Lola444 18/03/2014"Mas não para você, pistoleiro. Nunca para você. Você obscurece. Você muda de cor. Posso ser brutalmente franco? Você continua."- Não existe essa coisa de final feliz. Nunca encontrei nenhum capaz de superar o "Era uma vez".
Os finais não têm coração.
O final é só outro nome para o adeus.
"Não fiquei exatamente extasiado com o final, se quer mesmo saber a verdade, mas é o final correto. Na realidade, o único possível. Não esqueça que, no fundo, eu não invento as coisas; só registro o que vejo." - Stephen King (posfácio)
Acabei esta saga depois de mais ou menos 6 anos acompanhando a trajetória de Roland de Gilead e seu ka-tet, em 7 livros maravilhosos, cheguei ao fim dessa história indescritível, magistralmente escrita, incomparável com qualquer coisa que eu já li na vida.
O final foi feliz? Nas melhores histórias não existe isso de final feliz. Principalmente se você conhece bem o trabalho de Stephen King.
O final foi o que eu esperava? Sim, foi. Foi o final perfeito, inteligente, sagaz, complexo, absolutamente impecável. Não poderia ter sido outro.
Em 7 livros foram muitos momentos de tensão, emoção, adrenalina, e muitas e muitas lágrimas, porque as melhores histórias conseguem trazer não só a aventura e a ação, mas dentro de um sci-fi distópico conseguiu chegar ao ponto máximo do nível psicológico de cada personagem, e sem dúvida, Roland Deschain foi um dos personagens de mais complexidade que eu já tive o prazer de ler, cada faceta da sua personalidade faz você se apegar a ele e ao mesmo tempo o temer. Sua força, sua determinação, sua teimosia, no final das contas, é também a sua ruína. E isso foi algo que apenas um mestre como King conseguiu passar com tamanha destreza.
O crescimento do relacionamento dele com os outros à medida que os livros avançam é algo à parte. Sempre falo, e repito, o Stephen King pode ser considerado o mestre do horror (e ele de fato é), mas vai MUITO além disso, ninguém - NINGUÉM - sabe escrever os relacionamentos e sentimentos humanos como esse homem, ele tem um tato, uma capacidade tão intensa de simplesmente fazer seres fictícios tão reais, que às vezes chega a assustar. Dá medo a ideia de como uma só pessoa pode ser tantas. Até porque o próprio já afirmou em diversos momentos que de certo modo ele não precisa de criatividade para escrever, porque ele não inventa nada, as coisas simplesmente fluem em sua mente.
Eu to realmente triste e abalada com esse final, sou do tipo que fica pensando por dias, e em uma história grande como essa, que me levou 6 anos, com livros enormes, além da profundidade de tudo que eles passaram, e ao que isso levou, é impossível eu não me sentir um pouco perdida e, sim, sim, com o coração apertado em saber que acabo de me despedi de Roland, Jake, Eddie, Susannah e Oi para sempre.
Queria poder dar mais que 5 estrelas, merece todas as estrelas do mundo.
Foi a história mais bem escrita que eu já li. Sem mais.
Como disse o mestre "O final é só outro nome para o adeus", então que seja... Adeus, ka-tet. Digo obrigado. Longos dias e belas noites para vocês.