zoni 10/04/2020
“O menino nunca mais chorou e nunca mais se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído.”
Releitura: 10/02/2020
Nota da primeira leitura: 2/5
Nota da segunda leitura: 3/5
Em 2013, Os Instrumentos Mortais foi uma série que não funcionou muito bem pra mim, mas por gostar tanto das outras séries da Cassie, precisava me dar mais uma chance com essa, que foi um dos meus maiores tormentos no passado. E confesso que estava um pouco preocupado com essa releitura, me obrigando a gostar pra compensar a primeira leitura, mas sendo bem sincero... eu até que gostei um pouco mais, mas esse primeiro livo não tem nada de extraordinário.
Eu vejo Cidade dos Ossos divido em duas partes, na primeira parte a Cassandra está toda preocupada em nos contar e nos mostrar como funciona todo aquele mundo dos Caçadores de Sombras, então a história tem um tom de introdução gigantesco, mas mesmo com toda essa introdução aos termos, aos símbolos e ao modo de agir dos personagens, isso não nos cansa, a história fluí muito fácil nos arrastando na busca de Clary por desbloquear suas memórias, é na segunda parte que a coisa fica complicada. Nessa segunda parte do livro a Cassie ligou o modo tô nem aí, e quem aprendeu, aprendeu, quem não aprendeu que lute, pois ela só quer contar a história sem se importar com mais nada, e isso poderia melhorar o ritmo da história, mas na verdade ocorre o contrário, o enredo fica arrastado e chato, a Clary procurando descobrir quem é naquele mundo maluco ficou um tanto de lado, e ela se tornou determinada e agora está na busca pelo Cálice Mortal, e se perde total em quem é. E é nesse momento que (talvez) a autora também tenha se perdido, que a narração fica tão insuportável que chega a ser irritante, talvez a culpa seja da tradução e da revisão também, o livro tem muitos erros.
O final do livro é interessante em partes, gosto de como nos últimos capítulos a gente já tem a noção de para onde a história está realmente indo, quem serão os vilões, quem serão os mocinhos e o que os protagonistas terão que enfrentar, mas, os capítulos se tornam maiores do que os primeiros e um tanto mais didáticos, sem contar naquele fuzuê sem graça de é irmão/não é irmão/é irmão sim, que eu sempre odiei e sempre vou continuar odiando, independente de quantas vezes eu leia os livros ou assista o filme/série.
Sempre odiei o Jace, e não sabia bem de onde tinha vindo esse ódio todo, nessa releitura pra minha surpresa eu estava gostando dele, até dando certas risadas. Mas o meu ódio surgiu na cena em que ele e a Clary se beijam em frente a porta do quarto, e o Simon aparece... é ali que ele deixa de ser um garotão gostoso exibindo, e se torna o escroto que é durante a maioria dos livros.
Essa releitura foi daora, nostálgica pra cacete e eu estou disposto a continuar a releitura da série, tem eventos muito interessantes nos próximos livros, e eu estou ansioso para ler cenas específicas e perceber o que gosto nelas agora. Que venha o segundo volume.
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