Com armas sonolentas

Com armas sonolentas Carola Saavedra




Resenhas - Com Armas Sonolentas


148 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Fran Piva 01/07/2023

Sobre ancestralidade, maternidade e a eterna busca de si
Trata da história de três mulheres: Anna, Fátima e Maike. Vivendo cada uma experiências próprias de solidão, buscam, cada uma a sua maneira a busca de si. Porém, algo as ligam.
No inicio, não dá pra entender porque são trazidas histórias de mulheres tão diferentes, mas no final tudo faz sentido.
Um bom livro!
comentários(0)comente



Vany 24/06/2023

Final em aberto ?
Um livro tão bom. Uma história encantadora, onde tudo que é, já foi, e será, não existe, ou se existe se modifica, e tudo oq já foi não existe e vive dentro de sua inexistência.
A linha de partida se torna o trajeto que se embrenha com o linha de chegada.
Tudo p ser ???? ? Mas o final em aberto, sem resolução, que me deixou no meio do caminho, portanto, no início, em nada me agradou. Deveria ter terminado qdo Maike se tornou Fênix.
comentários(0)comente



Lisa 07/05/2023

Nos braços de Hipnos
"Com armas sonolentas" é um livro peculiar, distinto, poderíamos até dizer, com uma personalidade autêntica. A escrita é fagocitosa, come-se as divisões, os diálogos, os espaços, as falas seguem encadeadas sem brechas, em um fluxo contínuo, confuso, quase como se não houvesse uma noção clara do tempo. E o tempo é um grande ator aqui, ou melhor, a sua liquidez.

Quando penso na escrita e fluxo dessa história, me vem a lembrança o quadro "A persistência da Memória" de Dalí e a escrita evocativa do Saramago em "Ensaio sobre a cegueira". É um livro que se apresenta surrealista, com um tempo que não parece linear, com acontecimentos que não parecem lógicos. A priori não me agradou, com o avanço fui compreendendo a intenção e se ainda não amei, passei a admirar.

Mas não só o tempo, o estado de vigília é outro protagonista nessa história. Os acontecimentos mais significativos, que provocam mudança na vida das personagens ou que esclarecem e revelam informações importantes ao leitor acontecem em estados de sono, no limiar entre o acordar e o dormir, na incerteza do sonho ou da realidade fazendo jus ao seu título, com armas sonolentas.

A temática é também interessante, temos três vozes aqui, Ana, uma atriz brasileira que querendo ser famosa acaba indo parar na Alemanha casada com um homem que mal descobre conhecer, grávida, gestando mas nunca uma mãe. Temos a sua filha abandonada em um parque e adotada por uma família em que não sente pertencer; a avó, a raiz que as une, uma empregada de origem indígena, abusada e explorada por uma família branca. O real se mistura com o fantasioso e o ancestral e o final fica suspenso no ar.

Gostei da atenção e a variedade de detalhes empregados, tanto na escrita como na seleção de temas que perpassam desde o dilema e significado do que é maternar e o custo disso, como a crise e descoberta de quem é e qual seu lugar no mundo. Saavedra vem se apresentando como um expoente em nossa literatura nacional, dando visibilidade ao potencial brasileiro. Gostei do recorte e da ausência de julgamento, são personagens complicados e doloridos com escolhas difíceis, Ana principalmente. E sua mãe, a única personagem que não possui nome, silenciada por toda sua vida, não nomeada nem mesmo quando recebe a voz para narrar sua própria história. Como disse, é peculiar e com isso não agrada uma boa maioria (na TAG), para mim foi uma experiência diferente e com certeza, marcante, mas não me tentou a reler.
comentários(0)comente



Luciana.Lourenco 07/05/2023

Este é um romance sobre a maternidade e seus sentimentos silenciados e contraditórios, assim como os mecanismos e as armas secretas do inconsciente.
"O amor? O amor é uma súbita falha no universo."
comentários(0)comente



Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 03/05/2023

Sugestão de Leitura
"Com Armas Sonolentas", publicado em 2022, conta a história de três mulheres, todas elas narradas em terceira pessoa. Anna, uma aspirante a atriz brasileira de vinte e poucos anos, vê no casamento com um diretor alemão sua oportunidade de ascensão. Maike, uma jovem alemã que desiste da carreira de advogada para dedicar-se a estudar o idioma português, e decide morar um tempo no Rio de Janeiro para encontrar sua real identidade. E, por fim, a Avó, uma mulher que passou a vida faxinando a casa de uma rica família de Copacabana e, conforme envelhece, perde o contato com a realidade.
Conforme a história destas três personagens avança, vamos percebendo que elas estão conectadas de alguma maneira, mas só descobrimos como ao final do livro, o que proporciona um momento lindo que me deixou emocionada.

Se você não quer receber spoiler sobre esta conexão, sugiro pular os próximos parágrafos.
Demorei um pouquinho para entender como as três personagens estavam ligadas, mas valeu a pena seguir com a leitura, então vou organizar os enredos em ordem cronológica.
A Avó não tem nome, e acho que foi proposital, para mostrar como as empregadas domésticas são invisibilizadas. Ela chega na casa de Dona Clotilde ainda adolescente, e logo Renan, o filho mais velho da família, começa a visitá-la de noite no quartinho de serviço, e ela eventualmente fica grávida. A família descobre, manda Renan para os Estados Unidos (que nunca fica sabendo da gravidez) e passa a prover alguns recursos para a filha, sob promessa de que nunca se conte para ela quem é o verdadeiro pai. A Avó envelhece, cada vez mais explorada por Dona Clotilde, enquanto sua filha cresce envergonhada de sua mãe.
A menina cresce, e é Anna. Seus estudos de atriz são pagos por Dona Clotilde, e a cada dia que passa ela se sente mais e mais desconectada da mãe/Avó, e a família rica de Copacabana. É quando ela sai de casa, vai morar numa pensão e conhece o tal diretor alemão. Quando ela se casa com ele e se muda para a Alemanha, a vida dela piora. Ela se vê trancada dentro de casa, esposa de um marido que viaja o tempo todo e a deixa isolada de tudo e todos, sem saber falar o idioma e sem emprego. Anna vive uma vida meio "Papel de Parede Amarelo". Ela engravida do marido, mas imediatamente rejeita o bebê. Ele não permite que ela faça um aborto então, quando a criança nasce, Anna a abandona em um parque e foge de volta para o Brasil.
A criança abandonada no parque é Maike. Maike sente uma atração inexplicável pelo Brasil e pelo português, e sente que não pertence à família que tem (ela não sabe que é adotada). Essa desconexão se avoluma dentro dela até que fica insuportável. Quando ela vem de intercâmbio para o Rio de Janeiro, falando um parco português, ela chega na terça-feira de Carnaval e conhece pessoas ao longo do dia, no meio da folia. Estas pessoas a levam a uma peça de teatro - e adivinhem quem é a atriz da peça? Anna. E quem está na calçada do lado de fora do teatro, falando coisas sem sentido na sarjeta? A Avó.

A Avó não sabe que está falando com sua neta, e vice-versa. Maike também não sabe que sua mãe é a protagonista da peça, e Anna não tem a menor ideia de que sua filha, abandonada quase vinte anos atrás, está ali no teatro. As três gerações da família se reúnem, sem saber deste encontro, sem ter a menor ideia de que tudo o que procuram está, literalmente, ao alcance das mãos. Esse reencontro/desencontro é de partir o coração, e fiquei profundamente emocionada. E é só nesta cena que o leitor descobre que elas são Avó-Mãe- Filha. Lindo, lindo, lindo.

É uma leitura que recomendo muito.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2023/05/tag-livros-agosto-2022-com-armas.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Neilson.Medeiros 20/04/2023

??um pequeno riacho, e logo em frente um casebre amarelo, ali, o lado de dentro é também o lado de fora. Feito uma fita de Möbius.?

Esse romance me acertou em cheio. Primeiro a gente vai tentando compreender os mistérios tecidos entre as três personagens. Depois a gente percebe que não adianta buscar tantas respostas. Elas podem até existir, mas perguntar parece ser o motor dessa história. Onde? Quem? Como? Os limites da lógica simplesmente se desfazem e a jornada se torna mais interessante quando percebemos que a fita de Möbius é uma chave importante. A graça dessa história é o labirinto onírico que despedaça um pouco a vidraça da lógica do começo, meio e fim. Prefiro pensar em avó, mãe e filha. Toda juntas e separadas, todas ao mesmo tempo, indo e vindo sob a proteção de uma capivara. Talvez as três faces de Hécate, soberana segurando suas tochas na encruzilhada? E claro: na interseção dessas vias, a dor, o abandono, a exploração e o sentimento de deslocamento. Já se tornou um dos preferidos deste ano.
comentários(0)comente



Lorena Alhadeff 27/03/2023

Trágico e de mal gosto
O livro teve momentos instigantes?
Mas a história que me pareceu uma busca a si mesmo e despertar das origens, bailando entre a realidade e a fantasia, perdeu totalmente o encanto pelos diálogos maçantes. Me chamou a atenção (negativamente) a violência à mulher, exposta com requinte de detalhes. Também havia homens sempre violentos, mal
intencionados ou omissos (misandria?), Cristãos sempre ruins e hipócritas, um deus sempre minúsculo e um Lúcifer Maiúsculo.
Concluindo, em minha opinião, um foi um compilado de bizarrices e bobagens misturado a doses de preconceito.
comentários(0)comente



Bianca 25/03/2023

Sonolentas
O conhecimento está na garganta. Quem sou eu? Pra onde estou indo? Pergunte à capivara. Uma viagem. Muito boa.
comentários(0)comente



debonasf 14/03/2023

Minha resenha
Um ótimo livro que retrata a vida de 3 mulheres e todas estão relacionadas com o Brasil de certa forma já que duas são brasileiras e uma é uma alemã que começa a aprender português
comentários(0)comente



nsilvamarques 11/03/2023

O livro retrata três mulheres com trajetórias de vida muito diferentes, porém com aflições que se interligam.
Temos Anna, a atriz brasileira, que deseja melhorar suas condições de vida, que.nao deseja ser mãe. Mas que volta e meia se encontra com um abismo dentro de si, uma falta de sentido para a vida.
Temos Maike, uma jovem adulta alemã desajustada, que decide estudar português. Que procura se conhecer, entender a origem de sua sensação de não pertencimento.
E temos a (avó). Invisível, empregada doméstica de uma tradicional família brasileira, se é que me entendem. Abusada de várias formas.
Todas elas tristes, desconectadas de seu território. Todas elas um pouco loucas. Todas elas bebendo de poções oníricas, para completar o sentido que a realidade não mostra.
comentários(0)comente



Chele 09/03/2023

Com armas sonolentas conta a história de três mulheres em suas agonias e aflições e sobretudo abandono e exílio. Carregado de fantasia vai-se atravesando sobre o desenvolvimento dessas três mulheres e suas trajetórias de seus corpos e mentes com notas de invisibilidade, trabalho doméstico e escravidão.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Diliane1 30/01/2023

Minha cabeça tá explodindo e meu coração sangrando
Que livro!!
São 4 mulheres, na verdade. É tão confuso quanto é potente.

Uma escrita magnífica, uma história não menos que verdadeira em tantos lares.

Li rápido demais, ele merece uma análise mais profunda. Um tempo pra sentir melhor as palavras.

Não entendi o título em relação à história, e o final ainda está confuso pra mim, por isso não dei nota 5. Nada que numa releitura não possa modificar.
comentários(0)comente



Akemi Shibuya 21/01/2023

?Não, eu não sou um monstro, eu sou só uma pessoa. (Silêncio) Mas, por algum motivo, a ideia do monstro me ronda e insiste e estende suas garras sobre mim. - Anna.?
comentários(0)comente



148 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR