Giovanna Araujo 27/09/2023
Consigo ver o valor desse livro e porque as pessoas gostam muito dele, mas não me chamou nenhuma atenção, infelizmente.
Em diversos momentos, pude me identificar com os personagens de maneiras muito específicas. Às vezes eu até me assustava porque eu via escrito sentimentos que eu não conseguia colocar em palavras, mas, tirando esse fator da identificação, não consegui gostar de mais nada no livro.
Eu entendo que o objetivo de Pessoa Normais não é narrar uma história com grandes momentos ou plot-twists, e sim trazer uma narrativa com personagens que são pessoas normais, que vivem vidas normais, têm dilemas normais.... Mas achei tudo tão entediante.
O que carrega o livro é realmente a identificação com o personagem, mas, depois de alguns capítulos, as decisões e as falas dos personagens deixaram de fazer sentido e começaram a ser apenas insuportáveis, babacas e repetitivas. Até a questão política da história deixou de ser um fator interessante e passou a ser só mais uma escolha de narrativa sem sentido nenhum que dava pra ser cortado e não faria nenhuma falta. Dava pra trazer uma discussão legal sobre as diferenças econômicas e sociais da Marianne e do Connell e como isso afetava a relação dos dois tanto entre eles quanto em sociedade, mas depois de um diálogo mínimo e superficial entre os dois, a questão é esquecida e a única parte política do livro que nós vemos é a Marianne sendo a típica menina branca e rica indo à protestos para se sentir melhor com ela mesma.
Esse livro entrou pra minha lista dos "livros que eu prefiro a adaptação", porque, na série, eu consegui me conectar emocionalmente com os personagens e a história de uma maneira muito melhor e mais fácil.