Nathy 11/04/2022
Uma distopia radical colocando todo o poder nas mãos das mulheres, poder de eletrocutar as pessoas.
Em um futuro distópico, as adolescente começam a desenvolver uma ?trama? na clavícula que dá o poder de eletrocutar alguém. Quando elas descobrem que podem despertar esse poder também em mulheres mais velhas, em pouco tempo todas no mundo começam a usar a trama, invertendo os papéis de poder com os homens. Em muitos países uma guerra civil se instaura, cultos femininos surgem, uma religião transformada, uma ditadura radical, exércitos de mulheres e isso é só o começo.
Eu AMEI a premissa e gostei de mais da leitura! As personagens expressam bem várias partes do mundo machista e fazem a crítica chegar em quem tá lendo.
A autora inverte radicalmente os papéis impostos pela sociedade, principalmente em países EXTREMAMENTE machista, que ainda fazem tráfico de mulheres e que elas quase não tem direitos. Realmente não é um romance feminista, até porque essa relação desbalanceada não é o que o feminismo propõe. É uma narrativa extremista de como seria se fosse tudo ao contrário.
O mais genial é que a autora não inventa coisas extraordinárias, ela se baseia no mundo de hoje para trazer essa ficção especulativa.
A parte do poder não é muito explicada, mas também não achei que era sobre isso, e sim sobre as consequências e acarretamentos dessa mudança. Vi muita gente reclamando que a autora não mergulha mais nisso, mas pra mim foi mais de ?aceitar que é assim e vamos ver no que dá?.
O livro é narrado em diferentes pontos de vistas que acabam se encontrando uma hora ou outra, tendo um ponto de vista masculino também, de um jornalista documentando o que está acontecendo no mundo.
Eu me diverti bastante lendo por ser uma leitura rápida e ter passagens absurdas, mas também muito pensativa, pois expõe explicitamente os problemas da nossa sociedade atual.
??Alerta de gatilhos!!!!!! Pesquisem antes de ler!