A vida do livreiro A.J. Fikry

A vida do livreiro A.J. Fikry Gabrielle Zevin




Resenhas - A Vida do Livreiro A.J. Fikry


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Dressa Oficial 07/07/2014

Resenha A Vida do Livreiro A.J Flikry
Olá, tudo bem com você?

Sabe quando você morre de vontade de ler algum livro sobre um tema específico e nunca encontra algo que retrate realmente o que esta procurando ?

Posso dizer que encontrei lendo esse livro :) A Vida do Livreiro A.J. Fikry é o livro que eu procurava para ler a muito tempo e agora pude encontrar, pois ele fala sobre a paixão e o amor pelos livros.

A.J. Fikry tem trinta e nove anos, é viuvo e tem uma livraria chamada Island Books que fica em uma ilha chamada Alice Island, é uma cidade pequena onde praticamente todos se conhecem e a livraria é a única da cidade.

A.J. Fikry gosta da rotina e já tem seu gosto literário definido, não aceita mudanças em seu gosto literário, até se deparar com uma vendedora de livros muito insistente chamada Amelia, que trabalha para a editora de livros Pterodacyl Press, que vai até a livraria de A.J apresentar a nova coleção da estação.

Porém A.J acaba sendo muito mal educado com Amelia deixando a vendedora muito nervosa pois A.J não gosta quase de nenhum genêro e aprecia muito livros de contos o que ela só tem um para vender.

Mas mesmo assim ela insiste para que A.J leia o livro que ela indica pois gostou muito da leitura e recomenda para todos.

A.J depois de jantar e tomar algumas taças de vinho, acorda assustado e percebe que seu livro da coleção pessoal que tinha, foi roubado.

O livro era uma seleção de poemas de Edgar Allan Poe muito rara e A.J acaba ficando muito triste com esse acontecimento, vai pedir ajuda para o policial Lambiase.

Os dois não encontram o livro, mas tornam amigos, porém depois que o livro some a vida de A.J. Fikry muda completamente.

Página 37
As coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é verdade para livros e para a vida.


Na livraria onde A.J trabalha é deixada uma criança de apenas dois anos de idade com um bilhete para A.J cuidar da menina que ela será melhor instruída se for criada em uma livraria.

Então A.J acaba se afeiçoando ao menina Maya e acaba adotando ela, a menina cresce no meio dos livros e a vida continua seguindo seu ritmo, até um dia que Maya fica doente e A.J precisando fazer vigília ao seu lado a noite toda, acaba pegando o livro que a vendedora Amelia tinha lhe indicado para ler e ele facilmente se recusou.

A.J lê o livro e chora no final da leitura, acaba ligando para a vendedora Amelia para lhe agradecer pela indicação do livro que ele gostou muito e a partir daí começa um romance encantador.

Página 69
Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido?


Mesmo A.J. saindo várias vezes e se encontrando com Amelia o romance demora para acontecer pois ele é bem devagar, mas quando toma a iniciativa até eu fiquei encantada com o que ele propôs para Amelia.

Página 114
"Quando leio um livro, quero que leia ao mesmo tempo. Quero saber o que Amelia acharia dele. Quero que seja minha. Posso prometer livros e conversas e todo meu coração, Amy."

O livro tem cantadas muito boas, principalmente para quem ama livros e nada melhor do que encontrar uma pessoa para dividir a vida e ter o mesmo gosto pela literatura não é mesmo?

Página 151
Estou de olho em você na prateleira há anos. Li sua sinopse e as citações na contracapa. Mas é o suficiente para eu querer ler mais.


A leitura tem momentos engraçados, momentos de reflexão e momentos de emoção, eu amei a leitura e recomendo muito, pois todos que gostam de ler vão amar essa história.

A vida de A.J acaba lhe pegando de surpresa e ele se depara com uma doença incurável e acaba descobrindo por situações tristes onde estava o seu livro roubado.

Mas percebe o real valor da vida .

Página 181
"Não somos as coisas que colecionamos, adquirimos, lemos. Somos, enquanto estamos aqui, apenas amor. As coisas que amamos. As pessoas que amamos. E estas, acho que estas realmente continuam."


E o real valor de seus livros.

Página 185
Amo a Island Books de todo coração. Não acredito em Deus. Não tenho religião. Mas ela é o mais próximo para mim de uma igreja. É um lugar sagrado.


Uma leitura leve, emocionante e que conta que apesar de amar os livros as pessoas que entram na nossa vida através deles são muito mais importante e significantes para nossa vida, e isso posso falar com ganho de causa pois conheci através dos livros amigos maravilhosos ao qual nos falamos todos os dias e que virou minha família.

A minha dica é simplesmente que você leia e se encante com uma história de amor ao livros, e para quem procura um amor, acho que depois da leitura toda vez que entrar em uma livraria vai tentar procurar um A.J ou um Lambiase ;)

Beijos

Até mais...

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/07/resenha-vida-do-livreiro-aj-fikry.html
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Alexsandra 22/07/2014

Qual o seu livro preferido?
“Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo.”

A. J. Fikry

Qual o seu livro preferido?

Essa é uma das frases que permeia o livro A Vida do Livreiro A. J. Fikry (Gabrielle Zevin) em diferentes situações e na maioria delas marco que define a relação futura das personagens.
Se me fizessem essa pergunta hoje, eu diria: A Vida do Livreiro A. J. Fikry. Pelo menos, é o meu preferido desse ano!!! O livreiro me conquistou nas primeiras páginas com a sua descrição mal humorada sobre que tipos de livros que não gostaria de ler.
Quando adquiri esse livro, fui à loja decidida a comprar um que de alguma maneira me chamasse atenção: enredo, capa, preço, etc. Passei por ele e por muitos outros, dei muitas voltas pela livraria sem que ninguém me atendesse (o que me deixou bem aliviada, porque ao contrário do livreiro a maioria dos atendentes não sabe o que está vendendo) e acabei comprando dois livros. Resolvi dar uma chance a ele porque primeiro, a frase que está no topo desse texto e na capa do livro me chamou MUITO a atenção, segundo, poderia ser um livro fácil de ler e terceiro, o preço estava em conta.
Foi um golpe de sorte.
Gosto muito de ler, embora nem sempre tenha sido assim... Identifiquei-me com o Delegado Lambiasse que gostava de romances policiais e acabou gostando de outros livros por indicação do livreiro. Li muita Agatha Christie para pular direto para Os Trabalhadores do Mar (Victor Hugo) porque ouvi alguém falando sobre um dos personagens do livro.
Sou muito grata porque muitas pessoas que amo também amam ler. E as conversas que permeiam as estórias que encontramos em um livro ou até mesmo uma referência a eles nos torna cúmplices de um momento.

“... A. J. chama de “lar daqui a dez anos”, ou seja, “em dez anos, pode se tornar habitável”. Amelia chama de “projeto” e começa a trabalhar nele imediatamente. Maya, que acabou de terminar a trilogia Senhor dos Anéis, chama de Bolsão...”

Sou cúmplice dessa frase, porque antes de lançarem o filme a imagem do “Bolsão” já era bem definida na minha mente... O prazer que esse livro me trouxe foram os vários momentos de cumplicidade que apareceram ao longo dele além do fato que são citados muitos livros que eu ainda não li e que com certeza a referência que o livreiro fez a eles me fará busca-los na minha próxima visita a livraria.
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Júlia 26/05/2024

A Vida do Livreiro A.J. Fikry
Às vezes, um romance pra acalmar e aquecer o coração é o que a gente precisa. A narrativa é calma, mas não é nada entediante, sempre mantendo nosso vontade de crescer junto com Maya.
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Maria... 08/12/2014

A.J.Fikry é o dono de uma livraria em uma pequena cidade, ele se tornou um homem solitário e rabugento depois da morte trágica de sua esposa, mas a partir da chegada de Maya uma garotinha que foi deixada em sua livraria, tudo muda em sua vida.
Talvez eu tenha ido com muita expectativa para esse livro, por conta de tantos comentários positivos sobre ele e por isso eu tenha me decepcionado um pouco com a história, achei pouca profundidade dos personagens e uma narrativa morna sem emoção, sempre estava aguardando que algo iria acontecer e teria uma reviravolta, mas não, a história era aquela mesma do começo ao fim, apesar de ótimas citações de livros de A.J. e sua mudança de vida com a chegada de Maya e Amelia, ele não me cativou, e sem dúvida a melhor personagem é a pequena Maya, seus diálogos são ótimos, apesar da confusa passagem do tempo e qual a idade da Maya naquele momento da história, e senti falta do fechamento do livro não ser uma narrativa de Maya, já que ela era a razão da vida e mudança de A.J.
O livro não é ruim, apenas é a vida "comum" de um livreiro.
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Luciana 26/07/2014

Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo
Aos 39 anos, A.J. Fikry é o rabugento proprietário da pequena livraria Island Books, situada em Alice Island.

ISLAND BOOKS
A única fonte de boa literatura em Alice Island desde 1999
Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo

pág. 14

É ele quem decide quais são os títulos que entrarão em sua loja e seu senso crítico extremamente complexo dificulta a vida dos representantes de editoras que visitam o local para apresentar seus lançamentos. Uma destas representantes é Amelia. Uma mulher de 31 anos, que veste-se de forma peculiar e trabalha na Pterodactyl Press. Amelia progressivamente ganha importância na vida do livreiro.

Há dois anos, A.J. perdeu a esposa, Nic, vítima de um câncer. Desde então ele vive sozinho no apartamento acima da livraria e não vê mais sentido em muitas das coisas que costumava fazer. Seu mau humor é acentuado e ele não faz questão de parecer uma pessoa agradável.


Eu não sou um alcoólatra, mas gosto de beber até desmaiar uma vez por semana, no mínimo. Fumo de vez em quando e sobrevivo com uma dieta composta por comida pronta congelada. Quase nunca passo fio dental. Costumava correr longas distâncias, mas agora não faço exercício nenhum. Moro sozinho e não tenho nenhum relacionamento importante. Desde que minha esposa morreu, também odeio meu trabalho. pág. 31


É justamente o jeito honesto de A.J. que agrada o leitor a ponto de ficarmos torcendo para que ele, de alguma forma, reencontre satisfação na vida.

Quando Maya, uma criança de dois anos, é deixada na livraria acompanhada de um bilhete – onde a mãe pede que A.J. cuide da criança pois ela não tem condições de criá-la –, passamos a conhecer um outro lado do homem considerado pelos moradores de Alice Island como uma pessoa fria e esnobe. A.J. surpreende a todos quando passa a dedicar seu tempo, atenção e amor não só a Maya como também aos outros âmbitos esquecidos de sua vida.

Sua personalidade, antes intragável, torna-se mais amena e o homem, que antes não fazia questão de ser amável, aos poucos torna-se sociável, empático e até mesmo cordial.


As pessoas contam mentiras chatas sobre política, Deus e amor. Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido? pág. 69


A princípio pensamos que A.J. está salvando uma criança desamparada quando na verdade, com o passar das páginas, percebemos que ela é quem o salva de seu próprio abandono.

O fato de o protagonista ter um amplo conhecimento literário soa bastante simpático e familiar ao leitor. A cada início de capítulo, conhecemos a opinião de A.J. sobre títulos literários distintos.

É de se apreciar que a autora tenha construído uma história tão completa e com diversos elementos atrativos em tão poucas páginas (pouco mais de 180). A história desperta esperança, emoção e uma boa dose de risadas. Impossível não sentir ao menos afeição pelos personagens.

Por fim, A Vida do Livreiro A.J. Fikry é uma história tangível, escrita de maneira singela e cativante, o que a torna única. Parada obrigatória na trajetória de um leitor.

Para esta e outras resenhas, acesse: http://sem-spoiler.blogspot.com.br/
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Raffafust 27/07/2014

Eu estava tão louca para ler esse livro que o passei na frente de diversas outras leituras. E apesar de nunca ter trabalhado em livrarias, trabalhei por anos em lojas e me identifiquei muito com os clientes de A. J. Fikry. O livreiro que é o protagonista da história está na casa dos 40 anos, é descendente de indianos e viúvo , é uma pessoa amarga que já sofreu muito na vida e apesar de amar sua livraria tem pouca ou nenhuma paciência com quem entra nela. Geralmente só bate papo com a cunhada Ismay e com o policial amigo Lambiase.
Logo no início do livro conhecemos Amelia, ela é divulgadora de uma editora e entra na livraria de A. J para lhe mostrar a nova coleção. Extremamente rude e lhe dando muitos foras ele vai praticamente enxotar a moça do local. O que ele não esperava que acontecesse é que deixassem na sua loja uma criança. Maya tem apenas 2 anos quando a mãe deixa um bilhete dizendo que ele deve criar a menina porque adoraria que ela fosse criada no meio de livros, lógico que ele não aceita nada bem isso e quer dar a menina para adoção, mas Maya consegue mudar o que ele sente durante 1 final de semana e ele acaba pedindo a assistente social para ficar com a criança. Logo ele que nunca teve jeito com crianças de repente se vê encantado com a menina!
A. J muda muito por causa de Maya, vira um paizão exemplar e tem mais amor pela livraria e claro, acaba também vendo em Amelia uma paixonite que de início não é correspondida mas que depois nos faz vibrarmos com o amor dos dois.
Nem mesmo um livro de Edgar Allan Poe que lhe foi roubado e era muio valioso pode tirar a alegria dele, que fica completa quando finalmente conquista o coração de Amelia e Maya está cada dia mais esperta.
Se o livro cheira a conto de fadas de livreiro sinto informar que o final não deixa margem para o foram felizes para sempre. Quase chorei... e no final fechei o livro pensando que como diz na chamada " Nenhum homem é uma ilha; cada livro é um mundo" , é a mais pura verdade. Lindo.
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Tchamilla 31/07/2014

Para os amantes de livros
Esse livro é um dos maiores exemplos de que não é preciso 500 páginas para se contar uma boa história.

Gabrielle Zevin consegue em menos de 200 páginas relatar a vida do livreiro A.J. Fikry de forma doce, suave e ao mesmo tempo interessante. É um livro que você consegue ler em um dia. Tanto pelo tamanho quanto pela narrativa que te envolve.

A história é simples, mas bonita. Mostra a mudança que a pequena Maya traz para a vida do livreiro e como são as coisas a partir do momento que eles se conhecem.

A trama é capaz de agradar à vários tipos de pessoa, mas os amantes dos livros se sentirão especialmente agraciados.

Um detalhe interessante é que o início de cada capítulo é uma pequena nota de A.J. para Maya sobre alguns livros.

Quotes:

"Nenhum homem é uma ilha; cada livro é um mundo"
"Lemos para saber que não estamos sós. Lemos porque estamos sós. Lemos e não estamos sós. Não estamos sós."
"Já vi gente do cinema de férias e já vi gente da música, e gente de jornal também. Não tem ninguém no mundo como o pessoal dos livros. É um negócio de cavalheiros e damas."
"Livrarias atraem o tipo certo de gente. Gente boa, que nem o A.J. e a Amelia. E eu gosto de conversar sobre livros com pessoas que gostam de conversar sobre livros. Gosto de papel. Gosto da textura e gosto de sentir um livro no bolso. Gosto do cheiro de livro novo também."
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Carlos.Cauas 09/10/2014

Faltou aprofundamento nos personagens
"Não somos as coisas que colecionamos, adquirimos, lemos. Somos, enquanto estamos aqui, apenas amor. As coisas que amamos. As pessoas que amamos. E estas, acho que estas realmente continuam." - A.J. Fikry

Foi uma leitura de certo modo tranquila. Não foi um livro que me prendeu, nem achei os personagens contagiantes. Senti uma enorme falta, até porque o personagem principal é um livreiro, de mergulhar em varias obras da literatura mundial. É claro, que vários livros e autores são citados durante a historia, porém, sem uma necessidade de estarem ali na maioria das vezes. É bonito os aconselhamentos literários para a jornada da história, só que é apenas isso. Acredito que se tudo fosse mais profundo seria um livro excelente. Faltou mais tempo com os personagens para criarmos uma relação com eles. Destaco e muito os 20% finais do livro, a leitura realmente ficou tocante e sedutora a medida que corria para seu desfecho. O livro é dividido em duas partes, e a segunda é onde os sentimentos e o prazer de gostar dos personagens estão... ai acaba. Nota 3 de 5.
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Gilya 01/09/2014

Simples, e profundo.
A vida do Livreiro A.J. Firky, contas a história de vida de um homem comum (um pouco rabugento), que é dono de um livraria na pequena ilha de Alice Island. Como já foi referido, A. J. é muito rabugento e vende apenas os livros que atendem aos seus gostos.
Após a morte de sua esposa, A. J. passou a ser ainda mais desagradável. Um dia porém, ele encontra uma criança, que mudará sua vida para sempre. E não só a dele como também a da pequena cidade. Enquanto A. J. "ensina a comunidade a ler" ele aprende lições de amizade, amor, e afeto, que não constam em nenhum livro. Um livro, sobre Livros e sobre a vida.
O livro em si não tem mistério, nem ação, ou aventura, nem sequer um romance avassalador. Conta uma história simples, de um homem simples, talvez ligeiramente peculiar, em uma cidade simples. Mas têm uma profundidade incrível.
Talvez o que "A vida do Livreiro A. J. Firky" quis passar, é que todos somos extraordinários em nossa própria simplicidade. E que, através dos livros, podemos viver coisas que jamais viveríamos na vida real.
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Danielle 06/09/2014

Me surpreendeu
Muito bom
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Fernanda 09/09/2014

"Às vezes os livros só nos encontram no momento certo."
A.J. Fikry é o dono da única livraria da pequena cidade de Alice Island, a Island Books, cujo slogan é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo”. A.J. ainda sofre muito pela morte de sua mulher e se tornou um ranzinza e passou a ter uma vida muito solitária. As vendas de sua pequena livraria não andam nada bem, o que não é de se estranhar, já que ele possuiu um gosto literário bem específico e só vende livros que atendem a esse gosto. Tudo em sua vida parece dar errado, principalmente quando um de seus livros mais valiosos é roubado, até que o inesperado acontece: Uma pequena entrega feita em sua livraria muda completamente a sua vida e o rabugento livreiro tem uma nova chance de encontrar a felicidade.

A Vida do Livreiro A.J. Fikry me encantou completamente! A história é simples e às vezes até um pouco previsível, mas é tão gostosa e realística que você acaba devorando cada página. O livro é bem pequeno, e confesso que gostaria que fosse um pouco maior, já que algumas vezes senti que a linha do tempo mudava rápido demais (algumas vezes até esquecia quanto tempo já havia se passado e me embolava), mas é narrada de uma forma tão natural e tranquila que você acaba não se importando com outras coisas além de acompanhar a história do livreiro e dos moradores de Alice Island, que acabaram virando uma grande família.

De início o protagonista aparenta ser o mais chato do mundo, mas conforme a história é desenvolvida passamos a entendê-lo melhor, e acabamos o acolhendo. O livro possuiu alguns personagens secundários que não são tão aprofundados, mas que achei que foram trabalhados na medida certa, o suficiente pra nos cativar e se encaixar na trama. Lambiase, um policial completamente fiel ao estereótipo, foi um personagem divertido e que adorei a forma como ele acabou se apaixonando pelo mundo dos livros. E Maya, que criança esperta, um amor! Foram os que mais me cativaram.

Narrado em terceira pessoa, e diferente do que possa parecer (eu me enganei nessa parte), a história não tem um grande foco no roubo do livro. É uma atmosfera mais realista, então não esperem grandes mistérios, reviravoltas ou romances avassaladores. Óbvio que no final todas as perguntas são respondidas, inclusive sobre o pacote que é deixado na livraria. Mas o foco é muito sobre a transformação de um homem após a chegada de uma grande surpresa em sua vida, que o faz rever todos os seus objetivos e que nos encanta, ensina e conquista a cada página com o tamanho do seu coração. Outra coisa bem interessante no livro é como os personagens acabam se interligando e viram essa grande família, toda a cidade nota a mudança de A.J e mais uma vez os livros enfeitiçam a pequena cidade de Alice Island.

O livro é cheio de referências literárias e cada capítulo é separado por comentários de A.J sobre algum livro que ele leu. Como uma apaixonada por livros, sempre gosto de livros que mencionem outros livros ou falem sobre livros, como esse. Como a própria sinopse diz: A Vida do Livreiro A.J. Fikry é “uma carta de amor para o mundo dos livros”. É impossível não se sentir tocada com a história, desperta no leitor algumas emoções e fica uma mensagem final muito bonita também, sobre a vida, como ela sempre reserva algumas surpresas e sempre segue em frente. Leitura obrigatória aos amantes de livros!

site: http://viciosemtres.blogspot.com.br/
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marypaixao 09/09/2014

A.J. Fikry tem uma livraria chamada Island Books na pequena Alice Island. Ele é conhecido por seu humor rabugento, que piorou desde que sua mulher morreu, e sua vida anda sem rumo e sem muito sentido. Até que duas coisas acontecem que mudam a vida dele singularmente: seu exemplar raríssimo de poemas de Poe é roubado e um pacote encantador é deixado em sua livraria.

Não sei se eu gostei tanto desse livro porque já fui livreira e adoro o tema sobre livros/livrarias/mercado editorial, mas esse livro foi uma grata surpresa. Encantador e realista, uma leitura leve, mas também por vezes profunda. E, ainda, com indicações de livros iniciando cada capítulo.

A.J. é rabugento, mas aos poucos conquista o leitor. Pelo sua falta de jeito, pela sua esperança renovada, pelas suas tímidas conquistas ao longo da narrativa. Um homem que já estava cansado da vida e tem sua energia recarregada por causa das novas pessoas que entram em sua vida e aos poucos o faz perceber um novo sentido.

Além do A.J., todo os outros personagens são ótimos. Cada um tem sua participação singular no livro, cada um ajuda e é ajudado por A.J. Pessoas que já se conheciam se olhando de modo diferente, ajudados por um novo olhar. Acompanhar o crescimento de uma personagem em especial é incrível, encantador, de uma singeleza absurda. Faz toda a diferença na vida do A.J., ensinando-o a ser melhor.

Com tudo isso, a história é coesa, fluida, por vezes dramática, mas na maioria do tempo encantadora. São alguns personagens e algumas perspectivas, em terceira pessoa, que se entrelaçam como se fosse um novelo. Um livro curto, pra amar mais os livros e se deliciar com a beleza da vida.

site: www.muitopoucocritica.com
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Manuella_3 10/09/2014

O que parecia apenas uma leitura divertida, a princípio, revelou-se uma história muito gostosa e envolvente, com boa dose de drama e mistério, mas sem perder a leveza. A autora Gabrielle Zevin criou personagens empáticos, engraçados e que conquistam, definitivamente, o leitor.

A.J. Fikry é um viúvo solitário, um livreiro ranzinza, dono da única livraria da ilha em que mora. A monotonia de seus dias é preenchida pela saudade da esposa – que movimentava a vida da cidade com eventos literários na livraria -, a preferência pelos livros clássicos e a rabugice com os representantes de editoras. Seu sonho de aposentadoria é a venda do raríssimo livro Tamerlane, que guarda em casa numa redoma com segredo. Até que o livro é roubado e A.J. precisa contar com o dedicado policial Lambiase para resolver o problema.

Um dia, ao voltar da corrida, A.J. Fikry encontra uma garotinha de dois anos abandonada na livraria, com um bilhete da mãe e um pedido irresistível. A partir desse encontro, a pequena Maya vai mudar não só a caótica vida do livreiro, mas também de toda a comunidade da ilha e da endividada Island Books.

Comecei a leitura sem expectativas, o tema é curioso: a vida de um amante de livros que tomou a paixão por profissão. A narrativa é leve, os personagens são bem construídos e todos eles, sem exceção, têm participação importante na trama. Estão ali para contar uma boa história. E que história, caro leitor! Gabrielle Zevin compõe uma atmosfera de aconchego na Island Books, insere segredos, tensão e drama de um jeito sutil, enquanto cativa o leitor com as dificuldades que A.J. enfrenta.

Com várias citações e referências a livros, alguns conhecidos e outros que merecem a verificação, a leitura é um deleite para os apaixonados por literatura. Cada capítulo começa com uma observação de A.J. sobre algum livro ou conto, cujo conteúdo estará nas entrelinhas das páginas seguintes.

“Mas também acho que minha nova reação está relacionada com a necessidade de encontrarmos histórias no momento certo de nossas vidas. Lembre, Maya: as coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é verdade para livros e para a vida.” (A. J. Fikry, p. 37)

Há uma personagem deliciosamente carismática: Amelia, a doce e estabanada representante da Editora Pterodactyl. Mal recebida por A.J. na primeira visita à loja, aos poucos cresce entre eles o interesse, a saudade e, por fim, a paixão.

Os anos passam, Maya desenvolve um nítido talento literário, a livraria incrementa as vendas e atrai muitos leitores em encontros do Clube do Livro, aumentando a ligação entre esses personagens tão peculiares e queridos – entre si e também com o leitor. Então a autora faz pesar uma vez mais a mão do destino... E comove.

A Vida do Livreiro A.J. Fikry é uma história que celebra o amor pelos livros, numa conversa metalinguística que fala principalmente de encontros, da vida que muda a toda hora e não pede licença. Do quanto precisamos viver intensamente o momento presente (clichê?) e de como nossas ligações afetivas são determinantes. Acredite: ao terminar o livro, leitor, você sentirá uma leveza, um calor na alma.

Resenha publicada no blog As Meninas que Leem Livros:
http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2014/07/a-vida-do-livreiro-aj-fikry.html
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