Resistência

Resistência Affinity Konar




Resenhas - Resistência


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Rayane139 18/10/2022

bom, mas poderia ser melhor.
A história é bastante envolvente, mas a narrativa do livro não. Leitura extremamente arrastada, a narrativa de Stasha me deixou bastante estressada, tinha que me esforçar bastante para manter o foco. O livro tem várias atrocidades e são bastante explícitas, é muito triste e doloroso saber que a maioria dessas coisas realmente aconteceu. Não me emocionei como eu estava esperando, creio que pode ter sido porque não consegui criar um vínculo com as personagens. Leitura poética ainda não é meu estilo, não consegui me adaptar e gostar desse tipo de escrita. Mas o livro é interessante, as reviravoltas são intensas e angustiantes. É uma leitura pesada e eu não considero um romance.
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Sandrics 07/02/2019

Pearl e Stacha são gêmeas inseparáveis, daquelas com direito a "poder de gêmeos", que compartilham sensações e segredos sem precisar de palavras. Estamos na Polônia, em plena Segunda Guerra Mundial, e as meninas, judias, são levadas ao campo de concentração de Auschwitz e deixadas "aos cuidados" do Dr Mengele, Anjo da Morte, criatura desprezível cujo único objetivo é destruir a vida dessas crianças na tentativa de expandir seus estudos sobre genética da maneira mais desumana possível.

Baita enredo não é mesmo? O que incomoda nesse caso é que essa é uma história baseada em fatos reais. Gêmeos separados, despidos, torturados, e mortos em nome da ambição e crueldade de um homem.

A história é narrada em primeira pessoa pelas duas meninas alternadamente e é possível perceber o quanto elas são diferentes apesar de lutarem para serem iguais e permanecerem ligadas apesar das tentativas do monstro de separa-las. .
Esse é um livro intenso e difícil de digerir, apesar de extremamente fluído, há momentos em que é necessário parar a leitura, dar uma respirada, e tentar acreditar que o bem prevalece, pois a quantidade de ódio e crueldade direcionada às pessoas no campo de concentração é insana.

Achei interessante que a parte final do livro foca no momento em que as pessoas são libertas do campo, e não é assim tudo lindo como vemos em filmes. O perigo era constante. O frio e a fome eram intensos.
.
Quando a inocência vence o medo, a tortura, o ódio, ela se torna resistência.

Eu poderia falar muito mais sobre esse livro, que vai muito além da história, quando alcançamos os fatos e tentamos entender como algo assim pôde acontecer, e não sofrer nenhuma punição. Quantas vidas e famílias e almas foram quebradas e despedaçadas. Mas acredito que seja impossível expressar em palavras.
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maria @mariandonoslivros 17/12/2017

Um aprendizado em forma de livro.
Resistência é o romance de estreia da escritora Affinity Konar, que retrata a historia real das irmãs gêmeas Eva e Miriam Mozes sobreviventes da Segunda Guerra Mundial. É sempre narrado em primeira pessoa (pelas duas irmãs) ao longo de suas 320 paginas. A cada capitulo você sofre pela história das pequenas e se enxerga em suas peles, fazendo com que a leitura chegue a um nível pessoal muito forte. E posso dizer que esta experiência foi uma das mais perturbadoras, essenciais e especiais que já tive.

Pearl e Stasha são inseparáveis. Após serem enviadas juntamente de sua família para o campo de concentração Auschwitz, ambas ficam a merce de um homem que podemos considerar ser uma das criaturas mais horripilantemente cruéis que já existiram: Josef Mengele, ou Anjo da Morte, um suposto medico que fez atrocidades com inúmeras crianças em nome de sua suposta ciência. Mengele, criou o chamado "Zoológico de Mengele", onde sequestrava e mandia sobre carcere privado crianças gêmeas, albinas e com algum tipo de deformidade para fim de utilizá-las e suas insanas experiencias. Ou final, estas crianças era usadas e a unica coisa que restava era uma imensidão de dor e sofrimento.

O livro se desenvolve a partir do momento em que nossas gêmeas começam a fazer parte destes tais experimentos. Ambas tem a noção do que esta acontecendo, e aqui fica claro o quanto elas lutam para continuarem a ser quem elas são, mesmo com tantas coisas ruins acontecendo ao mesmo tempo. A inocência beirando a insensatez é posta a prova quando nos deparamos com uma Stasha quase submissa a Mengele, o que nos mostra a personalidade de cada uma, além do que se passa em seus interiores, em suas próprias confusões.

Contudo, quando achamos que sabemos de tudo, nos deparamos com um tipo de sentimento que hoje pode ser muito subjugado: o amor entre irmãos. Assim, quando a pequena Pearl desaparece, Stasha contanto com a ajuda de Feliks, um garoto que assim como ela tem muitos desejos e sofreu grandes perdas, move seus e terras para encontrá-la e assim juta vingança a aquele que lhe tirou seu bem mais precioso, sua irmã.

Com caminhos tortuosos pela frente que os farão enfrentar variadas situações colocando a prova suas vidas, ambos mostram o quanto a vida é uma bela e desagradável experiência para a nossa eternidade na Terra.

O ritmo do livro é incrível, e a cada capitulo você se depara com um novo sentimento que o faz querer continuar a ler sem querer parar. Aqui todos os personagens são impecáveis e digo isto por conta se apenas uma características: eles são reais. Seus anseios e desejos são tão reais quanto o ar que respiramos, e nos sentimos tão próximos a eles que quando algumas situações acontecem você se sente tão emocionalmente abalado que fica difícil pensar/sentir/falar em alguma outra coisa tanto que o desejo de abraçá-los e dizer que tudo ficará bem é o que fala mais alto. Os últimos capítulos foram a experiencia mais inquietante que já passei, e assim que o livro terminou fiquei algum tempo sentada tentando assimilar tudo o que li e vivi em poucas horas, e chorei.

Chorei pelas crianças e adultos que sofreram em nome de um ditador. Chorei por tantas vidas perdidas em nome do poder ou da religião. Chorei pela vida que elas perderam e não poderão aproveitar. Chorei pelo mundo ser cruel.

É com toda a certeza, um dos meus livros favoritos e um dos melhores que existem. Me sinto sortuda por não ter desistido dele. Por isso fica aqui a minha dica de leitura. Não será nada fácil, por isso se prepare emocionalmente e se entregue a ele. No final, tudo terá valido a pena, pode apostar.

"Em meu rosa fetal, tive de encarar essa verdade: sem ela eu seria apenas um pedaço, uma coisa sem valor algum, um ser humano incapaz de amar.''

Beijos de luz, Maria ノ゚ο゚)ノミ★゜*。・+☆
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Bia Kollenz 11/06/2018

Resistência
Resistência é o primeiro livro publicado da autora Affinity Konar e conta a história de duas irmãs gemas: Pearl e Stasha. O livro começa quando as irmãs são levadas de um trem de carga para Auschwitz, enquanto tentavam escapar junto da mãe e do avô. Ambas são meninas muito inteligentes e curiosas, Pearl se destaca por suas aptidões artísticas enquanto Stasha pela sua animação e eloquência. O romance se passa a em 1944 e é centrado no Zoológico de Mengele. Misturando fatos reais ao mundo ficcional, o livro é um retrato doloroso dos horrores da segunda guerra mundial.

Pearl é responsável pela tristeza, pela bondade e pelo passado. Stasha é responsável pela diversão, pelo futuro e pelo mal. Essa divisão de responsabilidades entre as duas logo no início do livro retrata muito bem o caminho que seguirão, e o que um campo de concentração é capaz de fazer. A inocência das meninas é tomada muito cedo, bem como a esperança de um futuro melhor. Ao longo das páginas vemos uma degradação física e emocional das irmãs que são obrigadas a enfrentar sessões e mais sessões de testes e experimentos científicos, sem nenhum embasamento. A parte mais cruel disso tudo, é que foi real.

Josef Mengele realizava experimentos com gêmeos, albinos, anões, ciganos, judeus, deficientes e a lista não para. Suas experimentações iam desde tentar criar gêmeos siameses costurando pessoas até injetar substâncias e vírus para “testar” as reações. Gêmeos eram os seus preferidos, e por mais terrível que pareça, pertencer ao Zoológico era um destino muito melhor que o dos demais dentro de Auschwitz. Lá ainda existiam mais chances de você ser alimentado, de ter algum conforto e de sobreviver.

Affinity Konar se inspirou na vida das irmãs Eva e Miriam Mozes que viveram no campo de concentração e sofreram com os experimentos de Mengele. Apesar de terem sobrevivido carregaram seqüelas pelo resto da vida. Elas tiveram várias doenças como câncer, tuberculose, falência dos rins, além de Eva sofrer com diversos abortos espontâneos, tudo conseqüência dos experimentos.

Vemos alguns fatos reais presentes no livro: as irmãs Mozes aparecem em um ponto da narrativa, observamos cenas de injeções de substancias nos olhos bem como de vírus, uso de água fervente como tortura, vivisseções, alguns dos vários horrores causados pelo conhecido Anjo da Morte. Além das irmãs temos a presença de uma família anã, provavelmente inspirada na família Ovitz que viveu no campo de concentração.

O próprio Mengele é um ator central da trama. Famoso por ser um dos principais médicos nazistas, curiosamente ele possui uma ligação com o Brasil. Mengele fugiu para o Paraná depois de uma operação do Mossad em Buenos Aires que capturou Adolf Eichmann. Josef morreu em 1979, vítima de um afogamento em São Paulo.

A autora não nos poupa em nenhum momento da história. Pearl e Stasha perdem todo seu orgulho e humanidade nas mãos dos médicos de Auschwitz, personagens coadjuvantes também fazem parte dessa sinfonia macabra que não perdoa ninguém aos olhos do nazismo. A esperança é tomada a cada tortura, no final não sobra muito de ninguém. A escrita da autora é muito bela. Ela consegue dar uma voz diferente para cada uma das irmãs.

Percebemos isso ao longo dos capítulos que são intercalados, hora narrados por Pearl que é mais realista, hora narrados por Stasha que vive em um mundo próprio, repleto de magia e que se torna mais assustador a cada página. Outros personagens também se destacam como Bruna uma albina russa que protege as meninas da sua maneira, o Pai dos Gêmeos que trabalha no campo na seleção de gêmeos, Feliks um gêmeo que sofre nas mãos de Mengele e Peter, um menino que trabalha como garoto de recados no campo. Cada personagem tem sua cor e sua voz e o mais importante, tem seu crescimento dentro da trama.

Apesar de possuir uma história forte, considero Resistência um livro muitíssimo recomendado. Minhas expectativas não só foram atendidas como também superadas. Infelizmente não foi um livro que eu consegui ler rápido, senti a necessidade de digerir aos poucos o que acontecia e de também pesquisar mais sobre o assunto. Ler sobre pessoas sendo torturadas pode ser perturbador, mas encarar isso como um fato da nossa história é importante para evitar que isso ocorra no futuro.

site: https://www.laoliphant.com.br/resenhas/resenha-resistencia-affinity-konar
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Erika Alcantara @literandofotos 17/03/2018

Jamais diga que chegou ao fim
Quando céus de chumbo anunciarem um futuro amargo;
Pois certamente a hora que desejamos ainda vai chegar
E na marcha nossos passos serão trovoadas: sobreviveremos.
A música da guerrilha, a música da resistência judaica.

O livro é narrado por as duas protagonistas, Pearl e Stasha, dividido em dois tempos, dentro de auschuwitz e após a queda do campo na devastação que a guerra deixou. Pearl e Stasha são gêmeas e por isso caiu nas mãos do médico mengele conhecido como anjo da morte, as crianças gêmeos são objetos de pesquisa e experimentos no ?zoólogo? humano.
Resistência conta através das crianças os horrores dentro do campo de concentração.
Inspirado na história real das gêmeas Eva e Miriam Mozes.
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Aline Marques 03/02/2018

A beleza permanece [IG @ousejalivros]
Pearl e Stasha Zagorski são a metade uma da outra, gêmeas idênticas conhecedoras do poder de suas similaridades e intimidade, inseparáveis e completas.

Até serem apresentadas a Auschwitz e seu "Anjo da Morte". Dr. Mengele anseia por conquistar tal poder. As características e ligação dos gêmeos é um tipo de milagre e, como anjo, ele deveria ser capaz de dominá-lo, independente do custo... para os outros.

Durante as experiências (lê-se tortura), Pearl luta para esconder de sua irmã as sombras que dominam seu coração, enquanto Stasha faz o mesmo. Incompletas e perdidas, se distanciam uma da outra, de si mesmas e de todas as suas certezas.

E então, o impensável acontece e uma árdua jornada se inicia.

Com uma narrativa que oscila entre o fantástico e o confuso, Konar retrata a fragilidade da paz e a força da esperança, ao se inspirar em histórias reais de um período que jamais deveria ter existido.

Reflexões repletas de sensibilidade e criatividade, diminuem (minimamente) o impacto dos acontecimentos, mantendo o leitor suspenso entre o horror e a fantasia.
Admito que tais características não atraem todos, influenciando muito o ritmo de leitura e o envolvimento com a história/personagens.

Compreender que quando a crueldade assume o comando, a beleza presente nos pensamentos, sentimentos e atitudes tornam-se atos de resistência, é imprescindível. Não se esqueça.
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Driely Meira 23/04/2017

Marcante
Jamais diga que chegou ao fim
Quando céus de chumbo anunciam um futuro amargo;
Pois certamente a hora que desejamos ainda vai chegar
E na marcha nossos passos serão trovoada: sobreviveremos.
- “Zog Nit Keyn Mol”, música da resistência judaica.
- página 220

Stasha e Pearl são gêmeas e, como tal, não se desgrudam desde que nasceram. Pearl é boa com a dança e com muitas outras coisas, e Stasha é boa em querer ser Pearl...e em contar piadas e mentir. Elas foram enviadas para Auschwitz em 1944 para fazerem parte dos experimentos cruéis, horríveis (coloque quantos adjetivos ruins quiser, ainda assim não tem como descrever) do Dr. Josef Mengele, também conhecido como Anjo da Morte. Mengele tinha fixação por gêmeos, trigêmeos e qualquer outra característica que tornasse alguém “diferente” ou, em seu ponto de vista, “especial”, e fazia pesquisas e mais pesquisas utilizando crianças e adolescentes.

As meninas eram jovens, mas sabiam o que acontecia naquele lugar onde estavam. Tinham uma à outra, então sabiam que iriam sobreviver, contanto que continuassem juntas, assim como faziam todos os outros gêmeos de Auschwitz. Stasha possuía uma imaginação muito fértil e era uma criança sonhadora, de forma que acreditava que sua família estava sendo bem cuidada, já que elas eram cobaias de Mengele, mas Pearl não. Pearl já era mais realista e, por conta disso e de outros fatores, era mais fechada.

A pele de Pearl era branca como a neve. Eu tinha pele de sol, toda pintada. Pearl era toda feminina. Eu queria ser toda Pearl, mas por mais que me esforçasse, só conseguia ser eu. – página 16

Sendo uma das favoritas de Mengele, Stasha ganhava “tratamento especial”, ou pelo menos achava que sim. Ela podia aguentar as agulhadas e as doenças que injetavam em suas veias, também aguentava quando queimavam seus tímpanos ou a cegavam. Mas ela não sabia se podia aguentar ficar sem Pearl, e quando Pearl simplesmente desapareceu, Stasha não sabia o que fazer. Ela não queria acreditar que a irmã tinha morrido. Mas se não estava morta, onde é que ela estava?

“Espero que vocês entendam, que não sou mais eu sem a Pearl.” – página 164

Eu estava com expectativas muito altas para este livro, principalmente por ter sido inspirado na história real das gêmeas Eva e Miriam Mozes e por tratar de temas tão fortes e chocantes. É um livro de partir o coração, nós lemos e vemos o que aconteceu na época, mas, ainda assim, não dá para acreditar que é verdade, parece até ficção. Este é um livro cru, apesar de ter muitas metáforas e uma personagem sonhadora e criativa. É um livro triste, me fez chorar em alguns momentos e me deixou chocada em tantos outros.

O livro não só mostra as gêmeas presas em Auschwitz e passando por tudo o que passaram lá, como também o que houve com elas quando a guerra foi chegando ao fim, e os nazistas começaram a destruir todas as provas, anotações e a matar ainda mais gente antes que a Cruz Vermelha chegasse. Não sei qual parte foi a mais chocante, ou a que mais me surpreendeu, mas o livro é uma caixinha de surpresas, e eu pude sentir o medo e a angustia dos personagens na pele.

O único problema foi.... O livro é cansativo. Muito. Eu tinha lido as primeiras 50 páginas meio que engolindo, imaginando que logo começaria a gostar para valer e que depois disso deslancharia, como acontece muitas vezes. Mas não foi assim. Algumas partes até que foram rápidas e envolventes, mas a narração não me agradou muito, e isso atrapalhou em muito a leitura, principalmente porque Resistência é narrado por Stasha e Pearl, então, consequentemente, acabei não gostando 100% das duas.

Ainda assim, Resistência é um livro muito marcante, cru e belo. Como consta na sinopse, mesmo nos piores momentos, mesmo quando tudo parecia ruir e as coisas só pioravam, as irmãs conseguiam encontrar beleza e apoiavam-se uma na outra, ou em lembranças do passado ou imaginações do futuro. Elas eram crianças cuja infância lhes foi roubada, crianças que precisavam fazer o necessário para sobreviver, [até mesmo fingindo gostar das pessoas que as torturavam todos os dias], crianças que conheceram um sofrimento que nenhuma espécie deveria jamais conhecer.

Apesar dos apesares, das tantas vezes em que peguei o livro e disse a mim mesma que o terminaria e não o fiz, Resistência me marcou. Me marcou por ser inspirado em histórias reais, e por trazer o belo e o feio, e o amor pela família e pelos amigos ao mesmo tempo em que mostrava o pior do ser humano. Talvez eu seja a única a não gostar tanto do livro, talvez não. Mas tenho certeza de que não serei a única a chorar com algumas partes, e nem mesmo a única a sorrir em outras. Resistência me trouxe tantos sentimentos que, quando chegou ao final, fiquei aliviada por ter acabado, pois era tanto sofrimento que fechar o livro me trouxe paz.

Resistência é um livro completo e um dos mais (emprestando as palavras de Anthony Doerr) perturbadores, poderosos e criativos que eu já li, e também um dos poucos que conseguiram ser belos e feios, tristes e felizes ao mesmo tempo.

site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
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Elo 21/01/2018

Duas gêmeas são vendidas pela família para um cientista no campo de Auschwitz que fazia experimentos com alterações genéticas (gêmeos, albinos, etc). Emocionalmente forte, bem melancólico, mas a forma como as meninas vêem o mundo ainda é muito linda, apesar de todo o sofrimento que passam juntas, ainda têm a sua conexão especial.
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Xande 28/04/2017

Resistência
"Apesar de ser apenas uma menina, eu tinha alguma ideias sobre a violência. A violência tinha um horizonte, um cheiro, uma cor, eu tinha visto em livros e noticiários filmados, mas só fui realmente conhecê-la quando vi seus efeitos em Zayde, quando o vi descer para o nosso lar no porão do gueto com um trapo vermelho cobrindo o rosto, quando vi mamãe fazer em silêncio o curativo no nariz dele com um pedaço de pano rasgado da bainha da camisola dela…"
Resistência é o primeiro romance publicado de Affinity Konar. De ascendência polonesa-judaica, a autora de 39 anos vive atualmente na Califórnia, tem Mestrado em artes e Ficção pela Columbia University. A trama é ambientada em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, em Auschwitz. Por tratar-se de uma ficção histórica, a autora incorporou em seu romance personagens reais e ficcionais, inspirando-se, para a criação das principais personagens, a comovente história das irmãs gêmeas Eva e Miriam Mozes.
O livro dispõe de duas partes que são subdivididas em capítulos; narrados ora por Pearl, ora por Stasha, protagonistas da história. Na primeira parte temos a narrativa dos fatos acontecidos dentro de Auschwitz até o começo da sua queda, em 1945. Na segunda são apresentados os fatos ocorridos durante e após a queda do campo.
Se o que aconteceu nos campos de concentração já foi desumano, em Auschwitz, atrocidades maiores aconteceram pelas mãos do sádico médico alemão Josef Mengele. Por serem gêmeas, as meninas são levadas para o seu “zoológico” particular, pois, assim como o nanismo, o gigantismo e o albinismo e a fim de servirem como objetos de suas experiências macabras e insanas, crianças gêmeas também despertavam a curiosidade e o interesse do “Anjo da Morte”, como o médico era conhecido.
No zoológico as meninas têm a sua infância roubada, tendo como escape apenas os jogos criados outrora pelo seu avô, assim, elas “fugiam” dos horrores do campo e mantinham a esperança de serem livres novamente. Se os números em seus braços se encarregavam de tirar-lhes a individualidade, o Pai dos Gêmeos (responsável por supervisionar todos os gêmeos do campo, entre outras atribuições) esforçava-se em manter a identidade de cada criança, fazendo sempre a sua chamada, um a um, todos os dias pelos seus reais nomes.
"– Sua primeira tarefa na aula é aprender os nomes das outras crianças. Recitem os nomes uma para a outra. Quando chegar uma nova criança, aprendam o nome dela também. Quando uma criança nos deixar, lembrem-se do nome dela também."
Assim como o Pai dos Gêmeos, a doutora Miri – uma médica judia que curiosamente tinha o respeito de Mengele – era uma guardiã que, mesmo tendo que prestar serviços para o médico, fazia tudo que estivesse ao seu alcance para cuidar e proteger as crianças dos ataques e abusos da enfermeira Elma, a sua antítese.
Dois meninos também são muito importantes para as gêmeas. Entre eles é criado um laço muito forte de amizade e cumplicidade. Stasha alia-se a “paciente”, um garoto cujo irmão morreu e que, com o tempo, associa-se à Stasha em sua busca por vingança. Pearl tem como aliado Peter, um menino inteligente e astuto que consegue se esgueirar por todos os cantos do campo, tornando-se a pessoa capaz de conseguir qualquer coisa, para qualquer um, sendo assim, uma figura muito conhecida e admirada por todas as crianças do campo.
Com capítulos curtos e linguagem simples, o leitor é convidado, em Resistência, a testemunhar os horrores praticados dentro dos campos de concentração através dos olhos esperançosos das meninas que, arrancadas da família, viram na existência uma da outra razão para continuar lutando e buscando junto com outras crianças a tão cara e desejada liberdade.
Affinity minudencia com precisão as mudanças comportamentais, psicológicas e pessoais das meninas na medida em que elas são submetidas às privações do campo e aos experimentos de Mengele. Para sobreviverem, além de adotarem as táticas das crianças residentes no “zoológico” para complementarem as refeições e fugirem das idas às enfermarias, as suas personalidades passam por transformações e adaptações que serão essenciais para manterem-se lúcidas durante a angustiante estadia sob o jugo do “Anjo da Morte”.
Se Resistência nos mostra o lado mais negro que pode existir na humanidade, através dos extermínios, experimentos médicos e subjugação da raça humana, também nos mostra o melhor que cada um pode ser, na solidariedade, na piedade e no amor, mesmo em um lugar onde impera a dor e o sofrimento.

site: https://garimpoliterario.wordpress.com/2017/04/18/resenha-resistencia-affinity-konar/
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Rodrigo Coxta 03/07/2017

Tão belo quanto triste!
Resistência é um romance histórico baseado na história real de gêmeas sobreviventes da Segunda Guerra Mundial. Escrito pela autora Affinity Konar, o livro teve lançamento no Brasil em março de 2017 pela Fábrica 231. Narrado em primeira pessoa por duas personagens diferentes o livro possui 320 páginas, divido em capítulos com 3 partes num todo.

O livro começa com as gêmeas Stasha e Pearl chegando em Auschwitz, sem muitas delongas ou introduções sobre a guerra que tanto lemos e estudamos. As meninas são separadas da mãe e do avô tão amados. O destino das duas no campo de concentração é serem objetos de estudo do Dr. Mengele, também conhecido como "Anjo da Morte".

O médico tem uma fascinação por gêmeos e em Auschwitz, onde todos eram levados, o monstro os estudava como animais, abria, cutucava, costurava e assim repetidamente até os coitados não aguentarem mais ou apenas até que o doutor decidisse que não serviriam mais. As protagonistas experimentaram o pior em suas mãos, mais ainda por em certo momento serem separadas, desconhecendo elas o destino uma da outra.

A narrativa é crua e não poupa o leitor dos horrores que sabemos que foram reais apesar das modalidades serem inimagináveis, e conhecer uma nova é sempre motivo para doer o coração. As meninas têm por volta de 13 anos quando chegam mas sofrem, assim como seus colegas, como se fossem por décadas. A tortura da separação de sua metade é tão dolorosa quanto a tortura física que sofrem diariamente.


O elo entre essas duas irmãs é o sentimento mais forte que se pode ser descrito numa história. São metades de um único ser que vivem em corpos separados porém idênticos. A história transforma o constante sofrimento numa luta para se encontrarem com a ajuda de personagens que também carregam seu sofrimento de guerra e força de sobrevivência. O desenrolar de tudo é emocionante e não decepciona. A narrativa é forte e às vezes até chocante, então esteja preparado para se emocionar em diversas partes.

Se você gosta de dramas ambientados na II Guerra Mundial esse livro é indispensável para sua coleção e leitura obrigatória. Esse exemplar eu ganhei mas a sinopse, capa e o comentário do autor Anthony Doerr, que escreveu meu livro favorito da vida (Toda luz que não podemos ver) que também é um romance ambientado na II Guerra, me fariam adquiri-lo de qualquer forma!

site: https://estantelivrainos.blogspot.com.br/2017/07/resenha-livro-resistencia-de-affinity.html
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Leticia | @bardaliteraria 16/07/2017

Resistencia é um livro cujo o título descreve exatamente o que os personagens são...
É difícil falar de um livro que toca a gente de um jeito tão avassalador como esse livro me tocou, o livro deixa um misto de emoções a cada página passada, e vai deixando um rastro de dor, sofrimento e sobrevivência não só pelas histórias que ali são narradas, mas também pelas vidas perdidas. Com toda certeza é uma das melhores leituras que já fiz na vida!
Stasha e Pearl são duas irmãs gêmeas bem diferentes em suas personalidades, judias, nascidas e criadas por seus pais nunca tiveram contato com o sofrimento até que a segunda guerra começasse, a partir daí suas vidas mudaram e agora estão dentro de um trem escuro e fedido indo em rumo ao desconhecido, até que o trem para e um médico chamado Mengele entra e se mostra interessado nas gêmeas, a mãe delas acredita que dando as filhas ao homem irá salva-las de uma morte terrível e momentos sofridos, mas na realidade ela entrega as filhas a um ser humano cruel, que usa crianças como cobaias para seus experimentos.

Stasha é uma personagem que fantasia tudo, uma personagem que sua inocência contagia e nos faz crer em vários momentos que realmente é como ela descreve, que é da forma que ela acredita, que tudo não passa de um experimento de imortalidade que em breve vai acabar porque ela vai se vingar de todos aqueles que machucam sua irmã e todos os outros do campo de concentração, em seu acordo com Pearl ela fica responsável pela diversão, pelo futuro e pelo mal, mas em toda sua trajetória na obra o que vemos é uma criança que se deixa levar pela inocência e cria dentro de si um mundo além daquela dor. Pearl é mais realista, responsável pelo presente, a tristeza e a bondade é quem se mantém em total sanidade e sofre por dois. Diferente da irmã ela não consegue se livrar daquele sofrimento nem mesmo em seus sonhos, e a essa realidade inescapável a torna mais madura, o que é uma pena se levarmos em conta a idade de ambas. Mengele é um homem tomado por seu ideal de poder e mania de grandeza, toda pessoa diferente é uma cobaia em potencial e sua crueldade é sem medidas.

A leitura é dolorosa e pesada, e os capítulos de Stasha são a leveza da história, que é narrada em 1º pessoa intercalando entre uma e outra, demorei um pouco pra compreender que o imaginário mais aflorado de Stasha era sua maneira de viver e sobreviver aquele lugar, sua maneira diferente de lidar e observar tudo ao redor torna a narrativa menos cansativa e mais aturável, se é que podemos dizer que uma situação dessas um dia vai ser ‘’aturável’’. Apesar da temática ser sobre o holocausto o livro mostra muito da relação das irmãs, de como mesmo em suas diferenças elas se amavam e tentavam se proteger. É triste saber que o livro é baseado numa história real, até então eu não sabia que pessoas tidas como ‘’diferentes’’ eram obrigadas a aturar esse tipo de tortura, é inacreditável acreditar que um ser humano pode usar o outro como um objeto de teste apenas porque acredita ter determinado poder.

Resistencia é um livro cujo o título descreve exatamente o que os personagens são, é a palavra-chave pra tudo que eles passaram e viveram naquela época. É um livro sobre sobrevivência, sobre companheirismo, amor, lealdade e o mais importante, é sobre um período obscuro que não devemos esquecer nunca, um período que deve ser contando as crianças e ensinado a todas as gerações, para que no futuro não cometamos esse massacre novamente.

site: http://bardaliteraria.blogspot.com.br/2017/05/resistencia-de-affinity-konar.html
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Isis Tomie 09/08/2017

Gêmeos eram considerados “experimentos científicos” para os nazistas. Quando iam para os campos de concentração, além de serem separados das famílias, eram separados das outras crianças.

Stasha e Pearl ficaram nessa parte do campo de concentração destinado a gemelares. Conheceram vários outros gêmeos e também apenas um dos pares, pois o outro já havia sido separado. Ali começaram a alienação quanto aos experimentos. Elas acreditavam que sendo obedientes, poderiam livrar sua mãe e seu avó das torturas. No entanto, percebem o quão ruim é ser cuidada pelo “tio”. Muitas crianças morreram nesses experimentos e muitas sobreviveram com sequelas.

As gêmeas tinham uma conexão tão grande que fizeram questão de separar suas funções dentro desse local terrível. Uma ficaria responsável em guardar o passado e a outra responsável pelo futuro. Esse combinado seria o chamariz para que ambas persistissem em viver. No início elas ficam juntas, mas depois são separadas, a partir desse ponto começamos a ter agonia com os próximos fatos.

Como é uma narrativa dupla, ficamos tensos e desesperados para saber o que vai acontecer. A história fica dividida entre os pensamentos de Stasha e Pearl. É uma leitura de partir o coração, vemos o ódio e o amor lado a lado com a esperança do reencontro. Estar na mente de crianças tão amorosas que foram condenadas à tantas torturas, é de partir o coração. No entanto, queremos continuar a ler, ficamos com receio do que irá acontecer com as gêmeas a cada novo acontecimento.

Conseguimos sentir a dor da separação e sentimos raiva com as mentiras contadas. Saber que elas foram mutiladas também, é muito intenso. No contraponto, vemos a sede de vingança e sobrevivência. A falta de empatia delas pelo torturador foi algo que fez elas sobreviverem. Além do amor que sentiam uma pela outra. Fica nítido que elas sobreviveram por se amarem e pela conexão.

As surpresas finais do livro são de emocionar. Faltam poucas páginas e parece que não terá solução. Porém, a autora consegue te convencer e deixa o final mais leve e simples com o reencontro das gêmeas. (Observação: não há nada de spoiler nessa última afirmação, pois as gêmeas existiram – com outros nomes -, portanto, sabemos que ambas sobreviveram e se reencontraram).

Não leio muitas histórias baseadas na guerra por trazerem um peso muito grande. Foi um livro que não me prendeu inicialmente, demorou um pouco a engatar. Depois que a narrativa engata, ela te prende até o fim. É um texto fácil de ler, ao mesmo tempo que é forte, intensa e triste.

Vale ressaltar que a história não saiu da imaginação de Affinity Konar, os experimentos com gêmeos aconteceram, são fatos históricos reais e muitos torturadores foram condenados. No fim do livro, nas notas da autora, ela revela o tanto de referências que teve para escrever esse romance.

site: https://www.elefantevoador.com/2017/06/16/resistencia-affinity-konar-resenha/
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Julio.Araujo 09/08/2017

RESISTÊNCIA - UM LIVRO DE TIRAR O FOLEGO
Um livro de ficção que foi insperado na historia real da gêmeas Eva e Miriam Mozes. A escritora Affinity Konar cria de forma brilhante uma trajetória de vida de duas irmãs (gêmeas) que sofrem as piores atrocidades do campo de concentração de Auschwitz, sendo cobaias nas mãos do anjo da morte chamado Josef Menguele. Remete-nos a uma historia de terror que se desenrolou na segunda grande guerra e que gerou muita dor e sofrimento para milhões de pessoas em todo mundo, principalmente para o povo judeu. Já dizia o general de cinco divisas Dwight D. Eisenhower “Que se tenha o máximo de documentação – façam filmes – gravem testemunhos – porque há-de vir um dia em que algum idiota se vai erguer e dizer que isto nunca aconteceu”.
“RESISTÊNCIA” nenhuma palavra seria mais apropriada para descrever esta saga, somente a força, a união e a esperança como principais armas para vencer esta incrível batalha pela sobrevivência.
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Roberto Faria 01/12/2017

Eu não sabia para que aquele zoológico tinha sido construído ? só podia jurar que Pearl e eu jamais seríamos enjauladas.
Resistência conta a história de duas garotinhas gêmeas, Stasha e Pearl Zamorski, que foram levadas da sua família durante o Holocausto para um campo de concentração em Auschwitz, onde passaram a viver em um zoológico particular do doutor Josef Mengele, conhecido também conhecido como o Anjo da Morte, que fazia experiências terríveis com gêmeos.

Stasha e Pearl eram como uma única pessoa; uma completava a outra. E sem a presença da família e cientes de como tudo acontecia no zoológico, elas criaram um mundo particular só com lembranças boas, para que ajudasse a lidar com toda a dor e o sofrimento da guerra.

Resistência é um livro intenso e doloroso, a cada página que se virá sentimos a dor vivenciada pelas garotas dia após dia, mas, também é emocionante e linda, pois a esperança de Stasha e Pearl tinha de um futuro melhor é cativante.

O livro tem uma narrativa pesada, muita vezes é cansativa e até angustiante; confesso que levei mais de semanas para concluir a leitura, o que é claro que não modificou a minha opinião. Eu adorei a obra e super recomendo para todos a leitura!
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