A Liga dos Artesãos: Tales I

A Liga dos Artesãos: Tales I Neil Gaiman
Lauro Kociuba




Resenhas - A Liga dos Artesãos


23 encontrados | exibindo 1 a 16
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Davi 29/10/2014

Parabéns Lauro!
Na primeira historia, Lauro Kociuba, mandou muito bem! Uma historia com referencias de Neil Gaiman e Tolkien; criou uma historia que se passa hoje numa das cidades mais bonitas do país: Curitiba.
O livro é maneiro pra quem não conhece a cidade, e mais maneiro ainda pra quem conhece. Assim que tiver a oportunidade vou dar uma volta por Curitiba, com o livro em mãos pra poder olhar todos os espaços onde se passa a história.
Leia.
(segue em anexo o link pra uma resenha mais completa)

site: http://werhipster.com/alvores/
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Thais 18/12/2014

Fantástico!
Não tenho muito o costume de escrever resenhas, e quando escrevo normalmente consigo fazer isso rapidinho. Esse foi o primeiro livro que realmente precisei parar e ler pela segunda vez antes de conseguir fazer a resenha. O motivo disso é que eu percebi que precisava voltar para ter certeza das minhas impressões rsrs Então vamos lá...

A história: pegue anões, elfos, orcs e jogue eles em Curitiba. E então recrie aquela velha briga de orcs contra todo mundo, e uma pitada da rivalidade entre elfos e anões, junto com máquinas de guerra incríveis movidas a vapor. E uma dessas máquinas – diferente, um modelo antigo que devia ter sido esquecido – está sendo procurada pelos mestiços (meio orcs, meio humanos). No meio disso tudo, temos Tales, um adolescente de 16 anos que é filho de dois encantados (meio elfos, meio humanos), que se vê no meio da corrida para não deixar os mestiços conseguirem acesso à arma.

Não vou falar mais sobre o enredo porque quero evitar soltar spoilers, por menores que sejam. O livro não é perfeito. Existem alguns detalhezinhos que eu ainda acho que não encaixaram por completo, mas isso é coisa de chata mesmo. E enquanto estava lendo eu consegui ignorar completamente essas coisinhas, de tanto que a história me prendeu. Sem mencionar as mil referências que quem costuma ler literatura fantástica em geral vai perceber (“Corram, seus tolos!” – e eu tive um ataque de risos mesmo).

O que posso dizer é: esse é um livro que eu super estou recomendando para todo mundo que conheço e que goste de literatura fantástica, e recomendando sem medo. Comecei a ler esperando muito, e normalmente quando isso acontece acabo me decepcionando. A Liga dos Artesãos conseguiu me surpreender e me manter presa até o fim, e com certeza superou todas as minhas expectativas.

Agora, Lauro, para de enrolar e vai render a continuação logo!
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rafa.barros.37 03/01/2015

Vistam seus Mecanos.
O universo fantástico criado por Lauro Kociuba é bem mais complexo do que podemos imaginar. Alvores - A Liga dos Artesãos possui um enredo que prende o leitor e faz com que a frase "Vou ler só mais um pouquinho" seja usada centenas de vezes. O jeito próprio do autor de escrever faz com que o leitor abra a sua imaginação e deixe-a trabalhar, imaginando a aparência de cada um dos mais carismáticos personagens e criando teorias(Teorias essas que nunca dão certo, fazendo com que a gente se surpreenda cada vez mais.)
De fato, Alvores veio para ficar Fantasia Nacional, categoria que cresce cada vez mais no Brasil. Por esse e outros motivos, Lauro Kociuba merece os parabéns pela obra e pelo universo que saiu de sua mente para as páginas de Alvores.

Resta aos leitores aguardar a continuação.
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Way to Happines 05/01/2015

[Resenha] A Liga dos Artesãos (Alvores 1) - Lauro Kociuba (por Lígia Colares)
Eu conheci Alvores pelo facebook, em uma divulgação para arrecadar dinheiro pelo Catarse. Achei a ideia interessante, fiquei curiosa também pelo método do Catarse, e achei que seria uma boa forma de conhecer as duas propostas. Por conta disso, consegui a regalia de obter o .pdf para resenha aqui no blog! =D

Tales é um encantado (filho de um elfo com um humano), e desde pequeno já entende a dificuldade de seu povo em viver entre humanos, por isso quando seus pais pedem para ele morar em Curitiba com um conhecido que pode treiná-lo, ele aceita sem reclamar. E assim conhecemos um Tales mais velho, bem treinado, em uma missão de vigília. Missão essa que se demonstrou mais importante do que imaginada de início! Por causa dela que Tales descobre sobre a cidade dos anões, e muito mais informações sobre a grande guerra contra os ogros...

É um prazer ter contato novamente com elfos, orcs, etc, e Lauro conseguiu aproveitar muito bem a cultura dessas criaturas e incluí-los no nosso dia a dia, adaptando-os para um mundo mais moderno. Ele utiliza nossa história para explicar como eles chegaram no Brasil, e da própria história e símbolos de Curitiba para introduzir as cidades e os esconderijos. E quando você menos espera, até nossas grandes guerras tiveram envolvimento direto deles! Fica tudo tão bem construído que ocorre aquela dúvida: 'será?'! Haha! O projeto é bem complexo e completo, mas ele escreve com habilidade para não confundir o leitor.

Não quero falar muito para não dar spoiler. Como o livro já começa em ação, todas as informações são dadas aos poucos, e qualquer detalhe que eu conte pode diminuir o encanto da leitura... Mas com certeza ela é indicada para quem gosta dessas criaturas fantásticas, para quem gosta de uma história interessante bem situada em cidade brasileira, e também para os moradores de Curitiba, só para que depois me digam se já viram alguns anões motoqueiros pelas praças! Hahaha!

Esse é o primeiro livro da série Alvores, e só na blackfriday que ele está gratuito na amazon. O livro está em processo final de produção, com a promessa de Lauro de imagens incríveis, e muito capricho! Espero só que o sucesso seja tanto que o segundo livro seja lançado rapidamente! =D

site: http://www.way-2happiness.com.br/2014/11/resenha-liga-dos-artesaos-alvores-1.html
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Laís Helena 20/04/2015

Resenha do blog "Sonhos, Imaginação & Fantasia"
A Liga dos Artesãos nos apresenta uma história onde elfos, anões, orcs e outras criaturas fantásticas, os chamados alvores, habitam nosso mundo, vivendo em segredo em meio aos humanos e lutando para se preservarem. Acompanhamos o protagonista, Tales (um encantado, meio humano e meio elfo), enquanto ele cumpre uma tarefa passada por seu mestre, Aer’delo (um elfo): observar uma misteriosa troca feita entre dois orcs. Porém, a tarefa não sai conforme o planejado e Tales então é levado a Khur, a cidade dos anões localizada abaixo de Curitiba.

A trama se desenrola a partir dessa misteriosa troca de maneira bastante concisa, mas nem por isso menos interessante. Aos poucos o autor desvenda o mistério principal, enquanto acompanhamos o protagonista e descobrimos mais sobre o mundo dos alvores e sua história.

A narrativa é um ponto positivo do livro: em vez de apenas contar, como é comum vermos em outros livros de novos escritores, o autor nos mostra toda a ação, fazendo com que nos sintamos dentro da história. Porém, há alguns momentos, principalmente naqueles em que explicações sobre o universo dos alvores são reveladas, em que há uma quebra da imersão. Essas explicações são mostradas em itálico, interrompendo a narrativa, em vez de serem apresentadas em diálogos entre os personagens, o que teria tornado a leitura mais fluida e os tais trechos mais instigantes.

Outro ponto negativo é que o livro é curto demais para explorar todos os personagens que nos são apresentados, de forma que o leitor não tem muito tempo para se apegar (ou não) a eles. Além disso, algumas das relações entre eles foram tratadas de uma maneira um tanto superficial, tornando uma das surpresas do livro não tão convincente ou surpreendente.

Conhecemos parte da história dos alvores e de alguns dos personagens por meio de alguns interlúdios, intercalados aos capítulos narrados no presente, e foi um recurso interessante para nos apresentar aos diferentes tipos de magia e à tecnologia dos anões, que é muito interessante. Porém, mais uma vez, não houve páginas suficientes para explorar de maneira satisfatória todos os pontos da história e cultura dos alvores, ainda que eu espere que isso seja feito nos próximos volumes.

Gostei, porém, da ambientação em Curitiba: mesmo os leitores que nunca visitaram a cidade não se sentem perdidos, e a relação histórica entre esta e Khur, a cidade subterrânea dos anões (também muito interessante e muito bem descrita), foi muito bem trabalhada.

O final bem narrado fecha a trama do primeiro livro de maneira satisfatória, ao mesmo tempo em que deixa um cliffhanger para o próximo volume. A Liga dos Artesãos foi, no geral, um livro divertido e com uma proposta criativa e interessante, com uma trama bem trabalhada e revisão bem feita — os erros que notei foram pouquíssimos. Certamente lerei os próximos volumes.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/04/resenha39.html
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Fran 29/04/2015

Elfos em Curitiba...
Quando falamos em Elfos, Anões e Orcs as primeiras referências que vêm em nossas mentes são Tolkien e a Europa. Mesmo quem não é fã de leitura, automaticamente é jogado ao universo de O Senhor dos Anéis quando essas raças do mundo da fantasia são citadas. Agora, imagine todos esses seres em um contexto diferente, ou melhor, imagine os Elfos, Anões, Orcs e outras criaturas desse mundo vivendo suas aventuras em Curitiba, no Brasil... É o que Lauro Kociuba nos apresenta em A Liga dos Artesãos, o primeiro livro de sua série Alvores.

Nesse primeiro volume conhecemos Tales, um encantado que vem para Curitiba ser treinado por um Elfo e, de repente, se vê em uma aventura fantástica. No livro aparecem muitos personagens, alguns cativantes mesmo sem ter muito destaque na trama, como o bardo Marcel.

O autor é muito criativo, e, ao longo da história, apresenta alguns personagens em contextos fora da narrativa principal, nos interlúdios, recurso que tornou a leitura mais dinâmica.

As descrições estão na medida certa, se considerarmos que esse é somente o primeiro volume de uma série, e, ao meu ver, isso foi um ponto positivo, pois não torna a leitura cansativa.

Em alguns trechos o autor faz a devida homenagem ao grande mestre Tolkien, deixando claro que o livro não tem a pretensão de ser uma cópia, mas que reconhece a influência de outras leituras.

A obra tem uma produção excelente, fica claro que tudo foi escolhido com muito cuidado e feito com muito carinho. Há ilustrações incríveis e mesmo a revisão, alvo de críticas de muitos leitores, chega quase à perfeição. É um trabalho que apresenta muita qualidade.
A série tem tudo para crescer muito, a cada livro. Só senti falta de mais referências nacionais, mas, no geral, é uma obra que tem tudo para agradar aos fãs do gênero.
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Vagner46 03/06/2015

Desbravando A Liga dos Artesãos
Mais um livro de fantasia nacional chegou em minhas mãos nesse ano de 2015, e dessa vez por meio do Lauro Kociuba, autor de A Liga dos Artesãos, primeiro volume da série Alvores.

Ambientado em uma Curitiba atual povoada por anões, elfos, orcs, wargs e outras criaturas fantásticas, todas denominadas "alvores", A Liga dos Artesãos é uma obra de fantasia urbana que nos traz Tales, um encantado (meio humano, meio elfo) de 15 anos, como protagonista. Sob os cuidados de Aer'delo, um elfo, Tales aprende História dos Alvores, técnicas práticas de campo e treina arco avançado, tudo para que se torne importante mais adiante, quando a peleia começar.

Até aqui, alguma lembrança de O Senhor dos Anéis veio à sua mente? Não é à toa, pois todo o livro é recheado de referências a obras clássicas e não-clássicas da literatura fantástica mundo afora.

Falando um pouco mais sobre a ambientação, simplesmente não tenho o que reclamar. Me senti como se estivesse de volta ao Paraná, onde morei por 12 meses, láááááá no ano de 2006, e foi muito bem "rever" alguns locais que acabei visitando quando passei por Curitiba. A Catedral Nossa Senhora da Luz, Passeio Público, entre outros, tudo foi muito bem desenvolvido e aproveitando pelo autor, e tenho certeza que os leitores também apreciarão o resultado. Não é toda hora que anões, orcs, elfos e afins invadem uma cidade brasileira perto de você!!! haha

"- Sempre tem, isso é um fato. Abra a mente. Estou abrindo as portas de um mundo novo para você, e é bom começar a rever seus conceitos. Suas certezas são questionáveis, o inesperado sempre é certo e a dúvida não é uma opção."

Toda a trama começa a se desenrolar rapidamente quando Tales, encarregado de acompanhar uma transação muito suspeita na Praça do Cavalo envolvendo alguns mestiços (metade humanos, metade orcs), acaba envolvendo-se em uma série de acontecimentos que o levarão a Khur, a cidade subterrânea dos anões que está localizada exatamente abaixo de Curitiba. Lá, acaba descobrindo um pouco sobre como os anões foram parar ali. Conhecemos também alguns personagens que serão importantes no decorrer da narrativa, como o rei Bur-Daem, líder da Liga dos Artesãos, uma sociedade criada para combater o avanço iminente dos mestiços. Também somos apresentados a Bur-Tuir, seu filho, e outros mais de sua espécie, dando destaque para Bro-Thum, um anão batedor e viciadão em motocicletas, e Bro-Khuir, seu irmão guerreiro.

Aliás, os anões foram a espécie mais citada e explorada em A Liga dos Artesãos, onde algumas de suas classes são apresentadas e a sua relação com as invenções de máquinas de guerra a vapor, por exemplo, é explicada. Destaque para os Mecanos, obviamente. Outro tipo de máquina de batalha também é bastante mencionado nesse livro, mas essa eu vou deixar para os leitores descobrirem qual é, deixando avisado que será essencial para entendermos mais sobre o objetivo da obra.

Apesar da leitura leve e fluida, talvez a narrativa falhe um pouco ao trazer muitas vezes o famoso tell, em vez do show, com alguns trechos sendo narrados em itálico e quebrando sutilmente o virar das páginas. Nada que atrapalhe, claro, mas é um ponto a ser melhorado, talvez colocando-se em meio aos diálogos dos personagens, etc. O contraponto disso é que esses trechos com fatos que aconteceram no passado eram muito interessantes e traziam informações bem relevantes para a trama e o entendimento do leitor a respeito dos detalhes do mundo. Destaque para as partes que falam sobre a Grande Guerra, onde os mestiços estavam muito próximos de vencer e acabaram sendo confrontados por uma invenção avassaladora, mudando o rumo de toda a guerra.

Os capítulos são sempre narrados em 3ª pessoa, mas nem todos eles são do ponto de vista do Tales. Alguns focam nos anões, outros nos elfos, e assim por diante, principalmente os interlúdios, que dão um aprofundamento maior a alguns dos personagens secundários da obra.

Atento também para os aspectos bélicos e tecnológicos presentes na narrativa, com as máquinas a vapor lembrando bastante um ambiente steampunk e a preocupação do Lauro em não inserir a tecnologia atual no meio, já que os alvores não são capazes de usá-la devido a um choque de características (magnéticas, talvez), algumas ligadas ao plano etéreo, que explicarei mais sobre em uma próxima resenha, quando tiver maiores informações.

Também acho que, por o livro ter pouquíssimas páginas, apenas 270, algumas cenas foram narradas muito rapidamente e poderiam tranquilamente ter mais parágrafos entre elas, detalhando-se mais os acontecimentos e suas consequências, deixando a obra mais "profunda". Um ponto a melhorar.

Como vocês devem ter visto, a capa já chama bastante atenção. Sem palavras, apenas com um símbolo desenhado no meio, a edição de A Liga dos Artesãos ficou muito bonita, já que está bem recheada de imagens internas e também passou por uma revisão legal, com pouquíssimos erros.

A Liga dos Artesãos é a história da sobrevivência da raça alvores ameaçada pelo avanço dos seus inimigos. Segredos antigos devem ser revelados para que o pior não aconteça, ao mesmo tempo em que as traições podem aparecer de todos os lados. Há muita lenha para queimar nos próximos livros, desde o confronto geral entre orcs x anões x elfos, até o desenvolvimento do próprio Tales. Certamente lerei a sequência. E queremos mais páginas, Lauro, mais páginas!

Sequência essa que se intitulará A Campanha de Sangue. Um baita título, diga-se de passagem.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/06/resenha-liga-dos-artesaos-lauro-kociuba.html
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Paola 07/07/2015

Anões, orcs e elfos em Curitiba - e não, não é mais do mesmo!
A Liga dos Artesãos foi surpreendente em vários sentidos. Foi gostoso ler algo fora do clichê da jornada do herói: o protagonista não é o centro de todas as batalhas e descobertas, e sim uma figura importante em meio a muitos outros personagens cativantes. A história é linear e fluida, a escrita fácil de ler e descritiva sem ser excessiva.
Curti muito o fato de ter sido ambientado em Curitiba; não conheço a cidade mas foi legal ver uma boa fantasia em terreno nacional. Amei a caracterização dos anões, a cidade subterrânea e o fato de usarem tecnologias nas batalhas - algo bem diferente de tudo que se encontra por aí.

Confesso que achei a obra seria mais uma cópia do mundo de Tolkien, mas não poderia estar mais enganada: há muita originalidade em A Liga dos Artesãos.
Recomendo para todos os fãs de fantasia, principalmente aqueles que curtem uma construção bem feita do "mundo fantástico" e histórias dinâmicas!
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Gabriele Tenshi 21/08/2015

De Curitiba, Simbolismos e Porradaria xD
Original no blog "Entre Dimensões"

"- Um antigo costume anão - respondeu Bro-Thum, enquanto mostrava seu próprio pulso direito com os elos marcados. - Representa o nosso equivalente a um casamento. Quando duas pessoas entendem que se amam e precisam ficar juntas, o rei preside a cerimônia e abençoa a união com o aço e o fogo. Para nós, são os elementos que representam a estabilidade, confiança, vida e paixão. Com as mãos entrelaçadas, uma corrente de aço aquecida em brasa é fechada nos pulsos do casal, que mergulha as mãos em óleo frio. Assim temperam o aço, tornando-o mais forte. Nossa pele é muito resistente, em algumas horas a marca se cicatriza e podemos continuar com pelo menos três dias de celebração." [pág. 80]

Esse é o quote simplesmente porque achei o simbolismo e tals lindo S2. Parabéns por isso, Lauro, merece um coração inteiro só pela criatividade u_u

Ok, focando na resenha e lá vamos nós! *joga vassoura pra Syba e insinua pra fazer que nem a bruxa do pica-pau. Syba quebra vassoura na cabeça de Gabi*

Vamos começar falando sobre a história e o mundo de Alvores!

Só o prólogo já deixa quem gosta de fantasia pilhado, ao falar sobre uma reunião de elfos e dar uma ideia de como é o universo criado pelo Lauro onde Elfos, Anões, Orcs e outros existem ao mesmo tempo que humanos numa Terra como a nossa, dando já uma pincelada na guerra Elfos e Anões vs Orcs (basicamente) que houve em paralelo à Segunda Guerra Mundial humana. Ao longo da história, as origens de Curitiba (um dos cenários da história, muito bem apresentado, aliás. Me senti em Curitiba só de ler :3 ) são misturadas com algo mais fantástico, além de a tal guerra ser maior detalhada (porque é claro que ela tem mais importância. É claro).

Nesse primeiro livro, existe um foco maior, por assim se dizer, nos Anões e em sua cidade/reino abaixo de Curitiba, Khur. Achei incrível como o Lauro construiu a tecnologia quaaaaase que steampunk dos Anões. Ficou algo bem único, na minha opinião. Além disso, Anões badass que andam de moto e atiram com armas de fogo além de brigarem com machados e que usam Mecanos *leiam pra descobrir xD *! IHA! *surta. Syba trás de volta à realidade com um pedala*

Mas, claro, não temos apenas Anões. Temos também as outras raças Alvores (raças mágicas. Taí o motivo do nome u_u ), como Elfos, com destaque para o mestre do personagem principal, Aer'delo, e os chamados Encantados, mestiços de Elfos e Humanos. No último caso, o destaque é do personagem principal, Tales, que apesar de ser o protagonista, não é aquele protagonista em torno do qual tudo gira.

Os demais personagens também possuem forte presença em relação ao desenrolar da história - de fato, Tales é quase que apenas o azarado que estava no lugar errado na hora errada no início da história: ele só tinha de vigiar e descobrir o que raios os mestiços de humanos e Orcs tinham planejado de fazer naquele local. Mas o azar bateu à porta e à cabeça dele, literalmente, na forma de um tiro de raspão. Os irmãos Bro-Thum e Bro-Muir, Anões, meio que salvaram o couro do moleque acabando com wargs e capturando o mestiço que fez parte das negociações. Bro-Thum busca Tales depois e o leva para Khur, por causa de Aer'delo. E à partir disso a história se desenrola: o objeto negociado pelo mestiço e o que isso significa, entre outras tretas. Claro que não vou contar o que é. E estragar a surpresa de vocês? E estragar todo o prazer de vocês de conhecerem Bro-Thum, Bur-Daem, Dwa-Ella, entre outros? Eu que não. Só sei que é tudo bem amarrado, deixando a dose certa de ganchos para continuações e futuras expansões sobre o universo e personagens inseridos.

Passando para outro ponto: a narrativa.

É uma narrativa fluída, que descreve na medida certa para que imaginemos os personagens e cenários e que facilmente nos dá a ideia das emoções dos personagens, nos transportando de fato para a história.

"Quando a porta se abriu por completo, nem mesmo a leitura de dezenas de obras fantásticas se mostrou suficiente para preparar Tales para a visão do Salão de Pedraluz, o coração do poder dos anões do Ocidente." [pág. 56]

Como exemplificado pelo quote acima, o autor consegue passar a sensação de quão magnífico é o Salão de Pedraluz e a emoção que Tales sente ao ver sem realmente nomear sentimentos e emoções.

Numa palavra, é uma narrativa... Viva, por assim se dizer.

Em relação à revisão, foram encontrei dois erros considerados sérios e avisei ao autor no momento que achei. Se existem outros erros gramaticais, passei batido. Num todo, o revisor está de parabéns.

Diagramação maravilinda. As ilustrações nas aberturas e encerramentos dos capítulos, então... Ilustrador de parabéns! Uma mais linda que a outra, não consigo escolher uma preferida! Além disso, contribuem e muito para se mergulhar na história!

E a capa é outra coisa linda! Me faz pensar nos livros de capa dura e couro, aqueles antigos, com título e autor na lateral apenas que meus pais colecionaram ao longo dos ano.

site: http://entredimensoesbooks.blogspot.com/2015/07/resenha-tales-i-liga-dos-artesaos.html
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Rodrigo Jabur 24/08/2015

Livro épico, história fantástica!
Quem já jogou AD&D vai ser pegar lembrando de alguma história onde o Mestre utilizou os dias atuais em sua narrativa e deixar aquele gosto nostálgico das aventuras de um RPG de mesa com uns adicionais "tech". :)

Achei a escrita o Lauro muito organizada e muito bem feita, o livro ficou impecável.

É leitura obrigatória a todo jogador de AD&D, agora pretendo conhecer Curitiba (onde se passa a história). :)
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Aninha de Tróia 04/09/2015

A liga dos artesãos foi um livro bom, massss não me prendeu. A escrita do autor é ok, as referências à cidade foram muito interessantes, e os anões, em geral, me agradaram bastante. Das três histórias com anões que li, apenas A liga mostrou aquilo que eu sempre tive curiosidade de ler: as anãs!!! O problema é que a personagem apareceu tão pouco que me deixou mais frustrada que empolgada. Daí chegamos ao que eu não gostei: os personagens. Talvez seja por causa do tamanho do livro, mas não consegui me apegar a nenhum personagem, mesmo com os anões sendo bem estilosos e tal; o protagonista é só sem graça mesmo.

No fim, é um bom livro que me deixou ainda mais doida para conhecer Curitiba e livros sobre steampunk (!).

Observação: o e-book precisa MUITO de um índice.
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Phelipe.Pompilio 29/10/2015

Resenha feita para o blog Bravura Literária.
Fantasia urbana ambientada em Curitiba, capital do estado do Paraná. Um dos motivos de eu ter adquirido esse livro foi a curiosidade por conta da capa de aparência misteriosa. O projeto de publicação do livro foi feito pela ferramenta de financiamento coletivo denominada Catarse, que é um meio muito interessante para aqueles, que assim como o Lauro, se aventuram nesse ramo da escrita e desejam ter seus exemplares publicados. Além do Catarse, Lauro também contou com o apoio da Prefeitura de Curitiba.

Bem-vindos a Khur!

Tales, um garoto de 11 anos e filho de elfos, é entregue aos cuidados de Aer'delo, um elfo experiente que aceita o garoto como aprendiz.

Quatro anos se passam desde que Tales foi deixado sob os cuidados de Aer'delo e o garoto está cumprindo uma missão que foi dada pelo seu tutor: vigiar os mestiços (seres que são metade orcs e metade humanos), membros da Mão Negra que estão tramando alguma coisa na Praça do Cavalo.

Bro-Thum e Bro-Muir, dois irmãos anões, também estão encarregados de observar e interceptar os mestiços caso haja alguma coisa suspeita. Além disso, a pedido de Aer'delo, também é parte da missão deles vigiar Tales para que nada de ruim possa acontecer.

Após uma série de acontecimentos, Tales é levado até a cidade de Khur, o reino dos anões que fica no subsolo da cidade de Curitiba. Dentro do reino dos anões, Tales conhece muitos personagens que terão um papel importante na história, como Ael'evendi, um elfo que até então tinha seu paradeiro desconhecido; Bur-Daem, rei de Khur e líder da Liga dos Artesãos, uma sociedade formada para combater a Mão Negra; Bur-Tuir, o príncipe dos anões; a rainha Dwa-Ella; Marcel, o bardo que também é o único humano em Khur e muitos outros.

"— Esperava menos luz e mais sujeira, não é guri? — Bro-Thum percebeu a surpresa no rosto do garoto. — Bah... Somos anões, não toupeiras ou orcs."

Uma reunião da Liga tem início e Tales é convidado para participar. Nessa reunião eles descobrem o propósito de os mestiços estarem agindo estranhos ultimamente, dando início assim ao verdadeiro assunto da trama.

Por se tratar de um livro nacional, várias pessoas ficam com um pé atrás. Confesso que também já fui assim, mas nossos autores são, assim como Rothfuss, Martin, Gaiman, Tolkien e outros, dignos de serem lidos.

Usando de criaturas tradicionais do gênero, Lauro conseguiu misturar fantasia com realidade, uma coisa que ficou muito, mas muito bacana mesmo, pois os seres fantásticos tem uma certa participação em acontecimentos históricos ao redor do Brasil e do mundo. Destaque para a explicação do nome Curitiba, que é derivado das palavras "Khur-i-Tibah", que significa, na língua dos anões, Khur de cima.

Os personagens inseridos na trama foram construídos com maestria. Apesar de eu ter gostado muito do Bro-Thum, não tem como escolher um favorito. Todos tem uma personalidade distinta, o que os torna muito cativantes.

Ainda falando sobre os personagens, acho legal destacar o modo como os nomes dos anões foram criados. O início do nome de cada anão nos dá uma ideia de qual clã ele faz parte.

Vale ressaltar que, embora o autor esteja usando criaturas clássicas, ele não abriu mão de mostrar um pouco de tecnologia. Os anões são excelentes mecânicos e constroem seu próprio arsenal utilizando de uma tecnologia que nos lembra um ambiente Steampunk.

A questão da tecnologia também é muito interessante, pois os alvores não conseguem usar o mesmo tipo de tecnologia que os humanos.

Referência. Lauro usou muito bem diversas referências dos autores que o inspiraram, mas sempre ditando seu próprio ritmo. Podemos notar em algumas partes do livro frases famosas que foram usadas por Tolkien e outros autores em suas obras.

Por falar em ritmo, a narrativa é feita em terceira pessoa, mas nunca focando em um único ponto de vista. O autor divide em interlúdios os acontecimentos do passado dos personagens, destacando todo o capítulo em itálico. "Ah, mas isso deve deixar a leitura chata". Não. Não deixa a leitura chata, pois é através desses fatores que conseguimos adentrar mais ainda no universo Alvores.

Tratando-se de uma publicação independente, o autor e sua equipe estão de parabéns. A revisão ortográfica e gramatical ficou quase impecável, contendo somente alguns errinhos básicos. A capa é maravilhosa, foi feita de um modo que nos lembra couro, somente com o símbolo em alto-relevo e sem título. Internamente, a diagramação é boa, semelhante a que encontramos nos livros da série Percy Jackson. O livro possui desenhos no fim e no início de cada capítulo, o que deixou a parte física ainda mais bela.

Os demais livros ainda estão por vir. O autor escreveu mais alguns contos após a publicação de A Liga dos Artesãos. Esses contos são facilmente encontrados em formato digital na Amazon.

site: www.bravuraliterariablog.blogspot.com.br
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Alexia Bittencourt 16/12/2015

Anões motoqueiros muito badass
A Liga dos Artesãos é uma história que se passa em Curitiba e no seu subsolo, mas uma Curitiba cheia de elfos, anões, trolls, encantados (filhos de elfos e humanos) e mestiços (filhos de orcs e humanos).
Tales é um encantado de 15 anos, que foi deixado na tutela de Aer'delo, como é costume dos elfos, e depois de 4 anos de treino recebe sua primeira missão, vigiar uma atividade suspeita dos mestiços no Largo da Ordem, mas a missão não ocorre como o esperado, quem estava no local não era um simples mestiço, mas Shkrenee, um dos dedos da mão negra, organização suprema dos mestiços.

A Liga dos Artesãos foi o primeiro livro fantástico nacional que eu li e o livro que fez eu me apaixonar pelos nacionais (fantásticos). Pra começar, ele se passa em Curitiba, a cidade que eu moro, o Lauro foi extremamente cuidadoso na pesquisa e nas descrições, são informações que batem com a história da cidade e detalhes, como a construção em ilhota com um pedestal no topo e a rachadura no piso do passeio público, que fazem você parar por um segundo e pensar "Será?"

E se você pensa que o livro é só mais do mesmo, apenas mais uma história de elfos, anões, orcs e trolls que parece ter sido feita na mesma forma padrão, está muito enganado, ou será que você já viu um anão de Harley?! O autor criou uma cultura própria para os anões (que são os mais abordados no livro), cheia de características novas e originais. Merece destaque a incompatibilidade dos Alvores com a eletrônicos e o "casamento" anão.

"Um antigo costume anão - respondeu Bro-Thum, enquanto mostrava seu braço direito com os elos marcados. - Representa o nosso equivalente a um casamento. Quando duas pessoas entendem que se amam e precisam ficar juntas, o rei preside a cerimônia e abençoa a união com aço e fogo. Para nós são os elementos que representam a estabilidade, confiança, vida e paixão. Com as mãos entrelaçadas, uma corrente de aço aquecida em brasa é fechada no pulso do casal, que mergulha as mãos em óleo frio. Assim temperam o aço, tornando-o mais forte. Nossa pele é muito mais resistente, em algumas horas a marca cicatriza e podemos continuar com pelo menos três dias de celebração."

Além disso o Lauro escreve super bem, a narrativa é leve e fluída. O livro também é cheio de referências e citações de outros livros, que arrancam sorrisos do leitor toda vez que ele se depara com uma.

Quanto aos pontos ruins do livro, eu só tenho duas coisas pra reclamar:
1. O livro é muito curto, são apenas 255 páginas, isso é muito pouco pra construir uma cultura, quando eu leio quero me sentir vivendo tudo aquilo, quero saborear cada palavra, em várias ocasiões antes de você começar a sentir a cena ela já acabou. O mesmo se aplica aos personagens, a maioria não teve tempo de ser abordada mais profundamente, dificultando a criação de um vínculo com o leitor.
2. Nomes muito parecidos dos anões. Na verdade isso também faz parte da cultura anã, o nome dos personagens é composto primeiro pelo nome do clã e depois pelo nome próprio (Bro-Thum, Bro-Muir), embora seja uma particularidade interessante, não posso negar que isso causou uma certa confusão, por várias vezes tive que voltar algumas páginas para descobrir quem era quem.
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Vilson 25/01/2016

Autor com tarimba, só queria mais ginga
Machado de Assis observou certa vez que “o escritor pode ser homem do seu tempo e do seu país ainda que trate de assuntos remotos no tempo e no espaço”. Quando penso nisso e leio o livro de Lauro Kociuba, A Liga dos Artesãos: Tales I, sinto meu cérebro ser substituído pela tela azul de erro do Windows.

Digo isso, porque o autor conseguiu aqui entrelaçar - em uma trama bem fechadinha, diga-se de passagem - o cénario local do presente e o passado da literatura fantástica.

"Liga" se passa no Brasil, em Curitiba especificamente, o que é algo no mínimo interessante para um leitor paranaense como eu. Na Curitiba de Kociuba, no entanto, há espaço para anões, elfos e orcs. Suas descrições me lembram as de Eragon, de Christopher Paolini, o que quer dizer que suas criaturas mágicas são versões 2.0 das que Tolkien apresentou em O Hobbit e Senhor dos Anéis: anões ainda são artífices extraordinários e elfos continuam sendo os chatolinos brilhosos e almofadinhas que eu nunca apreciei muito - só que mais.

Deve-se ressaltar, contudo, que Kociuba consegue fazer algo muito mais interessante que aquilo que Paolini fez, simplesmente porque, embora ele nos dê os mesmos tropos, não o faz nos mesmos cenários - ele os arrasta para a selva de pedra contemporânea.

Assim, anões usam revólveres, os quais são municiados com balas feitas artesanalmente, mas com matérias-primas pós-industriais. O arco élfico aqui apresentado, não é feito de madeira dourada de uma árvore sagrada e fios de cabelo de uma rainha; em vez disso, tem a estrutura de um arco composto, do tipo que poderia ser usado numa competição olímpica atual.

Nestes momentos, a narrativa de Kociuba me lembra um autor pelo qual tenho muito mais carinho e admiração que Paolini: Eoin Colfer, autor dos livros protagonizados por Artemis Fowl - na humilde opinião deste resenhista, alguns dos melhores livros de fantasia juvenil que já li, par a par com a série Harry Potter e decididamente superior a qualquer outro de seus contemporâneos.

O que Kociuba e Colfer têm em comum? Ambos lidam bem com este que poderia ser um abismo irreconciliável: Fadas X Mundo Moderno. Afinal, há necessidade para magia em um mundo pós-industrial? Há espaço?

Certamente, mas apenas quando são combinados de forma inteligente, e é este o caso. Confesso que Tales I não é exatamente meu copo de chá em certo sentido: ainda que eu ame Tolkien, tenho inúmeras ressalvas com autores "tolkenianos". Creio que há um limite para o número de vezes que se pode escrever livros com elfos angelicais e anões que parecem vikings estereotipados (ainda que com metade da altura) sem que isso comece a se tornar maçante.

Voltando a Colfer e Rowling, admiro, por exemplo, que seus elfos, fadas e demais criaturas se apartem completamente dos tropos tolkenianos. Neste ponto, gostaria de mais variedade e sabor em Tales. É um arroz com feijão feito com muito talento, dedicação e, acima de tudo, uma fineza técnica que eu gostaria de possuir; mas ainda sinto falta de uma saladinha e um bife para acompanhar.

Não me entendam mal, o livro atende cada um dos objetivos aos quais se propõe. Eu que queria pimenta e mostarda no meu arroz, então não sou exatamente o que o Umberto Eco compreenderia como um leitor ideal.

Aliás, voltando à questão da fineza técnica, Kociuba é irrepreensível. Estou para ver um autor nacional com frases tão bem construídas e parágrafos tão bem tramados, mesmo quando escreve sobre temas e personagens externos ao seu universo. É um autor que faz o dever de casa: pesquisa, consulta pessoas que possam dar algum auxílio, monta os ossinhos e costura neles os músculos, a pele e os cabelos, um a um. Com um pouco mais de variedade temática, algo que flui para dentro da obra com o passar do tempo, sei que Lauro Kociuba ainda dará o que falar.
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