Um amor incômodo

Um amor incômodo Elena Ferrante




Resenhas - Um Amor Incômodo


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alissonltl 06/02/2022

Esse foi o primeiro livro publicado da Elena Ferrante e eu só posso dizer que os próximos livros nem se comparam. Apesar de uma escrita magnífica e uma história muito peculiar, aqui eu não consegui me apegar à personagem principal da forma como todas as personagens femininas da Elena Ferrante me prendem. Mas ainda assim é um livro que só ela saberia escrever da forma como foi escrito.
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Karen Gabrieli 23/03/2021

Violência sendo combustível motor
Através de mulheres sabemos sobre as violências causadas pelos homens.

Diferente do que eu achei, esse livro não é sobre maternidade, ou pelo menos não é só isso. É um livro tridimensional que fala sobre a vida e a brutalidade nas relações que são tão próximas.

Profundo, esse livro vem pra gente pensar sobre as nossas próprias relações através das relações da protagonista.
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ekundera 24/10/2020

?Tão intolerante, tão violento (...). Ele me petrificava.?
A narrativa não é muito linear, com os acontecimentos e as fantasias da protagonista se misturando a todo momento, deixando a gente deslocado muitas vezes. Os homens retratados são geralmente violentos e possessivos, provocando brigas com uma fúria assassina, mesmo com as mulheres do seu convívio. Essas relações familiares dos personagens é muito doentia, mas infelizmente não é muito distante de muitas existentes.
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maria.e.sousa.7 22/05/2024

Incômodo, realmente!
Primeiro livro da Ferrante que eu leio. Deparo-me com uma obra escrita de maneira crua, visceral, angustiante, asfixiante, como o clima e o tempo que ela descreve em algumas passagens do romance. Mas não consegui largar!

É um livro incômodo de fato. Uma mulher vai enterrar a mãe e reencontra não só a família, mas a cidade da infância com suas paisagens velhas e desgastadas, as lembranças incômodas e um passado que precisa ser confrontado. Ela descreve uma atmosfera sempre pesada, opressora e violenta, que transpira de todas, t-o-d-a-s, as relações! Relações em que o afeto é violento ou a sua demonstração assim acontece. Até onde os laços de sangue nos obrigam a ir? Quando esses laços mais atrapalham do que ajudam a vivência do afeto...

A estória trata dessa busca pela mãe, um amor maculado por incompreensão, violência, silêncios, omissões, medo... mas nada dessas máculas diminui uma certa idealização e a busca sôfrega pela confirmação do amor dessa mãe.


A mãe, por sua vez, tem uma vida cercada de mistérios sombrios e incompreensíveis, submissa à violência psicológica e física do marido e à violência de outros homens também. Parece uma figura ânima invólucro para projeções, que se deixa possuir, ser e levar... talvez desistindo do que seria ela mesma, desistindo de ser por si mesma.

É um soco intenso, do começo ao fim ? como aquele que a protagonista recebe de seu próprio pai, inesperadamente.

Aqui um trecho, como aperitivo:

?Eu estava esgotada, mas não queria me deitar na cama de Amalia nem pedir ajuda ao tio Filippo ou telefonar para o meu pai ou chamar de novo a sra. De Riso. Sentia pena daquele mundo de velhos perdidos, confusos entre imagens de si mesmos que remontavam a épocas passadas, ora em harmonia ora em desacordo com sombras de coisas e pessoas de outros tempos. Todavia, eu tinha dificuldade em me manter afastada. Sentia-me tentada a ligar uma voz a outra, uma coisa a outra, um fato a outro?.

Realmente, ela é muito crua.

Foi o primeiro que li dela e não sabia que era sua primeira obra publicada. Comecei bem!

Recomendo com cautela: não é para todos os gostos e estômagos. E tem alguns gatilhos.

Violento.

3/5
Leitura de maio/2024 da SLV
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Duda 08/07/2022

comprei esse livro em um sebo só para conhecer a escrita da elena; nem me preocupei em saber como era a história kkk
quando eu comecei a ler, fiquei bem desconfortável com a história e com o que aconteceu com a mãe de Delia, por isso eu enrolei um pouquinho para ler k
acho que por ser uma história um pouco mais pesada, eu senti que nn consegui captar tudo que a autora quis passar e que eu nn entendi direito a história (em parte pq eu seja meio nova e em parte pq a escrita seja rebuscada.
msm assim eu gostei de ler um livro que possa vir a se tornar um clássico da época contemporânea :)
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Ester479 31/03/2024

Incômodo mesmo!
Meu primeiro contato com Elena, e já estou apaixonada! Uma escrita fluída e cativante. Uma trama misteriosa. E personagens cheios de camadas.
Não é um livro fofo, de amor romântico. É um livro real, cru, perturbador, agonizante... Incômodo mesmo!
Achei uma retratação cirúrgica do que acontece em crianças que presenciam/sofrem abuso (de todos os tipos). Delia oscila entre exaltar e humilhar a mãe, até mesmo depois de adulta. É um reflexo dos abusos que o pai comete com a mãe. O filho ao mesmo tempo que quer proteger, acaba pegando um pouco da visão do abusador, de que a vítima é a culpada. É confuso, injusto e horrível, mas é real.
A personagem se sente negligenciada, principalmente pela mãe, e culpa, involuntariamente, a Amalia por tudo que aconteceu. É difícil ver mães/pais como seres humanos, antes de como uma divindade que está ali pra te proteger e te amar exclusivamente. Não importa o quão empático somos, se vivemos um "amor incômodo", não conseguimos ser 100% sensatos e ter uma visão muito além do que aquela pessoa te causa de ruim. As coisas boas são esquecidas, e as ruins fixadas.
No final, Delia consegue ficar em paz com a mãe, depois do estopim de sua morte. Outro retrato muito cirúrgico. Quando alguém que nós amamos morre, passamos a ter outra visão sobre a pessoa. Conseguimos nos disassociar, e ver, mais facilmente, do ponto de vista dela. É uma benção e uma maldição ao mesmo tempo.
Elena tem uma habilidade de colocar o que sentimos em palavras. Amei muito!
Não sabia que esse era o primeiro livro da autora. Foi aleatória a minha escolha de começar por ele. Mas, acho que foi a melhor coisa que poderia ter feito, já que a escrita evoluí com o tempo.
Acho que estou quase pronta pra ler um segundo livro de Clarice.
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Dani 26/09/2022

Incômodo é pouco
Não que o livro não seja bom, mas eu não recomendaria. Me senti extremamente desconfortável com essa leitura, por retratar uma relação conturbada entre mãe e filha. Deixou tantas perguntas no ar.. não sei nem o que dizer.
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Bea Romanello 17/03/2021

Precisamos — junto com Delia — entender quem é Amalia
Depois de mergulhar na tetralogia napolitana entendi que PRECISAVA ler tudo que Elena Ferrante já escreveu. E isso não é uma tarefa fácil, porque Ferrante não poupa palavras, joga fatos duros e difíceis de digerir, e em nenhum momento está preocupa se está sendo crua demais. Ler Elena Ferrante é uma experiência visceral e que te deixa de cabeça pra baixo depois de terminar.

Nesse romance temos a relação de uma mãe e uma filha, e não é uma boa relação. Amalia e Delia — assim como Lila e Lenu na tetralogia — vivem num contexto violento e machista, afetando, não só a relação com os homens das suas vidas, mas também a relação entre elas. Amalia foi violentada a vida inteira — fisica e emocionalmente — e isso impacta a sua maternidade e a relação com as filhas. Quando sua mãe morre, Delia não chora, fica muito confusa com os últimos acontecimentos da vida de sua mãe e indignada com a memória que tem dela.

"Nos sons que eu articulava de forma desconfortável havia o eco das brigas violentas entre Amalia e meu pai, entre meu pai e os parentes dela, entre ela e os parentes do meu pai. Impaciente, eu logo voltava ao meu italiano, e ela se acomodava no seu dialeto. Agora que Amalia estava morta e eu podia apagá-lo para sempre, junto à memória trazida por ele, senti-lo em meus ouvidos me deixava ansiosa."

Ao longo do romance conhecemos três homens importantes na vida delas — o marido e o irmão de Amalia, e Caserta, um amigo-amante-companheiro de Amalia. Nenhum desses homens enxerga Amalia como uma mulher com vontades e desejos, ela é um objeto de prazer, de reprodução e de servidão, Amalia está ali para eles. Podemos ver como as memórias de Delia em relação a mãe estão atreladas as visões desses homens e que Delia tem dificuldade de ver quem a mãe de fato é.

"Talvez eu não tolerasse que a parte mais secreta de mim usasse aquela sua solidariedade para validar uma hipótese cultivada igualmente em segredo: a de que minha mãe levava inscrita no corpo uma culpa natural, independente da sua vontade e das suas ações, aparecendo prontamente quando necessário, em cada gesto, em cada suspiro."

O texto de Ferrante é sufocante, mas impossível de largar, precisamos — junto com Delia — entender quem é Amalia, o que a motivava e como foi a vida e a morte dessa mulher. Mesmo gostando desse livro, ele ainda fica pra trás em relação à tretalogia — talvez pelo tempo da narrativa, aqui temos uma história de poucos dias, enquanto conhecemos a vida inteira de Lila e Lenu. Ainda sim, Ferrante sempre surpreende e nos dá um belo soco no estômago com sua prosa.

"Senti que aquela roupa velha era a narrativa final que minha mãe me deixara, e que, naquele instante, com todos os artifícios necessários, me caía como uma luva. [...] Amalia existira. Eu era Amalia."
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mcaroltheiss 06/09/2020

Bota incômodo nisso
Livro bem pesado, aborda machismo e violência doméstica. Tem uma carga emocional bem tensa, deixa o leitor realmente desconfortável mas interessado na história.
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Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 07/02/2021

Um Amor Incômodo – Elena Ferrante – Resenha
Por Eric Silva para a 4ª Campanha Anual de Literatura do Conhecer Tudo
07 de fevereiro de 2021, ano da Itália

Livro de estreia da celebrada e misteriosa escritora italiana Elena Ferrante, Um Amor Incômodo é um livro um pouco monótono, mas que aborda a violência doméstica de forma autêntica e complexa. Uma narrativa crua, de personagens marcantes, sentimentos intensos e conflitivos e que trabalha com o onírico e com a memória.

Confira no nosso blog a resenha completa do segundo livro da IV Campanha Anual de Literatura do Conhecer Tudo que neste ano homenageia a literatura italiana.


site: https://conhecertudoemais.blogspot.com/2021/02/um-amor-incomodo-elena-ferrante-resenha.html
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aline203 21/07/2023

Mommy issues
Apesar de não ser um dos melhores de Ferrante, esse livro expõe a temática mommy issues de uma maneira bem interessante.

Acabei o livro lembrando do filme Cisne Negro (Darren Aronofsky, 2010), tbm outra história clássica que traz o mommy issues ao debate.

Valeu a pena ter lido, mas a leitura não me prendeu como outros livros da autora.
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Josy 28/09/2020

Leitura quente prende do começo ao fim!
"Ela nos mantinha em suspense até que, de repente, o presente surgia em recantos da vida cotidiana que nada tinham a ver com a excepcionalidade do presente. Ao nos ver felizes, ela ficava mais feliz do que nós." - p.106.

Elena Ferrante é assim, começa com uma narrativa aparentemente simples e, quando menos você espera, ela te tira do eixo e te joga nos braços da incerteza... Personagens complexos e verdades difíceis.
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Daiane 11/05/2021

Acho que criei uma expectativa inexistente kkk. O livro é bom, tem uma ótima narrativa, a escrita é fluida. No entanto me falaram que era um livro policial, o qual a filha ia atrás dos últimos passos da mãe para descobrir o motivo que ela morreu. O que de certa forma acontece, mas não com o intuito policial e sim pq Delia tem um tipo de obsessão pela mãe, misturada com ódio, antipatia e pitada de inveja. O livro diz muito mais sobre quem é a Delia por dentro do que realmente sobre a mãe. Também me falaram que é uma filha em busca da verdade, mas é bem mais ela mesma em busca da própria verdade. Mas não deixa de ser um livro bom. Irei ler outros da autora.
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HonorLu 21/09/2020

Um incômodo prazeroso
Romance de estreia da autora, até então foi a leitura mais complexa que tive da escritora italiana. O livro é denso e logo nos primeiros capítulos já percebemos a complexidade da narrativa que se abre pra nós pelo ponto de vista de Delia. É um livro que pode ser lido a primeira vista como um suspense policial, mas nos engana profundamente, mostrando-se um excepcional suspense psicológico.

A morte de Amalia, mãe de Delia, não é o ponto central da narrativa e sim a relação mãe e filha, recheada de ambiguidades e um jogo de pistas falsas e verdadeiras muito instigante. Nos vemos diante fantasmas e desejos que compõem em poucas páginas um livro denso de personagens riquíssimos.

Recomendo.
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Júlia 15/09/2021

morninho
dos livros que li de Elena Ferrante até hoje, esse foi o de que menos gostei. o enredo não é exatamente bom, inclusive é um pouco desgastante: gira um torno da morte ?misteriosa? de Adalia, mãe de Delia, personagem principal. a partir daí é só mommy issues e, no final, a parte realmente incômoda: a lembrança de traumas da infância. as palavras afiadas e os sentimentos agudos, porém, na minha opinião, continuam fazendo valer a leitura, e nisso a autora sempre é excepcional.

?eu não quis ou não consegui enraizar ninguém em mim. [?] nenhum ser humano jamais se desligaria de mim com a mesma angústia com que me desliguei da minha mãe apenas porque nunca consegui me apegar a ela definitivamente. [?]?
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