Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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Silvana 29/10/2016

Vanessa é uma renomada pianista de vinte e quatro anos e que a treze anos deixou o Brasil e foi morar com seus tios em Londres. Ela tem pai e mãe aqui no Brasil, mas no começo não sabemos o motivo dela ter ido tão jovem para um país estranho e longe da sua família. Só sabemos que aconteceu alguma coisa grave a quatorze anos, uma coisa que inclusive Vanessa não gosta nem de lembrar que já lhe faz mal. Vanessa é uma garota triste e solitária. Ela tem seus tios, sua prima Becca e um namorado, mas a solidão está dentro do seu coração. Seu namorado tenta quebrar essa barreira e até pede Vanessa em casamento, já que estão juntos a tanto tempo, mas Vanessa recusa, porque não acredita em amor e essas bobagens. É nesse instante que percebemos que ela carrega uma culpa enorme por alguma coisa, e essa culpa toma todo espaço dentro do seu coração.

Mas as coisas mudam com um telefonema que ela recebe de seu pai no dia do natal. Ele teve mais uma ameaça de infarte e pede que Vanessa volte para casa para ficar com ele. Vanessa se vê em um mato sem cachorro, já que sabe o quanto o passado ainda está presente em sua vida e o quanto ainda machuca, mas ela não pode dizer não para seu pai, já que ele pode falecer a qualquer momento. Nem que para isso ela tenha que enfrentar sua mãe. Valéria, mãe de Vanessa, estava no auge da carreira de modelo quando engravidou acidentalmente de Vanessa e ela nunca perdoou Vanessa por isso. E conforme o dia de voltar ao Brasil vai se aproximando, Vanessa vai ficando cada dia mais tensa, até que Becca diz a Vanessa que ela tem que procurar ajuda, porque está doente e não é de hoje. E para ajudar, seu tio diz que quando ela voltar do Brasil, é melhor que ela arrume outro lugar para ficar.

A única coisa boa vem da sua tia, que lhe dá de presente um pingente de libélula, já que o inseto representa tanto para Vanessa desde quando ela viu uma pela primeira vez quando tinha seis anos, e ate compôs sua primeira musica a Canção para a Libélula. E para sua surpresa, quem também está de volta ao Brasil e vai no mesmo voo que ela é Vitor, um amigo de infância e primeiro amor de Vanessa, o que dá até uma esperança em Vanessa de que as coisas sejam diferentes dessa vez. Mas quando ela encontra sua mãe, ela vê que nada mudou, e se dá para isso, até piorou. E não é apenas sua mãe que ela vai ter que enfrentar, mas o passado que estava bem escondido no fundo da sua mente, que só aparecia nos seus sonhos. E ela, a Vilã Cinzenta está lá pronta para dar o bote.

O que me chamou a atenção para esse livro em primeiro lugar foi a capa e em segundo o preço, que comprei bem baratinho em uma promoção no site da editora. A autora aborda um tema que eu não tinha lido em nenhum livro até agora, a depressão. E o mais interessante é que ele é em primeira pessoa, por isso acompanhamos tudo o que a personagem está sentindo. E confesso que até agora eu não sei se gostei ou não da história. Acho que fiquei com um pé atras por nunca ter lido nada assim, do ponto de vista da personagem que estava passando por aquilo. Geralmente quando leio alguma coisa com doença, é sempre em terceira pessoa e não tem o mesmo envolvimento. Só sei que a autora está de parabéns por ter provocado o tanto de sentimentos que ela provocou em mim. Eu senti desde raiva, culpa por sentir raiva e aquela sensação de impotência diante da situação.

Desde o primeiro momento que conhecemos Vanessa, já vemos que ela está muito doente, o que me deixou indignada foi ver que sua família preferia fingir que estava tudo bem. Com exceção da sua prima, todos os outros sabiam do problema e preferiam ignorar. Seu pai foi o que mais me deixou nervosa. Ele sabia de tudo o que tinha acontecido, sabia que por pouco sua filha não tinha morrido e pediu que ela voltasse, sabendo que a Valéria estava até pior do que antes. E mesmo vendo tudo isso, ficava calando vendo o que acontecia. Quando enfim resolve reagir e levar Vanessa para um médico, deixa os remédios por conta da garota que mal sabia o que estava acontecendo a seu redor. Nem sei qual coisa é pior, e nem se algum deles é saudável nessa história. A Vanessa me irritou muitas vezes também, por isso digo que senti culpa, porque sei que ela agia assim por estar doente, mas não me impediu de querer dar uns tapas nela e fazer ela reagir.

A história é bem complexa, por vezes me vi sem saber o que era real ou o que era imaginação e delírio por causa da doença. E confesso que não entendi bem o papel da libélula na história. A linguagem poética também me atrapalhou bastante, quem leu outras resenhas minhas sabe que não sou muito fã de linguagem assim. Mas vou ler a continuação, porque o livro tem um final que nos faz querer saber o que aconteceu e como vai ficar a situação. E também quero saber o que de fato aconteceu anos atras, porque ficou tudo em aberto. A edição do livro está incrível e por todo o livro temos mínis libélulas nas páginas. Eu indico o livro para quem gosta do gênero. Mas leia preparado, que a história é bem forte.

site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2016/09/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
Juliana 09/11/2016minha estante
Ólá, Silvana, obrigada por ter lido e resenhado o livro. Fico feliz por ter dado essa oportunidade a ele e também por seguir lendo o próximo.
No segundo vamos entender o motivo da Vanessa ter a Libélula como sua metáfora, então vou aguardar sua conclusão da história.

Um forte abraço e sucesso para o blog. :*


Cinthia.David 06/04/2017minha estante
Interessante você falar sobre como a Vanessa te irritou em determinadas situações, pois é exatamente isso que acontece com pessoas reais. As que não são doentes as vezes n tem paciência.


Silvana 07/04/2017minha estante
Por isso que disse que me senti culpada, por estar irritada com ela sabendo que ela agia assim por causa da doença.


Cinthia.David 07/04/2017minha estante
Terminei a parte um hoje. Tenho raiva da mãe dela rs




Helena Dias 16/06/2014

Um livro de muitas emoções!!
Sabe, se eu comparasse esse livro com a minha vida, eu diria que ele É A MINHA VIDA. Não sabia como começar essa resenha e, sinceramente, ainda não sei ao certo. Eu tive uma ressaca literária tão grande que só consegui começar a ler outro livro, quando finalmente decidi que eu teria que arrumar palavras (nem que eu as inventasse) que mostrassem o que senti com esse livro. Isso nunca tinha me acontecido.

A leitura é simples, rápida e muito agradável. Entre os capítulos, você encontra amor e desprezo; felicidade e depressão; medos e desejos. Tudo isso reunido em uma narração profunda e cheia de sentimentos controversos, sinceros e fortes.

"O que a pobre menina não entendia era que naquele momento, em que entoara uma breve canção à Libélula, havia atraído para si algo mágico, quase sobrenatural. Uma escolha de vida." p.5

Quando eu disse que essa história é a minha vida, eu não estava exagerando, pessoal. Eu passei por muita coisa na minha adolescência e pude identificar cada sentimento, cada atitude e cada pensamento de Vanessa. Senti como se ela fosse a minha versão literária nos meus tempos mais escuros. Caminhei ao lado da protagonista em todos os momentos, como se estivesse revivendo a minha história. E, sabe de uma coisa? Isso não me deixou triste. Pelo contrário, eu percebi o quanto fui forte para enfrentar meus vilões e superar tudo aquilo. E, a essência desse livro é exatamente sobre isso.

"Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas essas verdades dolorosas." p. 72
...

Leia a resenha completa:

site: http://cafecomlivroo.blogspot.com.br/2014/06/minha-opiniao-uma-cancao-para-libelula.html
Juliana 16/06/2014minha estante
Minha primeira resenha é a coisa mais linda do mundo


Mariana - @escreve.mariana 23/07/2014minha estante
Resenha maravilhosa! :3


Helena Dias 26/09/2014minha estante
Obrigada, Mariana!!




Noites 17/07/2016

A Canção Cinzenta?
Feche os seus olhos e conte até quarenta. Contou? Então, uma pessoa em algum lugar do mundo se suicidou. Tirou a própria vida por motivos que desconhecemos, mas que infelizmente podemos imaginar. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), é estimado que a cada 40 segundos alguém se suicida. Em 2012, só no Brasil, houve mais de onze mil suicídios. E mesmo a depressão não sendo a culpada por todas as mortes, é responsável pela maioria delas.

Exatamente por isso é tão importante que existam livros como o da Juliana Daglio por aí. Estórias que além de emoção, transmitam a conscientização; e ainda que não seja o foco, acaba por desconstruir a ideia errada de que depressão é "apenas frescura". Para saber mais, leia a matéria completa aqui. E procure ajuda profissional, caso precise. Ficar calado só dará oportunidade para as vozes aumentarem...

"Às vezes tenho a impressão que você só se importa mesmo com essa melancolia toda e acaba se esquecendo do mundo."

Vanessa é gente como a gente... Só que rica, linda e uma pianista muito talentosa que vive em Londres com a sua querida família adotiva. Seria inimaginável não ser feliz com a vida dos sonhos que tem, e é justamente a infelicidade a sua melhor amiga. Além de tocar, a moça não tem um propósito. Os pesadelos lhe são cotidianos, até que eles se tornam os menores de seus problemas; um deles se chama Valéria, problema também conhecido por ser sua mãe. Ela era modelo, teve uma gravidez indesejada e rejeitou a sua filha. Assim, se tornou a personagem mais odiável de todo o livro e definitivamente, não é o tipo de mãe que qualquer criança deseja ter.

Dentre os demais personagens tem um amigo esquecido de infância, uma irmã postiça bem engraçadinha e um rapaz misterioso de poucas palavras, mas de muitos olhares. Quase me esqueci do pai egoísta, que é um quase-amorzinho de pessoa, exceto quando é egoísta (praticamente o livro todo).

"Eu estava feliz quando estava com minha música. O restante do tempo eu não sabia."

O livro é escrito com tanta sinceridade que finalizei sua leitura com a sensação de ter ouvido o desabafo de uma amiga. E apesar de não ter chorado, um nozinho na garganta foi inevitável durante o terceiro ato. Culpa do Beethoven! Aliás, a autora tem um lance muito bacana que todas as suas protagonistas possuem nomes começados pela letra V, motivo que ainda é segredo. Achei relevante acrescentar.

Os personagens, como já citei, são desinteressantes e a trama possuí um ritmo bem calmo nos seus primeiros atos. O motivo do desinteresse, creio eu, seja resultado da própria protagonista e do modo cinzento que ela começa a enxergar o mundo. Contudo, eu definitivamente recomendo a leitura para amantes de um história bem contada.

site: http://www.lendocomchuva.com.br/2016/06/UmaCancaoParaALibelulaParte1.html
Juliana 20/07/2016minha estante
Que coisa mais lindaaa!


Be 11/08/2016minha estante
Muito bom!




Sabrina758 04/08/2014

Quando não resta mais nada você fica presa... dentro de si mesma, esperando que alguém o liberte, e finalmente você possa abrir suas asas.
"As pessoas ficam impressionadas com os melhores.
Mas elas não sabem: eles são loucos, cheio de cicatrizes"
Eles caem, até o nada"

[Nota Pessoal]

Bem, é muito difícil reunir as palavras certas para descrever as emoções que senti lendo esse livro. Ele é de uma sensibilidade, um realismo incrível, que nos faz refletir depois que termina.
Logo de início a autora nos transporta a uma lembrança, e você já fica imaginando mil coisas. Como será que a menina está hoje em dia, o que fez, como é. Então depois somos levados à Londres, onde é o atual lar de Vanessa, a jovem que teve uma infância infeliz e conturbada, mas que nela conseguiu encontrar sua paixão, assim que encontrou-se com uma libélula, e compôs sua música para ela.
Vanessa cresceu, e foi morar em Londres com a tia, e virou uma famosa pianista com uma carreira promissora. Vive bem, com seus tios e sua prima Becca, e não deseja que mudem o que demorou anos para se ajeitar.

"... Entendi que você era especial, pois todas as meninas sonham com fadas, borboletas, e princesas, e você escolheu algo tão inusitado. Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza. (...) - Queria poder mostrar a você o quanto sua vida tem significado"

Bem, o que me deixou mais curiosa foi em relação ao seu passado, que é contado aos poucos, pra manter o mistério. E é então que vamos descobrindo alguns detalhes que ela vai contando ou relembrando. Sabemos que ela passou por um trauma relacionado à família e a morte de um deles (não vou falar, pra manter o mistério.. aliás estou tentando entender até agora..rs), e que não fala com a mãe, mas tem uma relação estável com o pai e o irmão... Aliás, eu me assustei muito com a personalidade da mãe. Eu tive tanto ódio, acho que os sentimentos de Vanessa passaram pra mim, pois realmente senti a mágoa dela...
Depois de um pedido de casamento recusado, e o convite (mais uma intimação) de seu pai, para que passasse um tempo no Brasil por causa da sua saúde, ela começa a retroceder.. voltar ao seu casulo, sua casca. Não que ela tenha superado todos os seus traumas, eles estavam meio que sufocados, anestesiados, e de uma forma ela conseguia viver. De volta ao Brasil, encarando seus medos, e sua inimiga que chama de Vilã Cinzenta, Vanessa terá que ter forças para não cair no mesmo abismo novamente, o que a roubou sua vida na infância.

"Ao meu lado estava a vilã. Ela ria. Um sorriso gelado com hálito de notas tensas de uma música fúnebre. A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada. Nós três, e a lembrança de uma morte"

O livro fala profundamente sobre os medos, inseguranças, e a tão ignorada depressão, sim, pois ela muitas vezes é ignorada. Os lampejos que ela tem, as memórias e sonhos, são descritas de forma que nos sentimos dentro deles, e eu que sou grande fã do cinema, já imaginei como num filme de suspense e terror, como aquilo poderiam ser considerados delírios, visões, não sei, mas que dariam um belo roteiro para uma ótima adaptação no cinema, com certeza!. Eu me identifiquei de muitas maneiras com o livro e vocês devem imaginar o porquê. Sim, as pessoas nem sempre são, foram ou é feliz o tempo todo. E é uma luta constante para não ceder. A verdade é que essa vilã que tem consumido muitas pessoas, permanece escondida por muito tempo, e as pessoas tentam levar a vida normalmente, fingindo não estar em depressão, e vestindo a capa da normalidade. Mas é só eles se confrontarem com seus medos, que ela volta a atacar.
Além disso tive mais uma conexão com a personagem, foi a música, sempre fui apaixonada por piano e nunca tive a oportunidade de estudar a fundo, o máximo foi aprender tocar algumas coisas no teclado virtual do computador...rs. E tudo sozinha, só escutando as notas, odeio a teoria..rs... mas ainda pretendo tocar. É algo que me acalma escutar o som desse instrumento.

"... tudo que eu desejava era me libertar daquilo. Liberdade. Como eu me libertaria daquilo que mal lembrava?"

É um livro extremamente tocante, me fez chorar muito. Eu recomendo para aqueles que desejam entender um pouco dessa doença, e também aqueles que querem simplesmente se emocionar, e curtir um ótimo livro. Eu terminei de ler de madrugada e soltei um palavrão! Rsrs.. isso mesmo, mas foi para mostrar minha indignação! Por que eu queria mais!! Claro, quando o livro é bom sempre queremos mais. Mas meu consolo é saber que tem a segunda parte. E Juliana por favor, faça umas 500 paginas...rs. Também tenho esperança que ela possa encontrar um grande amor, que claro, ajuda curar muitas feridas. Acredito que ela já o tenha conhecido, e espero que eu esteja torcendo para o cara certo kkkk. Porque ultimamente só torço para os pouco prováveis. Mas entendo que o romance não seja o foco principal, mas não custa sonhar né..rs. Bem, é isso pessoal, não posso contar mais, aliás falei demais! Espero que possam lê-lo algum dia e se emocionarem como eu. Quero agradecer a autora que cedeu o livro em parceria. Sou apaixonada mais do que nunca pela libélula. Um beijo.


site: http://meuclubedaleitura.blogspot.com.br/2014/07/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte-1.html
Juliana 04/08/2014minha estante
Amei essa resenha!!
Palavras assim fazem tudo valer a pena.





Giih 08/08/2014

[Resenha]: Uma Canção Para a Libélula – Parte I | Juliana Daglio

Sinopse: Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro. Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta. De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. “Uma canção para a Libélula” é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças.


"O lado obscuro dentro de mim odiava ser subestimado. Ele me levara até ali, e me manteria assim, do jeito que julgasse melhor me conduzir."



Aiii! Não sei nem como começar essa resenha é serio gente me faltaram palavras adequadas! Eu simplesmente amo livros de todos os gêneros possíveis, com drama e suspense porque o livro faz com que a gente se tele transporte para um mundo surreal e faz com que sentimos na pele tudo aquilo que os personagens vivenciam durante a historia toda, choramos quando os personagens choram, ficamos bravas, nós apaixonamos por eles e etc. Eu como uma “devoradora” de livros mergulho de cabeça na historia e tenho todos esses sintomas. A narrativa de Uma canção para a libélula me causou tudo isso e um pouco mais é incrível é carregada de sentimentos, mágoas muita mágoas, dificuldades, dúvidas e um suspense viciante que nos prende de uma tal forma que não consigo nem expressar.


A trama começa com uma premissa do passado de Vanessa fazendo um encontro inusitado com uma libélula a beira de um lago, mas essa libélula não é uma libélula qualquer ela tem um significado realmente importante para a Vanessa, uma jovem loira que teve uma infância catastrófica e muito conturbada, e após o seu encontro inusitado com a libélula, correu para o seu piano e compôs sua primeira musica dedicado a ela.



Passado alguns anos Vanessa se tornou uma bela mulher foi morar com sua tia em Londres, e o seu excepcional talento como pianista fez com que se tornasse uma artista de muito sucesso por lá, mas no auge de seu brilhante sucesso eis que os seus fantasmas do passado resolvem aparecer em sua vida fazendo ela relembrar seus traumas de infância e então ver sua vida, sua carreira, desmoronar de uma hora para outra.


O passado de Vanessa é um mistério e é isso que nos prende na historia do começo ao fim, e esse mistério todo fez com que eu devorasse cada pagina do livro freneticamente ansiando por desvendar esse mistério logo, a cada pagina virada a cada capitulo concluído a autora vai nos dando pedaços do passado da nossa protagonista e tudo vai começando a fazer sentindo, tomei as dores de Vanessa porque seu passado é realmente traumático.


E o que falar dos personagens?! Teve personagens que amei, dei umas risadas principalmente com Becca a prima de Vanessa, uma garota elétrica super divertida totalmente o oposto de Vanessa que é mas recatada, tímida, e também teve personagem que odiei e que me assustei também, como no caso da mãe de Vanessa, deu vontade de entrar no livro e estrangular ela, vocês iram entender o que eu estou falando se pegarem para ler o livro algum dia. Os personagens são bem construídos, eu gostei da maneira como a autora os descreveu.


O livro de um modo geral fala sobre seus medos, depressão, magoas da personagem e o rumo que esses turbilhões de sentimentos podem nos causar .

Foi uma leitura gostosa, e com um final inesperado e eu li escutando uma playlist maravilhosa que a autora Juliana Daglio nos preparou para acompanhar com a leitura e eu particularmente amei cada musica.


Enfim o livro é realmente emocionante, pense em uma menina chorona, sim, escorreram algumas lagrimas quando lia alguns capítulos, essa obra está super-recomendada para aqueles que gostam de um bom livro de mistério, suspense e que gostem de se emocionar junto com os personagens, o livro se tornou um dos meus livros nacionais preferidos.




"Ao meu lado estava a vilã. Ela ria. Um sorriso gelado com hálito de notas tensas de uma música fúnebre. A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada. Nós três, e a lembrança de uma morte"

site: http://voceeoquele.blogspot.com
Juliana 10/08/2014minha estante
Adorei ler essa resenha. Dá vontade de chorar na autora ahUAHuhauHA
Linda!! Muito obrigada, Gih!




Carlos531 01/10/2016

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela também leva a parte boa..."
Primeiramente gostaria de citar que são inúmeras histórias que relatam a depressão, mas poucas conseguem tratar com tamanha exatidão o que uma pessoa sente e as inúmeras formas que isso pode lhe afetar, além da metáfora de sentimentos em tudo que está à sua volta. Depois de ficar encantado com A Menina Submersa de Caitlín R. Kiernan, acabo me deparando com mais uma história surpreendente.
Vanessa é uma pianista prodígio, uma profissional, que desde a infância sempre tocou como ninguém e era admirada por professores e amigos. Conhecemos de cara que a personagem tem uma carreira brilhante, uma vida notável, um namorado prestes a pedi-la em casamento. Tudo parece perfeito, não é mesmo? E quando você está destinado a viver com lembranças do passado que são maiores do que tudo isso?
Vanessa nasceu fruto de uma gravidez indesejada, sua mãe Valéria foi uma grande modelo e por conta da gravidez, teve de deixar para traz um grande contrato e toda a sua carreira. Isso gerou um ódio que se alastrou por toda a vida da filha.
Com um relato repleto de metáforas que escondem os reais e fatos da vida da personagem, neste livro você vai encontrar as brechas e as peças do passado de Vanessa. Afinal, seu pai está doente e depois de toda uma vida em Londres, ela está fadada a voltar à sua cidade natal e encarar os traumas do passado.
Uma canção para a Libélula Parte I lhe mostrará um lado totalmente diferente da depressão e suicídio, com fantasia, mistério e claro, uma vilã: a mulher cinzenta, ou como vocês conhecerão nesta história – a Morte.
Com um final perfeito e inovador, é impossível não esperar por muito de uma segunda parte.
Juliana 05/10/2016minha estante
Que alegria abrir o skoob e me deparar com essa resenha linda! Muito feliz que tenha gostado assim do livro. Espero que a parte dois venha para trazendo ainda mais bons sentimentos.
Obrigada!!




Dy 11/02/2018

Libélula [vol. único] | Por Minha Fuga da Realidade
E novamente eu chorei convulsivamente ao terminar a história da Menina Libélula. Lê-la novamente me lembrou tudo que senti ao conhecer essa história. Da força que me deu, ao ajudar-me a me reerguer, ao menos um pouco de meus dias cinzas. Acho que nunca me abri tanto em uma resenha, nem mesmo nas anteriores da duologia. Lágrimas permeiam meus olhos enquanto resenho aqui. Voltar a ter contato com a Vanessa, me fez refletir de que eu estava, mais uma vez, me entregando ao lado sombrio que há em mim. Mesmo tendo pessoas que me amam, apoiam e cuidam de mim, lembrando-me constantemente que sou amada. Mas essa resenha deve ser sobre a história da Vanessa, não a minha. A trágica história da pianista de sucesso que se sentia cinza por dentro. Não acho meios de falar desse livro sem deixar algum spoiler escapar, então, já aviso que pode haver a possibilidade de eu falar mais do que devo.

"Quando chegar minha hora de partir, a morte me dará um tempo para refletir em minha vida? Com tanto tempo vivido pensando na morte, seria ingrato de sua parte não retribuir o favor, não seria?
[...] Talvez pensar nas cores afrontasse a morte."

Existem pessoas que vivem, aproveitam suas vidas da melhor maneira possível, sempre visando o melhor para eles próprios. Mas também, existem pessoas que apenas existem, enxergando suas vidas como um processo doloroso e difícil de se vencer a cada novo dia. Vanessa está neste segundo grupo. Sua infância teve traumas praticamente irreparáveis. Dores que nenhuma pessoa, principalmente uma criança, deveria sentir. Desde então, Vanessa se sente vazia, incompleta, preenchida apenas por culpa e pensamentos obscuros. Sua maior companhia, sua Vilão Cinzenta, sussurra em seus ouvidos que essa vida é a que ela merece. Principalmente por todos os erros que "cometeu".
A única coisa que amainavam esses pensamentos era suas composições. Uma linda fuga. Junto ao seu fiel amante, o piano, Vanessa criava melodias capazes de externar seus sentimentos. Seu piano era o único que a compreendia. Perder sua música seria como perder a si mesma, sua alma, para sempre.
Infelizmente, com um passo de cada vez, Vanessa encaminhava-se para a ponta do abismo. Com situações que a levaram ao limite. Talvez um adeus definitivo aplacasse suas dores. Porém, seus planos não contavam com Nathan, o rapaz misterioso que salva sua vida.
Pouco a pouco, Vanessa se ergue do despenhadeiro de suas emoções. Agora, almejando melhorar, após ver quantas pessoas a amam e como sofreram com sua quase morte.

"Eu estava morta dentro de meu corpo vivo, presa no exoesqueleto de diamante, sem nem poder gritar por socorro."

Me forço a parar o resumo por aqui, se não, iria escrever páginas e páginas. Esse livro sempre mexe comigo. Não importa quantas vezes eu leia, sempre vou me emocionar. Culpo a srta. Daglio por isso. Ela escreve de maneira crua, visando dilacerar seu coração, mostrando o estrago que a depressão faz em alguém. Aqui é a parte onde eu indico esse manuscrito para todos que enchem a boca para dizer a frase mais clichê que já ouvi sobre essa doença: "DEPRESSÃO É FRESCURA!". Eu realmente gostaria que vocês soubessem o quão dolorosa e perigosa é essa doença. Adoraria que lessem e tirassem suas próprias conclusões.
Quem olha para essa nova capa pode achar que dentro, há apenas uma história levemente triste. Mas sinto decepcionar. Essa Libélula possuem uma história dilacerante, mas que traz um certo alívio ao final da leitura. Daglio escreve com maestria e um vocabulário invejável. Dessa vez me forcei a ler devagar, sorvendo as palavras e os efeitos que causavam. Adiei o máximo que pude aquele "Fim." Ah! Como eu queria este livro em exemplar físico. Só para poder abraçá-lo após ler a última folha, assim como fiz com as edições anteriores. Falando nisso, houveram algumas alterações no texto, coisas que eu amei ter aquela sensação de nunca ter lido. Conseguiu ficar melhor do que já estava!
Mais uma vez acolhi Vanessa e sua história em meu coração. E isso me trouxe luz. Sentimentos bons que eu já havia esquecido. Obrigada, Juliana, por ser esta escritora maravilhosa, esta pessoa incrível e por ser a Libélula de Diamante que ilumina e encanta nossas vidas.

"Não se deixe vencer novamente, moça, por mais coisas ruins que possam acontecer com você."

site: https://minha-fuga-da-realidade13.blogspot.com.br/2018/02/resenhando-uma-cancao-para-libelula-vol.html
Taciturno 22/11/2018minha estante
Parabéns pela fantástica resenha. Apesar de o livro não me despertar interesse, continue a escrever resenhas.
Obrigado e um abraço.




Aline 02/11/2016

Profundo
Vanessa toca piano desde os três anos, aos seis começou a ter aulas e sempre surpreendeu a todos com seu talento. Após trágicos acontecimentos, aos onze anos, sua tia Lorena a leva para morar com ela em Londres, a fim de ajudá-la a superar tudo o que aconteceu. E foi o que aconteceu. Atualmente sua vida parece ter entrado nos eixos, sua carreira vai de vento em popa, sendo conhecida como uma das principais pianistas da atualidade.

Após o rompimento com o namorado, Jude, ocasionado por divergências de opiniões e até por falta de amor da parte dela, já que ele a pediu em casamento e ela não aceitou, ela só queria paz para poder lidar com todas as coisas cruéis que ouviu dele. Mas então, seu pai liga dizendo que sua saúde vai mal e pede que ela volte para o Brasil. Preocupada, ela prontamente atende, mesmo que isso signifique enfrentar todos os fantasmas do passado, que ela tinha certeza estarem muito bem enterrados.

"Eu era feliz quando estava com minha música. O resto do tempo eu não sabia." (p. 19)


Rica e talentosa, ninguém imagina a culpa que toma conta de Vanessa, nem os pesadelos que lhe assombram todas as noites. Introspectiva, sempre encontrou na música a sua salvação, seu "abrigo da tempestade". Desde o início do livro podemos perceber os inúmeros problemas que Vanessa carrega, mas somente no decorrer da história é que tomamos conhecimento do quanto tudo a abala e do quanto ela tenta enterrar isso dentro de si.

A maneira como foi abordada a questão da depressão, as metáforas e como foi retratada, vai nos mostrando como começou e como foi se agravando dia-a-dia. É possível ver o mundo pelos olhos de Vanessa e sentir o quanto tudo aquilo a estava afetando. Nos possibilita ter uma compreensão maior da gravidade da doença, que por muitos, infelizmente, é vista como frescura. Em diversos momentos quis poder dar um abraço em Vanessa e dizer que ia ficar tudo bem, eu queria dar a atenção e a compreensão que silenciosamente ela pedia. Sofri e me angustiei junto com ela. Uma canção para libélula foi um livro que me despertou muitas emoções, a história é daquelas que quando termina ficamos um bom tempo olhando para o nada, assimilando as ideias.

"O piano não me quer e a música fugiu de mim, às pressas. Assombrada pela moradora cinzenta da minha alma." (p. 138)

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa." (p. 86)

Sobre os personagens secundários os que mais me chamaram atenção foram a tia Lorena; Becca, a prima; Vítor, amigo de Vanessa; e Nathan, amigo de Vítor. Não posso deixar de citar Valéria, mãe de Vanessa, uma mulher egoísta e sem coração que me revoltou bastante durante a leitura. Já sobre Marcos, o pai, ainda não consegui me decidir se gosto ou não, por conta de muitas atitudes dele.

(+) Leia a resenha completa no blog.

site: http://literalizandosonhos.blogspot.com.br/2016/11/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
Juliana 23/11/2016minha estante
Lindaaaaaaaa! Obrigada pela resenha maravilhosa!!




Nathália Bastos 23/02/2017

Um verdadeiro livro sobre depressão
Esse não é um livro qualquer, eu chamaria de O Livro. Vocês não têm noção do quanto isso mexeu comigo, do quanto senti o que Vanessa sentiu. Esse livro é arrebatador, é incrível de uma maneira que nem sei explicar. Só digo uma coisa, depressão não é brincadeira, não é frescura de gente “dramática”, depressão é coisa séria, é uma doença que acomete mais a metade da população, você nunca saberá como é sofrer se não sentir na própria pele, mas aqui não quero que você sofra, eu quero que sinta como é e o que acontece com alguém que sofre dessa doença, e é isso que Vanessa me mostrou, e é isso quero que vocês vejam, não é nada bonito, é cinza, é doloroso e muito sofredor, mas te fará refletir muito sobre a doença no quais muitos o intitulam de “polêmico” sem ao menos saber os fatos que levou a isso. E não, esse livro não é para qualquer um, mas quero indicar a todos, sem exceção, pois quero que todos saibam como exatamente é, a verdade nua e crua, sobre essa doença.

Vanessa é uma garota prodígio, puro talento para música clássica. Sua melhor companhia é o seu piano que quando esta tocando simplesmente entra em um novo mundo, Vanessa é uma garota onde talento nasceu cedo e de formas inimagináveis, ainda criança, Vanessa já era capaz de tocar muito bem sem ao menos alguém te-lo ensinado, mas tinha todos diziam que suas músicas eram tristes, mas foi através da musica que ela encontrou sua vontade de viver.

Ainda criança Vanessa sofreu um trauma muito grande que a abalou muito, a morte de um ente querido, sem contar que, sua mãe a culpava pela morte. Alem de querer ter o amor de sua mãe de alguma maneira, ela ainda não o conseguia entender o porquê ela o desprezava, mas Valéria, sua mãe, não era alguém muito certa da cabeça. Com isso Vanessa passou a morar com sua tia em Londres, longe de tudo, mas conseguiu seguir a vida em frente, mas isso a deixou como alguém que não consegue expressar seus sentimentos, alguém um pouco distante e até mesmo fria. Até que um dia ela se vê forçada a voltar para o Brasil a pedido de seu pai que esta muito doente, como seu amor por seu pai é incrível, ela vê entre enfrentar a voltar para o lugar onde sofreu muito somente para ter um momento perto de pai, ou, ficar em Londres e sem saber o que esta acontecendo com seu pai que poderia morrer sem vê-la novamente.

“A morte que me tirara tudo, e que agora poderia tirar meu pai” cap. 2, parte I, pag. 39.

Mesmo com a perspectiva de que teria que enfrentar os maiores “demônios” Vanessa não desistiria de revê seu pai e esta seu lado no momento que mais precisa, mas ainda assim a temível “vilã cinzenta” vinha e trazia as piores lembranças de sua infância, mas, nem por isso ela desistiu e foi ao seu encontro. Sua jornada no Brasil não será nada fácil, Vanessa passara por alguns bocados na casa de seus pais.

Queria falar mais, mas não quero soltar spoilers aqui né, o que posso dizer é que Vanessa enfrentará seus piores medos, suas piores lembranças e também, sua mãe que ainda a culpa pela morte de um ente querido. O livro todo é um enigma e cheio de mistério, ele não diz logo de cara quem morreu, apenas vai dando pista, e outra, vão vendo Vanessa na perspectiva de seus olhos, o livro é narrado em primeira pessoa, o que achei excelente pois nos coloca no lugar da personagem.

E mais uma vez minha parceira linda arrasa, é incrível a escrita da Juliana, é envolvente, é hipnotizador, como o livro é fino, você lê em dois dias (demorei um pouquinho porque estava lendo outros livros juntos kk). A construção de cada personagem é incrível, tanto que um personagem me intrigou muito, o Nathan, ele é misterioso e acho que ele será a chave principal que ajudará Vanessa. O mais lindo além da capa, é a diagramação do livro, ele possui libélulas pela pagina toda, o que faz você ficar encantada, erros encontrei um ou dois, mas mal da para perceber do quanto envolvida estava com a história.

É um livro perfeito, sua história pode ser dolorosa, sim, chorei bastante e depois que terminei fiquei com ressaca. Mas esse livro é para nos ensinar como é a depressão, Juliana conseguiu descrever tudo, todos os acontecimentos, sentimentos, tudo de forma clara, isso me impactou muito, agora sei o porquê da Libélula, ela pode ser um inseto “feio”, mas sua característica é marcante, a Libélula é livre, ela voa, ela enfrenta tudo, ela encara seus medos, mas ainda nesse livro, a Vanessa essa entrando em um casulo, agora só resta lê a parte II, e espero muitas coisas boas pela Vanessa.

A resenha do segundo livro sairá em Março, e prometo trazer as emoções aqui para você. Vou ficando por aqui, mas antes deixou uma linda citação para vocês, até a próxima

“ – Talvez eu pareça muito ingênua, mas de qualquer forma digo uma coisa para a senhorita: passado é passado, e é lá que deve ficar.
- E quando a gente não esquece?
- Não é para esquecer, é para não deixar ele atrapalhar o hoje.” Cap 9, pag. 143.

-Nathy Bastos

site: http://www.bibliotecalecture.com.br/2017/02/uma-cancao-para-libelula-parte-i.html
Cinthia.David 06/04/2017minha estante
Amei a resenha. Essa última frase do capítulo nove é para mim, preciso aprender a fazer isso.




Aria.Verso 12/06/2018

Lindo
Chorei, me emocionei, senti todos os sentimentos que a Vanessa sentiu, senti a dor de saber o que é, e senti esperança maior ainda para vencer. Obrigada Ju Daglio por esse livro.
Juliana 16/08/2018minha estante
Coisa maravilhosa ler isso ????




Pri 15/11/2016

{Resenha} Uma canção para a libélula - Blog As Meninas que leem livros
Primeiro livro da autora Juliana Daglio que leio (e também da Editora Arwen) e foi uma ótima escolha!

É claro que terminei de coração partido, não pude acreditar no final, mas o livro é incrivelmente bem escrito e tão preciso no que se trata de Depressão que acredito que todos que possuem um parente com esse transtorno deveriam ler para saber que não é só uma coisa da sua cabeça e que não passa tão fácil quanto as pessoas dizem.

“A mensagem que quis passar com minha história não é de morte, e sim de vida. Mas o que seria da vida se não fosse a morte? Como a valorizaríamos se soubéssemos que ela é infinita? E quando essa vida de torna um fardo? É preciso falar da morte para falar da vida, embora nenhum de nós possamos desvendar nenhuma delas.”

A tristeza parece estar presente em todos os cantos da estória. Não sei, parece que o livro todo é cercado por essa aura cinzenta que domina Vanessa Santos, a protagonista. Ela é uma jovem de 20 e poucos anos que foi morar em Londres após algo terrível acontecer em sua vida.
[...]
Continue lendo no blog!

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2016/08/resenha-uma-cancao-para-libelula-1.html
Juliana 23/11/2016minha estante
Priii! Obrigada por postar essa resenha aqui. Vi que não gostou da conclusão da história, mas sou muito grata por ter seguido com ela até o final. Esse resenha aqui é uma das que mais guardo com carinho, mas pensarei sobre o que falou na segunda.
Como é meu primeiro livro, tive oportunidade de mudar muito minha forma de construir histórias, e é sempre bom ter opiniões diversificadas delas




Francine 10/02/2015

Um relato fiel sobre a depressão, mas também um relato fiel sobre como concebemos o fracasso em nossas vidas.
Tive a oportunidade de ler esse livro por meio do Book Tour, organizado pela querida Patty, do blog Coração de Tinta. Agradeço muito pela oportunidade, porque a leitura foi preciosa!

Narrado em primeira pessoa, em Uma Canção para a Libélula (Parte I) conhecemos Vanessa, uma jovem pianista que está se tornando cada vez mais famosa pelo seu talento. Ela mora em Londres com sua tia Lorena, seu tio Ted e sua prima Rebecca. Logo nas primeiras palavras da nossa protagonista-narradora, notamos sua infelicidade. Tocar piano é a melhor experiência para Vanessa, mas quando suas mãos não estão sobre as teclas desse instrumento há um preocupante embotamento afetivo. Nada atrai seu interesse, nem mesmo seu namorado atencioso, Jude, que a pediu em casamento e ainda aguarda sua resposta.

Vanessa não quer casar… Ela também sabe que não ama Jude, assim como nunca amou alguém. Ela sente que nunca amará e tampouco acredita nos contos de fadas que os romances femininos apresentam. Sua perspectiva sobre a vida é cinzenta. Paralelamente, a autora nos dá pistas das razões para que Vanessa se comporte dessa maneira. Algo grave aconteceu em sua infância. Algo que não foi superado e atormenta seus sonhos com a culpa. Algo que envolve sua mãe, Valéria, por quem Vanessa nada sente além de ódio e mágoa.

Então, o inusitado acontece! O coração de seu pai, Marcos, está comprometido e Vanessa decide ir vê-lo no Brasil. O relacionamento entre pai e filha é afetuoso, assim como o carinho entre Vanessa e Alex, seu irmão mais velho. Mas a mãe, Valéria, é um terror à parte e reencontrá-la exigirá enfrentar fantasmas contra os quais Vanessa esteve lutando por toda a vida.

Fiz minhas apostas no decorrer da leitura sobre o evento traumático que provocou tamanha apatia em Vanessa, mas não estava preparada para o que a autora criou. A narrativa desse livro é repleta de metáforas, que nos aproximam dos sentimentos da personagem e nos condenam à solidão que ela enfrenta. Com sensibilidade, a autora abordou a depressão em sua expressão mais melancólica, devastada e solitária. Vanessa é incapaz de expor em palavras os seus sentimentos, engolindo-os a cada vez que é mal-interpretada por sua família ou mal-tratada pela sua mãe. Vemos quão complexas podem ser as circunstâncias que levam alguém a afundar em sofrimento, especialmente quando sente não merecer a felicidade.

Valéria é a personificação da negligência e do abuso psicológico que uma mãe pode impor sobre um filho. Suas palavras duras, até mesmo um pouco insanas, ferem Vanessa de um jeito tão profundo que se torna cada vez mais difícil desacreditá-las. Vemos as tentativas de enfrentamento da personagem e o seu fracasso; vemos sua queda cada vez mais rápida até lhe restar apenas uma casca vazia e alheia à vida.

Aos poucos (ou talvez rápido demais), Vanessa entra em um processo constante de perdas. Seus objetivos, sua carreira, sua confiança, sua identidade… evaporam-se em meio à depressão. Ela só quer fugir outra vez e voltar a Londres, mas sua saúde está cada vez mais debilitada. A casa, sua mãe, as expressões penosas de seu pai e das pessoas que a veem, são demais para suportar. A cada vez que consegue dar voz aos seus sentimentos, eles vêm turvos demais para serem acolhidos – são apenas gritos raivosos ou evasivos. E ela regride, retraindo-se em si mesma. A queda não cessa.

Eu adorei o jeito como Juliana Daglio descreveu a depressão. Intitulando-a de Vilã Cinzenta, a autora foi capaz de transmitir ao leitor cada pensamento e sentimento de Vanessa. Eu me compadeci dela, e irritei-me por sentir pena. Não era o que ela queria, não era o que ela precisava. Vanessa era incapaz de aceitar sua própria condição, o que tornava ineficiente qualquer ajuda que recebia. Torci para que conseguisse reagir e ver a mulher maravilhosa que se tornara, mas não dependia de mim. Não dependia do pai ou do irmão dela. Não dependia nem da sua mãe, que conseguia feri-la sempre um pouco mais. Dependia dela. E, no fundo, isso servia apenas para sobrecarregá-la com a responsabilidade de suas escolhas em um momento no qual sequer suportava o peso de se manter ereta.

O livro é um relato fiel sobre a depressão, mas é também um relato fiel sobre como concebemos o fracasso em nossas vidas. Vanessa é uma sobrevivente, mas jamais viu a si mesma como alguém de valor. A despeito do seu passado, ela foi capaz de se tornar uma pianista de sucesso – um mérito unicamente seu –, mas nada disso importava porque desprezava a si mesma. E não há mal maior que nossa alma aguente do que aquele que fazemos a nós mesmos.

Demorei um pouco para me habituar com a linguagem da autora, por isso considerei muito apropriado o seu texto introdutório – no qual explica que a obra se trata de uma metáfora. A narrativa é poética, com descrições tétricas e sensíveis, sem se limitar a uma observação objetiva. Depois que me envolvi com suas palavras, foi impossível parar a leitura. Vale muito a pena conhecer a obra.

A Parte II está sendo finalizada e estou muito ansiosa para descobrir o que acontecerá. O livro me roubou lágrimas em seu desfecho e torço para que me roube sorrisos a partir de agora (rs). A autora está de parabéns pela criação! A capa é deslumbrante e a diagramação está maravilhosa. É um livro de rápida leitura, que recomendo para qualquer leitor.

Observação: Acho importante salientar que a autora é formada em Psicologia e atua na área clínica.

Convido a ler meus quotes favoritos desse livro no blog (e conhecer O Lago Negro, segundo livro da autora – em desenvolvimento no Wattpad):

site: http://myqueenside.blogspot.com.br/2015/02/resenha-71-uma-cancao-para-libelula.html
Juliana 10/02/2015minha estante
FELIZ DEMAAAAAAAAAIS!!!




Livros Encantos 13/01/2015

Uma Canção para a Libélula
Personagens
Vanessa – Uma pianista de sucesso , que deixou de enfrentar seus fantasmas e passa a viver sob uma realidade que a convém.

Capa - A capa ficou perfeita para o livro, a menina ,esse tom cinza e a libélula.

Ápice do livro – Cena do encontro da Vanessa com a Libélula no lago

Momento Tenso – Quando Vanessa perde uma batalha para a Vilã Cinzenta

Diagramação - Capítulos perfeitos , bem separados, ótima revisão

Opinião Final

Sensibilidade que toca o leitor essa é a descrição para esse livro.

Muitas vezes nos fechamos para o mundo para enfrentar nossos problemas .
E assim Vanessa nossa protagonista fez, até hoje ela não vivia apenas existia, aprendeu a colocar um sorriso em seu rosto, e deixar a alma chorar .
Seus maiores temores foram colocados de lado para não serem encarados de frente .
Iremos conhecer nossa protagonista Vanessa morando com sua tia em Londres em sua carreira bem sucedida de pianista

A delicadeza e sensibilidade com que a autora tratou o tema principal do livro : Depressão foi leve, muitas vezes essa tema se torna pesado, em cada página mergulhamos juntos com Vanessa em seus medos, dores e receios de forma sensível.

Vamos conhecer Vanessa que mora em Londres com sua tia, já uma famosa pianista , que vive aparentemente bem com a tia, sua prima e o tio.
Uma doença de um parente irá fazer ela retornar ao Brasil e não poderá mais adiar o confronto com sua mãe e todos seus medos, revoltas e angústias.

Nossa protagonista carrega uma carga emocional tão grande, que sentimos sua tristeza.

Quando pequena não se sentiu amada por sua família, uma perda , uma culpa.... ao lidar com todos esses sentimentos , tudo explode dentro dela e sem saber como lidar com um se fecha em seu mundo, o confronto com a vilã cinzenta vai deixar marcas.

O livro foi uma leitura rápida e envolvente, sentimos todas emoções da protagonista, o diferencial é que normalmente são sentimentos que tem mais alegrias, mas nem por isso foram menos intensas, a dor de Vanessa é grande e ela não sabe lidar com isso.

O livro também vai abordar um pai que carrega uma imensa culpa, tentando dar amor a filha que deixou ir embora.

Muitas vezes guardamos tanto nossas emoções, pesam demais, e criamos aquele escudo para essas emoções. Deixamos de buscar a felicidade, simplesmente vamos existindo.
Juliana soube prender o leitor com toda sua delicadeza em cada palavra, a sensibilidade na dor de Vanessa amei a forma que ela conduziu o tema, e não vejo a hora da continuação. Pois o livro termina em um momento .... crucial.

Gostei muito da escrita da Juliana, de como ela descreveu cada sentimento de Vanessa , a culpa do Pai, e o descontrole da mãe, uma escrita direta e uma história que envolve o leitor .
Recomendo a todos conhecer a escrita sensível, delicada e verdadeira da autora.

Quotes
"A Libélula abençoou a menina, transferindo a ela sua essência."
"Entendi que você era especial, pois todas as meninas sonham com fadas, borboletas e princesas e você escolheu algo tão inusitado. Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza." Professora de Vanessa
"Era como se a vila fosse e presença cinza, era ela quem fazia tudo acontecer... Minha Vilã cinzenta." Vanessa


site: http://www.livrosencantos.com/2015/01/uma-cancao-para-libelula-juliana-daglio.html
Juliana 14/01/2015minha estante
Adoreeeeeeeeeeei!




Cristiane174 24/03/2023

Forte, mas sensível
Indico a todos que sofrem de depressão ou convivem com alguém que tem a doença. Não há cura, mas há remissão. Não percam esperança. Por mais escuro que seja o horizonte que esteja a sua frente, ou tão assustadora seja a mulher cinza a seu lado. Não se entregue, solte suas asas lentamente, e uma hora você voa...
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