A Liga dos Artesãos: Tales I

A Liga dos Artesãos: Tales I Neil Gaiman
Lauro Kociuba




Resenhas - A Liga dos Artesãos


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Laís Helena 20/04/2015

Resenha do blog "Sonhos, Imaginação & Fantasia"
A Liga dos Artesãos nos apresenta uma história onde elfos, anões, orcs e outras criaturas fantásticas, os chamados alvores, habitam nosso mundo, vivendo em segredo em meio aos humanos e lutando para se preservarem. Acompanhamos o protagonista, Tales (um encantado, meio humano e meio elfo), enquanto ele cumpre uma tarefa passada por seu mestre, Aer’delo (um elfo): observar uma misteriosa troca feita entre dois orcs. Porém, a tarefa não sai conforme o planejado e Tales então é levado a Khur, a cidade dos anões localizada abaixo de Curitiba.

A trama se desenrola a partir dessa misteriosa troca de maneira bastante concisa, mas nem por isso menos interessante. Aos poucos o autor desvenda o mistério principal, enquanto acompanhamos o protagonista e descobrimos mais sobre o mundo dos alvores e sua história.

A narrativa é um ponto positivo do livro: em vez de apenas contar, como é comum vermos em outros livros de novos escritores, o autor nos mostra toda a ação, fazendo com que nos sintamos dentro da história. Porém, há alguns momentos, principalmente naqueles em que explicações sobre o universo dos alvores são reveladas, em que há uma quebra da imersão. Essas explicações são mostradas em itálico, interrompendo a narrativa, em vez de serem apresentadas em diálogos entre os personagens, o que teria tornado a leitura mais fluida e os tais trechos mais instigantes.

Outro ponto negativo é que o livro é curto demais para explorar todos os personagens que nos são apresentados, de forma que o leitor não tem muito tempo para se apegar (ou não) a eles. Além disso, algumas das relações entre eles foram tratadas de uma maneira um tanto superficial, tornando uma das surpresas do livro não tão convincente ou surpreendente.

Conhecemos parte da história dos alvores e de alguns dos personagens por meio de alguns interlúdios, intercalados aos capítulos narrados no presente, e foi um recurso interessante para nos apresentar aos diferentes tipos de magia e à tecnologia dos anões, que é muito interessante. Porém, mais uma vez, não houve páginas suficientes para explorar de maneira satisfatória todos os pontos da história e cultura dos alvores, ainda que eu espere que isso seja feito nos próximos volumes.

Gostei, porém, da ambientação em Curitiba: mesmo os leitores que nunca visitaram a cidade não se sentem perdidos, e a relação histórica entre esta e Khur, a cidade subterrânea dos anões (também muito interessante e muito bem descrita), foi muito bem trabalhada.

O final bem narrado fecha a trama do primeiro livro de maneira satisfatória, ao mesmo tempo em que deixa um cliffhanger para o próximo volume. A Liga dos Artesãos foi, no geral, um livro divertido e com uma proposta criativa e interessante, com uma trama bem trabalhada e revisão bem feita — os erros que notei foram pouquíssimos. Certamente lerei os próximos volumes.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/04/resenha39.html
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Camila 11/02/2016

Fantástico!
[Resenha completa no blog The Nerd Bubble]

O livro começa com um rápido prólogo que explica em linhas gerais o que são os Alvores (seres “místicos” como elfos, anões e orcs) e Encantados (descendentes de elfos com humanos), além de mostrar um pouco sobre terreno sobre o qual o livro se desenvolve: os Alvores estão enfraquecidos, principalmente em números e depois da Grande Guerra, a qual aconteceu em paralelo com as duas Grande Guerras Mundiais humanas e decidiu o rumo de todos. Neste mesmo prólogo, os elfos tomaram a decisão de sair em busca de outros elfos e encantados pelo mundo; Aer’delo, um dos três elfos presentes no encontro, foi designado para as Américas e foi escolhido pelos pais de Tales (nosso protagonista) para dar-lhe treinamento Alvor.

É assim que, quatro anos depois, Tales se encontra em vigília no alto de uma igreja em Curitiba, seguindo as ordens de seu tutor. Apesar das ordens de apenas observar, ele acaba sendo forçado a usar seu arco para atacar o mestiço (descendente de orcs e humanos) que o percebeu ali, vigiando. Apesar de acertar seu alvo, Tales também é atacado e é aí que entram em cena os irmãos anões, Bro-Muir e Bro-Thum, que conseguem capturar Shkrenee, general da principal organização dos orcs e mestiços – a Mão Negra –, e levam tanto o mestiço quando Tales para Khur, a cidade dos anões no subterrâneo de Curitiba. Daí por diante, Tales se vê metido numa elaborada trama cheia de história (tanto Alvor quando humana) e traições, e a busca por um artefato decisivo para a luta entre orcs e mestiços versus elfos, encantados e anões.

Tales e Aer’delo são personagens interessantes e obviamente importantes, mas são os anões que tomam a cena (não digo que “roubam” porque acho que a intenção é que eles sejam legais mesmo). Os irmãos Bro e a família real são personagens maravilhosos, fortes e profundos o suficiente para criar uma certa conexão com eles. Bro-Thuim, o anão que acabamos conhecendo melhor, é o meu favorito tanto por sua personalidade quanto por sua família linda (sim, me apaixonei pela filhinha dele). Outro personagem que me chamou atenção foi o bardo humano Marcel, pupilo da elfa Aye’lena, que tem uma participação curta, mas bem marcante e um interlúdio só pra ele.

Por falar em interlúdio, esse é um recurso que Lauro usa com frequência para explicar fatos anteriores à história, mas com relevância para ela. Vi algumas resenhas criticando os flashbacks, mas eu, particularmente, gosto desse artifício. Neles, conhecemos melhor o relacionamento entre os irmãos Bro, mais detalhes sobre a Guerra, o passado de Marcel antes de conhecer sua bela mentora. Além disso, a escrita é sempre em terceira pessoa, tanto nos interlúdios quanto no restante do livro, e a escrita é agradável. As descrições são sempre ricas, especialmente para mostrar-nos as belezas de Khur, e as explicações não são forçadas, mas estão sempre ali para nos guiar pelo mundo, história e mitologia do mundo criado por Lauro.

O melhor de A Liga dos Artesãos é, no entanto, o realismo. O cuidado do autor em fazer tudo parecer real é incrível. A história da cidade de Khur sob a atual Curitiba é sensacional – tendo até uma explicação própria para o nome da capital paranaense –, assim como a ideia da Grande Guerra dos Alvores ocorrendo paralelamente às Grandes Guerras humanas. Os anões dirigindo Harley Davidson e usando casacos de couro pode parecer simples, mas dá ao livro um ar moderno e crível, assim como toda a tecnologia a vapor em oposição à humana (que não se dá muito bem com os Alvores). E, claro, o fato de usar locais da própria Curitiba nas cenas do livro, como o Passeio Público e a Praça Tiradentes, também dá um toque extra de realismo.

Outro detalhe é que o livro está cheio de referências à Literatura Fantástica, já que Tales (e Lauro) é fã do gênero. Já descobri que não achei todas, logo vou ter que ler de novo pra destacar as referências – com um post-it, porque eu não sou doida de riscar no livro (nada contra quem o faz, desde que não seja nos meus...).
Isso me lembra de falar sobre o visual do livro, que é incrível! A capa, para começar, é simples mas linda, imitando couro (com desgastes e tudo) e o símbolo da família real – os Bur – em relevo dourado. Dentro, o livro também conta com um punhado de ilustrações de Ericke Miranda, o que eu acho fenomenal.

Enfim, minha sugestão é óbvia: leia A Liga dos Artesãos e tudo mais que Lauro escrever. Qualquer fã de fantasia vai se apaixonar pela história tanto quanto eu me apaixonei.

site: http://mynerdbubble.blogspot.com.br/2015/08/review-liga-dos-artesaos.html
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Guile 28/02/2016

Sensasional
Não tive como não me apaixonar pela história e pelo livro. Muito bem ambientado em Curitiba e muito bem fundamentado em fatos e histórias da região, fez com que eu ficasse cada vez mais interessado pelos Alvores e ansioso pelas próximas edições (yn). Humildemente agradeço ao Lauro por proporcionar esse mundo de fantasia tão próximo de nós o/
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Way to Happines 05/01/2015

[Resenha] A Liga dos Artesãos (Alvores 1) - Lauro Kociuba (por Lígia Colares)
Eu conheci Alvores pelo facebook, em uma divulgação para arrecadar dinheiro pelo Catarse. Achei a ideia interessante, fiquei curiosa também pelo método do Catarse, e achei que seria uma boa forma de conhecer as duas propostas. Por conta disso, consegui a regalia de obter o .pdf para resenha aqui no blog! =D

Tales é um encantado (filho de um elfo com um humano), e desde pequeno já entende a dificuldade de seu povo em viver entre humanos, por isso quando seus pais pedem para ele morar em Curitiba com um conhecido que pode treiná-lo, ele aceita sem reclamar. E assim conhecemos um Tales mais velho, bem treinado, em uma missão de vigília. Missão essa que se demonstrou mais importante do que imaginada de início! Por causa dela que Tales descobre sobre a cidade dos anões, e muito mais informações sobre a grande guerra contra os ogros...

É um prazer ter contato novamente com elfos, orcs, etc, e Lauro conseguiu aproveitar muito bem a cultura dessas criaturas e incluí-los no nosso dia a dia, adaptando-os para um mundo mais moderno. Ele utiliza nossa história para explicar como eles chegaram no Brasil, e da própria história e símbolos de Curitiba para introduzir as cidades e os esconderijos. E quando você menos espera, até nossas grandes guerras tiveram envolvimento direto deles! Fica tudo tão bem construído que ocorre aquela dúvida: 'será?'! Haha! O projeto é bem complexo e completo, mas ele escreve com habilidade para não confundir o leitor.

Não quero falar muito para não dar spoiler. Como o livro já começa em ação, todas as informações são dadas aos poucos, e qualquer detalhe que eu conte pode diminuir o encanto da leitura... Mas com certeza ela é indicada para quem gosta dessas criaturas fantásticas, para quem gosta de uma história interessante bem situada em cidade brasileira, e também para os moradores de Curitiba, só para que depois me digam se já viram alguns anões motoqueiros pelas praças! Hahaha!

Esse é o primeiro livro da série Alvores, e só na blackfriday que ele está gratuito na amazon. O livro está em processo final de produção, com a promessa de Lauro de imagens incríveis, e muito capricho! Espero só que o sucesso seja tanto que o segundo livro seja lançado rapidamente! =D

site: http://www.way-2happiness.com.br/2014/11/resenha-liga-dos-artesaos-alvores-1.html
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Lígia Colares 30/01/2017

Resenha de A liga dos artesãos (vol 1)
Eu conheci Alvores pelo facebook, em uma divulgação para arrecadar dinheiro pelo Catarse. Achei a ideia interessante, fiquei curiosa também pelo método do Catarse, e achei que seria uma boa forma de conhecer as duas propostas. Por conta disso, consegui a regalia de obter o .pdf para resenha aqui no blog! =D

Tales é um encantado (filho de um elfo com um humano), e desde pequeno já entende a dificuldade de seu povo em viver entre humanos, por isso quando seus pais pedem para ele morar em Curitiba com um conhecido que pode treiná-lo, ele aceita sem reclamar. E assim conhecemos um Tales mais velho, bem treinado, em uma missão de vigília. Missão essa que se demonstrou mais importante do que imaginada de início! Por causa dela que Tales descobre sobre a cidade dos anões, e muito mais informações sobre a grande guerra contra os ogros…

É um prazer ter contato novamente com elfos, orcs, etc, e Lauro conseguiu aproveitar muito bem a cultura dessas criaturas e incluí-los no nosso dia a dia, adaptando-os para um mundo mais moderno. Ele utiliza nossa história para explicar como eles chegaram no Brasil, e da própria história e símbolos de Curitiba para introduzir as cidades e os esconderijos. E quando você menos espera, até nossas grandes guerras tiveram envolvimento direto deles! Fica tudo tão bem construído que ocorre aquela dúvida: ‘será?’! Haha! O projeto é bem complexo e completo, mas ele escreve com habilidade para não confundir o leitor.

Não quero falar muito para não dar spoiler. Como o livro já começa em ação, todas as informações são dadas aos poucos, e qualquer detalhe que eu conte pode diminuir o encanto da leitura… Mas com certeza ela é indicada para quem gosta dessas criaturas fantásticas, para quem gosta de uma história interessante bem situada em cidade brasileira, e também para os moradores de Curitiba, só para que depois me digam se já viram alguns anões motoqueiros pelas praças! Hahaha!

Esse é o primeiro livro da série Alvores, e só na blackfriday que ele está gratuito na amazon. O livro está em processo final de produção, com a promessa de Lauro de imagens incríveis, e muito capricho! Espero só que o sucesso seja tanto que o segundo livro seja lançado rapidamente! =D
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Paulo 11/06/2017

Antes de iniciar a resenha queria parabenizar a iniciativa e a garra do autor. Publicar de forma independente no Brasil não é tarefa para qualquer um. Se vocês gostarem da resenha, recomendo fortemente a compra do livro. Este volume eu acredito que o livro física talvez vocês não consigam (consultem o Lauro Kociuba no Facebook que eu tenho certeza que ele vai respondê-los), mas tanto este livro como Estações de Caça, o leitor pode encontrar na loja da Amazon para Kindle.

Tales é filho de um elfo e de uma humana, ou seja, um Encantado. O livro começa com Tales sendo entregue pelos pais aos cuidados de Aer'vedi, um dos anciãos do Conselho Élfico. Após muitos anos de treinamento, Tales se vê envolvido na eterna guerra com os orcs e seus aliados. Com a ajuda dos anões que vivem no subterrâneo de Curitiba, Tales precisa deter os planos para ressuscitar uma poderosa arma. Mas, parece que existem aliados que não concordam com o lugar dos alvores (os seres mágicos) no mundo.

A ambientação da série Alvores é muito boa. Lauro pega vários elementos dos livros de Tolkien e lhes dá personalidade própria. É quase como se ele quisesse quebrar paradigmas: os anões estão no subsolo porque é mais fácil para se esconder; os elfos acham o arco e flecha apenas uma arma mais eficiente. Ou seja, justificativas simples para algumas ideias pré-concebidas das velhas raças de Tolkien.

Só acho que o autor não precisava necessariamente usar elfos, anões e orcs. A maneira como ele se apropriou e deu personalidade própria a estas raças ficou muito interessante, mas ele poderia ter criado algo inteiramente novo, algo só dele. Entendi a intenção do autor de fazer uma desconstrução do conceito de elfos, anões e orcs, mas criar algo só seu daria um outro potencial para história. Seria um nível inteiramente novo de criação. Não posso nem dizer que isso é um ponto negativo, é muito mais uma ideia e uma reflexão.

Ao longo deste primeiro livro ficamos sabendo de toda a mitologia dos alvores e como eles se encaixam em nosso mundo. Foi criado um paralelo muito bom entre a história destes seres estranhos e a dos humanos. As histórias se intercalam de maneira harmônica criando um sentimento de naturalidade ao que está sendo dito. Só experimentei este sentimento de harmonia entre ficção e realidade em The Lives of Tao de Wesley Chu além de A Liga dos Artesãos. E, para mim, que trabalha com a disciplina História, é refrescante ver essa brincadeira com o real e o fictício. Porém, eu achei que o autor se deteve muito nos aspectos mitológicos da série. Mais da metade do livro é explicativo, apresentando tudo sobre o mundo, as raças e as interações entre elas. Alguns autores chamam esta prática de data dumping. O autor fornece as informações sobre o funcionamento do mundo e a própria "física" (magia, tecnologia, alienígenas) através de diálogos expositivos ou de um narrador que expõe estas informações progressivamente. Quando a ação de A Liga dos Artesãos começa a engrenar, a história termina. Este foi o meu sentimento ao ler a última página: "por que acabou??? Eu queria mais."

Os personagens são bem delineados, mas o espaço do livro acaba sendo pequeno para desenvolver todos por igual. Um aviso: cuidado porque neste livro Tales acaba não sendo o protagonista. O personagem funciona como uma espécie de guia pelo mundo dos alvores. Através de seus olhos conhecemos as histórias e as lendas do mundo. Acho até que Tales é um dos personagens menos desenvolvidos em A Liga dos Artesãos. A história gira em torno de Bro-Thum e Bro-Muir, os irmãos anões que ajudam Tales no início. Os personagens apresentam posicionamentos diferentes sobre a postura dos alvores em relações aos homens: um deles deseja se revelar ao mundo e mostrar que existe muito mais escondido nos subterrâneos e lugares místicos; já o outro deseja apenas a manutenção do equilíbrio, pois a revelação acarretaria muitos problemas.

Através da prosa do autor pude conhecer a cidade de Curitiba e alguns de seus pontos principais. Novamente é extremamente positivo o fato de a ambientação ser calcada em parte por elementos reais e o próprio autor conhecer a região onde se situa a história. Favorece um realismo único capaz de ancorar a imaginação do leitor em algum suporte verossímil. Faz até com que a história pareça realmente estar acontecendo neste instante.

A ação final parece ter sido meio corrida. Apesar de ter aquele aspecto épico, correspondendo ao clímax da história, senti que faltava algo. No entanto, a história se fecha deixando situações a serem resolvidas em outras histórias. No geral, o livro é bom, tendo me deixado ansioso por uma sequência. Entretanto, algum problema aqui e ali comprometem um desfrute total da história. Existe muito espaço para melhorias, e o autor mostra isto em Estações de Caça, e penso que Lauro ainda tem muitas cartas guardadas na manga.

site: www.ficcoeshumanas.com
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