Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis...




Resenhas - Esaú e Jacó


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Karen 15/04/2022

Propaganda enganosa
O livro promete ser um romance de triângulo amoroso entre uma jovem e um par de gêmeos que brigam entre si para conquistar seu amor. Mas na verdade é um livro sobre o cenário político da proclamação da República.
O livro se arrasta com opiniões desnecessárias do autor, a jovem motivo da discórdia aparece apenas na metade do livro em diante e não há brigas para conquista-la, nem sequer declarações entre eles, uma tremenda amarração de assunto mascarado com outro.
Não recomendo!
Shadai.Vieira 19/05/2022minha estante
estou custando para terminar. um livro com essas páginas costumo ler no máximo em 1 semana, esse já estou há 2 semanas. é o que menos gostei do machado.




Cvalda 01/02/2013

Monarquia x República
Esaú e Jacó possui um enredo em si um tanto quanto enfadonho, porém a narrativa de Machado acaba envolvendo o leitor que praticamente passa a fazer parte da história, tornando a leitura mais suave. Além disso, há muito significado por trás deste tal enredo. Os meninos iniciam as discórdias já no útero, e nada os fará ser amigos, nem mesmo o último pedido de sua mãe. Uma das explicações para tal rivalidade aparece no início, quando a mãe ao vê-los brigar os agrada, ou seja, a adoração da mãe faz com que briguem tanto. Entretanto, há uma causa alegórica para tais desavenças, Pedro, monarquista se mostra mais conservador, enquanto Paulo é republicano e está sempre em busca de progresso, representando a situação dividida do país naquela época, entre a monarquia e a república. Flora, exemplifica a situação "inexplicável" do país, e seu pai Batista é a cara de muitos, indo sempre aonde o poder está, não tendo uma opinião própria. Outra situação apontada no livro é a "indiferença" das pessoas, inclusive o próprio Aires perante a proclamação da república, como se não soubessem ao certo o que acontece.
Particularmente eu não gostei muito da história, talvez um dos motivos seja eu não entender e não gostar muito do assunto política. Confesso que quase abandonei na metade, o que salva é o jeito como Machado de Assis encanta o leitor com seu modo de escrever.
Fabio Vergara 18/11/2013minha estante
Heheh... acho que você está errado. Afinal, sua resenha, de todas as que eu li, é a única que "entende" a história, e a questão política envolvida. Uma pena você ter abandonado a leitura. Mas mesmo assim, sua análise é excelente. Parabéns.




Wagner 30/09/2013

TABULETA NOVA

- Mas o que é que há ? perguntou Aires.
- A República está proclamada?
-Já há governo?
- Penso que já; mas diga-me: Vossa Excelência ouviu alguém acusar-me jamais de atacar o governo Ninguém. Entretanto... Ajude-me a sair deste embaraço. A tabuleta está pronta, o nome todo pintado – “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O pintor teima em que lhe pague o trabalho, para então fazer outro. Eu, se a obra não estivesse acabada, mudava de título, por mais que me custasse, mas hei de perder o dinheiro que gastei. Vossa Excelência crê que, se ficar “império”, venham quebrar-me as vidraças.
Fábio Pinho 04/05/2014minha estante
Essa foi a melhor parte do livro, que de resto eu achei muito fraquinho




Lethycia Dias 29/11/2018

Ódio entre irmãos
O romance "Esaú e Jacó" tem seu título inspirado nos personagens bíblicos de mesmo nome, dois irmãos que rivalizam entre si, e isso sintetiza o mote principal da história.
Quando Natividade visita uma vidente para saber sobre o futuro de seus filhos gêmeos nascidos há pouco tempo, recebe a previsão de que os dois farão coisas grandes na vida. Mas a mulher comenta a gravidez conturbada, cuja explicação seria de que os meninos já brigavam entre si durante a gestação.
Os gêmeos Pedro e Paulo crescem parecendo competir em tudo na vida. Na infância, estão sempre dispostos a brigar e discutir. Conforme crescem, desenvolvem opiniões opostas sobre tudo, até na política. Um é abolicionista, o outro a favor da escravidão; um é monarquista, o outro republicano. A rivalidade chega ao extremo quando os dois se apaixonam pela mesma moça, que por sua vez não sabe de qual dos dois gosta mais.
A história se desenvolve bem até a trama envolvendo a moça, que se chama Flora. A partir daí, a trama fica mais lenta e ate arrastada. Os aspectos mais interessantes são a ironia de Machado, com comentários bastante críticos e divertidos sobre o caráter dos personagens; e a presença do Conselheiro Aires, personagem do romance Memorial de Aires. Aqui ele participa da história e há passagens em que faz anotações em seu memorial. Isso é que eu chamo de crossover!
Também é interessante a referência a fatos históricos, como a abolição da escravatura e a proclamação da república e como os personagens vivenciam esses momentos. Poucas vezes eu li sobre esses eventos na nossa literatura e adorei ver o núcleo de "Esaú e Jacó" reagindo a eles.
A edição que comprei num sebo, apesar de antiga, é bem contextualizada com muitas notas de rodapé, explicando referências históricas e culturais e lugares do Rio de Janeiro que deixaram de existir ou mudaram de nome após o tempo de Machado.
ritanog 29/01/2019minha estante
Algumas pessoas interpretam o triângulo amoroso de Flora, Pedro e Paulo como a personificação do povo (Flora) Monarquia (Pedro) e a República (Paulo).




DIÓGENES ARAÚJO 10/07/2013

Abaixo da espectativa
Em se tratando de Machado de Assis, eu esperava mais desse livro.
Fábio Pinho 04/05/2014minha estante
Concordo




Gabriel 30/06/2020

Esperava mais :/
De início a obra me pareceu bem interessante... depois entrou na monotonia. Conforme fui chegando ao fim foi ficando novamente interessante, e logo depois ficou chata de novo.

Resumo: fica ruim no começo, mas quando você chega no fim, parece que tá no começo.
Teca 24/08/2020minha estante
"Ruim no começo e no final" "esperava mais" = 5 ESTRELAS!
KKKKK se decida




Laís 01/01/2010

Ler Esaú e Jacó é uma delícia - não imaginei que fosse tão bom! A linguagem de Machado de Assis é pessoal, saborosa e bela. No entanto, a edição da Martin Claret apresenta muitos erros, infelizmente. No capítulo XLVIII (Terpsícore), por exemplo, o trecho correto seria:

"Não envelheças, amiga minha, por mais que os anos te convidem a deixar a primavera; quando muito, aceita o estio. O estio é bom, cálido, as noites são breves, é certo, mas as madrugadas não trazem neblina, e o céu aparece logo azul. (...)"

Na versão da Martin Claret, as palavras anos e estio são substituídas por anjos e estilo, respectivamente (tirando boa parte da beleza do texto). É uma pena, portanto, visto que perde-se muito da essência do texto. Ainda assim, é uma bela obra tanto por seu valor histórico como pela linguagem (mas o enredo não é tão intrigante assim - e é bastante previsível).
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Bill 22/04/2010minha estante
Caramba, Lali! Como descobriu, em um livro inteiro, duas palavras erradas? Parabéns pela resenha.




godoi 13/09/2009

Um ótimo livro, como todos os da fase madura, porém neste se sente o peso da idade do autor em toda a obra.

Conta a história de Pedro e Paulo, gemêos que já brigavam no ventre,a partir da visão do conselheiro Aires. O livro mostra a vida dos dois, sempre opostos, primeiro na política e depois no amor.
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d3legado 09/06/2009

muito bom (:
obra muito bem escrita, típica de Machado de Assis.
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leandro_sa 15/04/2011

Metáfora das mais bem construídas da Literatura Brasileira
O combate ideológico dos gêmemos de "Esaú e Jacó" demosntra o quanto as noções de Monarquia e República são iguais.

Machado trabalha de maneira magistral um dos topos fundamentais da literatura, o conflito familiar, contextualizando-o com um dos eventos mais emblemáticos da História do Brasil, a Proclamação da República.
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Valfloripa 10/04/2011

Para sempre.
Esse romance, sempre aparece na lista de obra e autores, de livros para serem lidos para concorrer a uma vaga nos vestibulares, como sempre os estudantes não gastam! Porém ao termino da leitura muitas surpresas inesquecíveis iriam acontece que ficariam marcadas para sempre.
Esaú e Jacó, ou melhor, Pedro e Paulo, vão se o nosso guia que descreveram através da sua história o modo de viver de uma sociedade no seu tempo e espaço, mostrando a luta do homem burguês perante as grandes transformações que estava passando e que iriam enfrentar no sistema político- social que desejava se mantiver no poder.
A história é descrita através dos vários conflitos e rivalidade entre os gêmeos Pedro e Paulo;(Já começaram brigando no ventre materno e continuam se desentendendo vida fora).
Seres que ao longo da sua formação intelectual, moral, política e religiosa vão desenhando as bases que sustentaram a sociedade da época, (período de transição do Império para República). Irá mostra em muitos momentos que os opostos se atraem, que um será o alicerce do outro, para que os dois crescem em outras palavras irão desenvolver vários paradigmas ao longo da história.
Uma bela história tem como ingredientes fundamentais: amor/ódio, morte/vida, vitória/derrota, não poderia faltar à figura feminina que nesse caso Machado de Assis nos brinda com Bárbara-vidente, Natividade- mãe de Pedro e Paulo e Flora a mulher que ambos se apaixonaram.
É uma grande obra, que a mim agrada muito, em outras palavras...
“Bárbara a vidente,
- Coisas futuras!Murmurou finalmente a cabocla.
- Mas, coisas feias?
- Oh!Não!Não! Coisas bonitas, coisas futuras!”





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Ed Siqueira 30/06/2011

A disputa entre irmãos às portas da República
As disputas entre os gêmeos Pedro e Paulo iniciam pessoais e logo se tornam políticas, como as disputas de um mesmo povo que ora se percebe conservador, ora progressista.

O talento de Machado de Assis evita que se tome uns e outros por certos ou errados, resultando a sobriedade diplomática do conselheiro Aires, que não discorda por acaso e nem descrê dos motivos e destinos das correntes contrárias.

O livro funciona também como demonstração dos ânimos com que parte da sociedade brasileira se despediu do Império e recebeu a República, seja nas figuras centrais das famílias Santos e Batista, sempre em torno dos favores da riqueza e da política, seja nas observações menos óbvias dos vendedores e mendigos que dão colorido ao texto.
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Jackie Morena 26/02/2009

A indecisão de Flora é algo impressionate!

A obra é cativante, personagens profundos e bem constituídos... apaixonante!!!

A observação da obra: acho que toda mulher deveria morrer como as personagens femininas de machado....em um suspiro...
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Elaine P. 19/02/2009

O gênio de Machado de Assis
Um dia, resolvi arriscar de ler os primeiros capítulos de "Esaú e Jacó". Quem disse que eu consegui ficar nos primeiros capítulos? Li o dia inteiro, com areia nos olhos por causa da claridade da tela, a luz ambiente se enfraquecendo ao meu redor enquanto a noite avançava. Só consegui largar o livro quando ele acabou, e posso dizer: que livro bom!

O curioso é que o livro é ótimo, mas nem tanto pelo enredo, que é meio vazio em si: irmãos gêmeos que não concordam em nada. Na mão de qualquer outro escritor, mal daria história para um livro, mas estamos falando de Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho. E essa foi uma de suas bruxarias: transformar uma história insossa de desavença fraternal em um romance bem escrito, bem acabado e completamente viciante.

Machado de Assis leva a narrativa onisciente para o próximo nível: ele não só sabe de tudo o que se passa, como dialoga diretamente com o leitor. Não é apenas um simples narrador fiel (ou não) da história, mas o seu guardião, e deixa isso perfeitamente claro. Ele desenvolve uma relação variada com o leitor, ora paternalista, ora amigável, ora submissa. Simplesmente genial.
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