Lay 20/10/2015
NEM TUDO É O QUE PARECE SER
Amor Amargo, foi o primeiro contato que tive com a Jennifer Brown, apesar de conhecê-la por outro livro que está na minha listinha a muito tempo (A lista negra). Por mais que eu enrole para ler este livro, tomei vergonha e decidir comprar todos os livros da Brown e assim que chegaram me joguei de cara em Amor Amargo. Não sabia nem do que se tratava a estória mas, devido a N fatores (Capa linda, título) pensei nem duas vezes.
De início somos apresentados a protagonista Alex, que pretende fazer uma viagem de formatura com os seus dois melhores amigos, Bethany e Zach, para o Colorado, local onde sua mãe estava indo quando morreu em um acidente de carro. Com o intuito de investigar a fundo o motivo, pela qual, sua mãe foi induzida a ir a este lugar.
O dia da viagem se torna cada vez mais próximo e com tudo indo como planejado, Alex acredita em encontrar provas e explicações para a morte misteriosa da mãe. Com a chegada de um aluno em sua nova turma, Cole, com seu jeito divertido, sensível, encantador e ainda por cima um bad boy de carteirinha, Alex se vê encantada e surpresa ao perceber que o galã dos esportes está afim dela. Até aí tudo bem, porque confesso que eu achei clichê e até estava começando a gostar do Cole mas, aí é que a verdadeira estória se inicia e as máscaras caem.
Depois de muito flerte e blá blá blá, os dois começam a namorar e aí é onde eu comecei a perder a cabeça. O Cole manipulava de todas as formas a cabeça da Alex e ela caia como um patinho, deixou de conviver com seus dois melhores amigos, sua família e de viver sua própria rotina, por causa do ciúmes doentio do Cole e ainda por cima se fazia de cega, surda e muda, para não enxergar, ouvir e falar sobre o quão psicopata aquele cara era.
Além de começar a "mostrar as asinhas", as agressões foram aparecendo e se tornando frequentes sempre por motivos fúteis, Alex, no entanto, arranjava mil desculpas para o que o Cole estava fazendo com ela, se sentia menosprezada, culpada, mas o que fazer se toda a dor que ela sentia era substituída em um passe de mágicas pela paixão enlouquecedora que ela sentia por ele, era nessas horas que me dava um ódio sobrenatural do livro, da estória, de tudo, ficava me perguntando como alguém podia ser tão fraca e tão burra ao mesmo tempo.
Mas julgar é fácil, não é mesmo? A autora não quis provar um lado, ou dizer que a culpa está no agressor ou na vítima mas, mostrar que nem tudo é como nós pensamos que é, as vezes não é fraqueza ou safadeza, é um sentimento mais forte, o amor. Por mais doentio e louco que seja, esse sentimento sempre estará em um conflito com a razão.
Além de possuir uma miscelânea de envolvimentos relacionados não só ao romance mas, também a amizade, a família. E fazer uma crítica a sociedade cutucando mesmo na ferida.
Esse livro quebra o tabu mesmo, e acredito que toda mulher pelo menos uma vez na vida, deveria lê-lo. Pela estória em si, daria três estrelas, mas pelos ensinamentos, pela ideia e pela escrita maravilhosa da Brown, mereceu quatro estrelas.
Se recomendo? Absolutamente.