúmeros(as) leitores(as) a respeito dessa literatura. Assim, toda vez que leio um livro proveniente da terra das noites brancas, sinto-me perseguindo aquilo que de tão especial e único tanta gente diz encontrar nas suas páginas. Bem, ainda não foi dessa vez.

O livro até a página 500 me agradou muitíssimo. Sem erudição em demasia, mas com uma elegância calculada e um domínio enorme da escrita por parte do autor, a narrativa não é difícil, sendo mesmo agradável apesar dos temores que pode causar por se tratar de um clássico absoluto. Os personagens são tão bem trabalhados que não me confundi entre eles (como já aconteceu em outras leituras com os nomes próprios russos). Penso que o enredo é o ponto principal e de maior destaque, e Tolstói o desenvolve em ritmo rápido, o que me surpreendeu já que, alguns acontecimentos que eu achava que iriam ocorrer somente lá na frente, acabam se antecipando.

Com esses acontecimentos tão cedo na história me peguei pensando o que aconteceria lá na frente. Pois então, a partir da página 500 senti que o enredo começou a ficar um pouco de lado quando Tolstói começou a inserir assuntos, que imagino, foram relevantes no seu momento histórico, mas que, do meu ponto de vista, não participam do enredo. Temos discussões acerca dos métodos de produção agrícola, a relação com os trabalhadores, o jogo de interesses em eleições para cargos administrativos, as disputas relacionadas ao povo eslavo... Todas essas partes me foram cansativas. Para mim o livro declinou a partir da página 500 (mais ou menos).

Com essas ressalvas, no geral o livro muito me agradou, tanto a narrativa (tecnicamente), quanto os personagens bem detalhados e as relações entre eles que constituem o enredo, propriamente. Após ler mais um clássico indiscutível, sinto o que sempre sinto nesses casos: uma enorme satisfação de conhecer e me apropriar de mais uma obra de referência tão consagrada no universo literário.

EXTRA:
Não poderia encerrar meu parecer sem antes trazer o resultado final do meu caça-palavra pessoal. Tal como eu trouxe no meu terceiro histórico dessa leitura, fiquei tão impressionado com o número de vezes que, até a página 190, li personagens ruborizando-se, que a partir dela resolvi anotar toda a vez que o termo "ruborizou-se" ou alguma variação que o valha aparecesse (Pena não ter anotado desde o ínicio do livro). O balanço final foi o seguinte: a partir da página 190 o termo apareceu no corpo da história 111 vezes (salvo engano). Fazendo um recorte, só entre as páginas 190 e 760 foram 110 aparições! Entre essas páginas a média de aparições é de uma vez a cada 5,18 páginas! Abaixo deixo a lista com o número da página e a respectiva linha em que há aparições (na edição primeira da Cia das letras, 2017):

(Ressalto que contabilizei apenas as vezes que o termo mencionado e/ou suas variações de mesmo radical apareceu. Em outras palavras, não contei, por exemplo, expressões como "tornando-se vermelho" (P236 L6), "corou" (P722 L26), "corado" (P755 L36), embora todas elas contenham o mesmo sentido no contexto.)

P191 L12 / P194 L23 / P196 L22 / P213(x2)L6-L16/ P225(x3)L7-L15-L24 / P227 L25 / P228 L23/ P232(x2) L1-L8 / P235 L27 / P252 L2 / P274 L26 / P275 L32 / P293 L36 / P294 L15 / P297 L11 / P305 L8 / P306(x2) L8-L30 / P314 L26 / P318 L13 / P321 L36 / P324 L19 / P334(X2) L16-L38 / P347 L1 / P370 L15 / P376 L3 / P379 L35 / P388 L16 / P389(x2) L4-L5 / P396 L22 / P402 L25 / P403 L15 / P411 L11 / P414 L21 / P416 L32 / P427(x2) L16-L19 / P433 L17 / P434 L37 / P446(x2) L3-L12 / P454 L27 / P465(x3) L11-L12-L30 / P466 L9 / P467 L12 / P490 L27 / P493 L38 / P494(x2) L1-L2 / P501 L34 / P516 L10 / P522 L5 / P543 L6 / P549 L15 / P555 L6 / P556 L8 / P559 L21 / P564 L30 / P567(x2) L34 / P568 L2 / P574(x3) L17-L22-L26 / P575 L16 / P601 L3 / P602 L2 / P613 L35 / P618 L12 / P634 L33 / P635 L6 / P636 L38 / P642 L3 / P653 L36 / P659 L30 / P663(x2) L23-L24 / P668 L19 / P673 L36 / P674(x5) L20-L27-L30-L32 / P679 L30 / P685 L14 / P697 L9 / P698 L30 / P702 L13 / P703(x3) L29-L32-L36 / P708 L21 / P722 L25 / P723 L12 / P726 L31 / P727 L4 / P741 L4 / P743 L14 / P747 L13 / P759(x3) L2-L7-L29 / 810 L31.
Ari Phanie 10/11/2021minha estante
Kkkk adorei teu caça-palavra. E talvez o fato de tu não te sentir "encantado" pela literatura russa seja simplesmente pq qnd a gente pega um livro de autor russo e ver as críticas, a grande maioria é positiva. Todo mundo parece amar e parece cobrar q o resto do mundo goste tbm, e vc se sente quase obrigado a tbm ficar encantado e coisa e tal. Parece q o errado é vc se n gosta de um livro assim kkk mas isso é bobagem. Um livro precisa ser inspirador, despertar sentimentos em ti, provocar reflexões, se n aconteceu, paciência. Eu n gostei tanto de Os Irmãos Karamazov e dessa vez, n me senti tão chateada por isso como me senti com outros grandes clássicos que eu deveria supostamente gostar.


Craotchky 10/11/2021minha estante
Ye. Acontece que as opiniões sobre os grandes livros russos com frequência são bastante entusiásticas, cheias de elogios efusivos, o que faz com que se crie uma expectativa proporcional.


Ari Phanie 10/11/2021minha estante
Verdade.




Lira Juazeiro 09/04/2023

Um dos meus livros favoritos
Tolstoy constroi personagens de maneira exceptional e já sinto saudade de muitos dos de Anna Karenina, especialmente Kitty, o velho Principe e Levin. Anna Karenina não é a única personagem principal, não é nem a que aparece mais no livro. Levin sim, é o personagem mais presente e o meu favorito depois de Kitty. Anna Karenina, porém, foi o personagem cujo as ações influenciaram, de forma direta ou indireta, a vida de todos os outros personagens. Tive piedade de Anna sim, pois é impossível para alguém que tem empatia não ter piedade de quem sofre. Triste mais ainda por ela não ter encontrando a verdade que Levin encontrou e por ter tomado e se afogado no veneno da vaidade e egoísmo. O fato de ter tido piedade de Anna, não quer dizer que jamais tenha eu gostado da personagem. Foi, simplismente empatia e o desejo que a personagem tivesse descoberto a verdade como Levin, o que teria-lhe transformado a vida. De fato, não consegui em nem um momento gostar nem um pouquinho que seja desta pobre criatura. Desde a sua primeira aparição, quando esta ainda era estimada pelos outros como essa mulher excepcional em todos os quesitos, só conseguia ver uma pessoa falsa, que maneja suas ações premeditadamente para que os outros lhe dêem glória. Tudo que ela conversa e todas as suas interações tem esse único propósito. Ela acha-se digna e merecedora de toda admiração. Ela não aceita essa admiração de forma qualquer, tem que ser expressada com a maior veneração possível. Daí o fato dela odiar o marido, um homem justo e dedicado, mas que não age da maneira passional que o ego de Anna exige. Ela precisa de mais. Ela precisa ser o topo da sociedade. Ela precisa da extrema veneração da sua beleza e inteligência, por todos, a todo o momento. Pq Anna, depois de não se importar com o próprio filho por tanto tempo, quando se acha rejeitada por outros resolve vê-lo e desde então decide que o ama e não ama a filha? Simplismente pq o filho, já aos 9 anos de idade se não me engano, depois de tanto tempo sem vê-la, tem aquela reação extremamente emocional (passional). É aí que ela decide que ama o filho, mas não ama a filha, pois esta sendo ainda bebê, não é capaz de ter aquela reação que afaga o ego da mãe. Há muitas coisas sobre Anna, mas falaremos de Levin. Bastante similar a Anna na sua maneira passional e na forma como as emoções o afeta. Completamente diferente da mesma, nas necessidades da alma e na maneira como ver as outras pessoas. Levin não é perfeito de maneira alguma, tem muitos defeitos como todas as pessoas os têm. Mas Levin tem a necessidade de buscar ser uma pessoa melhor e encontrar seu propósito de vida para que o seu tempo na Terra seja significativo para as outras pessoas. Levin não se importa de maneira nenhuma em ser o tipo de pessoa que agrada a todos, como Anna, ao invés, busca seguir os princípios de acordo com o que considera correto. Enquanto Anna busca a admiração sem medida, mas ela se ver que esse mundo onde ela encontra a admiração é hipócrita e tão falso quanto ela e encontra assim cada vez mais rejeição. Sem conseguir a admiração sem fim que tanto busca, seu único objetivo no mundo, sua vida está acabada. Já Levin que busca a verdade incessantememte, a encontra. A vida de Levin está só começando.
Mundus 09/04/2023minha estante
que tudo! amo livros com título de personagens que não são o principal! não fazia idéia que esse era um, agora é mais um motivo para ler


Lira Juazeiro 09/04/2023minha estante
Anna e Levin são os dois personagens principais, mas com trajetórias separadas. Levin aparece muito mais que Anna na história. Os dois tem apenas um breve emcontro perto do final que não influi muito na história de nem um dos dois. Porém as ações de Anna têm consequências de forma direta ou indireta na vida dos outros personagens. Suponho ser este o motivo do nome do livro :)


Lira Juazeiro 09/04/2023minha estante
Espero que goste. Eu amei :)




Diego 03/01/2018

Aviso para quem se aventurar:
Totalmente sem spoilers.
Então, assim: o livro é um dos mais arrastados que já li, senão o mais arrastado (isso que eu já li calhamaços de 2500 páginas, como Guerra e Paz - do mesmo autor). Eu realmente daria cinco estrelas pro livro pelo final e pelas últimas 60/70 páginas, mas eu não me esqueci do RESTO (o início e o meio). Tolstói constrói uma teia que demora a se propagar, dá um detalhe excessivo...de fato, acho que, das 801 páginas, umas 300 poderiam sair sem muito prejuízo. Você vai ter vontade de atirar o livro na parede de tão arrastado, tem partes deste livro que simplesmente não tem como você continuar se não tiver uma incrível força de vontade ou nunca desistir dos livros que começa a ler (meu caso).

OBS: Eu achei Anna Kariênina mais chato que Ulisses, Guerra e Paz, Moby Dick, Irmãos Karamázov e até do que as partes da estrada em Lolita. O final realmente é muito bom, mas tem partes que...bom... leiam por sua conta e achem o que quiserem.
Salomão N. 03/01/2018minha estante
Achei a leitura dessa obra tão frutífera, mas entendo quem não gosta.
O mais arrastado que eu li foi Middlemarch da George Eliot, que curiosamente era um dos favoritos do Tolstói.


Diego 04/01/2018minha estante
Então, pela nota e pelo meu discurso, parece que não gostei...mas não chegaria tão longe. É um bom livro, mas, mesmo assim, não me encantou =/. Nunca li nada do Eliot.


Mara.Sousa 03/06/2018minha estante
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lucas.pinheiro.5815 19/04/2015

Absolutamente genial.
De todos os aspectos da genialidade na escrita do autor, o que mais me chamou a atenção foi a forma absolutamente real através da qual Tolstoi trabalha a psicologia das personagens. A forma de pensar, de lidar com as situações do dia-dia, de cada personagem é muito real. Personagens complexos, tais como nós.
Cristiano Mützenberg 15/02/2024minha estante
Show! Comecei a ler agora.


lucas.pinheiro.5815 18/02/2024minha estante
Essa minha resenha deveria ter sido melhor ??


Cristiano Mützenberg 21/02/2024minha estante
Lamentável.




Ingrid.Pardinho 03/07/2021

Fabuloso
Ele livro se tornou um dos meua favoritos. A riqueza de detalhes e a trama das relações construídas por Tolstói impressionam. Ao contrário do que o título pode levar a pensar, a história não é só sobre a Anna Kariênina, ela é mais um dos complexos personagens que nos são apresentados. A frase que inicia o livro explica muito bem o sentido da narrativa: "todas as famílias felizes se parecem, cada família é infeliz à sua maneira". Ou seja, Tolstói se preocupa em demonstrar a constituição da sociedade e das relações familiares daquele período, século XIX, mas que até hoje, ainda são percebidas. Aparecem temas como depressão, suicídio, traição, religião, filosofia, entre outros. Além disso, vejo essa obra como um retrado da Rússia czarista, com as contradições da aristocracia, a questão de terras e as guerras. Essa leitura foi uma viagem e sinto que sou uma pessoa diferente depois dela.
Srta.ayee 03/07/2021minha estante
Foi uma das minhas leituras favoritas da vida também. Fiquei em suspenso o livro todo sobre qual ideia ele passaria por causa das constantes mudanças de ponto de vista, que mostravam pensamentos variados sobre a postura dos personagens, mas no finalzinho mesmo senti que pendeu pra um fechamento moralista, como condizia com o período. É por isso que, no fundo, não consigo gostar muito de Lievin mesmo sem ele ter realmente feito alguma coisa errada. Mas continuei apaixonada pelo livro!


Ingrid.Pardinho 03/07/2021minha estante
Eu identifiquei o Liévin como um personagem muito parecido com o próprio Tolstói. Eu tomei por base a biografia do autor e o livro Uma Confissão onde ele expõe vários pensamentos sobre suicídio, sentido da vida, família e religião. E sim, também senti que o último capítulo foi destinado a reflexões de cunho mais moralista. Mas, as idéias de Liévin sobre rejeitar os dogmas da igreja foi algo bem audacioso (tanto que Tolstói foi excomungado). Enfim, adorei o livro.


Srta.ayee 03/07/2021minha estante
Sim, eu adorei também. Eu já conhecia essa associação entre o autor e o personagem, mas tento pensar no Liévin de maneira mais ou menos isolada. Mas também acho que foram exatamente essas ousadias de Tolstói, sinto que presentes nas duas histórias do livro, mostrando alguns pontos de vista bem controversos para a época, que me mantiveram em dúvida sobre o tipo de fechamento que a obra teria. Eu sabia os acontecimentos, mas a forma de contar é que faz toda diferença, no fim das contas. De qualquer maneira, o moralismo que eu percebi no fim não me fez amar menos, ainda é uma das minhas leituras preferidas da vida!




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