spoiler visualizarNae. 28/04/2024
Sobre Príncipe Lestat:
Esse livro me deixou muito feliz e aliviada. Feliz porque é muito bom (muito melhor do que eu podia imaginar) e aliviada pelo mesmo motivo, afinal, o último livro das Crônicas Vampirescas que eu li foi "Cântico de sangue" e, sinceramente? Acho que esse é o pior livro de toda essa saga e eu ainda só digo "acho" porque não terminei de ler todos os livros então, infelizmente, não posso falar com tanta certeza.
Aqui é seguida a mesma linha de narrativa que "A rainha dos condenados", nas primeiras fases da história cada capítulo é narrado por um personagem diferente, alguns que já apareceram nas Crônicas anteriormente e outros totalmente novos, até que no final a coisa fica bem dividida entre capítulos só do Lestat e alguns do Rhoshamandes. Esse formato foi algo que eu critiquei em "A rainha dos condenados" pois na época me deixou extremamente confusa durante toda a história, nesse livro eu já acho que funcionou muito melhor, no caso, que foi mais bem executado, mas também continua sendo meu único motivo de crítica. Nesse livro é apresentado muitos vampiros novos (novos no sentido de que nunca apareceram antes) e cada capítulo é um diferente, quando chega no final e todos já estão reunidos acaba ficando muito confuso porque, pelo menos eu, conseguia me lembrar da história somente de um ou dois, os outros eu esqueci completamente e, como não sabia que havia um glossário dos personagens no final do livro, continuei confusa sem consultar nada para conseguir me situar melhor. Mas essa é realmente minha única crítica a história, talvez seria bem melhor se pelo menos alguns desses personagens já tivessem sido introduzidos antes, até faria mais sentido, por exemplo, a própria Rose e o Viktor.
Como o Lestat esta a anos cuidando de uma mortal e isso nunca foi narrado nos outros livros? Ok, se a autora queria fazer um suspense então pelo menos só colocasse algumas pequenas referencias, ela não precisava ser citada de forma detalhada, só algo mínimo para não ficar tão jogada na trama assim como o Viktor. Pelo amor de Deus, como o Lestat tem um filho MORTAL e isso nunca foi explorado? Mas ok, eu deixo passar porque são bons personagens.
Agora falando mais do Lestat. Eu adorei o desenvolvimento dele nesse livro, ouso dizer que era algo que o personagem estava precisando e que esse, junto com "O ladrão de corpos", é o livro mais importante para a trama do personagem. Não havia outro para assumir o posto de líder dos vampiros, desde o começo está óbvio que seria um título que ele receberia e só faltava realmente o próprio Lestat se dar conta e aceitar esse fato. Fico muito feliz com a evolução dele e, inclusive, amei o último capítulo ser do Louis, sinto que ele tem muito pouco destaque nas Crônicas depois do primeiro livro e ver um pouquinho da evolução dele também foi muito bom.
Gosto como esse livro explica/amarra bem muitos pontos das Crônicas, principalmente sobre o cerne sagrado (Amel), mas ao mesmo tempo esse livro tem um grande erro de continuidade. O Quinn simplesmente sumiu na neblina. Nesse livro não tem NENHUMA referência ou citação aos acontecimentos ou personagens de "A fazenda Blackwood" e "Cântico de sangue", tudo bem que eles são definidos como histórias híbridas mas nossa... Ficou muito estranho, é bizarro o Quinn ter recebido tanto destaque em dois livros (um sendo gigantesco) e simplesmente ser deixado de lado assim (é, aparentemente eu tenho duas críticas a esse livro e não só uma como disse acima).
Enfim, é um bom livro e foi uma boa leitura. Eu gostei bastante.