Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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Victor Augusto 16/12/2014

A literatura e as artes deixando-se permear pela constelação arquetípica de seus personagens
Deixar-se impregnar pelo encontro analítico. Esta é uma das tarefas da Análise Junguiana. Ao assistir um filme, uma obra teatral, um ensaio, escutar uma música ou ler uma obra literária, como Uma canção para a Libélula, da psicóloga e escritora Juliana Daglio, o leitor pode deixar-se contemplar e ser tocado por este encontro.

 A história de Vanessa e sua família estão permeadas de inúmeras variáveis simbólicas que tornam o enredo mais rico. Estas ajudam no entendimento da situação pessoal da protagonista e também em conceitos da Psiquiatria, da Psicologia e da Análise Junguiana, em uma leitura simbólica do texto, o qual é rico nestes conteúdos.

 Já dizia Santo Agostinho na Idade Média, uma figura importante para a Filosofia e para a Teologia, “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora...”. Vanessa inconscientemente ao visitar o pai reencontra-se com sua história, seu cotidiano vital e pessoal abandonado para buscar encontrar-se consigo mesmo auxiliada pela irmã de seu pai, em Londres. Ao sair do Brasil busca tomar distância, viver diferente ou até esquecer-se da situação vivida com sua mãe e com ela mesma. Vivendo fora tenta integrar-se com sua história de sucesso e menina prodígia no piano, baseando sua Psique em uma Persona que não era ela, mas sim uma construção que buscava evadir-se e distanciar-se de sua própria Psique, de si mesma.

  Ao longo dos anos muitos acontecimentos tanto fora, como no Brasil, auxiliaram o desenvolvimento das características pessoais e familiares. Contudo, o Inconsciente Coletivo familiar mostrava-se em constante ebulição quando Vanessa regressa para visitar seu pai. Os símbolos mais importantes começam a emanar-se. A libélula símbolo que dá nome ao título da obra e objeto simbólico da protagonista reflete a elegância e a leveza, dois traços característicos e constelados em Vanessa. A elegância que deveria ter ao ser uma estrela dos espetáculos musicais e a leveza a qual aspirava em sua vida, nos acontecimentos vitais. Uma possível redenção da angústia vivida e sempre presente, como ela mesma relata em várias passagens ou sonhos. Esta angústia pela presença de uma criança como voz de seu inconsciente ou pela Vilã Cinzenta.

 Ao mesmo tempo sua Vilã Cinzenta, traz à obra outra característica da Análise Junguiana, o conceito de Sombra. Representação de qualidades e atributos desconhecidos ou pouco conhecidos de nosso eu. Vivências pessoais e porque não também coletivas que brotam à nossa consciência, que nos movem e em muitos casos que nossa causam vergonha, pois nos mostra aspectos desconcertantes de nós mesmos. A luta neste caso é buscar a integração destes aspectos para crescermos.

 Vanessa, ao constelar partes negativas de sua sombra, descobre-se em um arcabouço que a fere. O mesmo acontece com Valéria. Mãe e filha em um embate sombrio, duelando inconscientemente ao constelar também complexos arquetípicos tão irrigados na pessoa humana, como são os de mãe e de filha. Personas tão aderidas ao Eu constituído pela Persona de cada uma e que manejam toda a percepção e a atuação de mundo de cada uma delas.

 O sucesso, o reconhecimento, a beleza e o talento de Valeria, no auge de sua carreira de modelo, interrompido pela gravidez de Vanessa são traços transferidos de mãe para filha e que alimentam subterraneamente as Personas destas Psiques. Quando a energia dispensada para uma atividade tão espetacular, como o de manter uma Persona atuando, sintomas e características de enfermidades mentais emergem e muitas vezes a ajuda multiprofissional é requerida.

No caso de Valeria o alcoolismo, a beneficência emoldurada por um desejo não tão claro, são traços desta atuação. Em Vanessa, o simbolismo usado vem de encontro com sua história de vida. As mãos ensanguentadas, relatadas uma e outra vez. As mãos, os membros mais preciosos de seu sucesso, são os primeiros a serem “destruídos”. O simbolismo do sangue, da Vida, perdendo-se por estes membros são notadamente importantes no enredo.

No momento culminante de sua sintomatologia, Vanessa vê formigas em seu quarto. O simbolismo das formigas pode refletir à vida organiza e a honestidade, características não reconhecidas e que era desejada pela protagonista. Os últimos símbolos importantes da obra são o lago e o relógio, sem ponteiros ou marcando as horas ao contrário. O primeiro, trazendo à discussão a emersão de uma existência transcendente ou a presença de paraísos ilusórios, em relação também com a água, é o símbolo das energias inconsciente. Já o segundo, a simbologia do tempo que corre e que ao mesmo tempo está parado, como se a Vida, a Psique pessoal e familiar houvesse parado no tempo, em acontecimentos marcantes para cada um dos integrantes e recolhidos por cada um de uma forma diferente.

Uma canção para a Libélula – Parte I torna-se um romance de ficção, porém com um reflexo de muitas situações pessoais vividas em nosso dia-a-dia, pelos mais diferentes tipos de pessoas e classes socioeconômicas. Uma obra literária que também se mostra didática para recolher conteúdos dos transtornos mentais presentes em nossa sociedade. Esperemos com ansiedade saudável o lançamento da Parte II para seguir nosso encontro analítico com Vanessa, sua família e a elegante e leve libélula.

 

 

 

Por.: Victor Augusto Ferreira de Aguiar

Marília, 16/12/2014

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marioandre.sene 16/12/2014

Forte.
A princípio, quando recebi o pacote com o livro, minha emoção foi grande. Ao abrir o livro e ler a dedicatória eu confesso ter sentido uma sensação ímpar e complexa de descrever, que se repetiu assim que li os agradecimentos, ao fim do volume, e lá estava meu nome. Afinal, ter sido professor de uma figura que amadureceu tanto é qualquer coisa pra se orgulhar mesmo. Uma jovem autora de apenas vinte e poucos anos.
Mas então, veio a leitura. Uma narrativa tensa, onde a vida de uma personagem intensa e triste se vai apresentando ao leitor e se desmontando ao mesmo tempo. Ganchos estrategicamente posicionados fazem a leitura se tornar chamativa, a ponto de eu ter lido o volume todo em apenas um dia! Na verdade, eu uma única viagem diurna de ônibus.
Se fosse um filme, eu o classificaria como um filme de baixo orçamento e elevadíssima relação custo benefício. Poucos cenários, poucos atores, mas muita intensidade em cada local descrito, cada ser humano. A riqueza descritiva que se encontra encrustada na narrativa é tamanha que faz parecer que o livro é ilustrado!
Mas o melhor é a intensidade que o livro ganha a cada página. Não que haja ação, mas a mente de uma pessoa profundamente angustiada se revela aos poucos, criando diversos clímax magistralmente, antagonizada pela própria mãe e por si própria, na forma de monstros que moram em sua mente, uma ferida aberta desde a infância que nunca cicatrizou.
Uma leitura que vale a pena. E olha que eu nem sou de romances e ficções, afinal, gosto mesmo é de ler obras de divulgação científica.
Mas, ao fim da leitura, ao reler a dedicatória e os agradecimentos, aí sim pude ver o quanto estes eram significativos... Pois não era mais só a obra de uma aluna que venceu. Não! Era uma belíssima mostra de talento e competência.
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Juliana 25/11/2014

Uma Canção para a Libélula
É impressionante como o antônimo da vida está sempre presente em nosso dia- a - dia, apesar de não se fazer notar ou talvez por não queremos pensar, porém "ela" esta ali, sempre a nos observar, provavelmente esperando um deslize nosso, ou talvez apenas aguardando o momento certo de entrar em ação e nos acolher em seus braços frios.

Entretanto a leitura que terminei hoje, me fez refletir o tão importante é agradecer por estar vivo, sentir a Vida em quaisquer circunstâncias, e que seja bem provável que não façamos, por nos acostumar com algo que aparentemente é tão simples - viver / respirar/conviver.

Claro há momentos de desespero, de medo e de desistência, mas sabemos que podemos superar. Isso se acaso quisermos e então, batalharemos para conseguir. Mas há também pessoas que não possuem ou pensam que não possuem essa força para superar esses obstáculos e como isso se deixam afundar cada vez mais nessa agonia, tristeza, angustia que em determinados momentos nos são impostos e que parecem totalmente impossível de superar.

Não posso dizer que são todos as pessoas, mas há sim pessoas que são consideradas doentes por tais atitudes de fraqueza ou desistência, e essa doença é considerada um transtorno da mente, do psique. Essas pessoas a princípio negam suas condições apesar de estar estampado em suas faces, e tornam-se mais sensíveis, carentes por um aparo, só que acabam enxergando esse amparo como piedade e em algumas situações acabam por rejeitar a ajuda.

Em Uma Canção para a Libélula, conheceremos Vanessa Santos, uma jovem pianista que teve uma infância muito traumática, como perdas e desprezo, e que durante seu crescimento foi aprendendo a deixar para trás essas feridas do passado e tornou-se uma mulher sem muita fé ou esperança na vida, onde seus únicos alicerces se resumiam em: a música e o amor por seu pai, irmão, tios e prima.

E quando a vida lhe fez relembrar todas essas memórias que ela deixou em um canto da alma, o baque foi muito forte e o ambiente não a favoreceu pois tais memórias aconteceram ali e mesmo que ela quisesse lutar sua velha conhecida vilã cinzenta, (depressão), já fazia- se presente.

Personagens, fortes como histórias de vidas são apresentados de uma forma sutil, porém marcam sua presença no enredo. O livro está narrado na primeira pessoa, logo temos todo choque de realidade que a protagonista, Vanessa, sente em cada momento e nos fazendo sentir próximos a ela.

A autora nos mostrou no livro através de metáforas como a pessoas que tem essa doença enxergam a vida, como elas encaram os acontecimentos. Algo tão forte que em certos pontos torna-se tangível de tão rico os detalhes das sensações.

Uma literatura que eu classificaria aparentemente como um sick -lit, por ter uma protagonista jovem e depressiva, mas é tão contundente e bem trabalho nos sentimentos que a protagonista vive, que também classificaria como um drama. Você consegue sentir a dedicação que autora teve ao escrever o livro.

Portanto, acredito que não tenha um público específico para indicar a leitura, mas deixo como sugestão para quem quiser conhecer um pouco mais do que se passa na cabeça de uma pessoa com tais transtornos.

site: http://nossaestantenacional.blogspot.com.br/2015/10/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
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Karina 07/11/2014

Resenha: Uma Canção para a Libélula - Parte I
Autora: Juliana Daglio
Editora: Deuses
Páginas: 238

Sinopse
Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro. Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta. De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. Uma canção para a Libélula é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças.

OPINIÃO DELA:

Esse livro tem poderes mágicos! Juro que senti a dor da personagem principal! Não sei o que a Juliana fez, mas tudo nele é lindo! Eu compraria só pela capa e pelo nome... Não é a coisa mais linda do mundo?! Bom, eu soube desse livro porque a Ju é uma blogueira e quando ela lançou o livro todo mundo se apaixonou por ele como eu... Eu via o livro em todos os lugares e ficava pensando vou comprar, preciso, necessito! Até que soube que o livro falava sobre uma garota com depressão... Eu amo drama, eu amo o assunto, surtei de vez, achei a autora e comprei direto com ela.

O livro conta a história de uma jovem pianista Vanessa -, que vive em Londres com a tia Lorena, seu tio Ted e sua prima Rebecca. O que Vanessa mais ama na vida é tocar piano, pois é a forma de libertação dela, de conexão com o mundo, a forma que ela encontrou de abrir o coração e acalentar a alma. Como Vanessa é tímida e triste, ela odeia a parte do seu trabalho que exige ficar como um manequim em uma vitrine e ficar sorrindo e interagindo com as pessoas. Ela prefere seu piano e sua música.

No prólogo nos deparamos com a história da Vanessa ainda criança quando fez uma canção para o inseto que tanto admirava: a Libélula. A música mais linda que uma criança poderia compor, mas também a mais triste. Nessa parte conhecemos um pouco da infância de Vanessa, mas não tudo que a atormentava.

"Marcos, ela é genial. Fez uma música magnífica e certamente é a mais inteligente de todas as crianças que já vi. Mas ela é triste... Perdoe-me dizer, mas sua filha está muito triste e isso me corta o coração."

Quando o primeiro capítulo começa Vanessa já é uma pianista renomada fora do Brasil. Qualquer pessoa que a olhasse diria que a vida dela era perfeita. E ela se esforçava para isso, para esconder dela e de todos o sofrimento e a dor que sentia... Vanessa não conseguia sentir prazer em nada que não fosse seu piano. Ela vivia angustiada, imersa nas suas lembranças, tentando fugir de seus sonhos mórbidos, mas eles estavam cravados nela... A marca já estava lá.

Vanessa vivia em estado de negação, ela achava que fazia parte da personalidade dela ser triste... Até que termina com seu namorado Jude, pois ele a pediu em casamento e ela negou. Quando isso acontece, Jude fala muitas coisas que Vanessa não queria se lembrar mais... Coisas que tocaram sua alma e seu coração. Todo o esforço que ela fez para reprimir tudo aquilo tornou-se em vão e todas as suas lembranças amargas vieram à tona. Ela começa a repensar essas várias coisas e seus pesadelos aumentam. Ademais, Vanessa teve que voltar ao Brasil, pois seu pai estava doente e ela poderia perdê-lo a qualquer momento. Mas voltar significava olhar para tudo que ela tentava esquecer. Todos os fantasmas da sua infância voltariam e ela não queria aquilo. Ela não conseguiria enfrentá-los.

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela também leva a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância e só deixou um vazio enegrecido para trás."

Com a volta de Vanessa ao Brasil vamos entendendo tudo que a amedrontava... As coisas horríveis que sua mãe fizera e a tragédia envolvendo seu irmão Felipe... A Vilã Cinzenta estava cada vez mais perto.

"Ela me chama de Vilã Cinzenta, mas pode me chamar do que quiser...
Venha quero lhe mostrar uma coisa, só tente não desviar os olhos."

O livro é muito real. É incrível como a autora conseguiu passar exatamente o que uma pessoa sente quando tem Depressão. O mundo fica cinza, nada mais importa... A pessoa não vê mais sentido em nada e a doença toma conta de você. O enredo me tocou demais... Eu me identifiquei muito com o que a personagem principal sente e acho que qualquer pessoa vai se identificar nem que seja um pouco. Sofri junto com a Vanessa e eu tinha vontade de sair gritando com cada pessoa que não a entendia, como se as personagens saíssem do livro e estivessem na minha frente!

A autora conseguiu de uma maneira fantástica falar de um tabu: a morte. É preciso falar da morte. É preciso falar da Depressão e das suas causas, os sintomas, pois é um assunto latente hoje em dia e nossas mentes estão cada vez mais doentes. A autora discorreu o assunto de maneira até poética! Uma Canção para a Libélula é uma das melhores leituras não do meu ano, da minha vida! Algumas coisas têm que ser faladas... As pessoas morrem disso hoje e ninguém entende, ou nega, ou acha que é coisa de louco. Eu quero dar meus parabéns para a autora Juliana Daglio... Ela fez um favor imenso à sociedade em geral. Mal posso esperar pela continuação! Quero meu exemplar garantido, rs!

"Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas as verdades dolorosas."

site: http://livrofagia.blogspot.com/2014/11/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
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Aione 05/11/2014

Uma Canção Para Libélula é o sick-lit nacional da paulista Juliana Daglio. Ao trazer a história de Vanessa, a jovem pianista marcada por um passado traumático, aborda um assunto de extrema importância: a depressão.

Não foi difícil me envolver com a leitura, uma vez que a escrita de Juliana é fluida, simples e bastante poética. Fiquei admirada com a capacidade da autora transpor seus sentimentos na escrita; minha sensação foi a de que sua obra, assim como as músicas de Vanessa, é uma extensão de sua própria alma.

Tive receio, inicialmente, de que o livro mexesse demais comigo, como já aconteceu em outras obras que, de alguma maneira, abordam essa temática. Contudo, ainda que os sentimentos de Vanessa tenham ficado claros, não conseguiram me arrebatar como temi. Eu lia sobre a história dela, pela visão dela já que a narrativa é em primeira pessoa -, mas não vivenciei seus sentimentos.

Por essa ser a primeira parte da história, alguns pontos ficaram em aberto como o próprio final. Gostaria de ter sabido mais sobre o passado da protagonista, compreendendo exatamente o que aconteceu com sua família a ponto de Vanessa ter pesadelos sobre isso até os dias de hoje. É possível sim entender o que aconteceu, mas faltaram os detalhes que, acredito, serão expostos na segunda e última parte da trama.

Outra questão é que senti a vilã, Valéria, um pouco caricata, havendo a dicotomia entre o bem e o mal. Uma vez que a história se passa pela ótica de Vanessa e não existe um relacionamento sadio entre ambas, fica claro que apenas os defeitos de Valéria serão expostos pela protagonista. Ainda assim, gostaria de ter visto pequenas atitudes que pudessem fazer o leitor questionar sua personalidade ou enxergar também todos os problemas que a assolam, como exposto no interlúdio ao final do livro.

De forma geral, Uma Canção Para A Libélula é uma leitura envolvente e convidativa, que proporciona ao leitor compreender a depressão como uma doença e não como falta de iniciativa e acomodação dos acometidos por ela. Resta, agora, aguardar pela segunda parte e compreender, enfim, o destino de Vanessa.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2014/10/13/uma-cancao-para-a-libelula-juliana-daglio/
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Camila 31/10/2014

Uma história que te faz sentir!
Qual o papel de um livro? O livro precisa fazer com que a gente sinta algo, seja felicidade, raiva, tristeza, ódio mortal, o que for, mas precisamos sentir algo com a leitura, pois se isso não acontecer, o livro não terá valido nada.
É com muita alegria que digo isso, Uma Canção para a Libélula me fez sentir muitas coisas, sentimentos diferentes, amor, pena, ódio e me fez querer entrar na história para ajudar os personagens. É assim que um livro deve ser e é isso que uma história deve fazer com o leitor.
Amei o livro e estou louca pela continuação!!!
Juliana é uma autora e tanto! :) s2 s2
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Rosana230 15/10/2014

Uma Canção para Refletir
Leitura da semana: Uma Canção para Libélula.
Aquilo que eu imaginei ser um livro de meninas me afetou de forma profunda.
Um toque magistral de talento que afeta você intimamente, mexendo com seus sentidos e acima de tudo, te conduzindo a reflexão. Literatura para mim, além de lazer, é uma fonte de saber e conhecimento, gosto de ler livros que me ensinem algo, que façam com que eu reflita de forma a somar na minha vida e é isso que esse livro nos traz: indução a parar e pensar acerca do que povoa nossa mente, sentimento e alma. Uma literatura que ultrapassa a simples criatividade e composição de personagens. Um enredo que te fornece algo único: a oportunidade de você se identificar com o livro como se a autora pudesse ler você e dessa leitura tivesse escrito o livro.
Fiquei surpresa com a intensidade que esse livro nos mostra e seu profundo teor psicológico e pessoal. É como se fosse escrito para mim, para você ou para qualquer outra pessoa que um dia já pensou acerca de si mesmo como um ser isolado do mundo.
EU GOSTEI porque foi uma experiência literária diferente, inusitada e impactante em plena três da madrugada.
EU NÃO GOSTEI porque o livro entrou em mim, em um lugar profundo que eu achei ser só meu e que na realidade é similar para muitas outras pessoas que também possuem crises de identidade como eu já tive tantas vezes.
Não gosto de livros que adentrem de forma tão pessoal no meu eu. Mas não posso negar que foi uma incursão sem igual.
Parabéns a autora... É um livro incríveL..
Que venha o segundo..terceiro..quarto..

site: contosromierling.blogspot.com.br
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Glaucia 13/10/2014

Uma Canção para a Libélula
É difícil colocar em palavras o que senti ao ler esse livro, mas vamos tentar. Identifiquei-me com a protagonista desde a primeira página do livro. Tive experiências um tanto quanto perturbadoras e posso afirmar que entendo. Acompanhei a protagonista em cada linha e em cada curva. Parece exagero, mas não é. Depressão, isolamento, mágoa, tristeza, sentimentos que nos levam a fazer e pensar coisas inimagináveis.

Uma canção para Libélula nos traz Vanessa, uma jovem tímida que teve uma infância conturbada. Ela mora com seus tios em Londres e é uma pianista de sucesso. Quando recebe a notícia de que a saúde de seu pai não esta muito boa, decide voltar ao Brasil, tendo assim que enfrentar o passado que tanto a atormenta. Reencontrar a mulher que desestruturou sua vida.
O pai da Vanessa nutriu um grande amor pela filha, mas infelizmente não parece ser forte o suficiente para defendê-la da mulher que tanto a maltratou.
Valéria é uma mulher cruel e egoísta, ela coloca um peso imensurável nos ombros da Vanessa, jogando toda a culpa nela. Percebemos assim que a relação mãe e filha são insistentes e que a família esta um caos.

O livro tem uma narrativa simples e ao mesmo tempo intensa e envolve o leitor do início ao fim. O enigma que envolve a vida de Vanessa nos prende de uma maneira intensa e o misto de sentimentos descritos no livro nos intriga. Por muitas vezes me vi chorando e até mesmo rindo. E aquele final? Que nos deixa querendo mais. Só de pensar em esperar o mês de Abril para ler a continuação...

O livro todo é brilhantemente escrito. E nos permite aprender uma lição valiosa sobre autoconhecimento. Enfim, é um dos melhores livros que li e a autora é um arraso!
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Fernanda 29/09/2014

Olá, queridos! Como anda essa vida de leitor compulsivo? A minha anda frenética. Já li 5 livros durante a semana, mas depois sempre vem aquela falta de vontade e fico dias sem ler, por isso estou aproveitando a maré (risos!).

Eu sei que vou publicar esta resenha bem depois, mas estou aqui sofrendo porque não fui a Bienal e meus amigos só estão publicando fotos e falando dela. #Triste.

Mas, deixando a conversa de lado e vamos falar de Uma Canção para a Libélula da nossa parceira Juliana Daglio. Conheci a Ju, no facebook, por causa de outra amiga e de cara adotei o livro dela.


Bom, a história ou os devaneios da Ju nos traz Vanessa. Ela tem seus 25 anos, mas o passado ainda a corrói e destrói, deixando-a cada vez mais vulnerável aos acontecimentos.

Quando você entra na cabeça da Vanessa, você encontra desespero, angústias intermináveis e uma dor que o tempo jamais apagará. A dor do desprezo, do desamor, feridas físicas e psicológicas.

Ela é uma pianista de sucesso que lutou incansavelmente para deixar para traz um passado sombrio e assustador, para vencer e lutar por si e por sua sanidade. Mas uma viagem desestruturará tudo que ela construiu levando-a a beira da demência. Ela volta ao Brasil para passar um tempo ao lado de seu pai que está doente, mas o reencontro com a mulher que a destruiu é, simplesmente, desafiador.

Valeria é uma mulher cruel e sem coração. Uma pessoa que só pensa em si e em culpar outra pessoa por seus erros, por seus pecados e crimes. Uma demônio que destruiu a própria família, somente pela perda de um contrato fútil.

O pai de Vanessa é um homem fraco, pois não foi capaz de abrir mão daquilo que o destruía para socorrer uma criança da maldade de uma mulher sem coração. Ele é um homem cego que ao invés de lutar preferiu mandar a filha para longe ao oposto de tomá-la para si e mostrar que mesmo com todo desprezo àquela garotinha o tinha ao seu lado. Dando amor e segurança. Vocês podem perceber que não falei da mãe. Pois sim, mãe e filha tem uma relação mega difícil.

Este livro mostra o quão frágil à vida pode ser, e também traz a depressão como um dos temas principais. Depressão e loucura. Duas mulheres. Personalidades diferentes. Mágoas, rancor e desculpas para as maldades e fuga das próprias doenças.

O livro é daqueles, doloridos e cheios de aprendizados. A leitura me fez perceber que quando a pessoa está em depressão ela se nega a acreditar na sua real situação e pensa estar bem, mas a situação é muito diferente.

Antes de terminar, preciso citar um personagem, Nathan, que não aparece e nem fala muito nesse primeiro livro, mas sei (pelo menos, eu quero) que no segundo ele se mostre mais e faça a diferença na vida da Vanessa, pois acredito que somente ele será capaz de ajudá-la a passar por este momento infernal de sua vida. Assim espero!

Afinal, todos merecem um pouco de amor.

Recomendo demais esta leitura, e agora é esperar a segunda parte do livro, pois foi necessário que assim o fizesse para que ele não ficasse gigante.





Beijos Fê :*


site: www.amorliterario.com
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Juliana Grade 24/09/2014

[Resenha] Uma Canção para a Libélula - Parte I - Juliana Daglio
Antes de tudo preciso dizer que esse livro acaba de se tornar um dos meus favoritos.
Uma Canção para a Libélula conta a história de Vanessa, uma jovem pianista que vive em Londres com os tios Lorena e Ted e a prima Rebecca. Vanessa ama fazer a sua música, mas odeia as formalidades dos recitais. No prólogo, conhecemos um pouco do passado de Vanessa, quando a menina encontra a libélula e para esta faz uma canção.
"Talvez um dia a tal morte chegaria, e em sua eterna ingratidão, por todos os pensamentos dedicados levaria algo precioso, sem dar tempo para se pensar na vida, arrancaria lágrimas como a que viu nos olhos de seu pai naquela tarde, e deixaria uma eterna marca em seu coração. A marca já estava lá."
A partir do primeiro capítulo, acompanhamos o presente de Vanessa, olhando de fora todos podiam imaginar que ela teria uma vida perfeita. Inclusive a própria Vanessa achava que tudo estava correndo bem em sua vida, era uma pianista renomada e famosa, vivia com uma tia que considerava como sua mãe, mas tudo isso muda quando termina com o seu namorado, Jude, e este fala coisas que a deixa abalada e ficar se perguntando se ele tem razão. Além disso, Vanessa se vê obrigada a voltar para São Paulo, depois que seu pai lhe faz uma ligação pedindo que voltasse, Vanessa volta mesmo tendo que conviver em uma casa com fantasmas de sua infância.
"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. [...]"
Esse livro definitivamente me tocou, o tema principal do livro é Depressão, uma doença que atualmente é bastante comum. A Juliana soube abordar uma história que nos envolve totalmente, muitas vezes me vi chorando pela protagonista. Tenho certeza que muitas pessoas irão se identificar com a história mesmo sem ter tido Depressão, Uma Canção para a Libélula é definitivamente uma história que me fez me apaixonar pela a história de Vanessa e querer lutar por ela. Na história podemos ver quais os danos que poucas palavras podem fazer para uma pessoa que tem Depressão, e esses danos são grandes.
"Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas as verdades dolorosas."
A edição esta ótima, não percebi nenhum erro. Os personagens foram muito bem elaborados, são personagens que poderíamos facilmente encontrar ao nosso redor. Enfim, o livro é realmente incrível e emocionante, é impossível não se apaixonar pelo livro. Não vejo a hora de ler a parte II.
Eu realmente recomendo que todos leiam Uma Canção para a Libélula, que não vão se arrepender. Um livro que é emocionante e mostra muito bem como é a vida de uma pessoa com Depressão.

site: http://rainbooksandcoffee.blogspot.com.br/2014/09/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Dani 19/09/2014

Uma canção para nunca mais se esquecer
Então, hoje eu trago para vocês a resenha de um livro pelo qual me apaixonei. Há algo que ocorre quando você lê muitos livros, mesmo sendo os mais diversos possíveis, chega um ponto em que todos parecem ser muito similares. E por mais que você goste da leitura, não é algo que vai te surpreender e fazer sentir algo diferente. Então surgem preciosidades pelo caminho que levam seus sentimentos de leitor aos extremos. "Uma Canção Para A Libélula" foi uma preciosidade para mim e, honestamente, acredito que ele seja uma preciosidade independente do leitor. É um livro com alma. Genuíno.


Essa é a minha impressão, vou tentar compartilhar um pouco dela com vocês. Para começar, vamos falar da linha de narração da história. Vanessa é uma jovem muito introspectiva, que não acredita no amor, e tem um grande talento: ela é uma pianista, compositora, um prodígio! Aos 24 anos, Vanessa vive em Londres há 13 anos com os tios, Ted e Lorena, e a prima, Rebecca. A moça ama sua música, mas detesta as formalidades e a pose dos recitais e coquetéis que tem que fazer durante sua turnê profissional.

"O frio, só o frio. Mas ele não foi suficiente para calar a voz da menina que eu fui, dizendo-me coisas que eu achei ter esquecido; contando-me de uma tristeza que nunca tinha deixado de existir."

Depois do termino com o namorado, Jude, Vanessa fica um pouco abalada, mas não pelo fim do relacionamento que apesar de duradouro nunca a havia feito realmente feliz, e sim pelas duras palavras que ouviu do rapaz. Por mais que Vanessa não queira admitir, Jude abriu uma ferida incurável de seu passado, uma ferida que ela tentou superar e esquecer por 13 anos, mas que pode ser grave demais para ser reparada, mesmo depois de tanto tempo.


créditos na imagem
Pouco depois do término, a jovem recebe um telefonema de seu pai na manhã de natal. Ela precisa regressar ao Brasil, pois seu pai está doente e ambos temem pelo pior. Mas retornar para o Brasil, voltar para a sua casa em São Paulo, são coisas que ela nunca cogitou antes. Mas precisa agora. Vanessa terá que reencontrar Valéria, sua mãe. A pessoa que foi a razão de sua vida ter sido tão complicada, a razão dela ter adoecido, a razão de ter que ir morar na Inglaterra com os tios, a razão dela não ter "tido" um pai. Com todos esses fatores, antes mesmo de viajar, Vanessa já se encontra bastante abalada.

"Senti uma batida falhar no meu coração e me odiei por ser afetada daquela forma, como se meu rancor estivesse vivo e eu tivesse que fazer um esforço tenaz para não demonstrá-lo."

Acho que minhas palavras foram insuficientes, simples demais para fazer vocês compreenderem a complexidade da protagonista criada pela Juliana Daglio, com essas descrições talvez até pareça que ela é uma personagem bastante convencional, quando na realidade está distante disso! A narrativa da história é de uma poesia e de uma intensidade que envolve por completamente a mente e o coração do leitor. Os sonhos enigmáticos que a jovem tem, as descrições de seus sentimentos, os fragmentos do seu passado que nos são entregues a cada linha... um quebra-cabeça dolorosamente intrincado!


Imagem: Juliana Daglio
"Uma Canção Para a Libélula" é um livro que trata sobre temas muito graves, um em especial muito complexo. Vaidade, amor, renuncia, rejeição, autenticidade, superação, depressão... são muito bem simbolizados e desenvolvidos na narrativa que é em primeira pessoa, pela perspectiva da Vanessa. Meu emocional e psicológico eram extremamente afetados por esse livro, eu sentia desespero, rancor, medo... E essa talvez seja a parte mais intrigante dessa história, distinguir momentos de mínima felicidade em suas 231 páginas é algo não muito fácil. E, muito pelo contrário, sentir a tristeza que impera cinzenta nas suas linhas torna a leitura muito mais real, próxima, tocante e condizente com o que a história propõe.

"Os fantasmas gritam, riem e choram Eu tenho medo que eles me encontrem ali. (...) Eu não posso viver nessa pele dura. Mas se eu sair, os fantasmas me pegam."

Vanessa irá passar por momentos críticos, sobretudo de volta ao Brasil, é impossível não sofrer junto com ela, não se compadecer, não querer ajudá-la. Juliana Daglio desenvolveu uma história magnífica, com uma protagonista autêntica, com desenvolvimento verossímil, e uma narrativa bem característica. Ansiei muito pela leitura desse livro e ele foi marcante, sem dúvidas. O final apesar de não ser pontuado diretamente permite-lhe deduzir exatamente o desfecho dessa primeira parte da história. Mas a sensação que eu tive é a de que a libélula que eu me tornei nessa leitura ainda não se libertou, mesmo com aquele final que, justamente por ser bem desenvolvido, me deixou ansiando desesperadamente por mais!



A edição está ótima, não me recordo de ter encontrado erros, acho que estava compenetrada demais para percebê-los se houveram. Além disso a diagramação é belíssima e muito confortável. Gostaria de parabenizar a Ju pela sua obra incrível! Você é incrível, Ju!!! E muitíssimo obrigada por esse presente que falou, definitivamente, ao meu coração. Posto isso, eu não posso deixar de recomendar muito, muitíssimo esse livro.

Deem-se a chance de conhecer "Uma Canção Para a Libélula"!

site: http://1000-vidas.blogspot.com.br/2014/09/resenha-22-uma-cancao-para-libelula.html
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Thaís Santos 12/09/2014

Um canção ao coração
Começar essa resenha não é fácil, não só por não caberem palavras, mas por dividir uma parte de mim que foi desnudada nessa leitura. Porque existem leituras que, de vez em quando, te levam a viver a história com tanta intensidade que, quando acabam, deixam não só um aprendizado ou uma reflexão, mas verdadeiramente mudam sua vida. E Uma Canção Para a Libélula é definitivamente um desses livros: não só palavras que emocionam e personagens cativantes, mas um life changer com um tema que ainda parece ser um grande tabu, mas que na verdade é a realidade de muitas pessoas que ainda não sabem lidar com seus "vilões cinzentos" interiores.

Vanessa dos Santos já foi uma menina curiosa, amante de música e libélulas. Agora é uma pianista de sucesso, vivendo sua vida aparentemente intocada em Londres, nos grandes palcos e sob a luz dos holofotes. Mas sua vida está longe da perfeição. Com um passado conturbado (que nos é apresentado aos poucos), ela literalmente passa os seus dias com seus tios e sua prima Becca, as poucas pessoas no mundo com quem sente uma ligação. Depois de terminar com o namorado - extremamente idiota, diga-se de passagem - e receber um telefonema do pai, ela decide voltar para o Brasil e para a casa que tanto lhe atormentou na infância. E é aí que ela imerge em seus primeiros passos em direção ao caos.

Apesar do amor compartilhado por seu pai e seu irmão Alex, existe uma pessoa capaz de despertar o pior de Vanessa: sua mãe, Valéria. Uma mulher amarga, triste e solitária, que culpa a filha por sua perda. Os sonhos, o relógio, a vilã cinzenta... todas essas coisas vem à tona com o reencontro. Medo. Insegurança. Frieza. São sentimentos que a inundam, numa busca pela sua própria salvação. Vanessa acaba sendo apenas uma marionete em sua própria vida, movendo-se apenas pelo desejo de seu pai em vê-la feliz e claro, sua paixão: a música.

À primeira vista achei que não me envolveria tanto com a história. Mas o livro se tornou tão pessoal que eu podia sentir cada passo da protagonista. Cada angústia, cada choro, cada atitude que muitas vezes era mal interpretada por todos.
Senti sim, muita raiva de Valéria também. Porém, em alguns momentos, tudo o que eu conseguia ter dela era pena. Por sua perda, por sua dor e pela amargura que acabou se tornando parte do seu ser.
Mãe e filha se tornaram o foco, os dois lados de uma relação autodestrutiva, para ambas.
Uma leitura carregada de melancolia, de poesia e de sentimentos que te levam ao extremo. Como estar preso a um oceano e decidir entre nadar ou apenas deixar a correnteza te levar... Uma escolha.

Uma Canção Para a Libélula é a história de alguém que luta contra seus demônios. É a história de alguém que pede um socorro silencioso. É a história de alguém que apenas passa pela vida. E é a história de milhares de pessoas que lutam contra uma doença, sem ao menos saberem que tem uma voz que merece ser ouvida. Com um desfecho brutalmente real e tocante.

Agradeço a Juliana por contar essa história - que também é parte de mim - tão lindamente e sem exageros. Poderia sim ter ido para o lado melodramático da história, mas não foi o caso. Muitas vezes eu me lembrei de momentos ruins do meu passado e o sentimento que vinha à tona durante a leitura só me fazia ser grata por ter tido uma segunda chance. Por ter me permitido escolher viver de verdade. E por ter conhecido esse livro LINDO, que merece ser lido por todos, sem exceções!

Leia na íntegra em:

site: http://www.missthay.com/2014/09/li-e-resenhei-uma-cancao-para-libelula.html
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Paula Juliana 11/09/2014

Resenha: Uma Canção para a Libélula - Parte I - Juliana Daglio

''Já vi os olhos da menina brilharem, as asas da libélula refletirem discretamente as cores do arco-íris, mas nunca as duas coloridas. Se fosse um quatro, diria que o pintor guardou a melhor parte para o final e acabou ficando sem tinta. No entanto é uma imagem, e se move dentro da minha mente sem que eu tenha nenhum controle sobre ela. Não são em sonhos, nem em devaneios, eu simplesmente a vejo, num piscar de olhos, num trocar de canal na televisão, num intervalo de uma nota musical, ou me alcança quando uma rajada chata de vento vira, sem eu querer, a página do livro que eu estou lendo.''

Beleza. Inocência. Mistério. Lembranças. Solidão. Medo!

Uma história instigante, que deixa o leitor curioso do começo ao fim, uma história
emocionante, que sabe mexer com os sentimentos dos leitores, que conduz, envolve, vai lhe levando até à beira do precipício, deixa você naquela linha entre cair e se salvar e sem mais, sem menos, te joga! Uma Canção para a Libélula, é assim... INTENSO! Avassalador, ele te conduz por meio da história da menina Vanessa, te faz passar por todos seus sentimentos, suas angustias, seus medos. Faz você entender o valor da vida!
A autora nacional Juliana Daglio, apresenta nessa primeira parte - de duas, uma história que te fez refletir, uma canção em palavras, é quase lírico de tão bonito!
Dizer que me envolvi com essa história é pouco!

'' Quando você acordar, eu estarei aqui.''

Ela sentia medo! Ela, a menina de cabelos de algodão, sentia dentro do seu coraçãozinho uma sombra, uma presenta, uma angustia, que não conseguia entender! Uma menina triste. Um paisagem bonita. Um lago. Um pai amoroso, gentil, e um triste homem! Uma melancolia no ar! Melodias de piano! Asas sem cores! Asas com cores! Cores que não existem mais no mundo da triste menina! Um encontro repentino! Um rumo a seguir! Uma tragedia! Uma separação...
Tormento, angustia, música, melancolia, segredos! Um coração despedaçado pela vida. Uma alma quebrada!
E a volta para onde tudo começou!

''A Libélula ficou ainda mais atraída pelo som vindo da menina e se aproximou. As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais.
Foi aí que a cena foi registrada para sempre. Nunca se perdeu apenas estagnou-se no tempo como uma lembrança incompleta, um filme ainda não revelado, uma fotografia pela metade. Uma canção sem acordes.''

O Prólogo, começa contando uma parte do passado de Vanessa. O tão falado encontro entre a menina e a Libélula. Lá a autora mostra que o livro é forte e que veio para mexer com você, na segunda página do livro, já estava com lágrimas nos olhos e o coração muito emocionado.

A Obra começa mesmo, no primeiro capitulo apresentando a Vanessa adulta. 24 anos, Morando em Londres. Uma pianista famosa e renomada. A presença da Tia mãezona, do Tio, de sua prima, e de um namorado. Família, fama, sucesso... Seria a vida perfeita?

A vida dessa talentosa menina está longe de ser perfeita. Um pedido de casamento e dois quase infartos de seu pai, fazem que Vanessa tenha que voltar para o Brasil, o lugar que ela tinha fugido quando criança.
E principalmente o passado volta para assombra-la. Ela terá que reencontrar com sua mãe!

O contexto e os acontecimentos logo dos primeiros capítulos, nos deixam perguntas!
O que aconteceu de tão terrível com essa família? O que aconteceu com Vanessa de tal forma que ela se fechou para sua própria vida? O que faria uma mãe ser vista como uma horrível inimiga?

Cenas conectadas. Pistas. O relógio, o lago, a hora, o sangue, o piano! O que será que estão tentando contar? Estaria tudo entreligado?

'' As palavras ruins penetravam em mim, Empurram com força a tampa de um baú de sentimentos enterrados no mais profundo de minha alma.''

Vanessa é uma personagem complexa. As suas relações sociais sempre giravam em torno de não ser desagradável. Sorrisos forçados, abraços falsos, felicidade aparente. Ela preferia os livros, poucos amigos. As suas partituras. Mas jamais era grosseira. Era gentil. Amava sua Tia, que sim! Era sua verdadeira mãe de coração. Sua prima, tão brilhante e espontânea, o completo posto dela. Acreditava que quem nunca espera nada de ninguém... nunca se desaponta!

''Você tem a si mesma, e isso basta.''

Porém, Vanessa se sentia vazia, era um vazio que sempre esteve presente nela, juntamente com a presença cinza. Dominada pelo medo, reprimia suas emoções, sua tristeza, sua solidão.
Vanessa era apática, pálida para sua própria vida.

''Aquela presença era minha velha conhecida. Eu observava as pessoas felizes enquanto ela me observava. As princesas dos livros cor-de-rosa eram assombradas pela bruxa má, rainha má, ou madrasta má. Eu tinha uma mãe má, mas ela não era minha vilã como aquelas dos livros. Era como se a vilã fosse a presença cinza, era ela quem fazia tudo acontecer... Minha vilã cinzenta.
- Foi um erro voltar aqui - pensei em voz alta.''

A Obra aborda a Depressão.
Essa presença silenciosa e destrutiva. As pessoas confundem a depressão com loucura, quando ela é uma doença. Uma doença que muda a pessoa, que faz elas se transformarem na sombra delas mesmas. Um fantasma do que um dia foram. Uma morte em vida!

O tema é abordado brilhantemente. Os sentimentos são palpáveis, as descrições expressivas, repletas de cargas, sentimentos, medos, segredos, fantasmas e histórias.
Ninguém tem noção do quanto uma pessoa pode guardar dentro de si mesma!

''Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que me aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância, e só deixou um vazio enegrecido para trás. Eu fora feliz em minha maneira silenciosa. Uma menina quieta e sensível que compunha músicas e não sabia como desenhar as partituras tendo que aprender sozinha.''

Falando sobre os personagens!

Valéria. A mãe de sangue de Vanessa. Com certeza saudável não é! É uma doente, além do seu vício em álcool, vejo mais que doença nela, ela é egoísta, vaidosa, manipuladora, uma daquelas pessoas que trazem somente coisas ruins e pesadas para os outros ao seu redor.
Mas principalmente ela é CRUEL. E a crueldade dela machuca, choca e mexe com você quando está lendo.

Marcos. O pai de Vanessa. Esse homem é imundado pela culpa. Marcos se culpa por ter deixado Vanessa ir embora, quando ela mais precisou dele, depois da tragedia que aconteceu com essa família, as coisas ficaram pesadas e ele teve que escolher entre ajudar a mulher ou a filha. A filha acabou indo ser criada por sua irmã. E agora Marcos tenta concertar seus erros. Depois de dois quase infartos, tenho que desabafar com vocês, que pensei que esse homem iria dar um ''treco'' durante a parte final. Foram muitas emoções pesadas, e olha! Se não infartou ali, não infarta mais! Eu gostei muito de Marcos. Ele é uma pessoa boa, Um homem gentil, que teve muito azar com seu destino e algumas más escolhas.

''Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas as verdades dolorosas.''

O LIVRO É LINDO! Ele trata de um tema pesado, mais é feito com uma sensibilidade e uma beleza que é muito difícil expressar em palavras. Um dos MELHORES livros que li esse ano. Com certeza. Acho que qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha tido depressão, vai se identificar ou se sensibilizar em alguma parte da obra. Eu senti a angustia da personagem durante a leitura, senti seu medo, sua culpa, sua solidão. E doeu, como se fosse em mim mesma. Esse é um livro que faz você refletir sobre sua vida, mas não me deixou triste, ele me fez agradecer por tudo que eu tenho, ele me fez enxergar como temos a força e o desespero dentro de nós. A libélula e o cinza... A vilã cinzenta. Como podemos ser os grandes algoses de nós mesmos. Como o grande vilão pode estar dentro de você!

Amei as metáforas, amei a linguagem poética, bonita, sensível. Sorri, me envolvi, chorei - chorei muito! Uma Canção para a Libélula, fala do significado da vida, do seu sentido. E de como cada pessoa tem a necessidade de encontrar o seu!
Mais que indicado! LEIAM!

''As pessoas ficam impressionadas com os melhores.
Mas elas não sabem: eles são loucos; cheios de cicatrizes.
Eles caem, até o nada.
(...)
A vida havia ido embora de mim, enquanto isso a morte me sorria ao pé da escada. batia palmas à minha apatia.''

''Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza.''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
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Giih 08/08/2014

[Resenha]: Uma Canção Para a Libélula – Parte I | Juliana Daglio

Sinopse: Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro. Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta. De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. “Uma canção para a Libélula” é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças.


"O lado obscuro dentro de mim odiava ser subestimado. Ele me levara até ali, e me manteria assim, do jeito que julgasse melhor me conduzir."



Aiii! Não sei nem como começar essa resenha é serio gente me faltaram palavras adequadas! Eu simplesmente amo livros de todos os gêneros possíveis, com drama e suspense porque o livro faz com que a gente se tele transporte para um mundo surreal e faz com que sentimos na pele tudo aquilo que os personagens vivenciam durante a historia toda, choramos quando os personagens choram, ficamos bravas, nós apaixonamos por eles e etc. Eu como uma “devoradora” de livros mergulho de cabeça na historia e tenho todos esses sintomas. A narrativa de Uma canção para a libélula me causou tudo isso e um pouco mais é incrível é carregada de sentimentos, mágoas muita mágoas, dificuldades, dúvidas e um suspense viciante que nos prende de uma tal forma que não consigo nem expressar.


A trama começa com uma premissa do passado de Vanessa fazendo um encontro inusitado com uma libélula a beira de um lago, mas essa libélula não é uma libélula qualquer ela tem um significado realmente importante para a Vanessa, uma jovem loira que teve uma infância catastrófica e muito conturbada, e após o seu encontro inusitado com a libélula, correu para o seu piano e compôs sua primeira musica dedicado a ela.



Passado alguns anos Vanessa se tornou uma bela mulher foi morar com sua tia em Londres, e o seu excepcional talento como pianista fez com que se tornasse uma artista de muito sucesso por lá, mas no auge de seu brilhante sucesso eis que os seus fantasmas do passado resolvem aparecer em sua vida fazendo ela relembrar seus traumas de infância e então ver sua vida, sua carreira, desmoronar de uma hora para outra.


O passado de Vanessa é um mistério e é isso que nos prende na historia do começo ao fim, e esse mistério todo fez com que eu devorasse cada pagina do livro freneticamente ansiando por desvendar esse mistério logo, a cada pagina virada a cada capitulo concluído a autora vai nos dando pedaços do passado da nossa protagonista e tudo vai começando a fazer sentindo, tomei as dores de Vanessa porque seu passado é realmente traumático.


E o que falar dos personagens?! Teve personagens que amei, dei umas risadas principalmente com Becca a prima de Vanessa, uma garota elétrica super divertida totalmente o oposto de Vanessa que é mas recatada, tímida, e também teve personagem que odiei e que me assustei também, como no caso da mãe de Vanessa, deu vontade de entrar no livro e estrangular ela, vocês iram entender o que eu estou falando se pegarem para ler o livro algum dia. Os personagens são bem construídos, eu gostei da maneira como a autora os descreveu.


O livro de um modo geral fala sobre seus medos, depressão, magoas da personagem e o rumo que esses turbilhões de sentimentos podem nos causar .

Foi uma leitura gostosa, e com um final inesperado e eu li escutando uma playlist maravilhosa que a autora Juliana Daglio nos preparou para acompanhar com a leitura e eu particularmente amei cada musica.


Enfim o livro é realmente emocionante, pense em uma menina chorona, sim, escorreram algumas lagrimas quando lia alguns capítulos, essa obra está super-recomendada para aqueles que gostam de um bom livro de mistério, suspense e que gostem de se emocionar junto com os personagens, o livro se tornou um dos meus livros nacionais preferidos.




"Ao meu lado estava a vilã. Ela ria. Um sorriso gelado com hálito de notas tensas de uma música fúnebre. A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada. Nós três, e a lembrança de uma morte"

site: http://voceeoquele.blogspot.com
Juliana 10/08/2014minha estante
Adorei ler essa resenha. Dá vontade de chorar na autora ahUAHuhauHA
Linda!! Muito obrigada, Gih!




Sabrina758 04/08/2014

Quando não resta mais nada você fica presa... dentro de si mesma, esperando que alguém o liberte, e finalmente você possa abrir suas asas.
"As pessoas ficam impressionadas com os melhores.
Mas elas não sabem: eles são loucos, cheio de cicatrizes"
Eles caem, até o nada"

[Nota Pessoal]

Bem, é muito difícil reunir as palavras certas para descrever as emoções que senti lendo esse livro. Ele é de uma sensibilidade, um realismo incrível, que nos faz refletir depois que termina.
Logo de início a autora nos transporta a uma lembrança, e você já fica imaginando mil coisas. Como será que a menina está hoje em dia, o que fez, como é. Então depois somos levados à Londres, onde é o atual lar de Vanessa, a jovem que teve uma infância infeliz e conturbada, mas que nela conseguiu encontrar sua paixão, assim que encontrou-se com uma libélula, e compôs sua música para ela.
Vanessa cresceu, e foi morar em Londres com a tia, e virou uma famosa pianista com uma carreira promissora. Vive bem, com seus tios e sua prima Becca, e não deseja que mudem o que demorou anos para se ajeitar.

"... Entendi que você era especial, pois todas as meninas sonham com fadas, borboletas, e princesas, e você escolheu algo tão inusitado. Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza. (...) - Queria poder mostrar a você o quanto sua vida tem significado"

Bem, o que me deixou mais curiosa foi em relação ao seu passado, que é contado aos poucos, pra manter o mistério. E é então que vamos descobrindo alguns detalhes que ela vai contando ou relembrando. Sabemos que ela passou por um trauma relacionado à família e a morte de um deles (não vou falar, pra manter o mistério.. aliás estou tentando entender até agora..rs), e que não fala com a mãe, mas tem uma relação estável com o pai e o irmão... Aliás, eu me assustei muito com a personalidade da mãe. Eu tive tanto ódio, acho que os sentimentos de Vanessa passaram pra mim, pois realmente senti a mágoa dela...
Depois de um pedido de casamento recusado, e o convite (mais uma intimação) de seu pai, para que passasse um tempo no Brasil por causa da sua saúde, ela começa a retroceder.. voltar ao seu casulo, sua casca. Não que ela tenha superado todos os seus traumas, eles estavam meio que sufocados, anestesiados, e de uma forma ela conseguia viver. De volta ao Brasil, encarando seus medos, e sua inimiga que chama de Vilã Cinzenta, Vanessa terá que ter forças para não cair no mesmo abismo novamente, o que a roubou sua vida na infância.

"Ao meu lado estava a vilã. Ela ria. Um sorriso gelado com hálito de notas tensas de uma música fúnebre. A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada. Nós três, e a lembrança de uma morte"

O livro fala profundamente sobre os medos, inseguranças, e a tão ignorada depressão, sim, pois ela muitas vezes é ignorada. Os lampejos que ela tem, as memórias e sonhos, são descritas de forma que nos sentimos dentro deles, e eu que sou grande fã do cinema, já imaginei como num filme de suspense e terror, como aquilo poderiam ser considerados delírios, visões, não sei, mas que dariam um belo roteiro para uma ótima adaptação no cinema, com certeza!. Eu me identifiquei de muitas maneiras com o livro e vocês devem imaginar o porquê. Sim, as pessoas nem sempre são, foram ou é feliz o tempo todo. E é uma luta constante para não ceder. A verdade é que essa vilã que tem consumido muitas pessoas, permanece escondida por muito tempo, e as pessoas tentam levar a vida normalmente, fingindo não estar em depressão, e vestindo a capa da normalidade. Mas é só eles se confrontarem com seus medos, que ela volta a atacar.
Além disso tive mais uma conexão com a personagem, foi a música, sempre fui apaixonada por piano e nunca tive a oportunidade de estudar a fundo, o máximo foi aprender tocar algumas coisas no teclado virtual do computador...rs. E tudo sozinha, só escutando as notas, odeio a teoria..rs... mas ainda pretendo tocar. É algo que me acalma escutar o som desse instrumento.

"... tudo que eu desejava era me libertar daquilo. Liberdade. Como eu me libertaria daquilo que mal lembrava?"

É um livro extremamente tocante, me fez chorar muito. Eu recomendo para aqueles que desejam entender um pouco dessa doença, e também aqueles que querem simplesmente se emocionar, e curtir um ótimo livro. Eu terminei de ler de madrugada e soltei um palavrão! Rsrs.. isso mesmo, mas foi para mostrar minha indignação! Por que eu queria mais!! Claro, quando o livro é bom sempre queremos mais. Mas meu consolo é saber que tem a segunda parte. E Juliana por favor, faça umas 500 paginas...rs. Também tenho esperança que ela possa encontrar um grande amor, que claro, ajuda curar muitas feridas. Acredito que ela já o tenha conhecido, e espero que eu esteja torcendo para o cara certo kkkk. Porque ultimamente só torço para os pouco prováveis. Mas entendo que o romance não seja o foco principal, mas não custa sonhar né..rs. Bem, é isso pessoal, não posso contar mais, aliás falei demais! Espero que possam lê-lo algum dia e se emocionarem como eu. Quero agradecer a autora que cedeu o livro em parceria. Sou apaixonada mais do que nunca pela libélula. Um beijo.


site: http://meuclubedaleitura.blogspot.com.br/2014/07/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte-1.html
Juliana 04/08/2014minha estante
Amei essa resenha!!
Palavras assim fazem tudo valer a pena.





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