Fernanda631 29/10/2022
O Círculo Rubi
O Círculo Rubi, sexto e último livro da série Bloodlines, spin-off da saga Academia de Vampiros.
Sydney conseguiu fugir das garras dos Alquimistas, após seu pai tê-la enviado para a terrível Reeducação, depois que sua irmã Zoe a denunciou, ela achou que sua vida ia ter paz...já que estava livre e com seu amado, casou com Adrian e foi viver na Corte Moroi.
Depois de conseguir sair da reeducação, Sydney parece está longe de se livrar dos problemas. Mesmo estando casada com o amor de sua vida, o Moroi Adrian, tudo segue de mal ao pior na vida das pessoas próximas ao casal. Eles só poderão ter a tão sonhada paz quando resgatarem Jill, a irmã da Rainha Moroi.
Depois de confrontar os alquimistas e ter seu mundo virado do avesso, mais uma vez, Sydney e Adrian precisam lidar com uma crise grandiosa: Jill desapareceu. Levada por alguém que quer fazer mal à coroa Moroi e aos dois, a incerteza de seu paradeiro coloca o pouco de ordem que existia na realidade da dupla em um pandemônio completo. Ainda resta esperança, no entanto, de que magia possa ajudá-los a encontrá-la. Sydney tem certeza de que, com as bruxas ao seu lado, Jill possa ser resgatada antes que algo terrível aconteça. Adrian, por outro lado, precisa lidar com a própria instabilidade dos seus poderes se quiser um futuro esperançoso.
Acontece que ela jamais imaginaria que ao obter liberdade, seria obrigada a viver entre os vampiros, pois só lá ela está a salvo dos Alquimistas que deixaram bem claro que vão recapturá-la. Lá ela está meio que reclusa no apartamento com o marido e a sogra. Preocupada com sua amiga Jill que foi capturada ninguém sabe por quem, no final do último livro, mas sem poder fazer nada, se conforma com sua vida, mais ou menos...
Já em relação à conclusão das lacunas deixadas abertas nos volumes anteriores, foram condizentes e satisfatórias.
Enquanto isso Adrian tenta ajudar Charlotte a encontrar Olive, sua irmã, que fugiu e ninguém sabe o motivo. Olive teve um envolvimento com Neil, mas nem ele sabe como encontrá-la. Já que Charlotte é usuária do Espírito, combina com Adrian que vai iludir todos na Corte, para que pensem que ele ainda está lá, possibilitando então que ele vá ao encontro da esposa. Juntos vão ter que descobrir quem está com Jill, salvá-la, fugir dos Alquimistas e controlar o Espírito em Adrian, que está querendo enlouquecer ele de vez.
O Adrian, que tinha sido fraco no livro anterior cresceu e se superou, Sydney mais uma vez se mostrou inteligentíssima ao conseguir um acordo que tirou os Alquimistas do pé dela. Ponto extra para Rose e Dimitri que tiveram participação ativa aqui e conseguimos saber como viveram depois do final de Academia de Vampiros, além de um parentesco inesperado e bem interessante entre dois personagens muito queridos.
O arco de Sydney manteve o foco na estabilidade e na sua força espiritual; não uma guerreira, mas uma pensadora pronta para os momentos mais grandiosos. Uma alquimista que questionou tudo que conhecia, se voltou contra tudo o que a fizeram acreditar ser certo (e que sofreu muito por isso) finalmente encontrou um ponto de calmaria em sua vida. É maravilhoso ver o quanto Sydney cresceu e se fortificou com o passar dos livros; o quanto amadureceu e entendeu sobre a diversidade do mundo em que vive.
Seus embates nesse livro vêm muito da sua nova faceta confiante e questionadora. Não mais uma vítima acuada ou uma garota amedrontada, mas uma jovem mulher pronta para fazer o que for preciso para proteger o que é seu (seja sua liberdade ou seu coração).
Adrian, por outro lado, está na corda bamba. Apesar de ter se reunido em definitivo com Sydney e de estar nessa busca incessante pela Jill, seu maior problema reside na própria mente; os poderes do espírito têm seu preço e crescem a cada uso, independente de ser a única chance de garantir a segurança de quem ama. Muitos foram os momentos em que a tensão e a incerteza vividos pelo Adrian passaram para mim, tamanho medo por esse personagem.
Bloodlines seguiu um ritmo agradável e sossegado desde o seu princípio até seu fim. Teve seus momentos de ação e tensão, suas reviravoltas absolutamente desesperadoras e confrontos de fazer tremer na base, mas, em suma, sempre foi um livro sobre racionalidade e estratégia, seguindo seus dois personagens principais. Adrian e Sydney viveram grandes momentos ao longo dos seis volumes. De aliados inesperados até amantes secretos, desafortunados e enfim reunidos - como um casal oficial, finalmente - suas aventuras pelo deserto envolveram vampiros, alquimistas, bruxas e até entidades demoníacas.
O Círculo Rubi é adrenalina pura do começo ao fim o decorrer da narrativa coloca os protagonistas, Sydney e Adrian, em vários apuros físicos e mentais. O amor deles está mais forte, contudo eles precisam superar várias barreiras, como o fato deles não serem aceitos com um casal – afinal em que mundo um vampiro e uma humana (uma alquimista criada para repudiar seres sobrenaturais) ficariam juntos? –, de eles terem várias pessoas querendo suas cabeças em uma bandeja de prata, e do relacionamento deles estar sendo afetado pelo espírito, poder que Adrian domina por ser um vampiro Moroi. Além de serem caçados por pessoas preconceituosas eles ainda precisam ajudá-los salvando-os do perigo e garantindo a sobrevivência do mundo deles. Isso é ótimo!
Diferente da brutalidade e dos conflitos sobre lealdade e confiança que existiam em Vampire Academy, Bloodlines, para mim, sempre foi sobre esperança e união. E O Círculo Rubi finalizou a série usando exatamente esses dois pontos principais.
Existe uma coisa nesse livro que achei bem intrigante foi o fato de uma das tramas paralelas ter sido explicadas de forma superficial e, assim, dando ganchos para possíveis futuras séries.