spoiler visualizarSérgio 29/01/2022
Conceito interessante
Achei essa ideia de não existir ninguém intrinsecamente mau ou intrinsecamente bom. Todos tem alguns momentos em que tenham que fazer algo de ruim, porém é plausível a perfídia do Olaf? Obviamente não, vejo que o autor diferencia muito o conceito do errado que os Baudelaire fazem, com os atos criminosos do Conde. Esse conceito mexeu muito comigo, além do fato das vendas, que cegam todos e permitem a todos duvidar de todos, achei uma ótima exemplificação de como nos vemos presos a preceitos (em quem devemos acreditar?) e como isso pode nos levar a morte. Os vilões ali mereciam morrer? Os voluntários viver? Ali todos eram iguais, e totalmente coagidos com informações em discordância que podem levá-los a morte. Em que verdade se debruçar? Existe alguém totalmente certo? Acredito que não. Não tiro nenhuma nobreza dos Baudelaire, mas Handler foi genial ao mostrar que pode-se ser mau sem intenção, sem perceber ou em prol da sua vida. Isso não é egoísmo, apenas a realidade, infelizmente. A profundidade desse livro é tocante, e achei uma clara alegoria à uma sociedade pautada em fake news que tornam o mundo um desarranjo dicotômico em que, nós, cegos, muitas vezes não sabemos em que verdade nos debruçar, e o perigo que a ignorância e as inverdades podem nos levar: a morte.