Resenhas - A Torre Negra

Debora559 15/01/2012

Sentimentalidades Kinguianas - The Dark Tower Saga
Mais de quatro mil páginas e quase 3 anos depois, no pôr-do-sol deste sábado... eu terminei a leitura de A Torre Negra. Não acho que seja uma notícia a ser compartilhada com ninguém em especial. É uma conquista tão estupenda para mim que penso que ela deve ficar guardada no meu coração, não ser divulgada como uma notícia a ser diminuída pelos olhos e ouvidos de outras pessoas. O êxtase e o vazio psicológico/emocional que isso me causa são tão imensos que quase ouço a canção da rosa a me puxar.
Não é fechar um livro, é fechar 7 volumes de uma história, fechar as portas de uma jornada, encerrar inúmeros mundos além deste entre palavras que, se soltas, talvez não rendessem nem um dicionário escolar, dada sua simplicidade. É chegar ao fim de uma jornada que, inquieta, não fica inerte dentro de folhas, ela se une ao leitor como mais uma peça de um ka-tet invisível. É incrível ter sobrevivido à grandeza da Torre Negra e à implacabilidade do ka, essa força imensa.
Não é uma jornada fácil, os desafios são muitos. Tanto para leitor, quanto para narrador, personagens, tudo. São muitos mundos que convergem para uma única coisa e o que une estes mundos é um elo só: A Torre Negra, os 7 livros que narram essa busca e que levam o leitor pela mão por lugares jamais imaginados por uma mente preguiçosa. Como se Stephen King fosse apenas o mediador de todos os pólos, a história flui da mente dele para a mente do leitor, como se o "toque" fosse algo mais corriqueiro do que se possa crer.
Incontáveis vezes dormi de coração tranquilo sabendo que o ka-tet dormia e respirava pesadamente ao longo do caminho.
Não raras foram as ocasiões em que me esvaí em tiros, matando com meu coração.
Perdi a noção das vezes que precisei forçar meus olhos marejados além do horizonte para ver se haveria um inimigo à espreita.
E por quantas vezes eu maldisse o ka, essa roda geradora de uma existência que eu não posso controlar?
As dores, os risos, as palestras... cada gosto, cheiro e sensação ao longo do caminho, costurados pela ansiedade de um ka-tet que não era meu.
Mergulhei em um par de olhos azuis cravejados de marcas que traziam consigo o peso da idade do mundo e senti as dores de um parto indigesto que consumiria uma maternidade doentia impensável.
Sofri duas mortes precoces e revivi depois de um vício que quase me custou a vida. Aprendi que o amor não se mede pelo tamanho do corpo mortal que é deitado à terra perante a morte. O ka ensina o poder do amor de uma forma trôpega, às vezes.
Eu, Debora, terminei minha jornada enquanto outras tantas criaturas abrem o primeiro volume pela primeira vez. O meu ciclo se fechou... mas milhares de outros estão se abrindo enquanto deito aqui minhas impressões de tudo o que vivi entre as páginas desta saga. Sinto a dor do adeus e aquela saudade boa que nos faz lembrar todo um percurso quando nos vemos aos pés da majestosa Torre.
O sofrimento final não é privilégio apenas do protagonista. É a dor de muitos em inúmeros ondes e quandos. É dor que ultrapassa o calibre das milhares de páginas. Roland, eterno peregrino rumo à Torre Negra que por essas horas cruza novamente o deserto em busca de respostas e de uma predestinação, como um eterno salvador do elo que equilibra todos os mundos. E quem teria mais coração que ele para encarar tudo isso?


Longos dias e belas noites, pistoleiros. Que o ka seja gentil com vocês.

Dai 19/04/2020

Não dá para terminar uma saga dessas e ser a mesma pessoa...
Uma pontada de dor por terminar, o bom é saber que sempre estarão lá se quisermos voltar. Uma saga maravilhosa, um autor incrível, uma aventura sem par.

A todos que se aventurarem, longos dias e belas noites!

Jow 23/11/2011

Para todo o sempre.
"My home was there 'n then
Those meadows of heaven
Adventure-filled days, one with every smiling face
Please, no more words
Thoughts from a severed head
No more praise, tell me once my heart goes right
Take me home"

Nightwish The Poet and the Pendulum

O que faz isso tudo por que passamos, sentimos e experimentamos nesta grandiosa fantasia chamada de vida valer a pena? Minha resposta é direta: por acreditar em que tudo acontece por um motivo e que por trás desta gigante e inexplicável razão, existe a simples necessidade de encontrarmos a felicidade. Estas são duas verdades pessoais que trago comigo desde antes de A Torre Negra e que foram erguidas como nunca nestes longos (e ao mesmo tempo tão curtos) dois anos, e 19 dias de leitura em busca da Torre. O emocionante e inesquecível desfecho da série épica escrita por Stephen King me entregou algo com o qual eu não podia esperar algo tão perfeito, e ao mesmo tempo tão macabro, que irá me deixar um vazio enorme, só comparado com o fim do meu seriado favorito: Lost.

No seu início comovente em O Pistoleiro até o fechar das cortinas deste último volume, no ocaso de uma odisséia, A Torre Negra consagra a certeza de que, por incríveis, imensos e intensos sete livros, vivenciamos uma fábula sublime e unicamente grandiosa a respeito da busca de Roland (e também nossa) pela felicidade, pelo desejo doentio de se encontrar respostas que pudessem curar um mundo enfermo e prestes a ruir, e sua procura maior: entender como o Ka, o destino, pode reger e ditar as regras e as possibilidades de uma vida, ou várias delas; como o amor pode ser algo tão sublime e perfeito, e como os laços afetivos podem construir e reconstruir uma pessoa, mesmo a distância, mesmo elas nunca tendo se encontrado pessoalmente, mesmo que alguém diga que tal encontro é loucura, impossível, improvável. Buscamos uma luz que, em tese, deveria nos ser facilmente encontrável por estarmos freqüentemente mergulhados no escuro, mas que por muitas ocasiões desaparece por nos deixarmos cegar por este breu que é tão humano quanto os personagens que nos conduziram, através de suas jornadas, por um encontro com nossas próprias histórias.

A Torre Negra comprova um ritual de 34 anos de duração na vida de Stephen King, e de seus personagens, em que nos foi dada uma chance, uma escolha: a de nós e eles nos tornarmos um só. E, uma vez fechado o livro, me sinto plenamente feliz por ter me servido do copo e ver que não estive sozinho, ver que não estou sozinho (Estou certo Alan? Fran?Felipe?). Muitos, somos Roland em crenças inabaláveis no Ka; somos Oi no amor e na inocência, mas também na bravura e na defensoria daqueles que amamos; somos Susannah quando ora renunciamos, ora revelamos o que trazemos; somos Jake ao encontrar pesadelos que contam nossa história mas não nos mostram; somos Eddie ao sucumbirmos diante de nossas fraquezas e ao conseguirmos nos fortalecer diante delas; somos Susan na luta pelos amores que nos dão constantes de vida; somos um ka-Tet em transformação ininterrupta que, mesmo na morte, aponta a direção.

Neste volume de encerramento, A Torre Negra se desfaz em definitivo de supostos embates para atar laços fundamentais: a fé como algo essencial para trilhar o nosso caminho, para que essa essência, esse patamar alcançável de uma força nos transcenda e nos torne pessoas capazes de superar todas as nossas dificuldades e desequilíbrios, para nos tornarmos plenos, indissolúveis; e livre arbítrio que nos permite antecipar ou retardar o destino, que se torna Ka ou até mesmo Ka-Shume para gerar uma força capaz de desbloquear os nossos sentidos e pavimentar a difícil e longínqua estrada para a Torre. Tudo ao sabor da epopéia de nossos personagens, contada através deles; vivida por todos nós, Pistoleiros fiéis que sempre fomos.

E por fim, nem a mais generosa noção do que seria a catastrófica jornada para A Torre Negra poderia antecipar a força e o sentido das lágrimas dos momentos que antecederam o Ka-Shume, nada poderia nos preparar para as lágrimas que se apropriariam de nós neste belíssimo fim, lágrimas donas da mais pura e alcançável felicidade.

Nada vai nos roubar a emoção de estar atravessando uma porta onde o amor e a paz envolve os que seguem juntos dos seus, independente para onde formos, mesmo que seja para a morte, para a clareira no fim do caminho. Nada vai nos tirar a sensação de que, após uma saga de dúvidas e fé, desilusão e esperança, quando os olhos de Roland se encontraram com a Torre Negra, a luz dessa grandiosa saga, se fez presente não pela última e mais bela vez, mas para sempre. Para todo o sempre.

Fica o vazio, mas também fica a felicidade estonteante de poder compartilhar da água do Ka-Tet de Roland, Jake, Eddie, Susannah e Oi. Meus amigos, chorando copiosamente eu vos digo: Levarei vocês eternamente tatuados em meu coração, e tenham a certeza de que os encontrarei na clareira no fim do caminho. Pode apostar seu último dólar que sim!


Ka.

Larissa633 24/04/2021

FINALMENTEEEE TERMINEI ESSA P# !!!!!
esperei tanto por esse momento *---*
Que jornada complicada que foi se manter firme nessa saga.
Porém, a sensação de libertação é gratificante. :)

Fábio Pinho 21/01/2014

No fim da jornada...a decepção
Então eu passo mais de três meses lendo sete livros que somados dão 4000 páginas, pra chegar cheio de expectativa no final, só para descobrir que no alto daquela maldita Torre não tem nada, e que a história vai começar de novo!
Isso deveria constar no Livro dos Records como a maior pegadinha da história da literatura universal.
Eu gosto das obras do Stephen king, e já li muitos livros dele, e sei que ele não é de caprichar muito nos desfechos, mas essa foi demais! Tão cedo eu não leio outro de seus livros.

Craotchky 19/07/2015

Recomeço
"...eu não devolveria um único minuto do tempo que vivi no onde e quando de Roland. Aqueles dias no Mundo Médio e no Fim do Mundo foram realmente extraordinários."

Algumas conjecturas desorganizadas, pois essa não é uma resenha comum:

Logo após ler a última página deste último volume sinceramente não tenho pensamentos claros. Parece que ainda não absorvi a essência de tudo. Sei lá, é como se o misto de sensações não se unificasse em uma única coisa. Depois de tudo, de tantas e tantas páginas esperava um fim mais grandioso, espetacular, mas mesmo assim gostei; é um ótimo fim. O autor mesmo diz, no posfácio, que era o único final correto à história. Certamente eu não teria uma sugestão melhor.

Como o pistoleiro alcança a Torre? Como ela é? O que ele encontra nela? Como é o fim de Roland? De seu ka-tet? De sua história? Essas são algumas indagações e há várias outras. E não são as perguntas mais importantes que as respostas? São as perguntas que levam o homem evoluir, avançar, e buscar interminavelmente entender o mundo a sua volta. Assim também é aqui. São as perguntas e não as respostas que estimulam os leitores a vencer o enorme número de páginas e as vicissitudes que irão, sem dúvida, encontrar nelas. São as perguntas que fazem você desejar a Torre.

Incomodou-me bastante o fim que teve alguns dos principais rivais do pistoleiro. Ao longo de toda saga são apresentados esses antagonistas, adversários que apenas desejam impedir que o herói alcance sua Torre. São descritos com entusiasmo, criando expectativa no leitor. Ficamos aguardando um grande confronto, mas o que se vê são combates um tanto infantis, tolos, que me decepcionaram um pouco.

Quero ressaltar que essa não é uma história para qualquer um. É sim, para os Leitores Fiéis. Na minha opinião é aconselhável que quem, por ventura, desejar aventurar-se por essas muitas páginas, tenha experiências de leituras anteriores do autor; quanto mais melhor. A jornada é longa, árdua, cansativa, arrastada em vários momentos. Definitivamente não para os fracos. São muitos longos dias e muitas belas noites.

Roland Deschain de Gilead, é uma pobre vítima de seu destino, amaldiçoado. Condenado a vagar por tempos infindáveis, vencer obstáculos, travar suas batalhas, visitar mundos, sobreviver, e por fim cumprir seu ka, pois ele não tem alternativas. A Torre o chama e continuará chamando por toda a eternidade e nada poderá ele fazer a não ser ir atrás dela. Porém faz e fará isso com prazer, com satisfação e ainda diz e dirá obrigado.

Mesmo com seus defeitos, altos e baixos, e momentos cansativos, essa saga é incrível, sensacional, espetacular, mágica, hipnotizante apenas pelo simples fato de ser. A Torre canta sua canção, cativa e não deixa escolha. A obsessão de Roland torna-se a nossa. Impossível não querer vislumbrá-la, não desejar buscá-la a qualquer custo. Essa é uma história épica. Essa é uma história infinita, uma melodia eterna; ultrapassa tempos, descobre mundos, e permanecerá, sempre, sempre imortal.

E eu agradeço.

"O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás."

🌹

renatojf 23/11/2012

Horrível
De longe o PIOR final já escrito por Stephen King. Curto muito os livros dele e sou fã de carteirinha, mas tenho dó de quem esperou 30 anos pra ler esse final.

Juninho 20/01/2017

Péssimo
Sinceramente se esse fosse o meu primeiro contato com uma obra do King com certeza não leria nada mais dele, uma bela porcaria essa história, no geral uma estrela pra toda a série, decepção total!!!

Ras 21/05/2020

Commala-venha-venha
A jornada está completa.
Mais de 4000 páginas depois, me despeço de Roland e seu ka-tet.

Tato 24/10/2021

DECEPÇÃO
Minha expectativa para ler esse livro estava muito alta, eu li aqueles 15 livros para imergir bem no universo da torre negra (lista vai está no final da resenha). Esse livro começa lá em cima, com Jake e o Padre lutando contra vampiros, aqui estamos todos extasiados com tudo que pode acontecer e curiosos para ver como as coisas vão se resolver.
Porem o problema é que a maioria dos livros que King cria ele NÃO SABE ESCREVER UM BOM FINAL, Stephen King é muito bom te colocando dentro da história, ambientando e escrevendo cada personagens, mas os finais sempre decepcionam.
Essa obra, dita pelo próprio king, era para ser sua pedra filosofal. A mais importante, tanto quanto O senhor dos anéis ou Harry Potter. Temos que considerar que é uma obra espetacular, inteligente. Mas o problema é que é muito suspense para pouca coisa. Quando Roland chega lá e ver que a torre não é nada demais (Eu estava esperando uma torre épica, cada andar pilares do mundo, uma consciência onisciente e onipresente onde vc veria todos os mundos e compreenderia todas as coisas, veria os mundos em choque e cada andar da torre um universo diferente). E quando ele finalmente vai enfrentar o Rei vermelho com a ajuda de um personagem que aparece do nada, foi colocado de proposito e de uma forma preguiçosa somente para ajudar Roland.
E o final de Walter/Randall Flagg ou melhor, o homem de preto! Pelo o amor de Deus quem leu DANÇA DA MORTE ver o quanto ele é poderoso e perigoso e morre para uma criança de uma maneira muito idiota. A criança? Criança essa que cresce e morre de uma maneira mais idiota ainda.
O King escreveu personagens icônicos, incríveis, mas infelizmente ele não nos da uma batalha épica, infelizmente ele nos decepciona e abusa do Deus ex machina, fazendo um personagem aparecer no momento propício para matar o rei vermelho para ele! Qual foi a utilidade de Roland? Ele não enfrentou nem um grande vilão. Os outros enfrentaram para ele...
Estou dando 3 estrelas pela obra e por Randall Flagg ser um melhor vilão que o rei vermelho. Nesse Livro o King tenta tornar o Rei rubro poderoso, incrível até mais que Flagg, porém quando finalmente vemos o Rei vermelho ele é um velho louco no alto de uma torre atirando bombas ‘-‘ mds. Infelizmente King sua torre negra não é o centro de todo universo, infelizmente essa obra ainda não foi sua pedra filosofal, mas te respeito por saber construir uma boa história. Por isso gente, quando for ler essa obra do King, aproveite a caminhada e nunca espere nada épico de um personagem épico.
Até a próxima resenha, longos dias e belas noites.

Lista;
1- Dança da Morte
2- Os Olhos do Dragão
3- Livro 1 - O pistoleiro (A torre negra)
4- Livro 2 - A Escolha dos três (A torre negra)
5- Livro 3 - Terras Devastadas (A torre negra)
6- Livro 4 - Mago e vidro (A torre negra)
7- Livro 0 - O vento pela fechadura (A torre Negra)
8- O Talismã
9 - Salem
10 - Livro 5 - Lobos de Calla (A torre negra)
11- Livro 6 - Canção de Susannah (A torre negra)
12- Insônia
13- A casa Negra
14- Tudo é eventual
15- Livro 7 - A TORRE NEGRA.

J.F.Pagotto @biblioteca.eterna 27/02/2020

A Canção da Tartaruga
O homem de preto corria pelo deserto e o pistoleiro ia atrás. Assim começa a grande saga fantástica de Stephen King, A Torre Negra. E agora , quase Cinco mil páginas depois sua conclusão e fantástica, surpreendente e, em muitas formas, definitiva .
No último volume da saga os arcos começam seus fechamentos, alguns dos quais pendentes desde o início da trama. Mordred nasce, os sapadores tem sua conclusão e as terras finais para a Torre são vencidas, onde o Rei Rubro espera por Roland.
Terminar a Torre Negra me trás um misto de felicidade, tristeza e espanto. O Pistoleiro foi o primeiro livro de Stephen King que eu li, a quase dez anos atrás, algo nada recomendável para iniciar a vida literária com King. Mas eu gostei, e depois de acabar a saga eu me vejo pensando que esta é a maior obra dele.
Todo autor da seu máximo esforço em cada obra que produzem ou deveriam pelo menos, mas King vai alem. Se pudesse ver a alma dele eu veria o pistoleiro com seus olhos azuis segurando uma rosa vermelha nas maos. Esta saga representa o autor, toda a sua vida de escrita se resume a ela. E, nas palavras dele, seu termino. Um King escreveu antes de A Torre Negra, e outro escreve depois dela.
O homem de preto corria pelo deserto e o pistoleiro ia atrás. Essa frase é a melhor abertura já escrita por Stephen King. Ela não só inicia como termina a historia, e é absoluta precisa para resumir tudo o que vamos enfrentar do início ao fim. Pois o Ka é uma roda, e se cabe a Roland fazê-la parar, ele ainda não está pronto pra isso ainda. Longos dias e belas noites. Venha, venha Commala!

Danielle 02/08/2020

Depois de anos lendo esse série incrível, finalmente chego ao fim....
Bom, vou começar logo dizendo que eu odiei o começo desse livro. São 100 páginas super confusas (sim, mais do que o livro já é) e de certa forma entediante, fazendo você pensar seriamente se quer mesmo ler as próximas 800 páginas.
Como já esperávamos acabamos dizendo adeus a personagens que com certeza ficaram marcados nas nossas vidas. E não tem como dizer que não foi impactante para mim a forma como o ka tet do Rolando foi se desintegrando. E obviamente o que mais doeu foi a perder o Jake, talvez por ele ter uma ligação muito forte com o Roland.
Uma coisa que eu acho incrível nessa série é como todos tem memorias fantásticas. Eu não consigo lembrar nem o que eu comi ontem, enquanto eles guardam histórias, nomes números e tudo mais dentro de suas mentes, é completamente impressionante.
Eu simplesmente amei o que o autor fez, colocando um epilogo para a Sussanah. Eu confesso que achei que nunca mais a veria depois que ela atravessou aquela porta. Imagine minha surpresa em ver o Eddie e o Jake depois disso então. Com certeza eu não esperava isso de Stephen King.
E por falar em King como não ama-lo? Eu simplesmente adorei aqueles últimos capítulos que ele pede para termos certeza se queremos saber o final da aventura de Roland. Ele simplesmente já entrega o final com aquilo, mas eu super adorei essa forma de interagir com o leitor.
E depois de tanta espera para saber se o Roland conseguiria chegar até o topo da Torre Negra, você vê que era exatamente aquilo que você estava esperando, mas estava com medo de admitir. Bom, para quem não sabe eu comecei a ler essa série em 2011, então eu provavelmente já deveria ter terminado a muitos anos atrás, mas como a pessoa aqui é muito curiosa, resolveu ler logo o final dessa história. E bem não foi nada agradável. Depois disso eu fiquei pensando, por que eu vou ler um livro que de certa forma não vai a lugar algum, além do próprio começo? E daí eu simplesmente abandonei o livro. Mas depois de alguns anos o livro nunca saiu da minha cabeça e eu resolvi terminar a história mesmo sabendo que iria detestar o final, e ainda bem que eu terminei, pois depois de concluir o livro eu acredito que eu entendi o que o autor tentou passara através disso.
Bem eu não sei vocês, mas eu super acredito em carma que para mim seria o famoso ka de Roland. E depois de terminar a história eu entendi porque o Roland não alcançou o topo da Torre. Dizem que todas as nossas escolhas nos levam a um caminho e que tudo que fazemos pode ter um preço, e é exatamente isso que acontece com Roland, ele faz coisas e escolhas erradas para chegar mais rápido a torre, quando ele poderia ter escolhido um caminho maior. E isso fica muito claro quando ele entra dentro da Torre e a própria Torre fala para ele que ele não levaria mais de três segundos para salvar a Susan Delgado da fogueira. E de acordo com oi que podemos ler sobre a Torre, ela é uma coisa do bem, ela precisa sobreviver para que o bem seja estabelecido, para que o mundo fique na luz e Roland acaba quebrando essas regras. Mas isso é só uma das minhas teorias.
Bom uma outra teoria que eu tenho pensando desde que terminei o livro, é que talvez Roland esteja no purgatório. É exatamente isso que você leu. Dizem que uma pessoa quando não foi muito boa em sua vida acaba indo para o purgatório e passando por tudo de ruim que ela passou em vida e quando ela acha que vai ter algum descanso tudo se repete novamente. E é exatamente isso que acontece com nosso dih. A séculos ele vive a mesma história, então talvez minha teoria pode estar certa. Ou não.
Essa série com certeza vai ter um lugar muito especial em mei coração. Foram anos para terminar e um final super frustrante, mas acabamos levando certos ensinamentos dela para nossas vidas.

felipebeiragrande 12/04/2016

Finalizada a saga.
O livro é apenas bom, infelizmente.
Final anticlimático, como gosta nosso amigo King.
Mas uma série tão comprida (e bem escrita, diga-se), merecia uma solução melhor.
Ficou um gosto amargo na boca.
Mas se tem algo que eu aprendi com o King, é aproveitar mais a jornada do que a linha de chegada.

Minha ordem dos preferidos:
1 - Mago e Vidro (livro IV)
2 - Lobos de Calla (livro V)
3 - A Escolha dos Três (livro II)
4 - Canção de Susannah (livro VI)
5 - As Terras Devastadas (livro III)
6 - A Torre Negra (livro VII)
7 - O Pistoleiro (livro I)

Vinicius.Freitas 24/10/2017

Não valeu a pena
Depois de mais de 4000pag lidas, sinto que não valeu a pena uma leitura tão extensa para um final tão decepcionante... a "batalha" (se é que podemos chamar aquilo de batalha) com o Rei Rubro foi um tanto quanto brochante... também achei decepcionante o Rei Rubro ser derrotado pelo Patrick Danville, e não pelo pistoleiro, assim como o Walter Padick, esperava uma trama muito mais bem elaborada para o Roland nesse caminho final da Torre. A única coisa que teve sentido foi ele voltar no tempo quando alcançou a última porta no topo da torre, até porque ele mesmo sempre falava o ka é uma roda... talvez se fosse uma leitura mais sucinta eu não estivesse tão decepcionado, se ao invés de 7 fossem 2 ou 3 livros, tudo bem, mas tanto o Stephen King quanto os fãs falam tanto dessa saga épica, que eu tinha quase certeza que ia valer a pena todo o esforço e tempo gasto nela.

Nota 2.5 / 5.0

Gláucia 16/09/2019

A Torre Negra - Stephen King
Adoro ler os livros do autor mas por muito tempo hesitei em ler sua famosa e aclamada saga. Imaginava que iria gostar e que seria cansativo me aventurar numa viagem literária tão longa.
Terminei esse último volume numa viagem longa de ônibus e temia muito pelo final, já que o autor tem inúmeros bons livros com péssimos desfechos. E nesse caso seria horrível ler 7 volumes esperando ansiosamente descobrir o que há na tal torre e ter uma bela decepção.
O final me emocionou tanto e em vários momentos que foi difícil segurar algumas lágrimas. Em grande parte por me sentir muito envolvida com esse ka-tet. Jake Chambers, Eddie Dean, Susannah/Odetta Holmes, Oi e Roland Deschain, o pistoleiro.
Gostei muito do final, fui sendo induzida a imaginar que aconteceria outra coisa e me surpreendi nas últimas páginas. Muito coerente com o que vinha sendo falado, pistas são deixadas pelo caminho mas é impossível desvendar... é o tipo de livro que faz muito sentido reler, revisitar o início.
Pobre Roland em sua busca incansável...

Vou dar um breve resumo de minhas impressões sobre cada volume:
1) O Pistoleiro - é fácil desistir já nesse; por seu um livro introdutório parece que não sabemos onde vamos chegar. Mas vamos chegar sim, e foi somente nas últimas páginas do volume 7 que esse volume faz muito mais sentido. Faz todo sentido!
2) A Escolha dos Três - aqui vamos sendo apresentados ao núcleo central de personagens e foi quando comecei a achar que fiz bem em começar a série.
3) As Terras Devastadas - onde temos mais ação.
4) Mago e Vidro - uma volta ao passado de Roland. Meu grande preferido da vida. Uma linda história de amor. Queria mais história de Roland com seus fiéis amigos do passado Cuthbert Allgood e Alain Johns.
5) Lobos de Calla - o mais tenso em termos de ação.
6) Canção de Susannah - sem dúvida o pior, desnecessário e pura encheção de linguiça. Poderia ser resumido num ou dois capítulos dentro do livro anterior.
7) A Torre Negra - maravilhoso!

"O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás."