A Liga dos Artesãos: Tales I

A Liga dos Artesãos: Tales I Neil Gaiman
Lauro Kociuba




Resenhas - A Liga dos Artesãos


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Davi 29/10/2014

Parabéns Lauro!
Na primeira historia, Lauro Kociuba, mandou muito bem! Uma historia com referencias de Neil Gaiman e Tolkien; criou uma historia que se passa hoje numa das cidades mais bonitas do país: Curitiba.
O livro é maneiro pra quem não conhece a cidade, e mais maneiro ainda pra quem conhece. Assim que tiver a oportunidade vou dar uma volta por Curitiba, com o livro em mãos pra poder olhar todos os espaços onde se passa a história.
Leia.
(segue em anexo o link pra uma resenha mais completa)

site: http://werhipster.com/alvores/
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Thais 18/12/2014

Fantástico!
Não tenho muito o costume de escrever resenhas, e quando escrevo normalmente consigo fazer isso rapidinho. Esse foi o primeiro livro que realmente precisei parar e ler pela segunda vez antes de conseguir fazer a resenha. O motivo disso é que eu percebi que precisava voltar para ter certeza das minhas impressões rsrs Então vamos lá...

A história: pegue anões, elfos, orcs e jogue eles em Curitiba. E então recrie aquela velha briga de orcs contra todo mundo, e uma pitada da rivalidade entre elfos e anões, junto com máquinas de guerra incríveis movidas a vapor. E uma dessas máquinas – diferente, um modelo antigo que devia ter sido esquecido – está sendo procurada pelos mestiços (meio orcs, meio humanos). No meio disso tudo, temos Tales, um adolescente de 16 anos que é filho de dois encantados (meio elfos, meio humanos), que se vê no meio da corrida para não deixar os mestiços conseguirem acesso à arma.

Não vou falar mais sobre o enredo porque quero evitar soltar spoilers, por menores que sejam. O livro não é perfeito. Existem alguns detalhezinhos que eu ainda acho que não encaixaram por completo, mas isso é coisa de chata mesmo. E enquanto estava lendo eu consegui ignorar completamente essas coisinhas, de tanto que a história me prendeu. Sem mencionar as mil referências que quem costuma ler literatura fantástica em geral vai perceber (“Corram, seus tolos!” – e eu tive um ataque de risos mesmo).

O que posso dizer é: esse é um livro que eu super estou recomendando para todo mundo que conheço e que goste de literatura fantástica, e recomendando sem medo. Comecei a ler esperando muito, e normalmente quando isso acontece acabo me decepcionando. A Liga dos Artesãos conseguiu me surpreender e me manter presa até o fim, e com certeza superou todas as minhas expectativas.

Agora, Lauro, para de enrolar e vai render a continuação logo!
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Vilson 25/01/2016

Autor com tarimba, só queria mais ginga
Machado de Assis observou certa vez que “o escritor pode ser homem do seu tempo e do seu país ainda que trate de assuntos remotos no tempo e no espaço”. Quando penso nisso e leio o livro de Lauro Kociuba, A Liga dos Artesãos: Tales I, sinto meu cérebro ser substituído pela tela azul de erro do Windows.

Digo isso, porque o autor conseguiu aqui entrelaçar - em uma trama bem fechadinha, diga-se de passagem - o cénario local do presente e o passado da literatura fantástica.

"Liga" se passa no Brasil, em Curitiba especificamente, o que é algo no mínimo interessante para um leitor paranaense como eu. Na Curitiba de Kociuba, no entanto, há espaço para anões, elfos e orcs. Suas descrições me lembram as de Eragon, de Christopher Paolini, o que quer dizer que suas criaturas mágicas são versões 2.0 das que Tolkien apresentou em O Hobbit e Senhor dos Anéis: anões ainda são artífices extraordinários e elfos continuam sendo os chatolinos brilhosos e almofadinhas que eu nunca apreciei muito - só que mais.

Deve-se ressaltar, contudo, que Kociuba consegue fazer algo muito mais interessante que aquilo que Paolini fez, simplesmente porque, embora ele nos dê os mesmos tropos, não o faz nos mesmos cenários - ele os arrasta para a selva de pedra contemporânea.

Assim, anões usam revólveres, os quais são municiados com balas feitas artesanalmente, mas com matérias-primas pós-industriais. O arco élfico aqui apresentado, não é feito de madeira dourada de uma árvore sagrada e fios de cabelo de uma rainha; em vez disso, tem a estrutura de um arco composto, do tipo que poderia ser usado numa competição olímpica atual.

Nestes momentos, a narrativa de Kociuba me lembra um autor pelo qual tenho muito mais carinho e admiração que Paolini: Eoin Colfer, autor dos livros protagonizados por Artemis Fowl - na humilde opinião deste resenhista, alguns dos melhores livros de fantasia juvenil que já li, par a par com a série Harry Potter e decididamente superior a qualquer outro de seus contemporâneos.

O que Kociuba e Colfer têm em comum? Ambos lidam bem com este que poderia ser um abismo irreconciliável: Fadas X Mundo Moderno. Afinal, há necessidade para magia em um mundo pós-industrial? Há espaço?

Certamente, mas apenas quando são combinados de forma inteligente, e é este o caso. Confesso que Tales I não é exatamente meu copo de chá em certo sentido: ainda que eu ame Tolkien, tenho inúmeras ressalvas com autores "tolkenianos". Creio que há um limite para o número de vezes que se pode escrever livros com elfos angelicais e anões que parecem vikings estereotipados (ainda que com metade da altura) sem que isso comece a se tornar maçante.

Voltando a Colfer e Rowling, admiro, por exemplo, que seus elfos, fadas e demais criaturas se apartem completamente dos tropos tolkenianos. Neste ponto, gostaria de mais variedade e sabor em Tales. É um arroz com feijão feito com muito talento, dedicação e, acima de tudo, uma fineza técnica que eu gostaria de possuir; mas ainda sinto falta de uma saladinha e um bife para acompanhar.

Não me entendam mal, o livro atende cada um dos objetivos aos quais se propõe. Eu que queria pimenta e mostarda no meu arroz, então não sou exatamente o que o Umberto Eco compreenderia como um leitor ideal.

Aliás, voltando à questão da fineza técnica, Kociuba é irrepreensível. Estou para ver um autor nacional com frases tão bem construídas e parágrafos tão bem tramados, mesmo quando escreve sobre temas e personagens externos ao seu universo. É um autor que faz o dever de casa: pesquisa, consulta pessoas que possam dar algum auxílio, monta os ossinhos e costura neles os músculos, a pele e os cabelos, um a um. Com um pouco mais de variedade temática, algo que flui para dentro da obra com o passar do tempo, sei que Lauro Kociuba ainda dará o que falar.
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rafa.barros.37 03/01/2015

Vistam seus Mecanos.
O universo fantástico criado por Lauro Kociuba é bem mais complexo do que podemos imaginar. Alvores - A Liga dos Artesãos possui um enredo que prende o leitor e faz com que a frase "Vou ler só mais um pouquinho" seja usada centenas de vezes. O jeito próprio do autor de escrever faz com que o leitor abra a sua imaginação e deixe-a trabalhar, imaginando a aparência de cada um dos mais carismáticos personagens e criando teorias(Teorias essas que nunca dão certo, fazendo com que a gente se surpreenda cada vez mais.)
De fato, Alvores veio para ficar Fantasia Nacional, categoria que cresce cada vez mais no Brasil. Por esse e outros motivos, Lauro Kociuba merece os parabéns pela obra e pelo universo que saiu de sua mente para as páginas de Alvores.

Resta aos leitores aguardar a continuação.
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Aninha de Tróia 04/09/2015

A liga dos artesãos foi um livro bom, massss não me prendeu. A escrita do autor é ok, as referências à cidade foram muito interessantes, e os anões, em geral, me agradaram bastante. Das três histórias com anões que li, apenas A liga mostrou aquilo que eu sempre tive curiosidade de ler: as anãs!!! O problema é que a personagem apareceu tão pouco que me deixou mais frustrada que empolgada. Daí chegamos ao que eu não gostei: os personagens. Talvez seja por causa do tamanho do livro, mas não consegui me apegar a nenhum personagem, mesmo com os anões sendo bem estilosos e tal; o protagonista é só sem graça mesmo.

No fim, é um bom livro que me deixou ainda mais doida para conhecer Curitiba e livros sobre steampunk (!).

Observação: o e-book precisa MUITO de um índice.
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Gnomot13 02/08/2016

Um ótima tentativa
O autor tem o coração no lugar certo e a pena bem afiada, mas ainda falta um pouco de experiência para apresentar detalhes e meandros de forma mais sutil, e ousadia para sair da base e transformar a obra em algo completamente seu.

O livro tem estrutura e a atualização dessas criaturas fantásticas possui uma lógica suprema. Se baseia nas grandes literaturas fantásticas e faz isso bem, espero ansioso para as próximas aventuras com uma personalização maior!
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Alexia Bittencourt 16/12/2015

Anões motoqueiros muito badass
A Liga dos Artesãos é uma história que se passa em Curitiba e no seu subsolo, mas uma Curitiba cheia de elfos, anões, trolls, encantados (filhos de elfos e humanos) e mestiços (filhos de orcs e humanos).
Tales é um encantado de 15 anos, que foi deixado na tutela de Aer'delo, como é costume dos elfos, e depois de 4 anos de treino recebe sua primeira missão, vigiar uma atividade suspeita dos mestiços no Largo da Ordem, mas a missão não ocorre como o esperado, quem estava no local não era um simples mestiço, mas Shkrenee, um dos dedos da mão negra, organização suprema dos mestiços.

A Liga dos Artesãos foi o primeiro livro fantástico nacional que eu li e o livro que fez eu me apaixonar pelos nacionais (fantásticos). Pra começar, ele se passa em Curitiba, a cidade que eu moro, o Lauro foi extremamente cuidadoso na pesquisa e nas descrições, são informações que batem com a história da cidade e detalhes, como a construção em ilhota com um pedestal no topo e a rachadura no piso do passeio público, que fazem você parar por um segundo e pensar "Será?"

E se você pensa que o livro é só mais do mesmo, apenas mais uma história de elfos, anões, orcs e trolls que parece ter sido feita na mesma forma padrão, está muito enganado, ou será que você já viu um anão de Harley?! O autor criou uma cultura própria para os anões (que são os mais abordados no livro), cheia de características novas e originais. Merece destaque a incompatibilidade dos Alvores com a eletrônicos e o "casamento" anão.

"Um antigo costume anão - respondeu Bro-Thum, enquanto mostrava seu braço direito com os elos marcados. - Representa o nosso equivalente a um casamento. Quando duas pessoas entendem que se amam e precisam ficar juntas, o rei preside a cerimônia e abençoa a união com aço e fogo. Para nós são os elementos que representam a estabilidade, confiança, vida e paixão. Com as mãos entrelaçadas, uma corrente de aço aquecida em brasa é fechada no pulso do casal, que mergulha as mãos em óleo frio. Assim temperam o aço, tornando-o mais forte. Nossa pele é muito mais resistente, em algumas horas a marca cicatriza e podemos continuar com pelo menos três dias de celebração."

Além disso o Lauro escreve super bem, a narrativa é leve e fluída. O livro também é cheio de referências e citações de outros livros, que arrancam sorrisos do leitor toda vez que ele se depara com uma.

Quanto aos pontos ruins do livro, eu só tenho duas coisas pra reclamar:
1. O livro é muito curto, são apenas 255 páginas, isso é muito pouco pra construir uma cultura, quando eu leio quero me sentir vivendo tudo aquilo, quero saborear cada palavra, em várias ocasiões antes de você começar a sentir a cena ela já acabou. O mesmo se aplica aos personagens, a maioria não teve tempo de ser abordada mais profundamente, dificultando a criação de um vínculo com o leitor.
2. Nomes muito parecidos dos anões. Na verdade isso também faz parte da cultura anã, o nome dos personagens é composto primeiro pelo nome do clã e depois pelo nome próprio (Bro-Thum, Bro-Muir), embora seja uma particularidade interessante, não posso negar que isso causou uma certa confusão, por várias vezes tive que voltar algumas páginas para descobrir quem era quem.
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Valter.Cardoso 01/06/2016

Alvores em Curitiba Fantástica
Criatividade e ousadia trazem elfos, anões e orcs para convívio moderno em metrópole atual. Seres fantásticos, elementos steampunks e batalhas ocorrem sem a percepção da população.
A ideia foi muito interessante e bem trabalhada, principalmente quando combina a história e locais de Curitiba com a fantasia urbana imaginada por Kociuba.
A produção independente através de financiamento coletivo teve um grande alcance pelos esforços do autor, permitindo uma bela e limpa capa para obra. As ilustrações junto com as descrições demasiadas quebravam um pouco o ritmo da leitura, quando tentava-se comparar detalhes entre ambas. A falta de uma Editora foi percebida em alguns erros, incluindo um parágrafo repetido.
Os flashbacks, assim como os “lugares comuns” na participação dos personagens principais, talvez possam ser evitados na sequência da saga, sem sair das situações clichês que tanto agradam os fãs do gênero fantástico.
A narrativa corre bem, permitindo a imersão na história, dificultando as vezes perceber as várias referências à cultura pop escondidas na trama.
O personagem do Bardo foi o que mais gostei e acredito que merece um romance só dele para aproveitar melhor seu background e possibilidades.
Alvores – A Liga dos Artesões, primeiro livro de Lauro Kociuba, é uma leitura bem recomendada e acredito que este autor tem muito mais para mostrar com o passar do tempo.
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Way to Happines 05/01/2015

[Resenha] A Liga dos Artesãos (Alvores 1) - Lauro Kociuba (por Lígia Colares)
Eu conheci Alvores pelo facebook, em uma divulgação para arrecadar dinheiro pelo Catarse. Achei a ideia interessante, fiquei curiosa também pelo método do Catarse, e achei que seria uma boa forma de conhecer as duas propostas. Por conta disso, consegui a regalia de obter o .pdf para resenha aqui no blog! =D

Tales é um encantado (filho de um elfo com um humano), e desde pequeno já entende a dificuldade de seu povo em viver entre humanos, por isso quando seus pais pedem para ele morar em Curitiba com um conhecido que pode treiná-lo, ele aceita sem reclamar. E assim conhecemos um Tales mais velho, bem treinado, em uma missão de vigília. Missão essa que se demonstrou mais importante do que imaginada de início! Por causa dela que Tales descobre sobre a cidade dos anões, e muito mais informações sobre a grande guerra contra os ogros...

É um prazer ter contato novamente com elfos, orcs, etc, e Lauro conseguiu aproveitar muito bem a cultura dessas criaturas e incluí-los no nosso dia a dia, adaptando-os para um mundo mais moderno. Ele utiliza nossa história para explicar como eles chegaram no Brasil, e da própria história e símbolos de Curitiba para introduzir as cidades e os esconderijos. E quando você menos espera, até nossas grandes guerras tiveram envolvimento direto deles! Fica tudo tão bem construído que ocorre aquela dúvida: 'será?'! Haha! O projeto é bem complexo e completo, mas ele escreve com habilidade para não confundir o leitor.

Não quero falar muito para não dar spoiler. Como o livro já começa em ação, todas as informações são dadas aos poucos, e qualquer detalhe que eu conte pode diminuir o encanto da leitura... Mas com certeza ela é indicada para quem gosta dessas criaturas fantásticas, para quem gosta de uma história interessante bem situada em cidade brasileira, e também para os moradores de Curitiba, só para que depois me digam se já viram alguns anões motoqueiros pelas praças! Hahaha!

Esse é o primeiro livro da série Alvores, e só na blackfriday que ele está gratuito na amazon. O livro está em processo final de produção, com a promessa de Lauro de imagens incríveis, e muito capricho! Espero só que o sucesso seja tanto que o segundo livro seja lançado rapidamente! =D

site: http://www.way-2happiness.com.br/2014/11/resenha-liga-dos-artesaos-alvores-1.html
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Laís Helena 20/04/2015

Resenha do blog "Sonhos, Imaginação & Fantasia"
A Liga dos Artesãos nos apresenta uma história onde elfos, anões, orcs e outras criaturas fantásticas, os chamados alvores, habitam nosso mundo, vivendo em segredo em meio aos humanos e lutando para se preservarem. Acompanhamos o protagonista, Tales (um encantado, meio humano e meio elfo), enquanto ele cumpre uma tarefa passada por seu mestre, Aer’delo (um elfo): observar uma misteriosa troca feita entre dois orcs. Porém, a tarefa não sai conforme o planejado e Tales então é levado a Khur, a cidade dos anões localizada abaixo de Curitiba.

A trama se desenrola a partir dessa misteriosa troca de maneira bastante concisa, mas nem por isso menos interessante. Aos poucos o autor desvenda o mistério principal, enquanto acompanhamos o protagonista e descobrimos mais sobre o mundo dos alvores e sua história.

A narrativa é um ponto positivo do livro: em vez de apenas contar, como é comum vermos em outros livros de novos escritores, o autor nos mostra toda a ação, fazendo com que nos sintamos dentro da história. Porém, há alguns momentos, principalmente naqueles em que explicações sobre o universo dos alvores são reveladas, em que há uma quebra da imersão. Essas explicações são mostradas em itálico, interrompendo a narrativa, em vez de serem apresentadas em diálogos entre os personagens, o que teria tornado a leitura mais fluida e os tais trechos mais instigantes.

Outro ponto negativo é que o livro é curto demais para explorar todos os personagens que nos são apresentados, de forma que o leitor não tem muito tempo para se apegar (ou não) a eles. Além disso, algumas das relações entre eles foram tratadas de uma maneira um tanto superficial, tornando uma das surpresas do livro não tão convincente ou surpreendente.

Conhecemos parte da história dos alvores e de alguns dos personagens por meio de alguns interlúdios, intercalados aos capítulos narrados no presente, e foi um recurso interessante para nos apresentar aos diferentes tipos de magia e à tecnologia dos anões, que é muito interessante. Porém, mais uma vez, não houve páginas suficientes para explorar de maneira satisfatória todos os pontos da história e cultura dos alvores, ainda que eu espere que isso seja feito nos próximos volumes.

Gostei, porém, da ambientação em Curitiba: mesmo os leitores que nunca visitaram a cidade não se sentem perdidos, e a relação histórica entre esta e Khur, a cidade subterrânea dos anões (também muito interessante e muito bem descrita), foi muito bem trabalhada.

O final bem narrado fecha a trama do primeiro livro de maneira satisfatória, ao mesmo tempo em que deixa um cliffhanger para o próximo volume. A Liga dos Artesãos foi, no geral, um livro divertido e com uma proposta criativa e interessante, com uma trama bem trabalhada e revisão bem feita — os erros que notei foram pouquíssimos. Certamente lerei os próximos volumes.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/04/resenha39.html
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Fran 29/04/2015

Elfos em Curitiba...
Quando falamos em Elfos, Anões e Orcs as primeiras referências que vêm em nossas mentes são Tolkien e a Europa. Mesmo quem não é fã de leitura, automaticamente é jogado ao universo de O Senhor dos Anéis quando essas raças do mundo da fantasia são citadas. Agora, imagine todos esses seres em um contexto diferente, ou melhor, imagine os Elfos, Anões, Orcs e outras criaturas desse mundo vivendo suas aventuras em Curitiba, no Brasil... É o que Lauro Kociuba nos apresenta em A Liga dos Artesãos, o primeiro livro de sua série Alvores.

Nesse primeiro volume conhecemos Tales, um encantado que vem para Curitiba ser treinado por um Elfo e, de repente, se vê em uma aventura fantástica. No livro aparecem muitos personagens, alguns cativantes mesmo sem ter muito destaque na trama, como o bardo Marcel.

O autor é muito criativo, e, ao longo da história, apresenta alguns personagens em contextos fora da narrativa principal, nos interlúdios, recurso que tornou a leitura mais dinâmica.

As descrições estão na medida certa, se considerarmos que esse é somente o primeiro volume de uma série, e, ao meu ver, isso foi um ponto positivo, pois não torna a leitura cansativa.

Em alguns trechos o autor faz a devida homenagem ao grande mestre Tolkien, deixando claro que o livro não tem a pretensão de ser uma cópia, mas que reconhece a influência de outras leituras.

A obra tem uma produção excelente, fica claro que tudo foi escolhido com muito cuidado e feito com muito carinho. Há ilustrações incríveis e mesmo a revisão, alvo de críticas de muitos leitores, chega quase à perfeição. É um trabalho que apresenta muita qualidade.
A série tem tudo para crescer muito, a cada livro. Só senti falta de mais referências nacionais, mas, no geral, é uma obra que tem tudo para agradar aos fãs do gênero.
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Vagner46 03/06/2015

Desbravando A Liga dos Artesãos
Mais um livro de fantasia nacional chegou em minhas mãos nesse ano de 2015, e dessa vez por meio do Lauro Kociuba, autor de A Liga dos Artesãos, primeiro volume da série Alvores.

Ambientado em uma Curitiba atual povoada por anões, elfos, orcs, wargs e outras criaturas fantásticas, todas denominadas "alvores", A Liga dos Artesãos é uma obra de fantasia urbana que nos traz Tales, um encantado (meio humano, meio elfo) de 15 anos, como protagonista. Sob os cuidados de Aer'delo, um elfo, Tales aprende História dos Alvores, técnicas práticas de campo e treina arco avançado, tudo para que se torne importante mais adiante, quando a peleia começar.

Até aqui, alguma lembrança de O Senhor dos Anéis veio à sua mente? Não é à toa, pois todo o livro é recheado de referências a obras clássicas e não-clássicas da literatura fantástica mundo afora.

Falando um pouco mais sobre a ambientação, simplesmente não tenho o que reclamar. Me senti como se estivesse de volta ao Paraná, onde morei por 12 meses, láááááá no ano de 2006, e foi muito bem "rever" alguns locais que acabei visitando quando passei por Curitiba. A Catedral Nossa Senhora da Luz, Passeio Público, entre outros, tudo foi muito bem desenvolvido e aproveitando pelo autor, e tenho certeza que os leitores também apreciarão o resultado. Não é toda hora que anões, orcs, elfos e afins invadem uma cidade brasileira perto de você!!! haha

"- Sempre tem, isso é um fato. Abra a mente. Estou abrindo as portas de um mundo novo para você, e é bom começar a rever seus conceitos. Suas certezas são questionáveis, o inesperado sempre é certo e a dúvida não é uma opção."

Toda a trama começa a se desenrolar rapidamente quando Tales, encarregado de acompanhar uma transação muito suspeita na Praça do Cavalo envolvendo alguns mestiços (metade humanos, metade orcs), acaba envolvendo-se em uma série de acontecimentos que o levarão a Khur, a cidade subterrânea dos anões que está localizada exatamente abaixo de Curitiba. Lá, acaba descobrindo um pouco sobre como os anões foram parar ali. Conhecemos também alguns personagens que serão importantes no decorrer da narrativa, como o rei Bur-Daem, líder da Liga dos Artesãos, uma sociedade criada para combater o avanço iminente dos mestiços. Também somos apresentados a Bur-Tuir, seu filho, e outros mais de sua espécie, dando destaque para Bro-Thum, um anão batedor e viciadão em motocicletas, e Bro-Khuir, seu irmão guerreiro.

Aliás, os anões foram a espécie mais citada e explorada em A Liga dos Artesãos, onde algumas de suas classes são apresentadas e a sua relação com as invenções de máquinas de guerra a vapor, por exemplo, é explicada. Destaque para os Mecanos, obviamente. Outro tipo de máquina de batalha também é bastante mencionado nesse livro, mas essa eu vou deixar para os leitores descobrirem qual é, deixando avisado que será essencial para entendermos mais sobre o objetivo da obra.

Apesar da leitura leve e fluida, talvez a narrativa falhe um pouco ao trazer muitas vezes o famoso tell, em vez do show, com alguns trechos sendo narrados em itálico e quebrando sutilmente o virar das páginas. Nada que atrapalhe, claro, mas é um ponto a ser melhorado, talvez colocando-se em meio aos diálogos dos personagens, etc. O contraponto disso é que esses trechos com fatos que aconteceram no passado eram muito interessantes e traziam informações bem relevantes para a trama e o entendimento do leitor a respeito dos detalhes do mundo. Destaque para as partes que falam sobre a Grande Guerra, onde os mestiços estavam muito próximos de vencer e acabaram sendo confrontados por uma invenção avassaladora, mudando o rumo de toda a guerra.

Os capítulos são sempre narrados em 3ª pessoa, mas nem todos eles são do ponto de vista do Tales. Alguns focam nos anões, outros nos elfos, e assim por diante, principalmente os interlúdios, que dão um aprofundamento maior a alguns dos personagens secundários da obra.

Atento também para os aspectos bélicos e tecnológicos presentes na narrativa, com as máquinas a vapor lembrando bastante um ambiente steampunk e a preocupação do Lauro em não inserir a tecnologia atual no meio, já que os alvores não são capazes de usá-la devido a um choque de características (magnéticas, talvez), algumas ligadas ao plano etéreo, que explicarei mais sobre em uma próxima resenha, quando tiver maiores informações.

Também acho que, por o livro ter pouquíssimas páginas, apenas 270, algumas cenas foram narradas muito rapidamente e poderiam tranquilamente ter mais parágrafos entre elas, detalhando-se mais os acontecimentos e suas consequências, deixando a obra mais "profunda". Um ponto a melhorar.

Como vocês devem ter visto, a capa já chama bastante atenção. Sem palavras, apenas com um símbolo desenhado no meio, a edição de A Liga dos Artesãos ficou muito bonita, já que está bem recheada de imagens internas e também passou por uma revisão legal, com pouquíssimos erros.

A Liga dos Artesãos é a história da sobrevivência da raça alvores ameaçada pelo avanço dos seus inimigos. Segredos antigos devem ser revelados para que o pior não aconteça, ao mesmo tempo em que as traições podem aparecer de todos os lados. Há muita lenha para queimar nos próximos livros, desde o confronto geral entre orcs x anões x elfos, até o desenvolvimento do próprio Tales. Certamente lerei a sequência. E queremos mais páginas, Lauro, mais páginas!

Sequência essa que se intitulará A Campanha de Sangue. Um baita título, diga-se de passagem.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/06/resenha-liga-dos-artesaos-lauro-kociuba.html
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Paola 07/07/2015

Anões, orcs e elfos em Curitiba - e não, não é mais do mesmo!
A Liga dos Artesãos foi surpreendente em vários sentidos. Foi gostoso ler algo fora do clichê da jornada do herói: o protagonista não é o centro de todas as batalhas e descobertas, e sim uma figura importante em meio a muitos outros personagens cativantes. A história é linear e fluida, a escrita fácil de ler e descritiva sem ser excessiva.
Curti muito o fato de ter sido ambientado em Curitiba; não conheço a cidade mas foi legal ver uma boa fantasia em terreno nacional. Amei a caracterização dos anões, a cidade subterrânea e o fato de usarem tecnologias nas batalhas - algo bem diferente de tudo que se encontra por aí.

Confesso que achei a obra seria mais uma cópia do mundo de Tolkien, mas não poderia estar mais enganada: há muita originalidade em A Liga dos Artesãos.
Recomendo para todos os fãs de fantasia, principalmente aqueles que curtem uma construção bem feita do "mundo fantástico" e histórias dinâmicas!
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Paulo 11/06/2017

Antes de iniciar a resenha queria parabenizar a iniciativa e a garra do autor. Publicar de forma independente no Brasil não é tarefa para qualquer um. Se vocês gostarem da resenha, recomendo fortemente a compra do livro. Este volume eu acredito que o livro física talvez vocês não consigam (consultem o Lauro Kociuba no Facebook que eu tenho certeza que ele vai respondê-los), mas tanto este livro como Estações de Caça, o leitor pode encontrar na loja da Amazon para Kindle.

Tales é filho de um elfo e de uma humana, ou seja, um Encantado. O livro começa com Tales sendo entregue pelos pais aos cuidados de Aer'vedi, um dos anciãos do Conselho Élfico. Após muitos anos de treinamento, Tales se vê envolvido na eterna guerra com os orcs e seus aliados. Com a ajuda dos anões que vivem no subterrâneo de Curitiba, Tales precisa deter os planos para ressuscitar uma poderosa arma. Mas, parece que existem aliados que não concordam com o lugar dos alvores (os seres mágicos) no mundo.

A ambientação da série Alvores é muito boa. Lauro pega vários elementos dos livros de Tolkien e lhes dá personalidade própria. É quase como se ele quisesse quebrar paradigmas: os anões estão no subsolo porque é mais fácil para se esconder; os elfos acham o arco e flecha apenas uma arma mais eficiente. Ou seja, justificativas simples para algumas ideias pré-concebidas das velhas raças de Tolkien.

Só acho que o autor não precisava necessariamente usar elfos, anões e orcs. A maneira como ele se apropriou e deu personalidade própria a estas raças ficou muito interessante, mas ele poderia ter criado algo inteiramente novo, algo só dele. Entendi a intenção do autor de fazer uma desconstrução do conceito de elfos, anões e orcs, mas criar algo só seu daria um outro potencial para história. Seria um nível inteiramente novo de criação. Não posso nem dizer que isso é um ponto negativo, é muito mais uma ideia e uma reflexão.

Ao longo deste primeiro livro ficamos sabendo de toda a mitologia dos alvores e como eles se encaixam em nosso mundo. Foi criado um paralelo muito bom entre a história destes seres estranhos e a dos humanos. As histórias se intercalam de maneira harmônica criando um sentimento de naturalidade ao que está sendo dito. Só experimentei este sentimento de harmonia entre ficção e realidade em The Lives of Tao de Wesley Chu além de A Liga dos Artesãos. E, para mim, que trabalha com a disciplina História, é refrescante ver essa brincadeira com o real e o fictício. Porém, eu achei que o autor se deteve muito nos aspectos mitológicos da série. Mais da metade do livro é explicativo, apresentando tudo sobre o mundo, as raças e as interações entre elas. Alguns autores chamam esta prática de data dumping. O autor fornece as informações sobre o funcionamento do mundo e a própria "física" (magia, tecnologia, alienígenas) através de diálogos expositivos ou de um narrador que expõe estas informações progressivamente. Quando a ação de A Liga dos Artesãos começa a engrenar, a história termina. Este foi o meu sentimento ao ler a última página: "por que acabou??? Eu queria mais."

Os personagens são bem delineados, mas o espaço do livro acaba sendo pequeno para desenvolver todos por igual. Um aviso: cuidado porque neste livro Tales acaba não sendo o protagonista. O personagem funciona como uma espécie de guia pelo mundo dos alvores. Através de seus olhos conhecemos as histórias e as lendas do mundo. Acho até que Tales é um dos personagens menos desenvolvidos em A Liga dos Artesãos. A história gira em torno de Bro-Thum e Bro-Muir, os irmãos anões que ajudam Tales no início. Os personagens apresentam posicionamentos diferentes sobre a postura dos alvores em relações aos homens: um deles deseja se revelar ao mundo e mostrar que existe muito mais escondido nos subterrâneos e lugares místicos; já o outro deseja apenas a manutenção do equilíbrio, pois a revelação acarretaria muitos problemas.

Através da prosa do autor pude conhecer a cidade de Curitiba e alguns de seus pontos principais. Novamente é extremamente positivo o fato de a ambientação ser calcada em parte por elementos reais e o próprio autor conhecer a região onde se situa a história. Favorece um realismo único capaz de ancorar a imaginação do leitor em algum suporte verossímil. Faz até com que a história pareça realmente estar acontecendo neste instante.

A ação final parece ter sido meio corrida. Apesar de ter aquele aspecto épico, correspondendo ao clímax da história, senti que faltava algo. No entanto, a história se fecha deixando situações a serem resolvidas em outras histórias. No geral, o livro é bom, tendo me deixado ansioso por uma sequência. Entretanto, algum problema aqui e ali comprometem um desfrute total da história. Existe muito espaço para melhorias, e o autor mostra isto em Estações de Caça, e penso que Lauro ainda tem muitas cartas guardadas na manga.

site: www.ficcoeshumanas.com
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