O leitor do trem das 6h27

O leitor do trem das 6h27 Jean-Paul Didierlaurent




Resenhas - O leitor do trem das 6h27


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Yuka 01/06/2022

Guylain ao pegar o trem todos os dias as 6 e 27 para ir trabalhar, nos 20 minutos de viagem, ele lê em voz alta páginas avulsas que pega de livros de seu trabalho, sentando no mesmo banco retrátil alaranjado todas as manhãs. Mas na volta, ele não tem forças para isso. 
A Coisa, como chama a máquina em que trabalha, é extremamente perigosa e um amigo já se acidentou ali, mas ainda é onde Guylain consegue suas preciosas páginas. 
Após o acidente de Giuseppe, que acabou perdendo as pernas, Guylain parte em uma missão para manter o amigo interessado em viver, em uma busca frenética por suas pernas. 
Além disso, um dia, duas senhorinhas se aproximam dele lhe fazendo um pedido inusitado, se ele poderia ir a casa delas ler para elas. 
E ainda uma mudança acontece em suas leituras matinais  quando ele encontra um pendrive com textos interessantes que ele passa a ler no trem. E acaba obcecado por querer encontrar a pessoa que os escreveu. 


Confesso que havia imaginado uma história completamente diferente da que me foi apresentada. Primeiro nem havia reparado que o autor era francês, então infelizmente o nome do nosso protagonista não fez sentido no trocadilho inicial do livro, quando é assim, ficamos sem graça diante da tradução sem nexo. 
Mas, Guylain é um personagem deveras interessante. Primeiro achei que sofresse de algum problema hahaha mas ele é apenas metódico e gosta de ler no trem. 
A escrita é bem diferente então não é tão fluida como gostaria. E não sei porque, esse ambiente em que Guylain vive me faz lembrar de 1984 de George Orwell. Não sei explicar porque.
O trabalho de Guylain com certeza é de partir o coração principalmente de amantes de livros e completamente perigoso, uma vez que seu amigo perdeu as pernas ali. 
As senhorinhas que pediram para ele ler para elas foi muito fofo, porque a intenção dele nem era agradar tanto assim as pessoas, mas ficou devidamente satisfeito por suas leituras terem causado algum efeito positivo nas pessoas. 
E o vigia do trabalho dele que falava em versos Alexandrino? Nem tenho comentários para ele hahaha 
Mas o ápice mesmo foi eu ter pensado que o livro todo seria apenas isso, seu cotidiano entre ler no trem, seu trabalho e as visitas a Giuseppe. Encontrar o pen drive e sua busca pela autora dos textos foi maravilhoso. Achei que ele seria uma daquelas pessoas que vivem no piloto automático, gostei muito dessa personalidade dele. 
Apesar de ser um livro curtinho, tem bastante conteúdo. 
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CLEUSA 21/01/2022

Muito bom este livro.
Este, sem dúvida, vai para meus Favoritos. Por ser o primeiro romance do autor, acredito que tenha se saído deveras bem, Bem estruturado, bons personagens, bom ritmo. Como leitora que sou, me identifiquei ao horror do protagonista à "Coisa". Em nossa história recente, nos deparamos com muitos "personagens" nos moldes do companheiro de trabalho e no chefe de Guylain Vignolles. A solidão, a rotina, a monotonia cotidiana estão lindamente descritos nesta obra. Porém, o autor consegue imprimir um pouco de esperança em cada página para além da vida sombria tanto de Guylain quanto aos passageiros do trem. Gostei do final... um pouco de romance nunca fez mal a ninguém.
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Yara 05/07/2020

História leve, fluida e inteligente
Achei bem incomum o enredo... Acontecem umas coisas bem aleatórias que você vai lendo e pensando "Meu Deus, onde isso vai dar?"... e bem rapidinho de ler, tem uma escrita bem inteligente... Gostei e recomendo pra espairecer um pouco a mente.. dá pra ler em uma sentada
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baracho.rodrigo 06/01/2022

14.718
Comecei o livro sem saber onde ia chegar, e a leitura é acompanhada sempre de um sorriso no rosto. Que livro lindo, história sobre livros e sobre a rotina, sobre sonhos e amor. AMEI muito, com certeza 5 estrelas ?
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Elaine Miranda 21/07/2020

Que livro fofo!
Esse livro é uma grande surpresa para mim. No início, um sentimento um pouco confuso. Tem uma narrativa doída de um operário e por vezes eu me sentia triste em imaginar quantos "Guylans" existem por aí, vivendo uma vida sem propósito. Até que a leitura nos conduz a uma nova fase. E aí, tudo muda! Lindo, lindo. ??
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Luiza3351 19/06/2020

Alívio literário
Como admiradora de livros de suspense e terror, "o leitor das 6h27" trouxe um alívio entre as minhas leituras. Em várias partes divertido, algumas vezes agonizante, com um final que te deixa feliz, é um livro super gostoso de ler e que pode ser um pontapé para quem quer começar a literatura francesa.
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Hannah Green 07/04/2024

A história é tão bonita que não sei por onde começar.
Vou começar pela parte mais óbvia, tendo em vista o arco principal da história: a diagramação do livro. Ele é curto, como um L&PM, e isso contribuiu para a vibe de história comfort/cozy. Mas não se engane com o tamanho, ao longo das 175 páginas, ele consegue contar diversas pequenas narrativas, que se entremeiam, formando um vínculo que passa de personagem a outro, até que estejam todos bem amarrados.
Vamos começar por Yvon e seus alexandrismos, confesso que não sou muito da rima, não sei se saberia conviver com ele, o que evidencia a paciência de Guylain. As delacôte sisters são especialmente queridas, diferente de Kowalski, que passei o livro inteiro desejando que ele rolasse das escadas que ele tanto balançava, direto naquela máquina. O velho Giuseppe é um amigo que todo mundo deveria ter pelo menos um no seu círculo, ter procurado Julie tão avidamente foi uma coisa que só alguém "sem canela nas pernas, e sim nas prateleiras", poderia fazer e entender. Vignolles e os seus 1299 pares de pernas conseguiram me fazer quase estragar o livro de tanto que chorei por cima das páginas, um pouco emocionada, aim, sou, mas se você não for, quando ler, vai ficar. Guylain deveria receber a medalha de ouro pela "melhor amizade de todos os tempos". Por fim, Julie e seus tialogismos, especialmente o número 5: "urinar não é brincar", sua forma de enxergar o mundo sem sua forma mais pura, é hilariamente verdadeira, até as partes dos "barulhos de atividade", fazem parte de uma narração encantadoramente normal, e é aí que está a beleza da coisa.
O fim não poderia ser melhor. Não há fim melhor do que o começo de uma nova história, uma história redonda de 14.718 cerâmicas.
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polikmaleo 22/02/2023

O leitor do trem das 6h27
é um livro lindo, apenas uma obra de arte, algo tão admirável quanto a própria essência.
o fato de dar cores a um cotidiano monótono e entediante faz com que o mundo se torne mais colorido.
nossas rotinas podem parecer cansativas para nós, mas a rotina alheia, por mais que seja monótona, parece ter detalhes que a tornam únicas e - mesmo monótona - fascinante.
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Coruja 02/08/2016

Peguei esse livro numa troca, única e exclusivamente pelo fato de que tinha a palavra ‘leitor’ no título – gosto muito de livros sobre livros, livros sobre leitores, livros sobre o prazer da leitura. É meio que uma reafirmação de que não estou sozinha no mundo em meu vício (bem, faz algum sentido na minha cabeça, não sei na de vocês).

Fiquei, pois, muito contente em ver esse voto de confiança correspondido pela história de Didierlaurent. O Leitor do Trem das 6h27 é uma história delicada, singela, muito simples em seus detalhes, mas nem por isso menos cativante. Em certos momentos – especialmente nas reflexões sobre aparências feitas por Julie – fez-me lembrar de A Elegância do Ouriço. Fiquei me perguntando se é uma particularidade da literatura francesa contemporânea escrever sobre personagens que sob a aparência mundana do cotidiano são filósofos apaixonados por arte.

O livro é narrado por Guylain Vignolles, o operário da ‘Coisa’, também conhecida como Zerstor 500, máquina criada para ‘triturar, achatar, pilar, esmagar, rasgar, picar, lacerar, retalhar, misturar, amassar e escaldar toneladas e toneladas de livros’. Esses livros – em sua maioria, refugos da indústria editorial – serão reciclados e transformados em novo papel a fazer novos volumes (que possivelmente terminarão de novo na voraz boca da Zerstor).

Ironicamente, Guylain, operador de uma máquina de destruir livros, é um apaixonado pela palavra escrita, que se deixou embotar por uma existência aparentemente sem perspectiva. Sua única alegria são os pequenos atos de rebeldia: a amizade com o porteiro poeta da fábrica, a recusa em conceder ao aprendiz ávido por destruição as chaves da máquina e o ato de salvar algumas páginas perdidas dos dentes da Coisa e então lhes dar vida nova, lendo-as em voz alta no trem.

E assim continuaria a vida, não fosse nosso triste narrador encontrar um pen-drive esquecido no assento que costuma ocupar, nas viagens de casa para o trabalho. Nele, Guylain descobre uma série de pequenas crônicas escritas por Julie, uma zeladora de banheiros de shopping – e essa descoberta lhe oferece um propósito e uma conexão com outro ser humano.

O final, deixado em aberto, é talvez mais verdadeiro e satisfatório que se Didierlaurent tivesse nos mostrado os finalmentes. É uma leitura curta e despretensiosa, mas sensível e bem humorada também e o projeto gráfico do livro, cujo tamanho menor foge do padrão, certamente reforça essa impressão.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2016/08/desafio-corujesco-2016-um-livro-com.html
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Richardy 17/07/2020

Poético e limpo
Um livro simples, mas que fala do amor à leitura e de encontrar o seu amor mesmo que parecça difícil.
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Pandora 10/04/2016

Que livro original, que leitura mais agradável! Didierlaurent faz poesia de situações cotidianas e tragédias pessoais. Logo no começo da narrativa eu já sabia, que tanto fazia qual fosse o desfecho, eu amaria este livro! Fazia tempo que eu não lia algo que me tocasse tão profundamente, de forma singela e permanente. E ele não só tocou meu coração, como já é um dos meus favoritos para toda a vida!
Jeffez 06/12/2023minha estante
Vou leer


Pandora 09/12/2023minha estante
Legal! Esse livro mudou a forma como eu vivo a literatura hoje.




Hey Lyla 14/04/2020

Em tempos de quarentena, uma dose de doçura e delicadeza.
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Heloiche 26/01/2021

Poder da leitura
Aqueles livros que te fazem mergulhar e você sai mais feliz depois que emerge.
Uma história diferente que fala sobre livros e o poder da leitura na vida.
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covattimarquesyasmin 11/11/2023

O leitor do trem das 6h27
Operário de uma usina que destrói livros, Guylain Vignolles é um solteiro que leva uma vida solitária, com apenas um peixe dourado para lhe fazer companhia. Todos os dias, esse amante das palavras salva algumas páginas dos dentes de metal da ameaçadora máquina que opera. Em seu percurso diário até o trabalho, ele lê no trem das 6h27 os trechos que escaparam do triturador no dia anterior. Um dia, Guylain encontra textos de um misterioso desconhecido que vão fazê-lo buscar uma nova perspectiva e escrever uma nova história para sua vida. Com uma linguagem refinada e delicada, o autor nos apresenta esse romance divertido e instigante, mostrando que a vida pode mudar em um piscar de olhos.
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