Leo 10/07/2009
Muito diferente
Pense numa Sociedade aonde bebezinhos têm cabeças marteladas em consagração a Deus, aleijados são levados ao sacrificio, crianças para provar sua maioridade precisam matar enquanto são caçados...
De princípio o choque cultural é evidente e realmente nos faz repensar os motivos que levaram a pegar o livro para ler, mas aos poucos, o jeito fácil de escrever do autor nos transporta para o período neolítico aonde Deus-Sol estava em constante luta com a Deusa-Lua e seus seguidores se degladiavam em homenagens.
As inúmeras reviravoltas na vida do protagonista Saban, o filho do Chefe da tribo são deliciosamente apresentadas, hora na esperança de ser o novo Chefe, depois em sua vida como escravo até finalmente quando a paz se instala no seu coração e ele passa a ser um construtor (pedreiro?).
Cada sutileza impressa faz com que entendamos a maneira de viver, de pensar daqueles homens que mesmo com a falta de entendimento do mundo a sua volta conseguiam por meio da religião que os unia procurar a cada instante tomar as decisões corretas, buscar a felicidade e fazer o bem coletivo.
Em contrapartida também é mostrado que corrupção, ganância, busca pelo poder e maldade sempre estiveram presentes no espírito humano.
Uma lição de vida que nos mostra que a evolução da humanidade depende da busca interior de cada um de nós.