O leitor do trem das 6h27

O leitor do trem das 6h27 Jean-Paul Didierlaurent




Resenhas - O leitor do trem das 6h27


164 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Aline Teodosio @leituras.da.aline 06/01/2021

Guylain Vignolles trabalha numa usina que destrói livros encalhados. Ele opera "A Coisa", a máquina que aniquila o que ele mais ama: livros. Guylain detesta seu emprego, e para amenizar esse suplício, ele salva algumas páginas aleatórias do triste fim, as leva para casa e as declama no dia seguinte, no trem das 6h27. Essa é então a sua rotina taciturna, até que dois acontecimentos começam a mudar o rumo da sua história.

O livro, apesar de curto, tem um início bem moroso, imbuído de melancolia. Cheguei a pensar em um plágio atualizado de Uma Solidão Ruidosa. Porém, aos poucos a narrativa foi mudando de direção: por vezes soava meio poética, meio filosófica, às vezes ganhava ares de tragicomédia, às vezes comédia romântica.

É verdade que não há muita ação e tudo se resume à vida pacata e sem graça do protagonista, que nos conduz por um caminho de monotonia. Todavia, até nas vidas mais insignificantes é possível observar pequenas belezas, pequenos prazeres, sutis gentilezas que fazem toda a diferença para um mundo melhor. Você só precisa de sensibilidade para conseguir apreciar. Lembra da Amelie Poulain? Pois é...

O final foi bonitinho, daqueles de nos deixar com o coração aquecido e com um sorriso singelo nos lábios.
comentários(0)comente



Fran Ferreira 13/06/2020

Eu reiniciei a leitura após abandoná-lo, no fim, gostei mais dele depois de 60% já lido, fez mais sentido.
Literalmente a leitura está representada em diversos aspectos no livro, isso é bem legal e não me lembro de ter reparado tanto em um mesmo fato como esse.
Um livro fofo, me fez imaginar se um dia tiver a oportunidade de ir a Paris, poder conhecer algumas comidas e lugares mencionados no livro.
comentários(0)comente



Jeffez 10/12/2023

Muito interessante como um homem bem pacato trouxe tanta vivacidade a rotina chata do caminho ao trabalho no dia a dia, e pode trazer um pouco de alegria às pessoas, isso fez a diferença na vida delas.
E nos mostra que simples gestos que não damos tanta atenção podem mudar as coisas e pessoas de forma tão bonita.
não esperava que o amor chegasse até ele nesse trajeto.
E isso reafirma que coisas boas atraem coisas boas!!.
comentários(0)comente



Fernando 22/08/2022

Ótimo livro!
Embora o livro seja bem curto, a escrita e acontecimentos, até certo ponto comuns, são fascinantes e te fazem não querer largar o livro.

Para um livro pequeno como esse, curioso caber tanto comédia, como drama, e até um pouco de investigação.

Vale demais a leitura e deixa o gostinho de quero mais.
comentários(0)comente



Ladyce 08/10/2015

Leve, leve, um conto de fadas
Amantes da leitura em geral têm um fraco por histórias, romances, novelas em que livros são protagonistas ou fazem parte essencial da trama. "O leitor do trem das 6h 27" de Jean-Paul Didierlaurent já pelo título nos prepara para um deleite do gênero. E é. No entanto, essa é uma história cuja tema central talvez não seja livros mas o cultivo da amizade e do amor através da palavra escrita.

Sim, há um leitor que lê em voz alta páginas soltas de livros diversos, para uma plateia no trem da manhã. Muitos de seus ouvintes se encantam com as passagens escolhidas ao acaso: elas fazem a imaginação borbulhar, trazem excitação ao dia a dia e são capazes de preencher vidas que de outro modo poderiam ser alienadas. Um por um, cada ouvinte encontra sua verdade, sua história, na interpretação dos trechos de ficções narrados pelo leitor do trem. É o que acontece com as irmãs Delacôte que eventualmente convidam o leitor do trem para sessões de leitura e entretenimento, para elas e amigos.

Nesse pequeno romance de Jean-Paul Didierlaurent as palavras escritas são mágicas. Elas são a chave do amor e da amizade. Elas saram, purificam e restabelecem. Garantem companheirismo e fraternidade, benevolência e apego. Os gestos de ternura, de simpatia, entre o leitor e seu colega Giuseppe, vítima de um acidente no trabalho, são verdadeiras odes à mágica das palavra impressa. Até mesmo o leitor do trem, que solitário cultiva a companhia de um peixinho de aquário, eventualmente sucumbe à magia da palavra escrita e por ela encontra o amor.

O mundo de Guylain Vignolles, funcionário de uma companhia de desencalhe de livros, parece inicialmente sem esperança, abjeto, rude e descortês. Mas aos poucos testemunhamos os pequenos milagres, aqueles que acontecem quando prestamos atenção nas palavras impressas. E... surpresa! Quase tudo se resolve. Hábil contador de histórias, Didierlaurent escreveu um conto de fadas para a nossa época. Há monstro, vilão, mágica, boas ações, madrinhas, princesa e final feliz. Que mais podemos querer para cultivar um bom astral?
Marta Skoober 09/10/2015minha estante
Bela resenha. Ladyce
Me conquistou.


Ladyce 09/10/2015minha estante
Marta, só espero que não me levem ao pé da letra quanto "Há monstro, vilão, mágica, boas ações, madrinhas, princesa". Mas sim é de grande leveza.


Marta Skoober 09/10/2015minha estante
:-)


Joice (Jojo) 04/12/2015minha estante
Ótima resenha, Ladyce. Adorei suas impressões sobre o livro.




Lucas | @luagonoslivros 17/09/2023

É possível se apaixonar por alguém só lendo seus textos?
A resposta do autor é sim. E eu acredito nisso também.
Quem diria que pra um primeiro romance de um poeta teríamos um leitor recluso encontrando por acaso os textos de uma desconhecida (e se apaixonando por ela). Só um francês conseguiria escrever esse livro dessa forma sensível, poética e bela.

Eu quero acreditar que existe um destino primoroso reservado para cada leitor recluso que não consegue ter a vida brilhante que todo o resto do mundo parece ter. Esse livro me deu mais um motivo para me agarrar a essa esperança.
Deisi 17/09/2023minha estante
Mais é possível, se apaixonar de tantas formas kkkkk


AndrAa58 27/11/2023minha estante
Que bela resenha...?




chungkinggirl 01/01/2022

Uma história que sempre me pega desprevenida
Sempre que me preparo pra ler essa história (já se tornou um ritual), entro nela sem pretensão alguma e acabo me surpreendendo de maneira gratificante. A premissa é aparentemente simples: um homem de 30 e tantos anos que, ao dirigir-se ao trabalho todos os dias, lê páginas avulsas de livros para uma plateia silenciosa no vagão do trem das 6h27. Mas é exatamente essa premissa tão banal que torna a escrita de Didierlaurent brilhante. Guylain, apesar de ser o personagem central, não detém todo o protagonismo da história, nos emprestando vislumbres de seu melhor amigo, seu chefe babaca e a dona de um pen drive perdido que promete mudar todo o sentido da vida de Guylain. Simplesmente uma das melhores leituras que já fiz, super curtinha e gostosa de apreciar.
comentários(0)comente



Clara 19/07/2021

eu achei o começo desse livro meio arrastado, mas com o decorrer da história você vai entendendo melhor. é um romance super rapidinho e ótimo para ler em um dia.

~adorei as velhinhas kkkkkkkk~
Kau 17/08/2021minha estante
Mulherrrrr, vc tbm acha que existe alguma ligação das manchas nas páginas iniciais do livro com a história? E a questão dos supostos ratos que apareciam mortos, vc n achou estranho?


Clara 17/08/2021minha estante
simmm, achei bem estranho




FabyTedrus 03/03/2020

O leitor do trem das 6h27 - Jean-Paul Didierlaurent
Sabe quando você começa a ler um livro e parece que pegou ele pela metade, porque não existe uma introdução, você se sente perdido tentando encontrar algo nas entrelinhas, as vezes muito formais e bastante confusas também, para tentar entender o que está acontecendo? Essa foi minha sensação em quase metade desse livro. A sorte é que o livro e os capítulos são curtos. Senti vontade de desistir, mas a curiosidade sobre o tal ponto alto, os textos misteriosos, me fez persistir.
A vida extremamente solitária e monótona do Guylain, é retratada com tanto realismo que a leitura tem esse ritmo solitário, sem muitos diálogos, e monótono, repetitivo e sem grandes novidades. Até que, benzadeus, a interação dele com outros personagens aumenta, os textos misteriosos aparecem e ai sim, a história se torna interessante.
Adorei os arquivos da Julie, os 'tialogismo', uma rotina bastante comum mas também bastante peculiar sendo contada de um jeito leve e até divertido. Uma pena essa parte ter demorado tanto para começar.
Minha sensação é que a história tem trechos muito bons, cheguei a querer mais algumas páginas no final. Mas, por medo dessas páginas a mais fossem estragadas pelo jeito confuso, monótono e cult, que me incomodou bastante ao longo do livro, prefiro ficar contente por ser um final bem cabível e bonito para a história!
comentários(0)comente



Hyslei.Roman 11/12/2023

Livros que falam de livros são sempre uma premissa clichê, mas ainda assim conquistam a nós, leitores! Entrei nessa leitura sem saber muito sobre o que se tratava e posso garantir que me diverti, me emocionei, parei para fazer algumas reflexões e fui pega de surpresa pelo desenrolar da história. Em hipótese alguma eu pensei que as coisas se desenrolariam da forma como foram! Sinto que algumas coisas ficaram com pontas soltas ou dançando no meio da história sem muito nexo, mas na vida também é assim, não podemos cobrar exatidão em tudo, muito menos diminuir essa leitura envolvente e fascinante por conta de alguns pormenores não bem delineados. Dei cinco estrelas e favoritei sim, porque me tirou de uma ressaca literária de meses e me surpreendeu de forma muito positiva!
comentários(0)comente



Marta Skoober 23/11/2021

Menos um na pilha

Nada me preparou para O leitor do trem das 6h27, aliás nem o tamanho do livro nem a história eram o que eu  imaginava. O livro já estava aqui há algum, mas prefiro demorar a ler, a fazê-lo na hora errada. Pois como tenho dito com relativa frequência: ler um livro  na hora errada é tão "ruím" quanto ler o livro errado. 

Apesar de pequenino li em  quatro dias,  afinal estava acompanhando um leitor num trem,  então me permiti ir devagar e refletir  sobre o que ia lendo. Tenho pouca experiência com os escritos franceses contemporâneos,  quase nenhuma, mas o pouco que li, sempre me deixa com a sensação de que tem algo  escondido embaixo do tapete. Mas o que?

E se eu tivesse que definir em uma palavra eu diria: INESPERADO. Apesar da rotina e aparente monotonia que permeia todo o livro. 
comentários(0)comente



João 11/02/2016

Esse livro é daqueles que surpreende.Você não dá nada por ele e quando você inicia a leitura não quer parar mais.Um livro cativante.Fiquei admirado e encantado com a simplicidade,ingenuidade do livro.Aquele tipo de leitura que faz você se sentir bem com o mundo,leitura que toca a alma.
Excelente leitura!!
Pandora 10/04/2016minha estante
Exatamente como me senti.




Mylla 10/02/2022

Todos os dias um operário de uma usina lê no seu trajeto para o trabalho no trem das 6h27 trechos de livros, até que encontra textos misteriosos que mudam sua vida e o fazem ir em busca de quem escreveu aquelas páginas.
comentários(0)comente



Ana Lima 15/09/2016

O leitor do trem das 6h27 é Guylain Vignolles. Solteiro, vive sozinho e tem cerca de 30 anos, todas as manhãs lê fragmentos de diversas obrar em voz alta no trem que o conduz ao trabalho, numa usina destinada a destruir livros encalhados nas estantes e transformá-los em páginas para novos livros.

Parece contraditório que um leitor assíduo trabalhe num local como esse - e é. Mas é justamente de lá que Guylain retira seu estoque de pequenos trechos de livros que serão lidos no trem. A maioria desses fragmentos é retirada justamente do que resta dos livros na chamada Coisa: a máquina responsável por destruir os livros e a qual o personagem opera.

Um dia, numa de suas viagens de trem, Guylain encontra um pendrive no banco em que costuma sentar. Ao chegar em casa e vasculhar os arquivos presentes no dispositivo, ele acaba encontrando diversos documentos que, juntos, formavam uma história escrita aparentemente por uma mulher responsável pelos banheiros de um grande shopping. O que ele não sabia é que esses escritos mudariam muito na sua vida e em sua forma de enxergar o mundo ao seu redor.

O livro é bem curtinho e tem ritmo de conto. Acredito que o ponto principal e que mais me cativou nessa leitura foi a construção dos personagens. O autor não poupa esforços (e nem características) para criar personagens únicos e peculiares! São o tipo de pessoa que não esbarramos por aí em qualquer lugar.

Por exemplo, o porteiro da usina é um senhor fascinado por versos alexandrinos. Além de lê-los a todo momento, muitas vezes ainda os encorporava em seu vocabulário, e os diálogos com o personagens se tornam verdadeiras obras de arte a medida em que são descritos.

Há também um ex-funcionário da usina, que perdeu suas duas pernas ao ser engolido pela Coisa. Esse poderia ser o fim de sua vida... Isso se não encontrasse uma motivação ainda maior para seus dias: perseguir todos os exemplares dos livros originados a partir do papel que era esmagado pela Coisa no momento em que ela o engoliu e que, consequentemente, também continha o resto das suas pernas.

É bizarro, sim. Mas a motivação e o orgulho do personagem ao reencontrar cada livro perdido deixam de lado essa parte macabra.

Amei a experiência de ter lido esse livro, e me imaginei trabalhando num local destinado a destruir aqueles que hoje são considerados meus melhores amigos - os livros. Acredito que toda pessoa apaixonada pela leitura precisa conhecer esse livro e seus personagens peculiares. O livro é curtinho, tem uma arte gráfica maravilhosa e além de tudo vem numa versão pocket exclusiva, pra você carregar por aí e, quem sabe, não se tornar o leitor do transporte público da sua cidade!

site: www.poesiadestilada.com
comentários(0)comente



Fátima Lopes 31/03/2022

O autor relata o cotidiano de moradores de Paris em uma história original, terna e engraçada. O personagem principal tem uma relação peculiar com os livros, é "carrasco" e salvador ao mesmo tempo.
comentários(0)comente



164 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR