Resenhas - O leitor do trem das 6h27

Alannys 15/12/2017

Maravilhoso!
Um livro simples, leve e encantador, onde todos os personagens tem como elo os livros, este livro mostra o poder da leitura, apresentando um romance puro e verdadeiro, que conta com a ajuda das palavras para se desenvolver!

Janaina Edwiges 25/03/2020

"Apesar do que possamos pensar, nada é imutável na vida"
O Leitor do Trem das 6h27 é um romance que nos lembra a todo momento o porquê de amarmos tanto a literatura. Imersos na vida de Guylain Vignolles e de seu trabalho angustiante, conhecendo seus amigos e as demais pessoas que o cercam, percebemos o quanto as palavras têm o poder de transformar vidas. Elas levam esperança onde antes havia solidão, trazem alegria para os dias tediosos e ajudam a seguir em frente nos momentos que são dolorosamente difíceis de suportar.

Esta história tão bonita também nos inspira a refletir sobre o trabalho. Como é lidar com uma atividade que faz tão mal? Como as pessoas são tratadas pelos seus superiores imediatos ou por aqueles que precisam do trabalho que elas realizam? São realmente vistas como seres humanos ou simplesmente executoras de uma determinada função?

Este livro me surpreendeu de uma maneira tão positiva! Espero que todos aqueles que tenham oportunidade de lê-lo possam se encantar com esta história.

Ladyce 08/10/2015

Leve, leve, um conto de fadas
Amantes da leitura em geral têm um fraco por histórias, romances, novelas em que livros são protagonistas ou fazem parte essencial da trama. "O leitor do trem das 6h 27" de Jean-Paul Didierlaurent já pelo título nos prepara para um deleite do gênero. E é. No entanto, essa é uma história cuja tema central talvez não seja livros mas o cultivo da amizade e do amor através da palavra escrita.

Sim, há um leitor que lê em voz alta páginas soltas de livros diversos, para uma plateia no trem da manhã. Muitos de seus ouvintes se encantam com as passagens escolhidas ao acaso: elas fazem a imaginação borbulhar, trazem excitação ao dia a dia e são capazes de preencher vidas que de outro modo poderiam ser alienadas. Um por um, cada ouvinte encontra sua verdade, sua história, na interpretação dos trechos de ficções narrados pelo leitor do trem. É o que acontece com as irmãs Delacôte que eventualmente convidam o leitor do trem para sessões de leitura e entretenimento, para elas e amigos.

Nesse pequeno romance de Jean-Paul Didierlaurent as palavras escritas são mágicas. Elas são a chave do amor e da amizade. Elas saram, purificam e restabelecem. Garantem companheirismo e fraternidade, benevolência e apego. Os gestos de ternura, de simpatia, entre o leitor e seu colega Giuseppe, vítima de um acidente no trabalho, são verdadeiras odes à mágica das palavra impressa. Até mesmo o leitor do trem, que solitário cultiva a companhia de um peixinho de aquário, eventualmente sucumbe à magia da palavra escrita e por ela encontra o amor.

O mundo de Guylain Vignolles, funcionário de uma companhia de desencalhe de livros, parece inicialmente sem esperança, abjeto, rude e descortês. Mas aos poucos testemunhamos os pequenos milagres, aqueles que acontecem quando prestamos atenção nas palavras impressas. E... surpresa! Quase tudo se resolve. Hábil contador de histórias, Didierlaurent escreveu um conto de fadas para a nossa época. Há monstro, vilão, mágica, boas ações, madrinhas, princesa e final feliz. Que mais podemos querer para cultivar um bom astral?

AndrAa58 02/12/2023

Encantador
Que livro encantador! O autor conseguiu me cativar, arrancar risos e fazer com que eu torcesse por um amor literário, rs. O protagonista é um homem introvertido, solitário e puro. Sua paixão pelos livros contrasta com o fato de seu trabalho consistir em destruí-los. No entanto, ele não se deixa abalar pela insatisfação com sua função e condição; ao contrário, concentra-se em salvar as folhas que escaparam, “dos dentes da coisa”, desse destino cruel. Com essas folhas, ele transforma os dias dos passageiros do trem das 6h27 e dos velhinhos de um asilo, mais interessantes e leves.

O livro é uma verdadeira delícia, com personagens encantadores, cada um com seu estilo único. A abordagem do amor na trama é literária e ingênua de certa forma. Já se apaixonou por alguém sem conhecê-lo, apenas através de seu diário?"

Vanessaf 11/12/2018

Devo estar com algum problema de exigência, mas oooooohhhh livrinho chato!!!!

@The_Valentim 13/12/2017

Um livro Ok
Basicamente eu comprei o livro somente pelo preço, menos de R$5,00. Confesso que me empolguei mais com a sinopse do que com a leitura do livro, mas fiquei curioso como tudo iria se desenrolar na trama. Acredito que faltou desenvolver mais a historia, se aprofundar mais. Quando o livro chegou ao fim eu fiquei com a sensação de "ok, é isso. Próximo!" não será um livro que deixará saudades.

Erica.Barone 23/06/2023

Demorei para engrenar a leitura, mas do meio para o fim ele entrega tudo. Acabei a leitura com um sorriso no rosto e com o coração quentinho, pois é um conto de fadas! Valeu a pena!

Thais645 13/07/2021

 "Precisei rapidamente me render à evidência de que as pessoas em geral só esperam uma coisa: que você ofereça a imagem daquilo que elas querem que você seja."

Guylain Vignolles (um nome que, em francês, soa algo como "palhaço feio", para seu azar e histórico de bullying durante toda a vida) tem trinta e seis anos, é um amante dos livros e, ironicamente, um operário de uma usina que destrói encalhe de... livros, e seu patrão é um escroto. Seu maior confidente é um peixe dourado chamado Rouget Lisle, para o qual confidencia, ao fim do dia, os capítulos (por ele julgados miseráveis) de sua vida real. Seus únicos amigos são um amputado das duas pernas que passa o tempo procurando por elas e um versificador que só sabe falar por meio de versos alexandrinos.

Todas quintas-feiras ele liga para a mãe, que acredita que o filho seja um diretor de uma grande editora. Em determinado momento, preso a seus próprios pensamentos, confessa a si mesmo: "meu trabalho me anoja a tal ponto que às vezes vomito".

Todos os dias ele salva algumas páginas dos livros que seriam devorados pela monstruosa máquina - a qual chama de "A Coisa" - e as lê no trem para uma plateia aparentente absorta (o trem que toma justamente nesse horário do título: às 6h27). A plateia é fiel e ouve com atenção as histórias aleatórias de Vignolles com curiosidade e arrebatamento.

Talvez se eu entrar em maiores detalhes (pois vários outros acontecimentos se sucedem a partir dessa leitura que ele faz), estrague o prazer da futura leitura de alguém, mas posso dizer que esse livro me causou uma série de sensações, especialmente um sentimento de tristeza e solidão desolador, que parece ser inerente à natureza de Guylain Vignolles ao longo de sua trajetória.

Mas na metade do livro em diante há uma espécie de reviravolta. Num determinado dia, ele encontra, em uma de suas viagens no trem de sempre, um pen drive com documentos nos quais é narrada a rotina de uma jovem que trabalha como zeladora de um banheiro de um shopping, e fica verdadeiramente encantado por ela e pela visão que a moça tem do mundo. Mas não há pistas, nas histórias relatadas, que possam ao menos dar a chance de Guylain ousar a mínima aproximação.

Além das palavras novas e diferentes que encontrei permeando vários dos capítulos da história, um neologismo divertido é citado por Julie (a moça em questão) em alguns de seus relatos: "tialogismos", que são espécies de sábios conselhos e ditados recitados por suas tias, aos quais ela vai enumerando ao longo da história, divertidamente.

Da metade da história em diante, como eu disse, uma mudança e novos ares dão belas formas e tons ao gris sombrio da rotina de Guylain, e muito por aí que li diz que há uma espécie de "encantamento e um contentamento" que se acentuam. Mas, para mim, não. Não consegui me desprender do incômodo desolador e melancólico inicial que, de modo angustiante, transpassa por cada uma das linhas e entrelinhas da história. Talvez tenha sido uma das leituras mais tristes que já fiz nos últimos tempos.

De toda forma, valeu cada página. Guylain Vignolles e suas leituras (de si mesmo e do mundo que o cerca) ficarão para sempre guardados dentro de mim - sem um ponto final.

Lucas | @luagonoslivros 17/09/2023

É possível se apaixonar por alguém só lendo seus textos?
A resposta do autor é sim. E eu acredito nisso também.
Quem diria que pra um primeiro romance de um poeta teríamos um leitor recluso encontrando por acaso os textos de uma desconhecida (e se apaixonando por ela). Só um francês conseguiria escrever esse livro dessa forma sensível, poética e bela.

Eu quero acreditar que existe um destino primoroso reservado para cada leitor recluso que não consegue ter a vida brilhante que todo o resto do mundo parece ter. Esse livro me deu mais um motivo para me agarrar a essa esperança.

Kau 17/08/2021

Um livro curto, com uma história breve, porém marcante
Criei várias teorias no final desse livro. A mancha na página inicial e os ?ratos? mistérios, tem que ter ligação com algumas outras partes do livro, não é possível kkkkk
Comecei o livro pensando ?espero que não vire mais uma série? agora estou louca para que o autor publique uma continuação.
Acredito que o livro teria sido muito melhor se a história tivesse se desenvolvido um pouco mais.

Clara 19/07/2021

eu achei o começo desse livro meio arrastado, mas com o decorrer da história você vai entendendo melhor. é um romance super rapidinho e ótimo para ler em um dia.

~adorei as velhinhas kkkkkkkk~

Alcione13 15/07/2019

Prende pela simplicidade
Singular

Uma trama bem urdida. Escrita de forma singela e tocante.

Um homem comum preso num trabalho muitas vezes monótono e segundo ele,injusto. Que faz suas confissões para seu pequeno peixe em um aquário, tão solitário como o dono.


Mas que também faz algo diferente: ler no vagão de trem onde vai para o trabalho, páginas avulsas que se salvam da máquina onde trabalha destruindo livros.

Essa leitura despretensiosa e mecânica traz alguns encontros inesperados que vão dar um colorido a vida,digamos, sem graça deste homem.
Assim como o encontro de um pen drive o farão ir em busca de uma aventura e quem sabe de algo mais?

Temos também algumas amizades verdadeiras e personagens tão reais como qualquer um de nós.

A graça do livro está exatamente na narrativa singela mas que em nenhum momento é sinônimo banal.

Gostei particularmente de como o autor colocou uma pitada de alegria uma vida simples que faz muito lembrar a nossa.

Finalizar aquele último capítulo deu um gostinho de quero mais.
Principalmente por ter acompanhado o dia-a-dia deste homem e seguido junto a ele em sua busca,deu uma sensação de perder um amigo.

Um livro fino que engana pela capa mas que no meu caso,foi um dos melhores do ano.

Pandora 10/04/2016

Que livro original, que leitura mais agradável! Didierlaurent faz poesia de situações cotidianas e tragédias pessoais. Logo no começo da narrativa eu já sabia, que tanto fazia qual fosse o desfecho, eu amaria este livro! Fazia tempo que eu não lia algo que me tocasse tão profundamente, de forma singela e permanente. E ele não só tocou meu coração, como já é um dos meus favoritos para toda a vida!

Alinne.Spagnollo 12/02/2020

Leitura prazeirosa
A indicação desse livro veio através do podcast: ?O Clube do livro do Fagundes? fiz a troca aqui pelo skoob, e que surpresa agradável, uma leitura daquelas que você não consegue parar com um final daqueles que você fecha o livro com um sorriso! Entrou na minha lista de preferidos!

Cinara... 22/11/2020

Livro sobre livros ?
"Precisei rapidamente me render à evidência de que as pessoas em geral só esperam uma coisa: que você ofereça a imagem daquilo que elas querem que você seja. E reprovavam especialmente a imagem que eu propunha a elas."

Daqueles livros que esquentam o coração!
Pra mim livros sobre livros nunca erram ?