Fábio Z.C. 26/03/2012
Um lixo
O autor, claramente despreparado para lidar com a ciência histórica, trata de temas polêmicos, escolhidos a dedo, para tentar causar uma comoção no meio ao espinafrar os ditos "heróis nacionais". Porém, nessa tentativa, escolhe bem os heróis. Nomes da esquerda, nomes ligados à movimento de minorias étnicas ou mesmo insignificantes. Nada de lidar com Tiradentes, ou mesmo de outros ícones construídos também com interesses políticos. Só interessa a desconstrução dos ídolos da esquerda. O autor, por diversas vezes, afirma ter redescoberto a roda. Quase tudo o que ele coloca como novidade não é novidade há alguns bons anos para qualquer pessoa que tenha curiosidade sobre história. Para defender atitudes e feitos dos governos militares e do império, usa estatísticas bobas e sem caráter prático, como a quantidade de geladeiras vendidas em um período. Se a mesma estatística fosse usada por um governo de esquerda (que ele faz questão de criminalizar e jogar todos no mesmo saco de "assassinos", "ditadores", "totalitários" e "sanguinários"), provavelmente seria motivo de escárnio não só da academia, mas do próprio autor. Os profissionais de história deveriam estar envergonhados de o maior vendedor de livros do gênero ser um picareta deste tipo, que nem tenta parecer imparcial. Faz uma clara defesa dos benefícios do livre mercado. E ainda termina o livro com um "viva o Brasil capitalista".