Enquanto a Chuva Caía

Enquanto a Chuva Caía Chris Melo




Resenhas - Enquanto a chuva caía


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ValGouveia 13/10/2014

Enquanto a chuva caía - Christine M.
Como esse livro me surpreendeu!!
Tem alguns momentos que termino um livro e fico meio sem saber o que ler, fico sem inspiração mesmo pra ler. Pego um, abandono. Pego outro, abandono. E com esse livro aconteceu exatamente isso. Peguei vários antes dele. E abandonei todos. Quando peguei este e comecei a ler, logo na primeira página, sabia que iria ler até parar, sem desistir.
A autora é brasileira nunca havia lido nada dela, e que livro sensacional!!! Muito bem escrito, a história toda coerente, sem enrolações, personagens maduros, romance nada forçado, e até um pouco de suspense, o que na minha opinião, deixou o livro ainda melhor.
A capa é um show à parte. Tudo a ver com a personagem (Marina). A história é narrada pelo ponto de vista dos dois personagens: Erik e Marina. O que faz com que a gente entenda bem toda a história.

Ambos são cheio de segredos, carregam cargas pesadas demais do passado.

Ela, perdeu o marido para a guerra. Teve que assumir a presidência da empresa, após o pai ser diagnosticado com Alzheimer e visita regularmente o cemitério, todos os dias, pra conversar com o marido morto.

Ele, advogado, com uma "ex" namorada (filha de juiz) sequestrada por bandidos,que nunca foi encontrada. Mas que tem como principal atividade trabalhar como exterminador e queima de arquivo. E ama essa vida dupla.

"A verdade é que eu não sei equilibrar o desejo de proximidade com o medo da intimidade, pois querer o todo do outro, inclui oferecer o seu todo, e eu tenho um pedaço do qual não me orgulho e que prefiro manter escondido".

Os dois se encontram quando Erik é enviado ao EUA, para investigar o passado de um americano, dono de uma empresa envolvida com lavagem de dinheiro e corrupção. Mas mal sabe ele o que o aguarda.

Mesmo tendo tanta dor guardada dentro de si, Marina é leve, divertida. Não faz o tipo sofrida e coitadinha que acaba irritando a gente. E Erik é fofo, sem fazer o estilo "meloso". Se encanta pelas coisas mais naturais em Marina: ela saindo do banho, enrolada na toalha. Descabelada, após ter dado voltas de bicicleta.
Quando se vê obrigado a passar um tempo longe de Marina, Erik percebe o quanto ela faz falta e começa a pensar num futuro em que caibam os dois juntos. Não percebi nele a vontade de se desvincular da vida ilícita, mas ele começa a colocar como prioridade a união entre ele e Marina.

"Marina, não vou prometer que a gente nunca vai se perder um do outro. Alguns casais se perdem morando na mesma casa. Mas estou te dizendo que, quando eu fecho os olhos e imagino o futuro, é você que está no sofá tomando cerveja e assistindo algum jogo de basquete comigo".

E foi isso que me encantou no personagem, porque apesar de ter uma parte sombria, de aparentemente ser um bad boy, é romântico e em muitos momentos, chega a ser poético, sem parecer forçado.

A autora em todo início de capítulo, colocou trechos de músicas. Muitas brasileiras. Tem Jota Quest, Marisa Monte, Nando Reis, e muiiiitas outras bandas e cantores. A escrita é simples, envolvente e inteligente. Adorei a forma como ela escreve.

Enfim, um livro cheio de romance, drama, paixão, suspense e muitos mistérios. Mas também tem humor, o que fez com que o livro não ficasse "pesado". Pra mim um livro completo ;)

site: http://valgouveia.blogspot.com.br/
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Priscila 21/10/2014

um quê de suspense policial com toques de romance
Pois é isso msm. Esse livro tem de td... Romance, dramas, suspense policial, bandidos, mocinhos, canalhas e amor. Isso faz de enqto a chuva caia um livro perfeito e cheio de quero mais. Podia ate ter uma continuação. Já que Marina e Erick viveram felizes para sempre. Mas sera msm?! E James é o canalha que todas queriam. Amei a historia e o romance do livro.
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Kelly 27/11/2014

Cada vez me surpreendo mais, com a desenvoltura dos nossos escritores nacionais, e apesar da minha estante estar cheia de livros internacionais pra ler.. Não estou sentindo falta kkkk Mas vamos ao que interessa..

Como a minha Bienal desse ano estava cheia de acontecimentos deliciosos, é claro que a Christine M. não poderia faltar, pois também tive o grande prazer de conhece-la!! Outra fofa, amorosa a super atenciosa como todos os outros escritores que estavam no Stand da N.C.

Mas vamos a resenha:


"Dúvida. É isso que te faz sair de onde está. É a dúvida, e não a certeza, que te tira o sossego e bagunça o que estava indo perfeitamente bem. Foi uma dúvida que me fez sair da cama, em plena madrugada, andar a passos lentos e silenciosos em direção aquela pasta. E agora essa mesma dúvida me faz parar e temer o que vou encontrar dentro dela, pois, seja lá o que for, sei que pode me fazer perder de vez o homem que amo."

O livro vai contar o romance inesperado de Marina e Erick.

Marina é uma jovem de 26 anos, cheia de traumas e perdas, se casou aos 20 anos, quando seu marido se alistou pro exército e ficou viúva dois anos depois, sem ter a oportunidade de curtir o marido, que foi e nunca mais voltou. Fora isso, nesse momento ela está se tornando a CEO de uma das empresas de auditoria mais importante dos EUA, e apesar de ter crescido dentro da empresa, agora vai ter que comanda-la, já que seu pai, aquele que sempre ocupou a cadeira da Diretoria, esta com Alzheimer e terá que ser internado.

Do outro lado temos Erick, o brasileiro que como ele mesmo se apresenta, trabalha fazendo faxina na sujeirada do país kkkk. Erick é pago pela policia, para caçar bandidos, tirar informações deles e na maioria das vezes mata-los e por fim as provas.
Sua vida poderia ser diferente, mas apesar de Erick gostar daquilo que faz, e ter amor pela adrenalina que sente a cada serviço, ele também sofreu uma perda até então irreparável, sua noiva, filha de um juiz famoso, foi sequestrada e esta desaparecida há 2 anos. E por mais que ele tente não consegue encontrá-la.


"Vida é o que acontece entre uma coisa e outra."

Após passar por alguns problemas no Brasil, Erick é despachado para Nova York, sua vida e de sua família correm perigo, pessoas querem matá-lo e não vão medir esforços para alcançá-lo. Sendo assim ele esta de mudança, ou melhor dizendo... férias.Esta sendo transferido para um lugar novo, com uma vida nova e um emprego novo.

Ele não esta feliz, gosta da vida que tem, e não tem o menor prazer ou curiosidade de morar fora, mas talvez tudo possa melhorar... pois ele esta prestes a conhecer Marina!

O livro é tudo de bom!!! O romance é contado por ambas as partes, alternando capítulos entre o Erick e a Marina, e eu já declarei aqui o quanto amo poder ter ideia do que os dois estão sentindo.

Marina sofre horrores pela perda do marido que mal teve tempo de conhecer, e eu meio que entendo a dor dela. As vezes me peguei pensando se a autora passou por uma perda assim ou algo parecido, pois é impossível não se comover com a dor da personagem, e digo isso pelo Erick também, ele sofreu uma perda e tem medo de passar por ela de novo.


"Não notamos o sofrimento alheio porque, na maior parte do tempo, estamos ocupados sentindo pena de nós mesmos."

Tudo na vida da Marina, é controlado e manipulado por pessoas ao seu redor, e ela se sente bem assim, até conhecer o advogado barbudo Erick Gouveia que acaba de ser contratado para trabalhar no jurídico de sua empresa.

É ai que ela resolve voltar a viver, se reaproximar dos amigos perdidos e se dar uma chance de ser feliz..

Não foi amor a primeira vista, mas houve um interesse e confesso que gostei da forma como a autora desenrolou o romance, uma amizade atraente que aos poucos virou amor.

Duas pessoas repletas de segredos que aos poucos começaram a confiar uma na outra, até não poderem mais se separar.


"Como definir a delícia que é te-la em meus braços: Eu perco a razão, perco os pensamentos e só quero que dure para sempre."

O livro é quente, mas na medida certa! Sem palavras grosseiras, apenas amor... Muito engraçado também.. Confesso que ri muito com o Erick, já que ele tem aquele jeitinho brasileiro de ser..

Um história cheia de mistérios e romance que merece muito ser lida. Todos os personagens foram muito bem construídos, confesso que achei que James fosse se declarar para Marina, depois achei que ele era o vilão da história. Resumindo, ela escreveu tão bem os personagens, que é impossível adivinhar que caminho a história vai percorrer, e sendo assim você não tem outra opção a não ser ler até a última pagina kkkkkk.

Cada capitulo é iniciado com o trecho de uma música nacional, que dá sentido ao que vai ser lido, sem falar no titulo do livro que tem tudo a ver com história, já que Marina acredita que na sua vida só acontecem coisas boas em dias chuvosos, e é no meio de uma dessas chuvas que ela conhece Erick.

As músicas são perfeitas, e muito bem escolhidas, uma ótima playlist para acompanhar a leitura! A capa é divinamente bela e o romance? Bom! Esse vou deixar pra vocês descobrirem....


"De longe, a vida é óbvia e tudo parece corriqueiro. No entanto, se nos aproximarmos e invadirmos a linha do íntimo, do secreto e do individual, notaremos que, quanto mais de perto, mais complicado, mais difícil, mais único, mais indecifrável."

Galera super beijokas e até a próxima!! Espero que tenham gostado e que se aventurem nessa história.

site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Fabi Brandes 05/12/2014

Olá leitores, tudo bem? Como andam as leituras nesse fim de ano? Vim aqui para falar a vocês sobre o livro "Enquanto a chuva caía." Desde que esse livro foi lançado, eu fiquei curiosa para poder ler essa trama, e é com muita alegria que eu digo a vocês que ela é excelente. Christine é uma autora nacional que já ganhou meu coração. A narrativa é muito rápida e com capítulos curtos, mas o mais importante: não há tempo parado na história, é ação o tempo todo!

Apresento o jovem Erik, que na flor da idade é um cúmplice de polícia do. O papel dele? " Limpar a sociedade", dar jeito em bandido às escuras pra que eles não incomodem mais. A vida dele é assim: sempre recebendo envelopes para uma mais nova missão, claro, somente sua irmã Clarice é quem sabe desse serviço. Mas a vida dele nem sempre foi assim, ele é apenas mais uma vítima do crime, e um mistério ronda seus pensamentos.

Eis que um dia o chefe dele manda um último envelope: ele iria se aposentar, virar um advogado normal na grande NY, trabalhando em uma empresa multinacional. Porém, mal sabe ele que está indo em missão. Pior ainda, ele conhece a jovem viúva Marina, que aos 27 anos de idade vai todos os dias ao bairro do Brooklin visitar o falecido marido. Lá, ela senta embaixo de uma árvore e conversa com o falecido, no local em que as cinzas foram despejadas. Esse ritual macabro é realizado todos os dias por ela, durante dois anos. A vida dela fica pior quando seu pai, Presidente da empresa, é afastado com Alzheimer e ela se vê obrigada a assumir a empresa, surpreendendo a todos com seu brilhante desempenho.

Um dia, ela conhece seu mais novo funcionário Erik, por um acaso do destino, enquanto a chuva caía. Para Marina, a chuva sempre trouxe coisas boas, portanto, a autora faz uma série de associações dos fatos de acordo com o clima do momento, muito interessante essa jogada. Os dois se conhecem, e enquanto Erik só quer curtição, Marina se pergunta se ele não seria um bom pretendente, já que ele é sexy, alto e atraente, e ela, bem, ela está literalmente na seca desde que o marido se foi.

A partir daí, os fatos se desenrolam e não é difícil imaginar que os dois se apaixonem, né gente? Gostei de não haver um triângulo amoroso no livro, só senti falta de um pouquinho mais de descrição nas cenas de romance. No mais, eu recomendo o livro, que é super empolgante e vai te prender até a última página! Também achei muito dez a ideia da autora abrir cada capítulo com um trecho de uma música, deixa o livro bem mais poético!

site: www.amoreselivros.blogspot.com
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Ana Luiza 22/12/2014

Resenha do blog Mademoiselle Loves Books
De dia, Erik é um advogado comum, mas de noite ele trabalha para a polícia, apesar de não ser um policial. Onde a lei falha, lá está ele. Inteligente e mortal, Erik faz o que é preciso fazer, seja conseguir informações ou matar um criminoso que conseguiu escapar da justiça. Mas Erik não é um justiceiro ou um herói, fato do qual ele está bem ciente e não o impede de amar sua vida recheada de adrenalina, segredos e perigos. Erik é o melhor no que faz, mas, um dia, ele comete um erro e se vê obrigado a se afastar antes que sua família pague pelos seus deslizes. Sua chefia organiza tudo e, assim, ele parte para Nova Iorque, onde trabalhará como advogado para uma grande empresa.

A empresa de Marina, uma jovem viúva que se vê forçada a assumir os negócios da família quando seu pai perde a lucidez para o Alzheimer. Todos, inclusive Marina, acreditavam que ela iria arruinar tudo, entretanto, sobre sua liderança, a empresa acaba crescendo bastante, mais do que quando seus pais estavam no comando. Mas o sucesso na carreira não é o suficiente para fazer Marina superar a perda do amado marido, que morreu na guerra. Marina está quebrada e nada nem ninguém parece ser o suficiente para devolver a ela a felicidade.

Erik se vê atraído por Marina logo que a vê. Mas envolver-se com a diretora da empresa onde trabalha é exatamente o oposto de se manter despercebido, o motivo para qual ele foi enviado para os EUA. Mas Erik cria verdadeira obsessão por Marina e começa a cavar todo o tipo de informação sobre ela, mesmo que não há grandes coisas a se saber. O mesmo não pode ser dito sobre os pais da garota, que guardam um passado nebuloso, o que Erik logo percebe quando começa a trabalhar em um processo contra o pai da garota. Entretanto, nada do passado sombrio dos pais parece ter sido ter herdado pela filha, mas, talvez, Erik não tenha desvendado Marina o tanto o quanto ele acha que o fez.

Marina também se vê atraída pelo novo advogado bonito e charmoso da sua empresa. Ela sabe que um relacionamento com um de seus empregados não é muito desejável, mas quem disse que a garota quer um relacionamento? Quando Erick promete que nada do que eles venham a ter chegará a entrar nos limites da empresa, Marina não vê mais nenhum motivo para se manter distante, especialmente porque Erick, como ela, também não busca nada sério. Contudo, o que começa como apenas uma atração física pode evoluir para algo a mais. Mas se envolver de forma mais profunda tem vários riscos e além de não saberem se estão prontos e se realmente desejam algo mais sério, tanto quanto Marina e Erick começam a se perguntar se conhecem realmente a pessoa ao seu lado. Quando fica claro que tanto Erick quanto Marina guardam segredos, eles precisam decidir se vale a pena correr o risco ou se devem simplesmente esquecer que algum dia estiveram juntos.

Fiquei louca para ler Enquanto a chuva caía após participar de um bate-papo com a autora durante a Bienal de São Paulo de 2014. Entretanto, acabei adiando a leitura do livro e, quando finalmente o tirei da minha estante, me arrependi de não ter o feito mais cedo.

Enquanto a chuva caía é uma leitura rápida e envolvente. O romance tem umas pitadas de suspense e ação, o que o deixa ainda melhor. A obra e os personagens, especialmente Erik, me conquistaram logo no início e, apesar de ter alguns pontos previsíveis, o desenvolvimento da trama conseguiu me agradar bastante. A narrativa em primeira pessoa da autora é muito boa e reflete muito da personalidade de quem está narrando. Adorei que a história tenha sido contada pela visão de Erik e de Marina, a alternância de perspectiva deixou a leitura mais dinâmica.

Todos os personagens têm personalidade e papel na trama. Algo que me chamou atenção e que gostei muito é que, diferente de grande parte dos romances que tem saído, o casal de Enquanto a chuva caía foge dos estereótipos. Erik não é um cara perfeito e sim um homem cheio de segredos e um passado marcado por erros. Me desagradou um pouco o fato de a autora ter deixado, nas entrelinhas, a mensagem de que não era errado o modo como Erik agia, fora da lei, como um “justiceiro” pago. As leis existem por uma razão e só porque ela muitas vezes falha, não significa que devemos sair por aí fazendo justiça com as próprias mãos ou pagar alguém para isso. Também adorei a Marina, que em vez de mocinha inocente e frágil é uma mulher forte, bem sucedida e determinada a fazer o certo. Entretanto, apesar de não serem pessoas fracas ou passivas, a autora deixa bem claro que Marina e Erik são humanos e consegue mostrar fragilidade em ambos, mas sem desconstruí-los.

Enquanto a chuva caía foi uma ótima leitura, recheada de romance, drama, mistério e ação. Adorei o livro, que me deixou muito curiosa por outras obras da autora. A obra é perfeita para quem procura um bom romance, mas que foge um pouco dos padrões.

Quanto a edição, não tenho nenhuma reclamação. A diagramação estava boa, com detalhes fofos que enriqueceram o livro. Os trechos de música no início de cada capítulo dão ao livro trilha sonora própria, que adorei, claro. O tamanho e tipo de fonte também estavam bons e as páginas amareladas ajudaram a deixar a leitura ainda mais rápida. Gosto bastante dessa capa, que é ao mesmo tempo sombria, misteriosa, e romântica, assim como o livro.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com/2014/12/resenha-enquanto-chuva-caia-christine-m.html
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Bruna 24/12/2014

original e envolvente
Confesso que eu costumava ter certo preconceito contra autores Brasileiros, mas Chris abriu meus olhos com "Enquanto a chuva caía". Repleto de frases profundas e inspiradoras, com personagens que pulam das páginas de tão bem caracterizados. AMEI.. Estou acostumada a ler livros em que o personagem dono de impérios, o CEO de uma empresa multimilionária é sempre masculino. No começo até estranhei.. Mas Marina arrasou nesse papel.. Não consegui parar de ler.. Super Recomendo!
"Talvez ser feliz seja somente confiar que a tristeza não será eterna, que dias bons e ruins se alternarão e que em todos eles vai existir quem te faça companhia." Página 268


site: sempre-nos-encontraremos.tumblr. com
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Vicky 27/12/2014

A chuva é minha amiga...
Creio que muitos leitores conhecem a sensação de ler um livro e ficar pensando nele por um tempão. Acordar no meio da noite certo de que ouviu os personagens conversando bem ali, no seu quarto. Imaginar como seria se você se deparasse com eles, como seria suas vozes, embora você já tenha uma certa noção. Criar novos finais para o livro em sua cabeça, embora nenhum deles chegue aos pés do original. Perguntar a si mesmo se um dia conseguiria escrever alguma coisa semelhante e concluir sempre que não, que na verdade ninguém conseguiria. Com certeza há muitos outros exemplos de efeitos colaterais de uma leitura como essa. Por hora, essas são suficientes. Isso porque Enquanto a Chuva Caía é um livro que cria um novo retrato da literatura nacional moderna. A escrita de Christine Melo é uma coisa realmente fantástica e cara, eu estou simplesmente travada, não sei o que dizer!

Para começar a sinopse já apresenta uma história de tirar o fôlego. Espaço para segredo: admito que quando vi o livro no Facebook da NC não dei muito ibope para a história, porque a minha lista já estava muito grande. Mas daí as resenhas começaram a pipocar no meu face e logo eu estava pirando para ler o livro o mais depressa possível. Tomei um conhecimento mais profundo da Chris e vi que ela é um ícone, uma referência quando se trata de literatura brasileira moderna. Comprei o livro na Bienal. Conheci a Diva. Li o livro em menos de 24 horas. Quase infartei.

Essa linha histórica é a melhor para se expressar o que ocorreu comigo. O livro me capturou de uma forma muito intensa e peço desculpas caso eu não consiga me expressar muito bem. Para começar, vamos falar da escrita. Melo tem um talento especial, por conseguir equilibrar tão bem o enredo da história nas mãos de seus protagonistas. A narração é feita em primeira pessoa pela Marina e pelo Erik e não, não é confuso. Não há uma identificação de quem está falando ao começar o capítulo e isso não faz falta alguma. Quando fala por meio de Marina, Christine apresenta uma narrativa mais doce, sensível e feminina. Quando é Erik narrando, a leitura fica mais agitada, mais máscula e digna do personagem. É uma combinação totalmente perfeita. A história é tão intensa que uma narrativa em terceira pessoa não daria conta do recado e apenas um narrador não expressaria o necessário. Logo, com os dois protagonistas narrando o livro, conhecemos melhor as particularidades e personalidade de cada um e isso faz com que nos apeguemos intensa e profundamente a eles. Decidi que isso é bom. Terminei o livro há dezessete dias e ainda estou muito envolvida.

Os personagem também são bem definidos. A narração em primeira pessoa já consegue nos passar uma impressão boa de cada um e como eles são, mas além disso as descrições presentes nos livros também estão presentes. E isso não se limita apenas à descrição física, feita muito bem, aliás. Também inclui os medos, pecados, lembranças, personalidade, pensamento, opinião e todo o mais que você quiser acrescentar. Melo criou personagens humanos, que não fazem tudo certinho, não são mocinhas e nem são heróis. Toda essa humanidade tornou a leitura mais confortável, pois os erros que eles cometem poderiam ser nossos, as dúvidas deles também poderiam ser as nossas. Eles não são nenhum senhor ou senhorita perfeita, como anda acontecendo em alguns livros ultimamente. E como a própria sinopse já deixa claro, não são mocinha ou herói. Todos eles têm seu lado obscuro.

A originalidade da história também me chamou a atenção. Eu nunca vi um livro com premissa semelhante e é justamente por isso que eu não sabia o que esperar do livro e é também por isso que eu me surpreendi. A autora nos guia através de seus personagens numa história imprevisível, onde toda aquele humanidade dos personagens não nos deixa sequer formar uma hipótese do que se sucederá. Realmente gostei disso, foi uma experiência incrivelmente empolgante, ler com os olhos vendados. Nisso pode-se incluir totalmente o final e o pré-final, que trouxeram um clímax e um desfecho incríveis. É meio bombástico demais a forma como tudo acontece e isso é um pontaço para o livro.

Não encontrei erros significativos no livro de revisão ou diagramação e isso foi bacana. A capa está simplesmente perfeita, do tipo que chamaria a minha atenção caso eu não soubesse do que o livro se trata e faz jus ao título e significado da obra. Os trechos de música no início de cada capítulo deixam um gostinho do que vai acontecer nas próximas cenas, o que torna o livro um jogo interessante. A letra está de tamanho perfeito e diferente do comum dos livros e sim, eu TAMBÉM gostei disso.

Enfim, Enquanto a Chuva Caía é o tipo de livro que encanta todo tipo de leitor porque mistura praticamente todos os gêneros literários. Chris agora ganhou uma FFF (fiel fã fanática) para o resto de sua vida e carreira que eu espero que dure mais uns bons duzentos anos. Quero mais Christine Melo, quero mais dessa escrita maravilhosa! Que venha Sob a Luz dos Seus Olhos! Leiam esse livro, galera, simplesmente leiam! Vocês não se arrependerão do tempo rico que passarão lendo esse romance, muito menos da noite que adentrará virando as páginas. Concordo com a Mariana Mortani do Magia Literária: A Chris é o tipo de escritora que eu quero ser e escrever tão bem quanto ela quando crescer. Escritora imperdível!

site: http://omundosecretodavick.blogspot.com/
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Priscila 04/01/2015

Resenha do Blog Sou eu, Pri!
Geralmente chuva e tempestade têm sinônimo de mau agouro, mas não para esse casal. As coisas mais importantes para eles aconteceram debaixo de tempestade.

Erick é um agente duplo , na verdade ele é advogado formado, mas sua vocação é o perigo. Ele trabalaa para a polícia, fazendo a parte suja. Na verdade, durante todo o livro, ele não denominou a sua profissão. Então vamos deixar como “agente duplo”.
Ele perdeu os pais cedo e, em seu último relacionamento, sua namorada foi morta. Erick tem uma irmã mais velha, Clarice, que é uma fofa. Ela é casada e tem dois filhos. Ela não sabe que o irmão é assassino, apenas sabe que ele passa informações à policia.

O chefe de Erick decide dar umas férias forçadas e ele vai pra Nova Iorque comelar uma nova vida. A princípio seria fácil: seis meses exercendo a função de advogado em uma empresa multinacional e só. Pensou que até daria pra aguentar.

Marina passou a ser Presidente da empresa de seu pai, uma grande multinacional, no cargo que antes eram de seus pais. Seu pai começa a dar defeito, ele sofre de Alzheimer e a doença só piora. Sua mãe a nomeia, controlando de longe, e passa a cuidar dele em casa.

Marina é muito jovem e já sofreu bastante. Casou-se muito nova e seu jovem marido, médico, se alistou no exército morrendo na guerra do Iraque. Ela tinha vinte e poucos anos, já era viúva e acabava de perder seu bebê. Adam nem chegou a saber que seria pai.
Depois de tantas perdas, ela pega as cinzas do marido e joga aos pés de uma árvore, num dos cemitérios mais famosos de NY. E pra lá ela ia, todos os dias, fazendo chuva ou sol, conversar com o vento, na verdade, com Adam.



Chuva para Marina era sinônimo de sorte, e numa tempestade seu pneu fura e Erick a ajuda a trocar. A atração é imediata, mas comportaram-se já que ela era a chefe e ele do departamento jurídico da empresa.

No decorrer do livro, Erick fica responsável por um processo e acaba descobrindo coisas obscuras sobre a família de marina e, a esta altura, os dois já estavam tão envolvidos a ponto de necessitarem da presença um do outro para curar as feridas.
Erick acaba se envolvendo demais no processo, pois ele tem ímã pra atrair perigo, e nosso casal acaba se afastando. Neste momento, o pai de Marina precisa ser internado e a nossa jovem mocinha está sozinha.

Muitas coisas acontecem e nem sempre quem está mais próximo é assim tão amigo...

O livro tem uma boa trama e me prendeu. O romance convence e os outros personagens (amigos de Marina) são ótimos. Há uma Priscila no livro!! James é o melhor deles: é o amigo sacana, de todas as horas, mulherengo e que não vai casar nunca na vida. Marina é a jovem sofredora que veste a roupa de Super-Moça, e aguenta qualquer barra e Erick, ah... Erick faz o estilo bad-boy sarcástico, com humor negro inteligente, no melhor estilo Tony Stark.

Adorei o livro e li em 3 dias. Recomendo pra quem quer sair do romance fantástico, romance erótico ou romance de época. Eu diria que esse é um romance real, hahaha...

site: http://soueupri.blogspot.com.br/
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andersonvbranco 26/07/2014

É perigoso, comovente, real e muito bonito, uma combinação perfeita de adjetivos que tornam um livro um favorito.
Eu me lembro como se fosse ontem do dia quando a capa de Sob A Luz dos Seus Olhos foi divulgada, depois de um livro que seria lançado com uma tiragem pequena, Meus Melhores Rascunhos, também me lembro de ver a autora sendo chamada de Nicholas Sparks de saia e recordo bem dela lançando — inesperadamente — a distopia O Que Não Diz a Lenda, com uma história incrível que vai onde Sparks nunca foi, acabando com a ideia de que lançaria muitos e muitos romances "Sparkianos", depois de ler os dois livros tudo o que me passava pela cabeça era: um romance, uma distopia, qual gênero será o próximo?

A pergunta foi respondida em uma entrevista: um romance policial, porém o mundo é imprevisível e a editora que publicava seus livros fechou acabou com os trabalhos. Felizmente um tempo depois outra editora deu a merecida atenção às palavras de Christine e depois de tudo isso podemos finalmente ler Enquanto A Chuva Caía, obrigado Novo Conceito!

"Entre todas as pessoas estamos nós, nos conhecendo como se tivéssemos nos escolhido pela impossibilidade, irresponsabilidade e estranheza."

A história de Enquanto A Chuva Caía, é bem diferente dos outros romances que encontramos por aí, nada é perfeito (só a escrita da autora, claro). Somos apresentados à dois personagens: Erik, que trabalha como uma espécie de justiceiro que caça criminosos e faz de tudo para descobrir a verdade por trás deles, até os tira o sangue se for preciso; e Marina uma mulher de personalidade forte e suspeita, precocemente viúva e obrigatóriamente CEO da grande empresa de sua família por conta da impossibilidade de que seu pai cuidasse do negócio, já que estava bem doente e é claro muito, muito rica (ainda estou de olho no Cadillac Escalade dela).

Quando se vê ameaçado não há outra escolha para Erik a não ser fugir, e é o que ele faz, junta suas coisas e parte para Nova York e se surpreende por saber que seu antigo chefe o garantiu um emprego na parte jurídica em uma grande empresa — Holmes & Lewis —, que coincidentemente é a empresa de Marina. Eles acabam se conhecendo em um dia de muita chuva, em uma situação inusitada que envolve chuva, o cobiçado carro de Marina e notas de 100 dólares com manchas de graxa.

Um processo envolvendo o pai de Marina acaba aproximando ela de Erik e lentamente se constrói um relacionamento cheio de problemas, segredos e desconfiança.

"Pior e mais perigoso que temer seria deixar alguém conhecer esse medo."

E uma das coisas que mais me chamou a atenção em Enquanto a Chuva Caía foi isso, enquanto Sob a Luz dos Seus Olhos conta sobre um relacionamente sobrenaturalmente perfeito este mostra um romance real onde os dois personagens estão passando por coisas maiores que o amor e acabam percebendo que mesmo conhecendo o físico um do outro perfeitamente conhece apena a superfície do que se passa na cabeça, dos segredos, do passado.

Christine fez outra coisa nova neste livro além do gênero: EACC é seu primeiro livro com dois pontos de vista, Erik e Marina o narram e isso fez com que a profundidade de todo o medo dos dois e o relacionamento fosse muito mais atraente e perigoso aos olhos do leitor que descobre coisas que os personagens não vêem. E não se engane pensando que, assim como em outros livros, você vai se perder sem saber quem está narrando naquele capítulo, a autora soube construir personagens reais o bastante para conhecermos eles tão bem a ponto de saber de quem são aquelas palavras logo nas primeiras linhas do capítulo.

Com um suspense que faz o livro fluir incrivelmente bem e perguntas que vão surgindo durante o decorrer dos poéticos parágrafos de Christine M., Enquanto a Chuva Caía é um livro que fico feliz por ter esperado tanto tempo ansioso para ler pois não poderia estar mais satisfeito. É perigoso, comovente, real e muito bonito, uma combinação perfeita de adjetivos que tornar um livro um favorito. Preciso dizer que recomendo?

Assista ao booktrailer:

site: https://www.youtube.com/watch?v=ktUnW6aDcik
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Alê Lendo 24/01/2015

Li certa vez que se um livro não te enlaça nas primeiras quarenta páginas, dificilmente o fará depois disso.

Claro, sempre há controvérsias em afirmações como esta. Mas esqueçam as primeiras quarenta páginas, eu precisei apenas do primeiro parágrafo:

“A única coisa que não consigo controlar em situações de crise é o batimento cardíaco. Eu faço o que tenho que fazer: interrogo, bato, invado esconderijos e até mato. Tudo bem para mim. Só que faço tudo isso com o coração latejando na minha carótida. Fico calmo, dou até risinhos, mas a veia atravessada no meu pescoço parece querer saltar pele afora, e isso me enerva.”

PAREM AS MÁQUINASSSS!!! Já encontramos um dos melhores livros do ano!

“ENQUANTO A CHUVA CAÍA” é o quarto livro da escritora Paulista CHRISTINE M., e é mais um dos grandes lançamentos do selo NOVAS PÁGINAS da EDITORA NOVO CONCEITO, deste ano.

“Em alguns dias avanço; em outros, retrocedo. Mas ainda não desisti de continuar tentando.”

Porto Alegre, Brasil. ERIK GOUVEIA é advogado e trabalha para a polícia, mas está longe de ser um policial. É Erik quem limpa a sujeira que a justiça não pode - ou não quer - apagar. É ele quem está sempre um passo à frente da investigação. O que vai aonde os olhos da lei não conseguem ir. Quando os dois lados de um crime se apresentam, cada um tem a sua versão, mas Erik tem a verdade. Ele encontra, resolve e extermina, é isso que impulsiona as batidas do seu coração, já que todas as suas emoções foram escoadas para bem longe de seu peito quando sua namorada, filha de um importante juiz, foi raptada e jamais foi encontrada. Todos têm um grande amor na vida e Erik já perdeu o seu.

Mas Erik cometeu um pequeno deslize, um deslize que quase lhe custou a vida. Um tiro o mandou, após longa internação, para uma temporada de descanso forçado na casa de sua única irmã, Cecília, mais velha e extremamente protetora. O que Erik ainda não sabe é que ele está muito encrencado. Bem quando acreditava que iria voltar para sua antiga vida novos acontecimentos determinam que ele precisará se esconder, sumir por uns tempos. O local escolhido como esconderijo é a Holmes & Lewis, uma renomada empresa de auditoria em Nova York, onde Erik irá trabalhar como advogado até que as coisas no Brasil se acalmem.

Nova York, Estados Unidos. MARINA MULLER vai assumir a presidência de uma das maiores e mais bem conceituadas empresas de auditoria do mundo, a Holmes & Lewis. O império construído por seus pais terá que passar para as mão de sua única herdeira, pois seu pai, o admirado Josef Holmes, foi repentinamente consumido pelo Alzheimer.

Marina cresceu nos corredores desta empresa, conhece tudo sobre ela e sabe que está pronta - ainda que prematuramente - para comandá-la. Aliás, prematuridade parece ser o carma de Marina. Ela casou-se aos vinte anos com o grande amor da sua vida, Adam, um médico de carreira promissora que decidiu se alistar para lutar no Iraque. Adam é morto em combate, deixando Marina sem chão e viúva. Agora, aos vinte e seis anos, Marina sente profundamente a falta do pai e a ausência de Adam. A empresa é sua segunda casa, quando não está na Holmes & Lewis, sendo uma CEO exemplar, está sentada em baixo de uma linda árvore no cemitério de Green-Wood, onde jogou as cinzas de Adam e onde costuma passar todos os seus fins de tarde.

“Ele fica perto o suficiente para me socorrer e longe o bastante para me fazer acreditar que minhas imensas é ridículas quedas são apenas escorregões corriqueiros. Acho que essa é a melhor definição de amigo que eu consigo imaginar.”

Depois de tanto tempo lendo e analisando livros é natural acabar se familiarizando com as etapas do desenvolvimento de uma história: situação, quebra da situação, conflito, clímax e desfecho, é isso! Às vezes não necessariamente nestes termos, ou nesta ordem, mas em suma, é isso.

A magia de “ENQUANTO A CHUVA CAÍA” fica na experiência de passar por cada uma dessas etapas sem perceber; ou melhor, tão submerso a trama que não seja possível facilmente apontar quanto da emoção que emerge da história é do personagem ou, inevitavelmente, sua. Me senti envolvida, extasiada e emocionada em cada uma de suas quase 300 páginas, e lhes digo: QUE LIVRO FANTÁSTICO!

Eu li “ENQUANTO A CHUVA CAÍA” em algumas horas, e não foi nem uma, nem duas vezes, que eu parei, arregalei os olhos e pensei: Estamos, oficialmente, produzindo histórias em padrões excepcionais. Agora é só traduzir e exportar para o mundo.

Em “ENQUANTO A CHUVA CAÍA” tudo funcionou com extrema perfeição: uma narrativa pontual, enxuta, assertiva e envolvente, isso tudo somado a personagens arrebatadores em um texto fluído e delicioso. CHRISTINE M. é uma escritora claramente diferenciada pela intensidade de seu texto, e sua alta qualidade técnica salta aos olhos. É um livro indiscutivelmente bem escrito.

“Você é encrenca, eu sempre soube. Mas você é a minha encrenca...”

Gostaria de fazer uma observação pontual aos diálogos. Caros, não é das tarefas mais simples - e fáceis – manter dois personagens interagindo e dialogando de maneira tão passional e eloquente - e por tantas páginas - sem que, em nenhum momento, a trama perca seu rumo e seu ritmo.

Sabe aquele livro que você lê se mexendo? Aqueles que você senta, ri, levanta, suspira, deita, NÃO CONSEGUE ficar quieta, pois bem, assim é a leitura de “ENQUANTO A CHUVA CAÍA”.

E quando eu percebi que as páginas estavam acabando???

A capa deste livro dispensa comentários, é simplesmente MA-RA-VI-LHO-SA. A diagramação é mais um trabalho primoroso da NOVO CONCEITO. Cada começo de capítulo traz a estrofe de uma música, todas muito lindas!!!! Ouvi várias delas durante a leitura.

E para terminar, um dos melhores quotes que já li nesta minha prazerosa e interrupta peregrinação literária:

“Talvez o instinto seja apenas a nossa lógica pegando um atalho para se livrar da burocracia da razão.”
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Lê Golz 08/02/2015

Li Enquanto a chuva caía atraída pela sinopse, mas sem grandes expectativas. E o que aconteceu, foi que mais uma vez, me surpreendi com mais uma obra nacional. O livro foi muito mais do que eu esperava, e me fiz aquela pergunta tão comum ''Por que não li ele antes?".

Nova York. Marina vira presidente da empresa da família, depois que seu pai fica muito doente, e não pode mais levar as coisas adiante. Ela precisa ser forte para comandar os negócios, e ao mesmo tempo se recuperar da morte recente de seu marido, que morreu tão jovem.

Brasil. Erik é um homem misterioso, que cumpre tarefas sinistras, apagando rastros e fazendo o que a justiça não faz. Ele é o melhor no seu trabalho, mas está no ramo a tempo demais, e começa a correr riscos. Precisando sumir do mapa por uns tempos, ele viaja até Nova York, onde começa a trabalhar na empresa de Marina.

Ao se encontrarem pela primeira vez, eles sentiram que algo já havia começado a mudar na vida de ambos. A aproximação acontece aos poucos, mas eles começam a sentir que precisam um do outro, e que passam a nutrir um sentimento especial. Mas Erik e Marina parecem esconder muitos segredos um do outro, muitos deles que virão a tona, e podem ser grandes o suficiente para separá-los.

'' Tento não deixar transparecer que, internamente, estou paralisada e assustada. Pior e mais perigoso do que temer seria deixar alguém conhecer esse medo.'' (p. 15)

Novo Conceito e sua diagramação perfeita, como sempre. As páginas são amareladas, e o tamanho e espaçamento das letras são totalmente confortáveis. Todas as páginas possuem detalhes e o nome da autora e título do livro. E o que mais adorei, foi cada início de capítulo, que continha um verso de alguma música.

A narrativa é feita em primeira pessoa, e é alternada entre os dois personagens. Fiquei totalmente a vontade com a maneira com que a autora conduziu a história, pois sua escrita é deliciosa. Ela conseguiu me prender do início ao fim, e me deixar ansiosa a cada virada de página.

''Estamos juntos, seja lá que realidade paralela é essa. O tempo, o lugar e o mundo são indiferentes. Não me canso de estar com ela, nela e ela em mim.'' (p. 117)

'' Dúvida. É isso que te faz sair de onde está. É a dúvida, e não a certeza, que te tira o sossego e bagunça o que estava indo perfeitamente bem.'' (p. 269)

Estou totalmente encantada com a maturidade da narrativa da autora. Ela criou personagens reais, que foram mostrando seus sentimentos de uma forma muito natural. Gostei muito disso, pois o que foi surgindo entre o casal, não foi algo de imediato, e sim, foi crescendo aos pouquinhos, conforme a convivência. Adorei a maneira com que eles demonstraram o que estavam sentindo.

Como já disse, Erik e Marina me conquistaram muito, e não posso deixar de citar o James, melhor amigo dela, que era um grande confidente e parceiro nas horas difíceis. Muitos outros personagens irão surgindo, e toda uma trama de mistérios também. Ao que tudo indica Erik não estava nos Estados Unidos por acaso, e Marina poderia estar escondendo muitas coisas também.

Esse clima de romance com mistério que a autora criou, foi na medida certa. O tipo de história que me fez querer ler até descobrir os segredos, e torcer muito pelos personagens também. Recomendo até para quem não gosta de romance.

Enquanto a chuva caía irá te mostrar que, mesmo que nossa razão diga que algo está errado e nosso faro prevê encrenca, os sentimentos sempre irão falar mais alto. O passado poderá ser um obstáculo ardiloso, mas poderá ser devidamente vencido. Não foi o melhor livro da minha vida, mas sem dúvida, mereceu cinco estrelas. Se você ainda não leu, eu aconselharia a leitura, esperando que você goste tanto quanto eu!

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2015/02/resenha-enquanto-chuva-caia.html
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Quatro Amigas 11/02/2015

Resenha para o blog www.quatroamigaseumlivroviajante.com
Li certa vez que se um livro não te enlaça nas primeiras quarenta páginas, dificilmente o fará depois disso.

Claro, sempre há controvérsias em afirmações como esta. Mas esqueçam as primeiras quarenta páginas, eu precisei apenas do primeiro parágrafo:


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“A única coisa que não consigo controlar em situações de crise é o batimento cardíaco. Eu faço o que tenho que fazer: interrogo, bato, invado esconderijos e até mato. Tudo bem para mim. Só que faço tudo isso com o coração latejando na minha carótida. Fico calmo, dou até risinhos, mas a veia atravessada no meu pescoço parece querer saltar pele afora, e isso me enerva.”
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PAREM AS MÁQUINASSSS!!!

Já encontramos um dos melhores livros do ano!

“ENQUANTO A CHUVA CAÍA” é o quarto livro da escritora Paulista CHRISTINE M., e é mais um dos grandes lançamentos do selo NOVAS PÁGINAS da EDITORA NOVO CONCEITO, deste ano.

-----------------------------------CITAÇÃO----------------------------------------
“Em alguns dias avanço; em outros, retrocedo. Mas ainda não desisti de continuar tentando.”
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Porto Alegre, Brasil. ERIK GOUVEIA é advogado e trabalha para a polícia, mas está longe de ser um policial. É Erik quem limpa a sujeira que a justiça não pode - ou não quer - apagar. É ele quem está sempre um passo à frente da investigação. O que vai aonde os olhos da lei não conseguem ir. Quando os dois lados de um crime se apresentam, cada um tem a sua versão, mas Erik tem a verdade. Ele encontra, resolve e extermina, é isso que impulsiona as batidas do seu coração, já que todas as suas emoções foram escoadas para bem longe de seu peito quando sua namorada, filha de um importante juiz, foi raptada e jamais foi encontrada. Todos têm um grande amor na vida e Erik já perdeu o seu.

Mas Erik cometeu um pequeno deslize, um deslize que quase lhe custou a vida. Um tiro o mandou, após longa internação, para uma temporada de descanso forçado na casa de sua única irmã, Cecília, mais velha e extremamente protetora. O que Erik ainda não sabe é que ele está muito encrencado. Bem quando acreditava que iria voltar para sua antiga vida novos acontecimentos determinam que ele precisará se esconder, sumir por uns tempos. O local escolhido como esconderijo é a Holmes & Lewis, uma renomada empresa de auditoria em Nova York, onde Erik irá trabalhar como advogado até que as coisas no Brasil se acalmem.

Nova York, Estados Unidos. MARINA MULLER vai assumir a presidência de uma das maiores e mais bem conceituadas empresas de auditoria do mundo, a Holmes & Lewis. O império construído por seus pais terá que passar para as mão de sua única herdeira, pois seu pai, o admirado Josef Holmes, foi repentinamente consumido pelo Alzheimer.

Marina cresceu nos corredores desta empresa, conhece tudo sobre ela e sabe que está pronta - ainda que prematuramente - para comandá-la. Aliás, prematuridade parece ser o carma de Marina. Ela casou-se aos vinte anos com o grande amor da sua vida, Adam, um médico de carreira promissora que decidiu se alistar para lutar no Iraque. Adam é morto em combate, deixando Marina sem chão e viúva. Agora, aos vinte e seis anos, Marina sente profundamente a falta do pai e a ausência de Adam. A empresa é sua segunda casa, quando não está na Holmes & Lewis, sendo uma CEO exemplar, está sentada em baixo de uma linda árvore no cemitério de Green-Wood, onde jogou as cinzas de Adam e onde costuma passar todos os seus fins de tarde.

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“Ele fica perto o suficiente para me socorrer e longe o bastante para me fazer acreditar que minhas imensas é ridículas quedas são apenas escorregões corriqueiros. Acho que essa é a melhor definição de amigo que eu consigo imaginar.”
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Depois de tanto tempo lendo e analisando livros é natural acabar se familiarizando com as etapas do desenvolvimento de uma história: situação, quebra da situação, conflito, clímax e desfecho, é isso! Às vezes não necessariamente nestes termos, ou nesta ordem, mas em suma, é isso.

A magia de “ENQUANTO A CHUVA CAÍA” fica na experiência de passar por cada uma dessas etapas sem perceber; ou melhor, tão submerso a trama que não seja possível facilmente apontar quanto da emoção que emerge da história é do personagem ou, inevitavelmente, sua. Me senti envolvida, extasiada e emocionada em cada uma de suas quase 300 páginas, e lhes digo: QUE LIVRO FANTÁSTICO!

Eu li “ENQUANTO A CHUVA CAÍA” em algumas horas, e não foi nem uma, nem duas vezes, que eu parei, arregalei os olhos e pensei: Estamos, oficialmente, produzindo histórias em padrões excepcionais. Agora é só traduzir e exportar para o mundo.

Em “ENQUANTO A CHUVA CAÍA” tudo funcionou com extrema perfeição: uma narrativa pontual, enxuta, assertiva e envolvente, isso tudo somado a personagens arrebatadores em um texto fluído e delicioso. CHRISTINE M. é uma escritora claramente diferenciada pela intensidade de seu texto, e sua alta qualidade técnica salta aos olhos. É um livro indiscutivelmente bem escrito.

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“Você é encrenca, eu sempre soube. Mas você é a minha encrenca...”
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Gostaria de fazer uma observação pontual aos diálogos. Caros, não é das tarefas mais simples - e fáceis – manter dois personagens interagindo e dialogando de maneira tão passional e eloquente - e por tantas páginas - sem que, em nenhum momento, a trama perca seu rumo e seu ritmo.

Sabe aquele livro que você lê se mexendo? Aqueles que você senta, ri, levanta, suspira, deita, NÃO CONSEGUE ficar quieta, pois bem, assim é a leitura de “ENQUANTO A CHUVA CAÍA”.

E quando eu percebi que as páginas estavam acabando???

A capa deste livro dispensa comentários, é simplesmente MA-RA-VI-LHO-SA. A diagramação é mais um trabalho primoroso da NOVO CONCEITO. Cada começo de capítulo traz a estrofe de uma música, todas muito lindas!!!! Ouvi várias delas durante a leitura.

Obviamente foi a minha indicação no "DIA DO LEITOR" da Novo Conceito
Gente, é isso! Aqui falou uma fã de Literatura Nacional extasiada, animada e feliz! SIM, já estou correndo atrás dos outros livros da Chris M., e estou perseguindo-a em todas as redes sociais.

Também estou pensando em aplicar para ser "beta- reader" da lista de material escolar 2015 que ela possa vir a elaborar para os seus filhos!

E para terminar, um dos melhores quotes que já li nesta minha prazerosa e interrupta peregrinação literária:

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“Talvez o instinto seja apenas a nossa lógica pegando um atalho para se livrar da burocracia da razão.”
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Título: Enquanto A Chuva Caía
Autor: Christine M.
Páginas: 288
Editora: Novo Conceito
Resenha por: Alessandra
Classificação: 5/5 ♡

site: http://www.quatroamigaseumlivroviajante.com/2014/11/resenha-enquanto-chuva-caia-christine-m.html#.VNvq9PnF801
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Gabs 14/02/2015

[Resenha] Enquanto a chuva caía | Christine M.
Confira a mesma resenha em meu blog:http://www.gemices.com.br/2015/01/resenha-enquanto-chuva-caia-christinem.html

A história é narrada em duas perspectivas, Erik e Marina. No início você irá achar confuso já que os capítulos não indicam o ponto de vista de quem, mas depois vocês irão ver que são intercalados.
Bom, Erik é um a gente duplo e faz os trabalhos sujos na policia. Sua irmã Clarice não sabe da parte dele "matar" pessoas que cometem crimes. Agora que Erik está morando com Clarice, se recuperando de um tiro, ele não irá querer entrar em outro relacionamento, já que a sua amada foi morta há um tempo.Seu chefe decide transferir ele para Nova York, e passar uns seis meses por lá, um trabalho fácil nada de assassinatos, apenas trabalhará no departamento jurídico da empresa.

É onde ele conhece Marina, a CEO dessa grande multinacional que antes era controlada pelos seus pais, mas que tão cedo teve que tomar conta, logo após a doença de seu pai, uma suspeita de Alzheimer. Para Marina é tudo tão recente, há uns anos ela perdeu Adam, seu marido e seu filho, na qual ele nunca soubera que seria pai. Adam trabalhava no exército e foi morto no Iraque, desde então Marina passa suas manhãs debaixo de uma árvore conversando com as cinzas do marido falecido.
É então em um dia de chuva, que Erik tem seu primeiro contato com a sua "chefe", o pneu dela fura e ele vai ajudá-la a trocar. O coração de Marina bate forte, mas ela não pode se demonstrar tão afetiva já que é a chefe de Erik. Porém, ele também sente a mesma atração mas mostra se desinteressado. Até porque ambos sofreram perdas quase iguais.

"A gente sabe que o depois está fora de controle. Talvez o futuro cometa a indelicadeza de não acontecer, me tirando a chance de ocupar todas as partes em branco deste papel. Exatamente por isso, resolvi começar com algo que já tínhamos vivido. Eu quero mais" (Página 189)

Marina se candidata a ajudar Erik a conhecer Nova York, e nesses encontros eles acabam tenho um relacionamento as escondidas. Só o melhor amigo de Marina, James, é que sabe sobre esse caso. Ele é o mulherengo do livro, vamos se dizer.
O clímax da história está quando Erik fica responsável em investigar os podres da família de Marina. O envolvimento dos dois é igual chiclete, e será dificil eles se separarem, principalmente quando Erik passa os dias no Brasil, a trabalho, o que acaba fragilizando Marina, pois ela precisava muito do apoio dele em Nova York.

"Foi uma manhã em que eu acordei, mas não me levantei da cama. Há dois dias eu não conseguia falar com Marina. Ela não atendia o celular, não respondia minhas mensagens, nem na empresa eu a encontrei. Tudo estava tão embaralhado na minha vida, na minha cabeça e no meu coração que eu não tinha ânimo para mais um dia sem solução" (Página 219)
A narrativa de Christine é gostosa, leve e consegui ler em dois dias. Então, super recomendo! Os personagens foram bem construídos e ela o descrevem bem
Leitura recomendada!


site: www.gemices.com.br
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Jeziely 16/02/2015

Incrível
Muuuuuuuiiiiiiiitttttttttooooooooo BOMMMM!! Mistério, Romance, Ação, simplesmente incrível, livro completo.
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