Resenhas - Tudo é Rio

Mateus 20/05/2024

Terminei de ler exatamente agora
não sei o que falar, apenas sentir

eu não tava conseguindo ler o livro depois dos 20%, MAS AINDA BEM QUE EU NÃO DESISTI

Isaque.ManhAes 20/05/2024

Que final é esse?
Eu amei esse livro, amei a escrita, amei o jeito de conduzir a história, amei a profundidade dos personagens, mas mano .... Depois de TUDO que ele fez??? Ele tentou matar o filho dela por ciúmes, ele bateu nela, ele ainda estava casado com ela e se deitava com putas e por causa disso ela foi agredida pela Lucy. E no final termina com um "vamos recomeçar do zero"??? Ela devia ter voltado pra casa da mãe com os filhos aonde era feliz

Maria21204 19/05/2024

Prazer proibido
Que final foi esse, meus amigos?
Preciso ser honesta aqui. Estava torcendo por Venâncio e Dalva terminarem juntos. Apesar dos pesares, meu coração queria que os dois se entendessem e que ela desse uma chance para ele de volta.

Mas o quão injusto seria isso? Depois de tudo o que ele fez?

Que trajetória, Carla Madeira. Foi como se o final que eu quis fosse o veneno e ainda assim tivesse gosto de mel. Não era o certo, mas era o que eu queria. Que leitura, caros amigos! Passei duas madrugadas em claro para terminar. Praticamente devorei as páginas. Foi arrebatador.

Tudo é Rio é uma experiência.

Alinerg 19/05/2024

Meu Deus que livros é esse ????
Uma loucura em riqueza de detalhes. Não achei nem bom nem ruim mas é muito louco.
Mistura tudo e mais um pouco, tem triângulo amoroso tem puta, tem agressão, tem segredo e suspense e um PLOT muito plot.
Não sei dizer se gostei pq é bem explícito e não gosto disso, mas a história é intrigante.

Lulileela 19/05/2024

Deus está de volta (essa resenha não é religiosa)
Antes de mais nada, segue o trigger warning pra essa resenha e pro livro: Não é um livro fácil de engolir, na verdade, é um livro bem complicado, meus sentimentos são mistos, porque entendo quem não gostou e entendo quem gostou. Pela minha leitura e pela minha vivência literária, já falo que não concordo com as resenhas que dizem que Carla Madeira romantiza os relacionamentos abusivos, sendo filha de um relacionamento abusivo, acredito que Carla trás uma perspectiva bem neutra a uma situação tão pesada, não sei se ele entra na categoria de "livro de época", mas sua naração e sua ambientagem me lembram, ambientado num interior, há alguns bons trinta anos atrás. Um pouco rebuscado, mas nem tanto. Tirando a leitura de lado, acredito que Carla quis com esse livro mostrar o outro lado, o lado de quem é a vítima, longe de mim dizer que não devemos interferir num relacionamento abusivo, longe de mim justificar o amor como permanência, mas não dá pra negar que isso existe. Sempre odiei a frase "você parece mulher de bandido, gosta de apanhar", ninguém gosta, ninguém gosta de sofrer, mas a gente ama, somos seres de relacionamento, e crescendo com uma mãe apaixonada pelo meu pai abusivo, eu nunca consegui entender a insistência naquilo, mas existe, ás vezes não tem o que fazer, meu pai mudou, muitos não mudam, e é isso. Carla mostra que isso existe, vai sempre existir enquanto vivermos nessa sociedade patriarcal, a história de Dalva me chocou e me deixou incrédula, fiquei extremamente triste, mas emocionada, porque a história dela é uma história de realidade, que pode acontecer, e não podemos ignorá-la, não podemos retirar esses sentimentos de Dalva, eles existem. É complicado, é um livro complicado, ao mesmo tempo que quero julgá-lo quero defendê-lo, então reforço: É difícil ler, é fácil se irritar e é fácil de emocionar. É fácil julgar sem querer entender. Acredito que três estrelas expressa bastante o que eu senti lendo, gostei mas não gostei, amei mas não amei, odiei mas não odiei.

Maria9495 19/05/2024

Lucy
Esse livro minha mãe tinha ganho, e não quis ler então como já tinha visto o booktok comentando sobre fiquei curiosa e resolvi ler, sem nem saber sobre oque se tratava o conteúdo.

Aí ai né..

"Tudo é rio" é o livro de estreia de Carla Madeira. Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso.

Achei graça no começo dos livro, quando Carla descreve a personagem lucy, era muita vergonha alheia confesso ainda mais ler isso em público, mas quem nunca não é mesmo.

Os capítulos são curtos e diretos, porém muito poéticos e impactantes.

Conta a história de três pessoas, Dalva, Lucy e Venâncio.

Dalva e Venâncio são descritos como o casal invejado de qualquer relacionamento, andavam de mãos dadas para lá e para cá, sempre com aquele olhar apaixonado de adolescente, mas que neles mesmo com o passar dos anos permaneceu.

Venâncio sempre fora um homem introvertido e afastado da sociedade, com um pai rígido e severo que abusava mentalmente do filho, oque causou um trauma nele, mas que quando pôs os olhos em Dalva, foi amor a primeira vista.

Dalva era querida,gentil, amada por todos, uma mulher de fé, que acreditava no amor de Deus.

O relacionamento dos dois no começo era proibido, por causa da reputação do pai de Venâncio, o pai de Dalva o detestava e dizia que ele não era digno de sua amada filha, viveram nas escondidas até que Aurora, mãe de Dalva, ajudar o casal a se assumir e mudar a mente do marido.

Se casaram e viveram lindo anos juntos até que o descuido levou ao futuro surpreendente, Dalva estava a espera do primeiro filho do casal, estava tão feliz, Venâncio aceitou a ideia de ser pai, porém via Dalva apoiar as mãos na barriga que crescia a cada dia, cantava para ela, conversava, ria e sorria, era barriga para cima e para baixo, só se ouvia falar do bebê.

Descreve que Venâncio vendo que, o bebê tomou toda a concentração e atenção da esposa, começou a crescer um ciúmes descontrolado em seu peito, abrindo um buraco negro de inveja e possessão.

Até que o dia chegou, Dalva deu a luz a um menino, Vicente, saudável e miudinho, Venâncio quando viu a cena de seu filho sendo amamentado no seio de sua mulher, vendo o mamilo enrijecido, sendo totalmente entregue para aquele ser que tinha acabado de chegar.

E pegou a criança em seus braços e a levou para longe, levou até Francisca a qual Dalva sempre levava os bichinhos de rua para que ela cuidasse deles, e largou o filho com ela, voltou para Dalva e agrediu.

Depois disso, Venâncio tinha morrido para Dalva, para ela, ele não respirava mais, não havia ar em seus pulmões e muito menos sangue no seu coração, Dalva parou de se alimentar bem ficou magra, pele e osso, saia cedo de casa pela manhã e voltava apenas a noite, passava pelo puteiro vendo as putas lamentável a dor de Dalva, elas não falavam nada apenas a viam passar por ali todos os dias de boca fechada, o olhar opaco, as costas curvadas, roupas cinzas e amassadas.

Venâncio fingiu drama, parou de comer, se deitou com qualquer uma em casa para que ela visse, ameaçou agredi-la novamente apenas para que ela falasse com ele, mas nada ela fez, nenhuma reação, movimento, expressão, nada, ela era como uma casca velha.

Venâncio começou a frequentar o puteiro todos os dias, dormindo com qualquer uma que estivesse ali, menos Lucy.

Venâncio no dia que pôs os olhos em Lucy, não há quis, vendo que todos a desejavam e que ela não era de ninguém, e de todos.

Há rejeitou diversas vezes, com isso ele virou o objetivo de Lucy.

Para ela, ele tinha nascido ali, agora no momento em que Lucy tinha botado que iria ter Venâncio para ela, não importava se ele tinha família ou não, para ela Venâncio era agora pra Lucy.

Lucy nasceu do amor de seus pais, porém os perdeu muito cedo, ainda com seus 11 anos ela já tinha ido morar com tia Duca e se tio Brando e as duas primas.

Lucy já com 14 anos decidiu que queria ser puta, mas uma puta diferente, daria para qualquer um mas não ganhando apenas dinheiro e sim os homens aos seus pés.

Seu tio, brando, foi o primeiro, lembro-me até agora da cena em que tua Duca tinha proibido Lucy de ir a missa domingo, e a deixou com o tio em casa e quando voltou os pegou no flagra na sala, mesmo os dois vendo a mulher não deram bola e continuaram o ato, até Duca expulsar Lucy de casa.

Lucy então foi e perdeu a virgindade com o dentista renomado e cativado da cidade, logo após isso ela quis um desafio, foi no farmacêutico um velho já, amigo de tia Duca, se ela conseguisse ele, ela conseguiria tudo, seduziu o homem e concluiu a missão.

Se hospedou no puteiro de manu, aonde foi bem recebida, o império de Lucy começou a crescer, todo conheciam a puta que gostava de dar, ela que escolhia com quem ficava, as vezes a dedo, um ou levava logo três para o quarto.

Quando Lucy descobriu que Venâncio tinha uma mulher e ela era Dalva, ela azarava a mulher todas as vezes em que ela passava pela frente, a xingando ao sete ventos, achando que ela era o motivo dele rejeitar Lucy.

Até que em uma tentativa de seduzir Venâncio, ela o fez se lembrar de Dalva, oque realizou a conquista de Lucy, porém ela repetiu a doze e gostou, então engravidou.

Lucy não era boba, foi proposital ela sabia de cor e salteado como não deixar-se engravidar, uma vez em que Dalva passava pela frente , Lucy se irritou e foi até Dalva e mordeu os dedos da mulher até que sentisse o gosto metálico de sangue.

Venâncio descobriu é furioso foi até o puteiro querendo tirar satisfação com Lucy por ter agredido sua mulher, quem era ele para sentir ódio por algo assim depois do que ele fez.

Ele bateu em Lucy no meio da rua, com ódio tentou estrangular a mulher, ele iria mata-lá se não fosse por Dalva que apontou uma faca para o pescoço de Venâncio e o afastou, depois de anos ela havia falado com ele.

Ele caiu de joelhos e começou a pedir perdão achando que ela fosse ouvi-lo, Dalva apenas seguiu sua vida.

Nove meses depois João nasceu, filho de Lucy e Venâncio um garoto, Venâncio nem queria saber do filho, nada, quando alguém perguntava ou comentava ele apenas cortava a pessoa.

Lucy deu a criança para Dalva, fazia isso mais pela criança do que por si mesma, oque seria dessa criança sendo criada em uma casa de prostituição, nos lençóis impuros o cheiro de sexo, a casa cheia, não! Lucy não queria isso para o filho delas.

Filho delas.

?Nosso filho? como Dalva tinha dito uma vez a Lucy.

Cuidava do menino em casa, e Venâncio sempre que podia deixava algo no berço brinquedos, roupas, começou a encher os armários de comida e leite, tentando ganhar sua família de volta.

Dalva descobriu Vicente, levou o filho de aproximadamente 7 anos para casa e falou.

?Este é o João ele é o seu irmão, o filho da Lucy e da mamãe?

Venâncio quando viu Dalva chegar em casa com Vicente segurando sua mão, desabou em lágrimas e abraçou o filho com força.

?Vincente esse é o seu pai?

Dalva compartilhava um sorriso com Venâncio, não aquele resto que você doava para alguém, aquele que você olhava ele e sorria para ele.

Lucy decidiu que queria se mudar, ter uma casa, uma vida dela, ela ficou com João, e nunca mais soubemos dela.

Pâmi 19/05/2024

Leitura envolvente!!!!
Devorei o livro em 6 horas e de fato é tudo isso que falam, a história é cativante e a escrita da Carla faz a gente lê um capítulo atrás do outro sem se dar conta quando terminamos.
Só não dei 5 estrelas pois minha namorada me colocou uma expectativa muuuuuito alta (eu amei o livro, mas não tanto quanto ela), o que fez ela se emocionar acabou não rolando pra mim.
O livro retrata o amor nu e cru, o perdão e a fé de uma forma que você se pergunta se teria a maturidade para agir da mesma forma.

Egberto Vital 19/05/2024

"Tudo é Rio" é uma narrativa de mulheres potentes!

Carla Madeira é uma romancista genial, a tecitura de seus textos prendem o leitor de uma forma incrível.

Voltaria mais tarde para comentar mais detidamente sobre essa obra.

ð¹ðªð¼ð¬ð´ð²ð· 19/05/2024

"O amor, quando nasce forte, tem pressa de ser eterno."
Que leitura estupenda! Carla Madeira merece todo o reconhecimento que vem ganhando e muito mais!
As personagens são tão bem construídas que é inevitável chorar com elas, sorrir com elas e esperar que a vida seja mais branda para elas.
Assim como na vida, ninguém é perfeito. Mas, nas linhas entrelaçadas do destino, Lucy, Venâncio e Dalva construíram uma narrativa impecável, que sai do fictício em várias passagens.
Definitivamente é um livro para quem tem estômago forte, os temas aqui retratados não são para qualquer pessoa. Ainda assim, indico a leitura para leitores experientes e que queiram se aventurar um pouco mais na literatura nacional; garanto que não irão se arrepender!

Quotes:
? "A liberdade é uma conversa fiada, é palavra de efeito, sempre no meio de uma frase para impressionar os desatentos, no fundo estamos presos à incapacidade de ser outra coisa diferente do que somos, do que a história da gente tramou."
?"O que mais existe no mundo são pessoas que nunca vão se conhecer. Nasceram em um lugar distante, e o acaso não fará com que se cruzem. Um desperdício. Muitos desses encontros destinados a não acontecer poderiam ter sido arrebatadores."
?"A maior maldade de todos os tempos, a mais cruel, foi inventar que o sofrimento está para o bem assim como o prazer está para o mal."

anacarolbentes 19/05/2024

"A morte põe um olho no passado e outro no futuro e deixa a gente cego na hora, no encontro do que foi e do que será, na tortura do que poderia ter sido. Impõe o desespero do definitivo, trava os movimentos. Embrulha o estômago indigesta. Faz frios nos ossos. A morte é vida intensa demais para quem fica."

Mari 19/05/2024

Lirismo, dor e sentimentos paradoxais
Intensidade em 200 páginas.
Carla faz mágica com as palavras. Desenvolve tão bem os protagonistas quanto os secundários. Entrelaça tudo com uma poesia que enche os olhos e toca a alma.
Um português ?nu e cru?, em todos os sentidos que essa expressão pode significar. Ao mesmo tempo que embeleza, repulsa. Dá gosto e nojo ao mesmo tempo. E dá vontade de agradecer por ser brasileira e ter português como língua mãe.
Lendo me perguntava se era assim que os contemporâneos aos grandes autores clássicos brasileiros se sentiam: orgulhosos, estupefatos, gratos por poder viver e ler essas preciosidades no tempo em que são lançados.
Termino esse livro querendo ler até a lista de supermercado da Carla. Deve ser incrível também.

AlineDelias 19/05/2024

Nua e crua em tons de cinza
Primeiro livro completamente fora da minha zona de conforto em muito tempo.
Por isso creio que não me pegou tanto quando as pessoas que me presentearam com ele pensaram que fosse. Não digo que seja ruim o livro, porque não é.
Mas não é o meu estilo. É muito triste, denso e pesado.
Ainda assim, ainda assim... a escrita incrível da Carla me prendeu de uma maneira surpreendente. Não consegui parar de ler, queria saber o desfecho de tudo. Confesso que o plot eu suspeitava de algo parecido, mas me surpreendeu um pouco.
É a realidade da vida humana, nua e crua em tons de cinza, sem preto nem branco.

Luhbia 19/05/2024

Conheci a escrita de Carla através de "véspera" me encantei e fui ler tudo e rio. De longe sua escrita e rasgada e difícil, trazendo temas "adormecido" a vida, e que as vezes simplesmente deixamos passar.
E um livro que vale a pena ler, a pesar de algumas vezes eu achar coisa ou outra indiferente de ter sido escrita ou não, porém não interfere na leitura. Dentre os dois livros de Carla, véspera ainda é meu preferido e pretendo ler "mordida" dela, visto que a mesma se consagrou uma das escritoras que mais venho gostado na minha biblioteca ??

Laura2953 19/05/2024

A leitura corre como o curso de um rio, serena, firme, constante e embalando com sua força. não posso dizer que o livro é ruim, a escrita é linda, inegavelmente linda, mas nas últimas páginas o curso do rio toma, pra mim, um caminho que destrói a sua força e isso é uma pena. é bom, mas pra mim é incompleto.

mandkami 19/05/2024

"O passado é eterno"
Não existe dizer outras palavras, para resumir, a experiência de leitura desse livro do que aprendizado.
A forma como Carla Madeira analisa incógnitas que cercam a vida como o que é o amor, Deus, religião e família. Ela aborda os assuntos de forma forte e pessoal que permeia uma reflexão profunda em cada leitor, como é dito no prefácio por Cris Guerra "[...] na fervura de quem sente e sofre".