Resenhas - Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Lodir 14/03/2010

Interessante
Lí esse livro me um dia, o que já mostra que é uma leitura leve para um livro de história com 300 páginas. Estava há muitos dias querendo lê-lo, por que o tema e a promessa do livro são muito interessantes. O livro realmente cumpre sua promessa, e trás versões diferentes das contadas por aí da nossa história, derrubando muitos mitos, inclusive aqueles aprendidos na escola. Gostei principalmente das partes sobre os índios, os negros, Santos Dummont (essa parte confusa para todo mundo no Brasil hoje em dia, já que ninguém sabe dizer quem inventou o avião) e os escritores brasileiros. Algumas são chatas e cansativas, como a parte do samba (que eu esperava mais) e a que fala dos comunistas e da ditadura (essa terrível de chata).



O livro sempre se baseia em fatos que podem ser comprovados (com uma parte no final onde se pode checar as fontes). Isso é estremamente importa em um livro que promete desmentir muitos, pois de nada adiantaria ler um livro desses baseados apenas nas opinioes do autor. Apesar dessas partes chatas que citei, vale a pena ler o livro, pois se fica conhecendo partes importantes da história do Brasil que geralmente são mal contadas, e é um leitura importante para todo brasileiro.



É notável que o livro se tornou bestseller rapidamente, entrando para a lista dos mais vendidos da revista Veja pouco depois de seu lançamento. Considerando que o autor é um jornalista e escritor desconhecido, e que a editora também, a razão mais obvia para quem lê publicações é a atenção dada pela mídia para o livro, em especial as revistas da Editora Abril. Claro, o autor é um jornalista da revista Veja, e já foi editor de outras duas revistas da editora, a Superinteressante e Aventuras na História. Isso explica um pouco o sucesso: como é da casa, a Editora Abril falou do livro em todas as revistas que trazem resenhas de livros, ou seja, quase todas. Sempre, claro, tratando o livro como novidade curiosa e falando bem dele. Isso já havia ocorrido com outro autor que trabalhou por lá, o escritor de 1808, outro livro de história brasileira bestseller.

Fabi 06/02/2011

Não acredito que perdi meu tempo lendo esse livro! O autor usa a bibliografia a seu bel-prazer, sem se importar com a coerência ou a interpretação das fontes.
Não gostei e nem tenho coragem de trocá-lo.

Ezequias 09/08/2012

Provocante e elucidador
Inegável que a história brasileira é populada de vários mitos e ídolos do passado, qual temos algum temor de olhar mais de perto e mais racionalmente para não deixar sucumbir aquilo que, supostamente, daria uma identidade nacional.

Neste livro o autor busca justamente desmistificar estes ídolos esses mitos, caracterizando-os de maneira humana e realista, sendo inegável, contudo, seu caráter levemente sarcástico, não com os personagens (qual ele trata com respeito) mas com o preconceito esperado do público.

Maria Carolina 17/07/2011

Não Leria de novo.....
O Livro e bem escrito, ate fácil de ler (até a metade do livro eu tava gostando tava interessante) Mais começou a ficar um pouco cansativo...Acho o autor um pouco arrogante do jeito que escreve, e defendo algumas coisas que não concordo ( meu Vô paterno era comunista e foi preso na ditadura militar) mais cada um tem a sua opinião... Não gastaria meu rico $$ com o livro...(minha cunhada que me empresto)E Não leria de novo!!

Amanda 07/07/2011

Acessível para todos os amantes de história do Brasil, o "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil" conta de maneira bem-humorada e sem palavras difíceis todas a mentiras, e principalmente AS VERDADES que se escondem por trás da política do nosso país.
Ao decorrer do livro, aparecem sentimentos variados em cada parte dele. A admiração vem assim que você se dá conta de que está descobrindo a verdade, e a raiva, mais presente conforme você vai lendo mais e mais. Mas às vezes você fica dividido: se tem raiva por terem te ensinado errado na escola, ou de raiva de como o autor fala dos fatos, sempre com um bom-humor e sarcasmo gigantes.
E é esse o verdadeiro objetivo do livro: enraivecer os "certinhos", que nunca questionam as palavras dos historiadores.

A estética do livro é bonita e simples. Contém notas de comentários ou complementos ao lado dos textos.

Com certeza, um dos melhores livros da minha vida.

Lucas 14/04/2011

Raiva para alguns, patriotismo para outros
Este livro é muito, instigante, mostra a nós as verdadeiras faces da nossa história. As pessoas que não gostam de serem discordadas, melhor as que gostam de serem alienados pela escola, livros e professoras não devem ler este livro, ou melhor ainda, devem lê-lo sim, para ficarem com muita raiva, pois, será esse o sentimento despertado nessas pessoas. O livro, consegue mostrar os verdadeiros vilõess que eram tidos com heróis, e os verdadeiros heróis que eram vistos como vilões.
Uma das partes que eu mais gostei é a que fala da situacão verdadeira em que os negros vivam, ou seja, que elas tinham escravos, outra foi a que fala do império, nele o autor, mostra que não devemos sentir vergonha por termos sido o último país a conseguir a independência e depois em se tornar república, mostra que dentre os países vistos com democráticos que já eram repúblicas o nosso era o mais democrático, mesmo com um imperador, Dom Pedro II, melhor ainda, mostra que ele foi um verdadeiro herói e que devemos orgulhar-nos da nossa história e desses personagens que tanto contribuíram para sermos hoje o que somos. Desperte em você esse sentimento de patriotismo!

Léia Viana 30/04/2011

“Quase que enfurecida”
Leandro Narloch, em sua introdução deixa claro que seu livro trata-se de “... pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos.” No entanto, eu quase me enfureci se não existisse a dúvida que pairou em minha cabeça, fiquei quase que o tempo todo na dúvida, alguns pontos eu concordei sem mostrar nenhuma resistência, em outros, achei que o autor foi longe demais.

Como foi o caso de Euclides da Cunha, nunca me simpatizei com ele, sempre achei que, para os padrões daquela época, o fato de sua esposa Ana, tê-lo traído era por que ele no mínimo não valia muito como pessoa, e pelo relato de Narloch, foi fácil, para mim, concordar com cada palavra escrita a respeito de Euclides. Já, o que foi relatado sobre os Negros e o Samba, não sei ...achei uma “viagem” só.

Acho que é por isso que este livro torna-se difícil de ser avaliado, pois, ao mesmo tempo que se gosta dele, no outro dá uma tremenda vontade de atirá-lo para bem longe.

Mas, é muito complicado afirmar que tudo que Narloch pesquisou e que originou o livro é de fato verdade verdadeira, mas, negar que, em algumas partes é pura “imaginação”, também é tentar não pensar a respeito, mas, enfim, como bem colocado pelo autor, o “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, é um despertar para reflexão. É para nos tirar do comodismo de acreditar que tudo foi do jeito que nos foi apresentado, sem parar para pensar e refletir bem a respeito. Por isso é que a sua leitura é sim recomendada.

Fabio 06/08/2010

Livro com a intenção de desmistificar heróis, vitimas, personagens e acontecimentos da nossa história.

A abordagem é bem interessante. O autor não tem medo de ir contra o pensamento usual, e fornece provas através de referências.

Concordo com alguns pontos pois acho que não existem heróis ou vitimas exemplares e até imagino o bom e velho jeito brasileiro atuando na maioria dos casos, mas não posso deixar de sentir que o autor usou muuuuito seu ponto de vista e que ele realmente não gosta de comunistas :) .

É um livro curto e eu recomendo para quem gosta da história do Brasil.
Ele serve como um bom contraponto para discussão entre amigos numa boa roda de bar.

Liz 04/10/2011

Desafio literário 2011 - Maio - Livro-reportagem
"No processo de fabricação de um espírito nacional, é normal que se inventem tradições, heróis, mitos fundadores e histórias de chorar, que se joguem um brilho a mais em episódios que criam um passado em comum para todos os habitantes e provocam uma sensação de pertencimento. Se esse país quer deixar de ser café com leite, um bom jeito de amadurecer é admitir que alguns dos heróis da nação eram picaretas ou pelo menos pessoas de seu tempo. E que a historia nem sempre é uma fábula: não tem moral edificante no final nem causas, conseqüências, vilões e vítimas facilmente reconhecíveis.”

Eu comprei esse livro há pouco tempo meio que às cegas. Estava na livraria procurando algo que pudesse me ajudar a melhorar minhas notas em história (que estão deploráveis), vi esse título, gostei e levei. Sem ler sinopse nem nada. Imaginei que o livro contasse a história do Brasil de um jeito diferente, mas não. Ele conta outra história.
Leandro Narloch reuniu neste livro diversas informações muito curiosas sobre a história do Brasil e alguns de seus principais personagens.

Durante toda a leitura fatos bem chocantes são reveladas para aqueles que cresceram prestando alguma atenção às aulas na escola – por exemplo, no livro é mostrado o verdadeiro vilão da Guerra do Paraguai e da ditadura militar, a vida dos negros alforriados com seus escravos, ações de Luís Carlos Prestes, dentre muitas outras coisas.

Eu gostei bastante do livro. Ele utiliza uma linguagem bem simples e não fica enrolando muito. Nem tudo que eu li foi surpresa, mas a maior parte do que o livro revela foi como um balde de água fria num inverno siberiano. Algumas coisas eu simplesmente não consigo acreditar até agora. Eu não quero acreditar que passei a minha vida toda ouvindo de professores uma coisa que na verdade era mentira. Se na historia é assim, que dirá as outras matérias? Que dirá o que ouvimos no jornal? Que dirá a vida? Ai, ai, fique assim mesmo quando terminei a leitura. Comecei o livro querendo melhorar minhas notas e terminei-o sem nem saber como estudar, sem saber se quero estudar algo agora para mim tão instável.

Acho que aprendi muito lendo o livro, porém ele não merece uma nota máxima. O autor colocou demais dele mesmo. Para mim um livro desses deveria ser imparcial, pelo menos em sua maioria. Mas Narloch fez vários comentários bem infelizes ao longo das histórias que contava, que não acrescentaram absolutamente nada. Ele muitas vezes me pareceu ser um cara bem arrogante, alguém que não dá muita vontade de conhecer.

Além disso, tem algumas passagens muito desinteressantes. Como a seção sobre o samba e a sobre o Acre, que foi um sacrifício para eu ler. E também tem algumas coisas tão estranhas que são realmente impossíveis de acreditar – por exemplo, não consigo imaginar de jeito nenhum Elizabeth I com um relógio de pulso (sei o que você esta se perguntando. Essa informação aparece no livro sim, meio que à parte).

Mas no geral o que é mostrado é muito legal e, como deu para ver, inacreditável. O livro, além de ter aberto a minha mente para várias coisas, deu-me muito assunto para conversa (eu geralmente não tenho nenhum) e aumentou muito o meu interesse em história do Brasil, que antes era bem perto de zero.

Terminando a resenha, recomendo o livro para qualquer um. Ele é muito fácil de ler e traz muita coisa interessante.

Erikson 23/04/2011

Revisão da história "oficial" brasileira
Todo brasileiro deveria ler este livro. De forma divertida, ácida e, muitas vezes dolorida, o autor mostra que nossa história deve ser urgentemente revista e "ampliada".

Falsos heróis e histórias inventadas não fazem bem para nenhum povo que pretende amadurecer enquanto nação.

Giovani 16/05/2011

Ainda longe da perfeição.
Interessante, mas o autor fica desabonado ao comparar a guerrilha comunista com as Cruzadas e a Santa Inquisição. Também apelativo ao depreciar os jesuítas. Enquanto não se meteu a falar sobre Igreja foi bem.

Cometeu deslize também ao rotular os militares de desprovidos de inteligência. Ora, logo em seguida enumera todo o bem que o Regime Militar trouxe a nosso país. Burros não conseguiriam alcançar tão benéficos objetivos.

Grande equívoco do autor ao concluir que o Brasil não é socialista. Não foi enquanto estava protegido pelo Regime Militar. Hoje o que é? E a revolução cultural gramsciana não é percebida a olhos vistos? Quem é nossa "presidenta"? Não foi terrorista de esquerda?

mura 09/05/2011

Livro que tenta recontar algumas passagens e personagens históricas brasileiras. O autor mostra novas versões para episódios como a Guerra do Paraguai, a escravidão e figuras como o escultor Aleijadinho, Santos Dummont, entre outros. Em alguns casos o jornalista comenta sobre pesquisas existentes que embasam sua teoria, mas em várias passagens do livro a documentação dos fatos faz falta. Outra coisa que chama a atenção é a má vontade que o autor tem com os movimentos de esquerda e socialistas. Pelo menos serve para abrir a cabeça dos leitores em busca da verdadeira história brasileira em livros com maior embasamento histórico.

Vicente Moragas 12/06/2011

Um Brasil de Verdade
Interessante visão da miscigenação da cultura brasileira, ao mostrar personagens ocultos da História Oficial do Brasil como índios que adotaram o modo de vida branco e europeu, mudando de nome e de cultura para aderir ao padrão cultural dos europeus, ditos mais "cultos", o que explicaria nosso grande preconceito com parte da cultura indigena; e negras alforriadas que tinham escravos sobre seu domínio e eram boas comerciantes, mostrando que a mulher negra já participava de negociações importantes no início da colonização; tudo pautado em documentos oficiais.

Desmistifica alguns autores e grandes personalidades como Euclides da Cunha e Santos Dummont e comprova que para sermos um país sério devemos perder a síndrome de autopiedade e investir em nossas idéias.

Com uma linguagem as vezes prepotente, o autor do livro tece pensamentos coerentes sobre os possíveis pensamentos dominantes na cultura da época e acerta de raspão na construção de um sentimento de verdade com o Brasil. Uma grande tentativa de conhecer melhor o país fornecer meios de construir-se enquanto nação brasileira.

f lo rencio 11/07/2011

Bela decepção
Até a metade do livro o autor conseguiu falar só de história e estava até agradável, mas do nada ele começou à defender a ditadura militar e atacar raivosamente todos os que foram contra a ditadura, ou como ele defende arrogantemente, a "ditabranda" militar brasileira. Triste maneira de fazer pregação ideológica de extrema direita.

Marcelo 16/06/2011

A farsa revelada
Livro que mostra com bom humor toda farsa por trás da "identidade nacional", cunhada por valores um tanto incovenientes ao olhar contemporâneo. Revisionismo românticos e modernistas da história e farsas socialistas estão por trás da arte, ciência e política nacional. Mostra com clareza as raízes da xenofobia e complexo de inferioridade histórico do Brasil, e como são reverenciados canalhas e bandidos como heróis e desmerece que pratica atos verdadeiramente heroicos à pátria, como movimentos populares ingleses e por vezes o próprio D. Pedro II.