A vida do livreiro A.J. Fikry

A vida do livreiro A.J. Fikry Gabrielle Zevin




Resenhas - A Vida do Livreiro A.J. Fikry


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Raffafust 27/07/2014

Eu estava tão louca para ler esse livro que o passei na frente de diversas outras leituras. E apesar de nunca ter trabalhado em livrarias, trabalhei por anos em lojas e me identifiquei muito com os clientes de A. J. Fikry. O livreiro que é o protagonista da história está na casa dos 40 anos, é descendente de indianos e viúvo , é uma pessoa amarga que já sofreu muito na vida e apesar de amar sua livraria tem pouca ou nenhuma paciência com quem entra nela. Geralmente só bate papo com a cunhada Ismay e com o policial amigo Lambiase.
Logo no início do livro conhecemos Amelia, ela é divulgadora de uma editora e entra na livraria de A. J para lhe mostrar a nova coleção. Extremamente rude e lhe dando muitos foras ele vai praticamente enxotar a moça do local. O que ele não esperava que acontecesse é que deixassem na sua loja uma criança. Maya tem apenas 2 anos quando a mãe deixa um bilhete dizendo que ele deve criar a menina porque adoraria que ela fosse criada no meio de livros, lógico que ele não aceita nada bem isso e quer dar a menina para adoção, mas Maya consegue mudar o que ele sente durante 1 final de semana e ele acaba pedindo a assistente social para ficar com a criança. Logo ele que nunca teve jeito com crianças de repente se vê encantado com a menina!
A. J muda muito por causa de Maya, vira um paizão exemplar e tem mais amor pela livraria e claro, acaba também vendo em Amelia uma paixonite que de início não é correspondida mas que depois nos faz vibrarmos com o amor dos dois.
Nem mesmo um livro de Edgar Allan Poe que lhe foi roubado e era muio valioso pode tirar a alegria dele, que fica completa quando finalmente conquista o coração de Amelia e Maya está cada dia mais esperta.
Se o livro cheira a conto de fadas de livreiro sinto informar que o final não deixa margem para o foram felizes para sempre. Quase chorei... e no final fechei o livro pensando que como diz na chamada " Nenhum homem é uma ilha; cada livro é um mundo" , é a mais pura verdade. Lindo.
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evelyn 12/08/2014

Resenha do Livro | A Vida do Livreiro A. J. Fikry
Confesso que A Vida do Livreiro A. J. Friky não seria um livro que me chamaria atenção à primeira vista. E é por isso que gosto tanto de ganhar livros de presente! Ás vezes ficamos tão presos em um só gênero que perdemos a oportunidade de outras ótimas leituras e de boas surpresas literárias. E foi exatamente esse o caso: Esta foi uma leitura inesperada, uma surpresa mais do que agradável e emocionante! :)

Como disse lá no post mostrando os novos livros, A Vida do Livreiro A. J. Fikry nos conta a história de uma pequena livraria em Alice Island, e de seu proprietário, A. J. Fikry. Após a morte de sua esposa, ele, que já era bem casmurro, se fecha ainda mais em seu mundo enquanto o vê desmoronar a sua volta: os negócios estão indo mal, o livro de poesia valioso que ele tinha foi roubado e ele se vê no caminho certo e com todos os motivos para uma autodestruição, interrompida de forma brusca por um pequeno inconveniente que chega a loja endereçado a ele.

Foi minha primeira experiência lendo um livro da escritora Gabrielle Zevin, e assim que terminei já procurei por outros títulos da autora para ler. Estava com receio de não gostar do livro, dos personagens, da história, da escrita Mas estava errada! Desde o momento em que abri o livro pela primeira vez, não consegui mais largar! Tudo é tão envolvente e escrito de uma forma tão natural que é impossível não virar página atrás de página para saber mais sobre a cidade, os moradores, a livraria, os clientes Gabrielle nos rodeia com referências a vários títulos e escritores, nos deixando confortáveis em um ambiente conhecido. A narrativa e o modo como a história de vários personagens se apresenta me lembrou muito do Morte Súbita, da J.K. Rowling. Temos vários pontos de vista intercalados narrados de forma onipresente.

Particularmente falando, a modernidade nos livros sempre me deixou pouco à vontade. Me incomoda muito ler livros que fazem referência a Iphones, Facebook Até mesmo só a simples menção de um computador ou quaisquer tecnologias que marquem uma determinada época já me fazem torcer o nariz. Quando eu era mais nova, acompanhei minha irmã em uma das palestras da faculdade dela, ministrada pelo Pedro Bandeira, meu autor favorito até então. E ele falou sobre isso, sobre a importância de obras atemporais. E isso ficou na minha cabeça de tal jeito que dou muita importância a isso também. Enfim. E daí, né?! Hahahah! Mas tudo isso só pra falar que em A Vida do Livreiro nenhuma das modernidades me incomodou. Temos menção ao Skype, Ebooks, E-readers E fiquei numa boa. Eles não são inseridos na história com artificialidade e servem aos seus propósitos no texto sem corroer a leitura.

Temos vários personagens muito bem construídos que nos prendem desde o começo. Aliás, foi por culpa da primeira personagem que surge no livro que caí de amores por ele. Me identifiquei desde o primeiro instante com o jeito da moça, suas referências, sua paixão por True Blood (novamente a modernidade não me incomodou, hehe!) e livros, sua bonequinha da Hermione Me achar no livro nessa personagem e nas falas, ações e reflexões de tantos outros me deixou muito contente, criei uma confidencialidade com o livro até a última página, e além.

Os romances arruinaram Amelia para homens reais.

O livro promete ser uma carta de amor para o mundo dos livros. E não é que acertaram em cheio, rapaz?! Olha só que brega, mas é a pura verdade: sentia o coração aquecer com as reflexões que os personagens nos apresentam. Foi uma honra acompanhar A. J. (sim, é quase um Clube da Luta Ficamos sabendo tanto sobre a vida do personagem, mas não seu nome inteiro! :p) e sua inspiradora trajetória de vida pelas páginas de um livro tão cheio de outras histórias a serem contadas e completadas. Cada personagem e suas memórias, segredos e desejos se tornam cruciais para o rumo da vida de Fikry.

Ele chora. Coração cheio demais, e sem palavras para aliviar. Sei o que as palavras fazem. Fazem com que a gente sinta menos.

Uau, minha primeira resenha curtinha! ;) Mas acho que esses poucos motivos já bastam para recomendá-lo aos amantes das palavras que o leiam. O livro nos torna parte dele. É como participar de um clube de livros com amigos que possuem as mesmas paixões, os mesmos gostos e opiniões. Um acréscimo essencial à filosofia e a estante dos colecionadores de livros, autores e histórias.

Já vi gente do cinema de férias e já vi gente da música, e gente de jornal também. Não tem ninguém no mundo como o pessoal dos livros. É negócio de cavalheiros e damas. () Livrarias atraem o tipo certo de gente.
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Luciana 26/07/2014

Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo
Aos 39 anos, A.J. Fikry é o rabugento proprietário da pequena livraria Island Books, situada em Alice Island.

ISLAND BOOKS
A única fonte de boa literatura em Alice Island desde 1999
Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo

pág. 14

É ele quem decide quais são os títulos que entrarão em sua loja e seu senso crítico extremamente complexo dificulta a vida dos representantes de editoras que visitam o local para apresentar seus lançamentos. Uma destas representantes é Amelia. Uma mulher de 31 anos, que veste-se de forma peculiar e trabalha na Pterodactyl Press. Amelia progressivamente ganha importância na vida do livreiro.

Há dois anos, A.J. perdeu a esposa, Nic, vítima de um câncer. Desde então ele vive sozinho no apartamento acima da livraria e não vê mais sentido em muitas das coisas que costumava fazer. Seu mau humor é acentuado e ele não faz questão de parecer uma pessoa agradável.


Eu não sou um alcoólatra, mas gosto de beber até desmaiar uma vez por semana, no mínimo. Fumo de vez em quando e sobrevivo com uma dieta composta por comida pronta congelada. Quase nunca passo fio dental. Costumava correr longas distâncias, mas agora não faço exercício nenhum. Moro sozinho e não tenho nenhum relacionamento importante. Desde que minha esposa morreu, também odeio meu trabalho. pág. 31


É justamente o jeito honesto de A.J. que agrada o leitor a ponto de ficarmos torcendo para que ele, de alguma forma, reencontre satisfação na vida.

Quando Maya, uma criança de dois anos, é deixada na livraria acompanhada de um bilhete – onde a mãe pede que A.J. cuide da criança pois ela não tem condições de criá-la –, passamos a conhecer um outro lado do homem considerado pelos moradores de Alice Island como uma pessoa fria e esnobe. A.J. surpreende a todos quando passa a dedicar seu tempo, atenção e amor não só a Maya como também aos outros âmbitos esquecidos de sua vida.

Sua personalidade, antes intragável, torna-se mais amena e o homem, que antes não fazia questão de ser amável, aos poucos torna-se sociável, empático e até mesmo cordial.


As pessoas contam mentiras chatas sobre política, Deus e amor. Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido? pág. 69


A princípio pensamos que A.J. está salvando uma criança desamparada quando na verdade, com o passar das páginas, percebemos que ela é quem o salva de seu próprio abandono.

O fato de o protagonista ter um amplo conhecimento literário soa bastante simpático e familiar ao leitor. A cada início de capítulo, conhecemos a opinião de A.J. sobre títulos literários distintos.

É de se apreciar que a autora tenha construído uma história tão completa e com diversos elementos atrativos em tão poucas páginas (pouco mais de 180). A história desperta esperança, emoção e uma boa dose de risadas. Impossível não sentir ao menos afeição pelos personagens.

Por fim, A Vida do Livreiro A.J. Fikry é uma história tangível, escrita de maneira singela e cativante, o que a torna única. Parada obrigatória na trajetória de um leitor.

Para esta e outras resenhas, acesse: http://sem-spoiler.blogspot.com.br/
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Gilya 01/09/2014

Simples, e profundo.
A vida do Livreiro A.J. Firky, contas a história de vida de um homem comum (um pouco rabugento), que é dono de um livraria na pequena ilha de Alice Island. Como já foi referido, A. J. é muito rabugento e vende apenas os livros que atendem aos seus gostos.
Após a morte de sua esposa, A. J. passou a ser ainda mais desagradável. Um dia porém, ele encontra uma criança, que mudará sua vida para sempre. E não só a dele como também a da pequena cidade. Enquanto A. J. "ensina a comunidade a ler" ele aprende lições de amizade, amor, e afeto, que não constam em nenhum livro. Um livro, sobre Livros e sobre a vida.
O livro em si não tem mistério, nem ação, ou aventura, nem sequer um romance avassalador. Conta uma história simples, de um homem simples, talvez ligeiramente peculiar, em uma cidade simples. Mas têm uma profundidade incrível.
Talvez o que "A vida do Livreiro A. J. Firky" quis passar, é que todos somos extraordinários em nossa própria simplicidade. E que, através dos livros, podemos viver coisas que jamais viveríamos na vida real.
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Danielle 06/09/2014

Me surpreendeu
Muito bom
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Fernanda 09/09/2014

"Às vezes os livros só nos encontram no momento certo."
A.J. Fikry é o dono da única livraria da pequena cidade de Alice Island, a Island Books, cujo slogan é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo”. A.J. ainda sofre muito pela morte de sua mulher e se tornou um ranzinza e passou a ter uma vida muito solitária. As vendas de sua pequena livraria não andam nada bem, o que não é de se estranhar, já que ele possuiu um gosto literário bem específico e só vende livros que atendem a esse gosto. Tudo em sua vida parece dar errado, principalmente quando um de seus livros mais valiosos é roubado, até que o inesperado acontece: Uma pequena entrega feita em sua livraria muda completamente a sua vida e o rabugento livreiro tem uma nova chance de encontrar a felicidade.

A Vida do Livreiro A.J. Fikry me encantou completamente! A história é simples e às vezes até um pouco previsível, mas é tão gostosa e realística que você acaba devorando cada página. O livro é bem pequeno, e confesso que gostaria que fosse um pouco maior, já que algumas vezes senti que a linha do tempo mudava rápido demais (algumas vezes até esquecia quanto tempo já havia se passado e me embolava), mas é narrada de uma forma tão natural e tranquila que você acaba não se importando com outras coisas além de acompanhar a história do livreiro e dos moradores de Alice Island, que acabaram virando uma grande família.

De início o protagonista aparenta ser o mais chato do mundo, mas conforme a história é desenvolvida passamos a entendê-lo melhor, e acabamos o acolhendo. O livro possuiu alguns personagens secundários que não são tão aprofundados, mas que achei que foram trabalhados na medida certa, o suficiente pra nos cativar e se encaixar na trama. Lambiase, um policial completamente fiel ao estereótipo, foi um personagem divertido e que adorei a forma como ele acabou se apaixonando pelo mundo dos livros. E Maya, que criança esperta, um amor! Foram os que mais me cativaram.

Narrado em terceira pessoa, e diferente do que possa parecer (eu me enganei nessa parte), a história não tem um grande foco no roubo do livro. É uma atmosfera mais realista, então não esperem grandes mistérios, reviravoltas ou romances avassaladores. Óbvio que no final todas as perguntas são respondidas, inclusive sobre o pacote que é deixado na livraria. Mas o foco é muito sobre a transformação de um homem após a chegada de uma grande surpresa em sua vida, que o faz rever todos os seus objetivos e que nos encanta, ensina e conquista a cada página com o tamanho do seu coração. Outra coisa bem interessante no livro é como os personagens acabam se interligando e viram essa grande família, toda a cidade nota a mudança de A.J e mais uma vez os livros enfeitiçam a pequena cidade de Alice Island.

O livro é cheio de referências literárias e cada capítulo é separado por comentários de A.J sobre algum livro que ele leu. Como uma apaixonada por livros, sempre gosto de livros que mencionem outros livros ou falem sobre livros, como esse. Como a própria sinopse diz: A Vida do Livreiro A.J. Fikry é “uma carta de amor para o mundo dos livros”. É impossível não se sentir tocada com a história, desperta no leitor algumas emoções e fica uma mensagem final muito bonita também, sobre a vida, como ela sempre reserva algumas surpresas e sempre segue em frente. Leitura obrigatória aos amantes de livros!

site: http://viciosemtres.blogspot.com.br/
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stellasays 19/12/2014

Este livro se passa em um lugar chamado Alice Island, em uma livraria chamada Island Books. Como o próprio título diz, vai contar a história deste homem chamado A. J. que é o dono desta livraria. Ele é uma pessoa extremamente exigente, especialmente quando se trata dos livros que vão para suas prateleiras, e difícil. O personagem é muito mal-humorado e soa muito mais velho do que realmente é. Acredito que ele tem uns 40 anos, mas até uma parte do livro eu achava que ele tinha bem mais. Bem, o livro começa apresentando sua correspondente amorosa na história, Amelia. Ela me lembrou muito as personagens feitas pela Zooey Deschanel - bonitinha, fofinha, alegrinha, espertinha e todos esses "inhas" - e, é claro, ele se apaixona por ela, mas não tenta nada até 4 anos depois por vários motivos: sua esposa havia falecido há pouco tempo e ele ainda estava de luto, ele foi muito rude com ela na primeira vez que se viram, ele não sabe como agir porque é aquele estereótipo de nerd de livraria e etc. Além desta trama, também tem a outra personagem, Maya, que é uma menina que foi abandonada em sua livraria pela mãe, que gostaria que a filha fosse criada em meio aos livros. A menina vai para lá aos 2 anos e A.J. resolve adotá-la. Ela é perfeita pra ele, porque adora livros, mesmo sem saber o que está escrito neles. Fala e entende coisas que não parecem ser muito comuns para sua pouca idade, mas enfim. Em linhas gerais, é isso aí. O livro é bem curto, tem 186 páginas, e por mais que a autora tente desenvolver uma trama para história, achei que foi bobo.
Agora é aquela parte em que eu explico porquê achei o livro bobo: desde o início da história já dá pra sacar tudo que vai acontecer. É um livro óbvio, pela descrição das personagens, pela presunção das conversas, que tentam passar uma mensagem de forma implícita, mas que acabam sendo arquétipos de conversas que já vimos em filme do Woody Allen, por exemplo. O livro faz várias referências a outros livros, só que usa como influência apenas aquelas que se referem a literatura Young Adult (YA). Ele inclusive cita um livro que já comentei aqui no blog chamado What We Talk About When We Talk About Love, e é impossível não comparar as conversas, que tem profundidades completamente diferentes. No conto de mesmo nome do Raymond Carver, conseguimos ver a evolução dos personagens dentro de um período muito curto de tempo, assim como acontece com nossas emoções, que não são estáveis, não somos pessoas assim tão óbvias, mudamos de opinião e nosso julgamento é afetado pelas reações dos outros. No livro de Zevin as conversas costumam pender para um dos lados, que está sempre certo, e focam muito no que os personagens estão pensando sobre essas conversas em vez de focar nas conversas em si. Ou seja, elas acabam ficando vazias, parecendo conversa de elevador. E as transições são bem ruins também. Dois personagens estão andando na rua conversando, um não vai com a cara do outro, os dois levantam da cama e se vestem. Como assim? Eu, como leitora, quero saber o que aconteceu no meio disso. Em alguns casos, como em filmes, dá pra ver os olhares, saber o que levou essas pessoas até ali, mas num livro, preciso de algo mais.
Outro ponto desagradável do livro foi a revisão. Li a tradução feita pela editora Paralela e fiquei horrorizada com os erros de tradução e, consequentemente revisão, já que é responsabilidade do revisor encontrar estes erros. Marquei os mais absurdos, mas houve mais, pode ter certeza. Um desses erros foi o seguinte: "Ela vesta uma blusa decotada e um sutiã push-up, que ergue uma pequena e deprimente prateleira onde pousa um pingente com seu nome." Prateleira? Imagino que ela quis dizer "saboneteira", certo? E, mesmo assim, o uso do verbo "erguer" nesta frase deixa tudo muito esquisito. Tive que reler a frase algumas vezes pra ter certeza de que eu entendi do que ela estava falando. Outro exemplo foi na frase "A sacola ecológica que traz no ombro contém muitos acréscimos..." Gente, fala sério, sacola ecológica? Não era mais simples escrever Ecobag? Ninguém fala "vou ali com a minha sacola ecológica". Não soa natural. Pra um livro que escreve coisas como "tantin" pra se referir a "um tantinho", acho que não precisava dessa formalidade toda.
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Manuella_3 10/09/2014

O que parecia apenas uma leitura divertida, a princípio, revelou-se uma história muito gostosa e envolvente, com boa dose de drama e mistério, mas sem perder a leveza. A autora Gabrielle Zevin criou personagens empáticos, engraçados e que conquistam, definitivamente, o leitor.

A.J. Fikry é um viúvo solitário, um livreiro ranzinza, dono da única livraria da ilha em que mora. A monotonia de seus dias é preenchida pela saudade da esposa – que movimentava a vida da cidade com eventos literários na livraria -, a preferência pelos livros clássicos e a rabugice com os representantes de editoras. Seu sonho de aposentadoria é a venda do raríssimo livro Tamerlane, que guarda em casa numa redoma com segredo. Até que o livro é roubado e A.J. precisa contar com o dedicado policial Lambiase para resolver o problema.

Um dia, ao voltar da corrida, A.J. Fikry encontra uma garotinha de dois anos abandonada na livraria, com um bilhete da mãe e um pedido irresistível. A partir desse encontro, a pequena Maya vai mudar não só a caótica vida do livreiro, mas também de toda a comunidade da ilha e da endividada Island Books.

Comecei a leitura sem expectativas, o tema é curioso: a vida de um amante de livros que tomou a paixão por profissão. A narrativa é leve, os personagens são bem construídos e todos eles, sem exceção, têm participação importante na trama. Estão ali para contar uma boa história. E que história, caro leitor! Gabrielle Zevin compõe uma atmosfera de aconchego na Island Books, insere segredos, tensão e drama de um jeito sutil, enquanto cativa o leitor com as dificuldades que A.J. enfrenta.

Com várias citações e referências a livros, alguns conhecidos e outros que merecem a verificação, a leitura é um deleite para os apaixonados por literatura. Cada capítulo começa com uma observação de A.J. sobre algum livro ou conto, cujo conteúdo estará nas entrelinhas das páginas seguintes.

“Mas também acho que minha nova reação está relacionada com a necessidade de encontrarmos histórias no momento certo de nossas vidas. Lembre, Maya: as coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é verdade para livros e para a vida.” (A. J. Fikry, p. 37)

Há uma personagem deliciosamente carismática: Amelia, a doce e estabanada representante da Editora Pterodactyl. Mal recebida por A.J. na primeira visita à loja, aos poucos cresce entre eles o interesse, a saudade e, por fim, a paixão.

Os anos passam, Maya desenvolve um nítido talento literário, a livraria incrementa as vendas e atrai muitos leitores em encontros do Clube do Livro, aumentando a ligação entre esses personagens tão peculiares e queridos – entre si e também com o leitor. Então a autora faz pesar uma vez mais a mão do destino... E comove.

A Vida do Livreiro A.J. Fikry é uma história que celebra o amor pelos livros, numa conversa metalinguística que fala principalmente de encontros, da vida que muda a toda hora e não pede licença. Do quanto precisamos viver intensamente o momento presente (clichê?) e de como nossas ligações afetivas são determinantes. Acredite: ao terminar o livro, leitor, você sentirá uma leveza, um calor na alma.

Resenha publicada no blog As Meninas que Leem Livros:
http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2014/07/a-vida-do-livreiro-aj-fikry.html
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Carlos.Cauas 09/10/2014

Faltou aprofundamento nos personagens
"Não somos as coisas que colecionamos, adquirimos, lemos. Somos, enquanto estamos aqui, apenas amor. As coisas que amamos. As pessoas que amamos. E estas, acho que estas realmente continuam." - A.J. Fikry

Foi uma leitura de certo modo tranquila. Não foi um livro que me prendeu, nem achei os personagens contagiantes. Senti uma enorme falta, até porque o personagem principal é um livreiro, de mergulhar em varias obras da literatura mundial. É claro, que vários livros e autores são citados durante a historia, porém, sem uma necessidade de estarem ali na maioria das vezes. É bonito os aconselhamentos literários para a jornada da história, só que é apenas isso. Acredito que se tudo fosse mais profundo seria um livro excelente. Faltou mais tempo com os personagens para criarmos uma relação com eles. Destaco e muito os 20% finais do livro, a leitura realmente ficou tocante e sedutora a medida que corria para seu desfecho. O livro é dividido em duas partes, e a segunda é onde os sentimentos e o prazer de gostar dos personagens estão... ai acaba. Nota 3 de 5.
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AndyinhA 16/10/2014

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Sabe aqueles livros que você não dá nada por eles apesar de já ter curtido o autor? Seja porque a capa não te despertou, ou a própria sinopse ou até mesmo porque o autor está acostumado a escrever um gênero X e de repente esse livro não é a praia dele. Foi assim que quase desisti de ler esse livro, mas ainda bem que eu pensei porque não? Se for ruim, simplesmente desisto. Ainda bem que li, porque foi uau!

Um livro que mistura livros, uma vida ao lado deles e coisas intensas na vida. Não é ficção, mas poderia ser, é real demais para que a gente se perca nas páginas e essa realidade e proximidade toda fez desse livro um daqueles que gosto de chamar de choque de realidade ou balançar o mundinho cor-de-rosa que às vezes vivemos (ou achamos que vivemos).

Problemas, sr. Fikry.
Para começar, é narrado pela morte!

Para saber mais, acesse:

site: http://www.monpetitpoison.com/2014/09/poison-books-vida-do-livreiro-j-fikry.html
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Alexsandra 22/07/2014

Qual o seu livro preferido?
“Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo.”

A. J. Fikry

Qual o seu livro preferido?

Essa é uma das frases que permeia o livro A Vida do Livreiro A. J. Fikry (Gabrielle Zevin) em diferentes situações e na maioria delas marco que define a relação futura das personagens.
Se me fizessem essa pergunta hoje, eu diria: A Vida do Livreiro A. J. Fikry. Pelo menos, é o meu preferido desse ano!!! O livreiro me conquistou nas primeiras páginas com a sua descrição mal humorada sobre que tipos de livros que não gostaria de ler.
Quando adquiri esse livro, fui à loja decidida a comprar um que de alguma maneira me chamasse atenção: enredo, capa, preço, etc. Passei por ele e por muitos outros, dei muitas voltas pela livraria sem que ninguém me atendesse (o que me deixou bem aliviada, porque ao contrário do livreiro a maioria dos atendentes não sabe o que está vendendo) e acabei comprando dois livros. Resolvi dar uma chance a ele porque primeiro, a frase que está no topo desse texto e na capa do livro me chamou MUITO a atenção, segundo, poderia ser um livro fácil de ler e terceiro, o preço estava em conta.
Foi um golpe de sorte.
Gosto muito de ler, embora nem sempre tenha sido assim... Identifiquei-me com o Delegado Lambiasse que gostava de romances policiais e acabou gostando de outros livros por indicação do livreiro. Li muita Agatha Christie para pular direto para Os Trabalhadores do Mar (Victor Hugo) porque ouvi alguém falando sobre um dos personagens do livro.
Sou muito grata porque muitas pessoas que amo também amam ler. E as conversas que permeiam as estórias que encontramos em um livro ou até mesmo uma referência a eles nos torna cúmplices de um momento.

“... A. J. chama de “lar daqui a dez anos”, ou seja, “em dez anos, pode se tornar habitável”. Amelia chama de “projeto” e começa a trabalhar nele imediatamente. Maya, que acabou de terminar a trilogia Senhor dos Anéis, chama de Bolsão...”

Sou cúmplice dessa frase, porque antes de lançarem o filme a imagem do “Bolsão” já era bem definida na minha mente... O prazer que esse livro me trouxe foram os vários momentos de cumplicidade que apareceram ao longo dele além do fato que são citados muitos livros que eu ainda não li e que com certeza a referência que o livreiro fez a eles me fará busca-los na minha próxima visita a livraria.
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Dressa Oficial 07/07/2014

Resenha A Vida do Livreiro A.J Flikry
Olá, tudo bem com você?

Sabe quando você morre de vontade de ler algum livro sobre um tema específico e nunca encontra algo que retrate realmente o que esta procurando ?

Posso dizer que encontrei lendo esse livro :) A Vida do Livreiro A.J. Fikry é o livro que eu procurava para ler a muito tempo e agora pude encontrar, pois ele fala sobre a paixão e o amor pelos livros.

A.J. Fikry tem trinta e nove anos, é viuvo e tem uma livraria chamada Island Books que fica em uma ilha chamada Alice Island, é uma cidade pequena onde praticamente todos se conhecem e a livraria é a única da cidade.

A.J. Fikry gosta da rotina e já tem seu gosto literário definido, não aceita mudanças em seu gosto literário, até se deparar com uma vendedora de livros muito insistente chamada Amelia, que trabalha para a editora de livros Pterodacyl Press, que vai até a livraria de A.J apresentar a nova coleção da estação.

Porém A.J acaba sendo muito mal educado com Amelia deixando a vendedora muito nervosa pois A.J não gosta quase de nenhum genêro e aprecia muito livros de contos o que ela só tem um para vender.

Mas mesmo assim ela insiste para que A.J leia o livro que ela indica pois gostou muito da leitura e recomenda para todos.

A.J depois de jantar e tomar algumas taças de vinho, acorda assustado e percebe que seu livro da coleção pessoal que tinha, foi roubado.

O livro era uma seleção de poemas de Edgar Allan Poe muito rara e A.J acaba ficando muito triste com esse acontecimento, vai pedir ajuda para o policial Lambiase.

Os dois não encontram o livro, mas tornam amigos, porém depois que o livro some a vida de A.J. Fikry muda completamente.

Página 37
As coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é verdade para livros e para a vida.


Na livraria onde A.J trabalha é deixada uma criança de apenas dois anos de idade com um bilhete para A.J cuidar da menina que ela será melhor instruída se for criada em uma livraria.

Então A.J acaba se afeiçoando ao menina Maya e acaba adotando ela, a menina cresce no meio dos livros e a vida continua seguindo seu ritmo, até um dia que Maya fica doente e A.J precisando fazer vigília ao seu lado a noite toda, acaba pegando o livro que a vendedora Amelia tinha lhe indicado para ler e ele facilmente se recusou.

A.J lê o livro e chora no final da leitura, acaba ligando para a vendedora Amelia para lhe agradecer pela indicação do livro que ele gostou muito e a partir daí começa um romance encantador.

Página 69
Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido?


Mesmo A.J. saindo várias vezes e se encontrando com Amelia o romance demora para acontecer pois ele é bem devagar, mas quando toma a iniciativa até eu fiquei encantada com o que ele propôs para Amelia.

Página 114
"Quando leio um livro, quero que leia ao mesmo tempo. Quero saber o que Amelia acharia dele. Quero que seja minha. Posso prometer livros e conversas e todo meu coração, Amy."

O livro tem cantadas muito boas, principalmente para quem ama livros e nada melhor do que encontrar uma pessoa para dividir a vida e ter o mesmo gosto pela literatura não é mesmo?

Página 151
Estou de olho em você na prateleira há anos. Li sua sinopse e as citações na contracapa. Mas é o suficiente para eu querer ler mais.


A leitura tem momentos engraçados, momentos de reflexão e momentos de emoção, eu amei a leitura e recomendo muito, pois todos que gostam de ler vão amar essa história.

A vida de A.J acaba lhe pegando de surpresa e ele se depara com uma doença incurável e acaba descobrindo por situações tristes onde estava o seu livro roubado.

Mas percebe o real valor da vida .

Página 181
"Não somos as coisas que colecionamos, adquirimos, lemos. Somos, enquanto estamos aqui, apenas amor. As coisas que amamos. As pessoas que amamos. E estas, acho que estas realmente continuam."


E o real valor de seus livros.

Página 185
Amo a Island Books de todo coração. Não acredito em Deus. Não tenho religião. Mas ela é o mais próximo para mim de uma igreja. É um lugar sagrado.


Uma leitura leve, emocionante e que conta que apesar de amar os livros as pessoas que entram na nossa vida através deles são muito mais importante e significantes para nossa vida, e isso posso falar com ganho de causa pois conheci através dos livros amigos maravilhosos ao qual nos falamos todos os dias e que virou minha família.

A minha dica é simplesmente que você leia e se encante com uma história de amor ao livros, e para quem procura um amor, acho que depois da leitura toda vez que entrar em uma livraria vai tentar procurar um A.J ou um Lambiase ;)

Beijos

Até mais...

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/07/resenha-vida-do-livreiro-aj-fikry.html
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Maria... 08/12/2014

A.J.Fikry é o dono de uma livraria em uma pequena cidade, ele se tornou um homem solitário e rabugento depois da morte trágica de sua esposa, mas a partir da chegada de Maya uma garotinha que foi deixada em sua livraria, tudo muda em sua vida.
Talvez eu tenha ido com muita expectativa para esse livro, por conta de tantos comentários positivos sobre ele e por isso eu tenha me decepcionado um pouco com a história, achei pouca profundidade dos personagens e uma narrativa morna sem emoção, sempre estava aguardando que algo iria acontecer e teria uma reviravolta, mas não, a história era aquela mesma do começo ao fim, apesar de ótimas citações de livros de A.J. e sua mudança de vida com a chegada de Maya e Amelia, ele não me cativou, e sem dúvida a melhor personagem é a pequena Maya, seus diálogos são ótimos, apesar da confusa passagem do tempo e qual a idade da Maya naquele momento da história, e senti falta do fechamento do livro não ser uma narrativa de Maya, já que ela era a razão da vida e mudança de A.J.
O livro não é ruim, apenas é a vida "comum" de um livreiro.
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