Resenhas - Um Amor Incômodo

Milena 18/07/2021

Um amor incômodo
Após a morte suspeita de sua mãe, Delia se vê as voltas com as figuras masculinas de seu passado. A medida que a trama avança, sinto mais do que incômodo e longe de sentir amor. Talvez seja esta a ironia trazida ao resgatar o passado de Amalia.

Marcianeysa 21/05/2022

Confuso
Já havia lido a tetralogia napolitana e mais dois livros da Elena. Achei esse fraco, confuso, não reconheci a autora que tanto admiro nele. A segunda metade do livro melhora pouca coisa, só tem a vantagem de ser curto.

Ju Abreu 04/08/2022

Elena Ferrante e sua escrita incômoda.
O livro é angustiante e o tema mãe e filha é abordado de forma bastante complexa. A incompreensão que a personagem principal sente a todo momento em relação a sua mãe e, após sua morte, a necessidade que ela tem de relembrar antigos traumas para tentar entendê-la trazem um misto de sentimentos no leitor.
Não é um tema fácil e a abordagem é bem complexa. A leitura é mais nostálgica e lenta que os outros livros da autora. Ainda assim, muito bem escrito!

larissa708 21/07/2022

Confuso
Então gente, poucas páginas mas muitos traumas, Delia é uma pessoa com uma mente bastante perturbada e entrar na mente dela dessa forma me traumatizou muito. Em alguns momentos fiquei extremamente incomodada com tudo que ela narra, todas essas memórias da infância e também a maneira como a personagem se expressa (eu senti que ela trata muitos temas ali com irrelevância e só como uma lembrança "boba" enquanto eu saí com 107362829 traumas diferentes). Por outro lado, eu achei interessante a forma como a perspectiva de cada um é bem diferente ali, a leitura também fluiu muito e apesar de me perder facilmente no que ela descreve ali é um livro legal, sobre o final não sei dizer ainda pois até agora tô tentando entender melhor o que foi isso.





SPOILER:

Vou colocar alguns trechinhos de umas coisas que achei bem pesada aqui e que também não gostei de como algumas situações foram retratadas:


"? E a garota do funicular?? perguntei. Meu tio ficou sem graça.? Às vezes, acontece? respondeu. Eu ainda não sabia, mas também veria que a velhice é um bicho feio e feroz. Em seguida, acrescentou:? Existem obscenidades piores do que aquela.? Por fim, concluiu com amargura incontida:? Entre ele e Amalia nunca houve nada." (Assédio)


"Entreabri os lábios. Quarenta anos antes, imaginei com terror fascinado que a língua do pequeno Antonio fosse igual à de Caserta, mas nunca tive como comprovar. Quando criança, Antonio não se interessava por beijos, preferia explorar o acesso à minha vagina com os dedos sujos enquanto puxava minha mão para suas calças curtas." (Gente???????)


"Então, a certa altura, precisei ceder e admitir que o homem que me dizia ?Venha?no final dos três degraus do porão era o vendedor de artigos coloniais exóticos, o velho soturno que fabricava sorvetes e doces, o avô do pequeno Antonio, o pai de Caserta. Mas Caserta, não: Caserta estava sem dúvida em outro lugar, com a minha mãe." (O pior de tudo é que esse pedófilo nojento desgraçado abusou dela mas parece que a própria mente da coitada distorceu tudo e virou merda)



Violência doméstica:


"Eu tinha dificuldade em aceitar que ele desse razão ao meu pai e culpasse minha mãe. Era irmão dela, a vira centenas de vezes inchada por causa de tapas, socos, chutes; contudo, nunca movera uma palha para ajudá-la."


"Minha mãe fugiu para debaixo da ponte da ferrovia, escorregou em uma poça, foi alcançada, levou socos, tapas, um chute nas costas. Depois de puni-la como devia, levou-a de volta para casa sangrando. Bastava ela tentar falar que ele tornava a golpeá-la. Olhei durante um bom tempo para ela, machucada, suja, e ela olhou durante um bom tempo para mim, enquanto meu pai explicava o acontecido a tio Filippo. Amalia tinha um olhar espantado: me fitava e não entendia. Então, irritada, fui embora espiar os outros dois." ( não gostei quando ele diz "puni-la como devia" pois considerando que ela tá narrando no agora, porém tenho pena dela por conta dos traumas que inconscientemente pegou do pai infeliz)

algumabookstan 28/05/2024

Uma leitura bem forte
Tem alguns gatilhos de violência doméstica e assédio sexual, mas eu achei uma leitura profunda. não achei fácil de ler, mas foi!

berry 15/05/2022

um amor incômodo que de incômodo teve tudo e de amor nada
?amalia existira. eu era amalia?

achei que seria alguma jornada de auto conhecimento e até mesmo algo do tipo investigação para desvendar a morte de Amália, mas não...

o livro me presenteou algumas frases boas soltas por aqui e por ali, mas a narrativa de três/quatros dias descritas no livro me deixou angustiada, passei a maior parte do tempo me sentindo realmente incomodada e enjoada com toda a situação, a estória toda trouxe à tona traumas do passado como estupro de vulnerável, agressões físicas, psicológicas, assédio...

me senti absurdamente mal com essa leitura, por isso a nota 2/5, ?razoável? com base na minha vivencia, minha opinião e interpretação, não significa que o livro seja ruim, mas não é algo que me agrade

esse vaivém de amor, ódio e frustração que Delia supria por Amália me deixou confusa, não sei até agora qual foi o desfecho dessa batalha sentimental, é complicado como toda e qualquer relação humana

para não falar apenas dos pontos negativos, digo que a ideia da autora de fazer a protagonista passar por todos os locais, como se estivesse fazendo um ?tour? pelas memórias e se desvencilhando de cada coisinha, relembrando e aprendendo conforme visitava os lugares foi bem interessante

enfim, é isso, um amor incômodo que de incômodo tem tudo, mas de amor não teve nada

Aylana Almeida 17/11/2020

Poderia ter sido melhor!
Primeira obra que leio da autora. Livro curtinho e mesmo tratando de temas interessantes, não fui cativada pelos personagens. Vou procurar outros livros da autora para dar mais uma chance de conhecer sua obra.

Alice Vilhena 13/01/2024

Uma leitura incômoda
Terminei com um nó na garganta. Tem uma escrita mais arrastada, com muitas camadas e delírios. Vou precisar de mais uns dias pra digerir por completo isso aqui.

Tangerina 31/05/2022

Um livro curto, uma leitura pesada!

Essa história carrega, como já diz em título, uma sensação incômoda. Traz consigo, um passeio em memórias, delírios e doenças da sua protagonista e narradora, que possui uma mente extremamente perturbada por um passado violento, abusivo e danoso.

A escrita da autora é tão boa, que nas condições que lhe fora apresentada, lhe causa um certo impressão de sufocamento diante de pensamentos tão íntimos.

?Durante o funeral, fiquei surpresa ao me flagrar pensando que finalmente não era mais obrigada a me preocupar com ela??
??minhas irmãs haviam partido para sempre. Meu pai estava em sua velha casa, na frente do cavalete, pintando ciganas. Minha mãe, que havia anos existia apenas como uma obrigação incômoda, as vezes como um tormento, estava morta?.

Nicole.Bassi 07/04/2021

A expectativa foi toda minha
Eu fiquei muito ansiosa pra ler os livros dessa autora porém, minhas expectativas estavam muito altas e o jeito cru de escrita me pegou de surpresa, esperava um livro mais dinâmico e envolvente, ou talvez ele seja mas não para mim.
A história conta do amor incômodo que rodeia a história tanto de Delia pela mãe quanto de qualquer outra relação entre os personagens na história o que deixa a leitura incomoda quando combinado a maneira da escrita da autora.
Gostaria de ter tido uma experiência melhor com essa autora, fiquei muito desanimada pra ler qualquer outro livro da autora.

Raquel 17/01/2024

Não gostei dessa leitura
Eu nunca imaginei que daria uma nota tão ruim para um livro da Elena Ferrante, eu amei tanto a série da amiga genial, mas esse livro foi uma decepção.

Ele tem a temática familiar que sempre tem nos livros da Elena, mas lembra muito a vida mentirosa dos adultos, pela protagonista ter problemas com a mãe, no caso essa mãe falecida.

Mas o livro é muito estranho, leva a lugares estranhos demais, não gostei nenhum pouco, se você quer ler algum livro da autora, leia amiga genial, porque os personagem lá tem razão de serem odiosos e aqui eles são odiosos sem motivo.

yas 15/03/2023

A sinopse faz parecer que o centro da história é uma morte, porém o foco mesmo é na relação mãe-filha, uma relação feia, estranha e confusa, com a protagonista fugindo e voltando pra imagem da mãe. a leitura é mais voltada pro psicológico, pras divagações fantásticas e nostálgicas da protagonista. enfim, sinto que não teria aproveitado tanto a leitura se não tivesse mommy issues

Larissa Tabosa 05/01/2024

Felizmente li outros livros da Elena Ferrante antes, pois se tivesse começado por esse com certeza não voltaria para um próximo. Achei tudo muito confuso e caótico, mesmo que este fosse o objetivo, não foi feito de uma maneira que criasse alguma ligação entre leitor e livro.

Além disso, a protagonista é extremamente sem graça, chata, apagada, nem sei explicar direito. Mas não há identificação ou ao menos um pingo de carisma que nos faça querer ouvir o que ela fala. Para ter uma ideia, até a narração em português, coisa que já elogiei exaustivamente, estava me irritando. Délia é viajada demais, de um jeito nada atraente, tudo o que ela expressa me fez querer furar meus tímpanos, nem sei porque continuei o audiobook, acho que só porque odeio abandonar livros.

Enfim, infelizmente esse não funcionou para mim, mas espero ler outros para apagar essa péssima impressão.

Katia Góes 15/01/2024

Nem sempre é tudo tão cor de rosa...
? ?Devia ter largado a máquina de costura somente para ser fotografada; em seguida, após aquele instante, tenho certeza de que voltou a trabalhar, curvada, e nenhuma foto jamais a imortalizou naquela miséria da labuta comum, sem um sorriso, sem olhos brilhantes, sem cabelos arrumados para que parecesse mais bonita.?

Por mais que a relação entre mães e filhos sejam romantizadas pela nossa sociedade, vendida como um paraíso cor de rosa, muitas vezes, a realidade pode não ser tão colorida assim. Às vezes, apesar de uma superfície alegre, essa relação pode ter diversas camadas de dúvidas e suposições. Uma enorme escala de tons nebulosos e cinzentos.

Publicado em 1992, ?Um Amor Incômodo? é o primeiro romance de Elena Ferrante, e foi publicado no Brasil pela Editora Intrínseca (2017). Um thriller psicológico narrado em primeira pessoa por uma mulher napolitana com sérios problemas de relacionamento com a sua família. Embora já adulta, e independente financeiramente, ela é atormentada por segredos e desavenças de sua infância.

O título do romance explica muito bem a relação das duas personagens principais. Não é saudável a idealização exagerada de uma em relação a outra, e vice-versa, assim como, a renúncia da própria felicidade, em favor da família e, injusto, o desejo de liberdade. Não pode ser normal, mas acontece, inclusive fora dos livros, e é amor. Um amor incômodo.

? Um Amor Incômodo é a conflituosa construção da personalidade diante da ideia abusiva do amor. Ficou curioso (a)?! Leia e viva essa experiência com Elena Ferrante.

Até loguinho! ?

Gabriel 07/06/2021

É okay.
Dos livros da Ferrante, esse foi o que menos me despertou interesse. A trama dá uma despontada no final, mas nada de tão significativo pra mim... Acredito que a experiência 'mais ou menos' também possa ser fruto das expectativas altas demais pelas leituras de A Vida Mentirosa dos Adultos e A Filha Perdida.

Em alguns momentos, pela sequência frenética dos acontecimentos e o embolado de elementos que vão se multiplicando exponencialmente nas descrições (sempre incrivelmente bem detalhadas), me senti até angustiado. Sensação bem parecida com a que tive ao assistir Uncut Gems. São algumas páginas bastante generosas quando se trata de provocar ansiedade kkkkk

À parte disso, é sempre prazeroso demais ler Ferrante. O contato com a escrita dela é sempre maravilhoso! Mesmo a história em si não tendo me segurado tanto, a forma como a narrativa foi conduzida preencheu um pouco dessa lacuna.