PorEssasPáginas 23/12/2015
Pois é, resolvi dar outra chance para Lucinda Riley. O primeiro livro que li dela, “A Casa das Orquídeas”, foi bastante decepcionante pra mim. Achei super previsível, meio piegas, improvável e com o bom e velho recurso do dinheiro que resolve tudo no final.
A Novo Conceito mandou um pacote promocional do livro super legal em uma caixa com o livro e um DVD sobre a construção do Cristo Redentor.
[Vou ficar devendo a foto, porque já faz um tempo que eu li e despachei o livro para a biblioteca da minha mãe no interior. :-p ]
O livro é o primeiro de uma série sobre sete irmãs adotadas (seis, na verdade. Segundo o pai que adotou as meninas, ele nunca encontrou a sétima irmã. Mistério que espero que seja resolvido em algum dos próximos livros).
As irmãs receberam o nome de seis estrelas que fazem parte das Plêiades, um grupo de estrelas da constelação de Touro. As estrelas receberam seus nomes a partir da mitologia grega. As Plêiades eram filhas de Atlas, um dos titãs gregos que enfrentou Zeus e foi condenado a sustentar os céus para sempre, e Pleione, filha de Oceano.
Depois da morte do pai as filhas descobrem que ele era um homem cheio de mistérios e que suas adoções também estão cercadas por mistérios. E agora as seis irmãs têm informações que permitem que procurem por seus pais biológicos e suas histórias.
E a partir daí Maia, a irmã que morava em sua própria casa, mas dentro da propriedade do pai, às margens do Lago Genebra, parte para o Rio de Janeiro, em busca de suas raízes. E é lá que sua história se cruza com a história de Izabela, que na década de 1920 viveu um grande amor, mas que lhe era proibido. E entre as histórias de Maia e Izabela, temos a história da construção do Cristo Redentor, com os detalhes e personagens históricos envolvidos. Foi um trabalho de pesquisa muito bem feito. E o legal do kit enviado pela editora é um DVD com um documentário curto sobre a construção do Cristo. Foi muito legal ler a história e depois colocar a parte histórica em perspectiva assistindo o documentário.
A parte da história sobre a vida de Izabela Bonifácio, a preocupação de seu pai para que ela conseguisse um bom casamento, a viagem dela para a França e seu romance com Laurent Brouilly, pra mim, foi a parte mais legal.
Em relação à história de Maia, e por extensão de suas irmãs, e os mistérios de Pa Salt, são uma parte interessante e servem de gancho para que o leitor queira conhecer o restante da história. Mas a história de Maia e Floriano… meio blé. É muito legal quando se conhecem e a forma como Floriano ajuda Maia a pesquisar sua história, mas conforme eles vão se tornando mais próximos, Floriano vai se tornando mais blé. Sei lá. Não me convenceu nem como personagem, nem como o galã da história.
Achei legal a pesquisa que a autora fez para escrever sobre o Brasil da década de 20 e o Brasil de hoje. São pequenos detalhes inseridos na história, mas que dá aquele gostinho de ver seu país representado em um livro estrangeiro.
Todo o desenrolar tanto da história de Izabela quanto da história de Maia fazem o leitor sempre querer ler a próxima página, o próximo capítulo. É um livro bom para deixar a mente viajar na história.
Em muitos aspectos achei a construção do livro parecida com “A Casa das Orquídeas”, já que faz uso dos mesmos recursos de idas e vindas entre passado e presente, encontros e desencontros entre pessoas que se amam e o bom e velho “dinheiro resolve tudo” (o que é um fato! Mas não podemos deixar de pensar que não é para a maioria de nós, meros mortais! kkkk). Acho que às vezes sou pé no chão até demais e por isso que ideias muito romantizadas não me ganham.
Enfim, o livro não é ruim. Merece ser lido. Para pessoas que curtem um romance, acho que vão adorar.
Já estou com o segundo volume em mãos. E como o primeiro livro já nos apresentou as seis irmãs e os segredos de Pa Salt, certamente lerei todos eles! Sou curiosa demais pra deixar passar!
site: http://poressaspaginas.com/resenha-as-sete-irmas