Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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Cacio Silva 27/03/2016

Uma canção para o livro perfeito.
Confesso que queria ler o livro desde quando o mesmo se encontrava na primeira edição. Não foi possível, porém assim que entrou em pré venda pela editora Arwen, o adquiri.
Comprei os livros (as duas partes), em dezembro de 2015, ou seja, aguardei meses para poder ler, mas acho que a espera valeu a pena.
A narrativa da Juliana é muito bem fluída. Assim como em "O lago negro", não conseguia "largar" do livro.
Nunca havia lido nada que envolvesse depressão, e ao conhecer a Vanessa percebi vários aspectos que estão presentes no meu cotidiano. Os fatos narrados no livro nos envolve em cada reviravolta eletrizante.
A presença de Valéria, mãe de Vanessa, atrai um lado mais sombrio para a história, vulgo sendo julgado por mim, como um dos demônios internos da jovem.
Não tem como não falar do final. As últimas 20 páginas do livro são super carregadas de emoção que nos leva para um final épico, que confesso ter pena de quem teve de esperar tanto tempo para ler a continuação.
Só tenho que agradecer a Juliana, pois este livro acrescentou muito para mim, e em breve lerei a parte 2.

Ps. No light, no light, in your bright blue eyes [...]
Ps 2. Acho que fui o primeiro a ler em versão física esta nova edição.
Ps 3. Terei literatura Daglio por muito tempo. Logo terá a continuação de "O lago negro" - Expressão feliz.
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Pablo Madeira 06/08/2015

Um livro viciante.
Vanessa é uma pianista de sucesso e mora em Londres com os tios desde que um acontecimento trágico marcou a sua vida. A história começa a se desenvolver quando após uma de suas apresentações, recebe um telefonema que irá, "tecnicamente" dizendo, obrigá-la a voltar para o Brasil. O problema é que essa viagem irá abrir velhas feridas e fazer a nossa protagonista a vivenciar os seus maiores pesadelos (literalmente pesadelos) mais uma vez.
De volta ao Brasil, aos poucos vamos descobrindo os motivos que a levou a se mudar para Londres e o que houve de tão triste em sua infância. Ela tem um pai, um irmão e uma mãe... Se é que pode se chamar de mãe. Uma mãe de verdade jamais iria negligenciar um filho! Ficou curioso? Eu sei, mas não sei como escrever uma resenha desse livro sem soltar spoiler. Tudo que posso falar para vocês é que vale realmente a pena encarar a história! Podem ler que não irão se arrepender.
"Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula.
Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro.
Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta.
De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. “Uma canção para a Libélula” é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças."
-Sinopse do livro Uma Canção Para a Libélula-

Se preparem! Vocês terão que enfrentar uma grande dose de loucura. Uma história metafórica... Uma luta entre a Menina Triste e a Vilã Cinzenta. Entre o Passado e o Presente. Entre Mãe e filha.
Desejo todo sucesso do mundo para a autora, continuando desse jeito tenho certeza que ela vai longe.


site: http://devaneiosexpressos.wix.com/blog
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Luiz 15/05/2015

Réquiem de um sonho
O livro conta a história de Vanessa, uma talentosa pianista que mora com a tia em Londres. Conforme sua fama vai aumentando, maiores são as exigências de seu empresário, o que, somado à um relacionamento fadado ao término, a leva cada vez mais próxima da tristeza.
Em meio a uma temporada turbulenta, ela decide voltar ao Brasil para visitar o pai doente, mesmo sabendo que com isso, velhos fantasmas retornariam para lhe assombrar e demônios familiares dariam as caras. E é em SP que a maior parte da história se desenrola da forma mais intensa possível.
Já deu para sentir que a história promete, certo? Mesmo sendo de certa forma simples, a trama se torna magnífica em sua simplicidade. Cada ação e reação tem um impacto certeiro no leitor, e o desenvolvimento dos personagens só ajuda. Eles não são muitos, se resumindo a familiares e amigos de Vanessa, o que faz nosso apego com eles maior. Realmente nos importamos com os dramas de Vanessa, sentimos empatia enorme pela tia Lorena e queremos esganar Valéria, a "mãe" da protagonista, através das páginas para ver se conseguimos colocar juízo em sua mente fragmentada. Cada conflito entre Vanessa e Valéria, cada conflito interno de Vanessa, cada sonho perdido e cada passo que ela dá para perto da Vilã Cinzenta/morte, nos deixa incrivelmente absortos e angustiados, principalmente no final, que é bem forte e significativo. Nunca esperei encontrar um fim cliffhanger nesse tipo de livro!
Quanto à edição, achei que a Editora Deuses fez um bom trabalho! A capa é linda e há libélulas no topo de cada página (belo toque ^^). O que me espantou foi o tamanho, em comprimento, do livro! Pensei que demoraria bastante para ler um livro dessa "lapa" mas o espaçamento das linhas é grande e a leitura segue bem suave, com capítulos na medida. Li num único dia :)
Uma Canção para a Libélula é um livro maravilhoso, cheio de surpresas, dramas e revelações familiares de chocar leitores calejados. E o melhor: É NACIONAL! A Juliana, além de super talentosa, é uma pessoa incrível! Merece todo o sucesso que está tendo e que com certeza virá adiante em sua carreira!
Recomendo demais a leitura, tanto para quem gosta de dramas "sick-lit" quanto para os que buscam um livro diferente e significativo em sua estante. A história de Vanessa é muito triste, e acompanhar suas derradeira descida aos confins da depressão, requer coração forte.
Nota máxima com certeza!
E agora só nos resta aguardar e roer as unhas pela sequência, que promete ainda mais fortes emoções e, quem sabe, um final feliz para a Menina Libélula.
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Tati Duraes 15/05/2015

Forte e Profundo.
Olá pessoal!
Esse livro eu troquei com a Ju (eu mandei um AFL e ela me enviou um dela), já que nós duas queríamos ler o livro uma da outra.

Resenha!

Vanessa, a personagem principal, é uma famosa pianista na Inglaterra. Vive com a tia Lorena, irmã de seu pai. É uma garota recatada, que não gosta de lugares cheio, porém os enfrenta quando necessário, principalmente dos coqueteeis após suas apresentações.
Ela tem um namorado, por qual não é apaixonada, uma prima (Rebecca) muito alegre e extrovertida e um tio (marido da Lorena) mais reservado.

Vanessa deixou seu passado no Brasil e vivi há 13 anos em Londres. Sua vida gira em torno do piano e de suas composições, porém guarda em seu coração muito rancor, medo e tristeza.
Ela foi maltratada pela mãe e por isso foi embora do Brasil. Foi resgatada e acolhida pela tia, a qual considera como uma mãe.
Porém quando seu pai sofre um quase infarto, ele pede para que ela volte a São Paulo e passe um tempo ao lado dele e do irmão Alex. Mesmo com medo do passado, ela aceita. Ao mesmo tempo Jude, o namorado, a pede em casamento e ela não quer aceitar, pois não se vê passado a vida ao lado dele.
Então em um encontro, onde ela diz não, ele joga em sua face, palavras grosseiras que a faz lembrar-se do passado, de tudo o que passou tanto tempo se esforçando para esquecer e superar.
Ela retorna ao Brasil como planejado, para passar algum tempo ao lado do pai e rever o irmão que está prestes a se tornar pai.
Os fantasmas do passado começam a retornar para assombra-la.

Minha Opinião!

Primeiramente gostaria de falar que nunca sofri bulling na escola, ou se sofri, não me recordo e nunca sofri com depressão. Nem quando engravidei sem desejar, nem quando fiquei, por dois anos, desempregada. Então, até há algum tempo eu achava besteira, bobagem, quando falavam que alguém estava doente com depressão.
Depois a gente amadurece, cresce e aprende. E a obra aborda esse tema: Depressão!

Então fiquei pensando em como resenhar um livro tão profundo?? Com uma história tão triste e bela ao mesmo tempo... Que nos faz sentir tristes, nos deixa com raiva, angustiados...

Vanessa foi maltratada pela mãe desde que nasceu, e até certo ponto da história, isso é uma dúvida. O quanto ela sofreu, para que tivesse tanto medo da mãe dessa forma?
Ao desenrolar da história é que vamos entendendo tudo. Se bem que determinadas coisas não são bem esclarecidas nesse primeiro volume. Sim! Essa é a parte 1 e a parte 2 será publicada ainda esse ano!!!

Valéria, mãe da Vanessa, é desprezível como mãe, como mulher e como ser humano. É repugnante que existam mulheres como ela, mas infelizmente existem. Vemos todos os dias, nos jornais, mães que abandonam seus filhos no lixo, nos hospitais ou que os matam de fome, de espancamento.... enfim, Valéria não fez isso com a filha, mas a forma como a tratou.. era melhor que a tivesse abandonado no nascimento.

Marcos, o pai, por outro lado é carinhoso e atencioso, ou pelo menos tenta ser. E ama a filha. Infelizmente ele não foi o pai que ela precisava antes e agora ele tenta recompensa-la. O que me irritou muito, pois ele chega a ser egoísta. Pelo menos eu o senti dessa forma. É claro que entendo o desespero que ele deve sentir ao ver a filha sofrendo.

A escrita da Juliana é fluida. Ela consegue passar com maestria os sentimentos da personagem. Mesmo eu, uma pessoa que nunca sofreu com depressão, cheguei a chorar em determinados pontos. Senti-me angustiada e triste pela Vanessa, e com vontade de entrar na história e dar uns safanões em alguns personagens. rsrs...

Confesso que fiquei com medo. Medo de não conseguir me envolver na história, principalmente por ser algo tão fora do que costumo ler, mas é impossível não se comover, não sentir, não se deixar levar pela onda de sentimentos descritos no livro.

O desfecho foi brilhante para deixar-nos curiosos para o próximo volume. É claro que também foi maldade...

site: http://tatiduraes.blogspot.com.br/2015/05/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Clube do Livro 27/04/2015

Sensível, profundo e Maravilhosamente bem escrito!
Estou simplesmente maravilhada com a obra Uma Canção
para Libélula. Foi um livro que conversou diretamente com minha alma e sofri com a intensidade que a autora conseguiu transmitir os sentimentos vividos pela personagem e identifiquei-me muito com as suas angustias e dramas pessoais...
Foi intenso e surreal estar lendo e sentindo junto com a Vanessa o clima denso e complexo desse livro.

Esse livro conta história de Vanessa Santos, que é uma pianista de sucesso, mas sua vida só tem sentido quando vivida através de sua música. Por trás de tanto talento existem buracos negros de tamanho imensurável.
Em seu passado, ela sofreu com a rejeição e crueldade de sua mãe Valéria e por ter sido negligenciada pelo seu pai quando mais precisou em um momento traumático de sua infância. Com todos esses acontecimentos ela acaba indo morar com seus tios na Europa.

Após doze anos de silêncio e fuga do seu passado, Vanessa vai receber um telefonema que irá reabrir velhas feridas e fará com que ela tenha que enfrentar o seu maior medo: O passado, e suas lembranças cruéis e cinzentas...
Um livro que vai fazer você se emocionar e sentir cada dor e sentimento em sua máxima amplitude, você irá mergulhar fundo no negrume da depressão e ver que por trás de cada fachada fria existem rachaduras nas quais o mínimo toque pode fazer a pessoa se estilhaçar como cristal...

O fim é muito tenso e deixa várias questões a serem respondidas Estou aqui me mordendo de curiosidade pelo final que estará no livro Uma canção para libélula parte II que será lançado em Maio como já postamos AQUI...

São vários porquês...
Mas o porquê mais doloroso é ...
Por que esse livro tão maravilhoso acabou tão cedo?!
Gente, a escrita da Juliana Daglio é maravilhosa, seu trabalho é perfeito!
Com certeza já é uma das minhas autoras preferidas e sem dúvida esse livro está entre os melhores que já li!

Quotes do Livro:

"As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais."

"Era como se alguém me observasse ali, jogada na parede, tentando lutar contra um passado enterrado, que cavava para fora com garras mais fortes. Ela estava ali. A presença cinzenta e cruel. A vilã de minha história."

"Fechei os olhos, concentrando-me no vento sobre as bochechas e costelas. O frio, só o frio. Mas ele não foi suficiente para calar a voz da menina que eu fui, dizendo-me coisas que eu achei ter esquecido; contando-me de uma tristeza que nunca tinha deixando de existir."

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que me aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância, e só deixou um vazio enegrecido para trás."

–Sonhos... sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.

-Você ficou encarando o pobre rapaz que só queria ser esquisito em paz?
–Fiquei pensando que vocês seriam lindos sendo esquisitos juntos.

"Nenhum piano no mundo se comparava àquele. Era perfeito, como uma extensão de minha existência, agora separado de mim, levando a parte boa e pegando para si. Um instrumento proibido agora. Ao mesmo tempo em que me causava medo, atraía-me."

"A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada... Nós três e a lembrança de uma morte."

site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2015/04/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Bruna 23/04/2015

Uma lição de vida !
A obra de hoje é linda e emocionante, diferente de tudo que já li e que eu acredito que todos deveriam ler, vem comigo conhecer mais sobre Uma Canção Para Libélula da autora parceira do blog Juliana Daglio.
É incrivelmente complicado falar de uma história que ao mesmo tempo em que é linda é também triste e pesada, mas não por ser uma leitura enfadonha, e sim, por tratar de um tema sério e preocupante, a depressão. Raramente nos deparamos com obras que abordem o tema, mas deveríamos, uma vez que a depressão é tão séria como outras doenças como anorexia e bulimia e também com consequências tão grave quanto o bullying.
“O que a pobre menina não entendia era que naquele momento em que entoara uma breve canção à Libélula, havia atraído para si algo mágico, quase sobrenatural: uma escolha de vida.”
Nessa história somos levados a conhecer Vanessa, uma agora já moça que vive com seus tios em Londres, onde tem uma carreira de sucesso, mas não é completamente feliz. Desde pequena ela tem que conviver com uma vilã cinzenta por perto tendo como único refugio sua música e suas composições ao piano, que sempre insiste em relembrá-la de um fardo do passado pelo qual ela nunca conseguiu esquecer.
“ – Venha, vou lhe mostrar uma coisa. Mas tente não desviar os olhos – sussurrou, como se a lembrança do sonho tivesse se tornado real. E era real.”

Apesar de sua carreira está indo em direção a cada vez maior sucesso, ela odeia o fato de ter que ir as festas e interagir com outras pessoas e seus elogios decorados, o que ela só atura porque tocar seu piano é a única coisa capaz de libertá-la. Ela não sabe o que é o amor, tampouco o que é a felicidade, mas sabe que grande parte de ser assim vem da rejeição de sua mãe que felizmente ela não é obrigada a conviver já há 14 anos.
“Quem nunca espera nada de ninguém, nunca fica desapontado.”
No entanto, uma reviravolta do destino à leva a ter que voltar para o Brasil e enfrentar seus piores pesadelos, uma mãe que faz de tudo para humilhá-la, a vilã constantemente reforçando que é sua culpa e um pai que a deixou de lado pela mulher, mesmo que agora esteja arrependido. A convivência naquele lugar irá fazer com que ela retorne a velhos hábitos que tinha, quando criança ela era extremamente calada apesar de desde muito cedo ser extremamente talentosa ao tocar.
Aos poucos as memórias se tornam cada vez mais dolorosas e a vontade de sair, comer e tocar se tornem nulas. O sofrimento é tanto que ela não tem vontade de lutar, não tem vontade de fazer mais nada e mesmo que a tentem ajudar, talvez já seja tarde demais para lutar contra a sua companheira cinzenta, ser abençoada pela libélula quando criança pode não ter sido a melhor coisa, mas será que ela conseguirá vencer ou irá desistir de tudo? Será que a canção irá terminar antes de chegar ao seu fim?
“Sonhos...Sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.”
Esse foi meu primeiro contato com a escrita e com uma obra da autora e não poderia ter sido melhor, a autora sabe se expressar e nos comover com palavras de uma forma incrível e que nunca tinha acontecido comigo antes. Mais do que uma história ela nos leve a refletir e a aprender mais sobre um problema tão grave e obscuro quanto à depressão, que antes da leitura eu não tinha ideia do quão difícil era. Os personagens são cativantes e você se envolve e sofre junto com Vanessa, meu desejo era pegar e protege-la, ajudar para que ela soubesse que não estava sozinha, que ela consegue passar por tudo aquilo e que não deve dar ouvidos as coisas ruins que jogam para ela.
É uma história extremamente emocionante que prende o leitor do início ao fim, que leva a diversas reflexões e aprendizados, que nos faz refletir sobre a nossa vida e que, as vezes, reclamos de coisas que são mínimas enquanto outras pessoas tem que lidar com coisas extremamente graves. E sem falar que me fez agradecer pela mãe que tenho e por tudo que meus pais fizeram e fazem por mim e que infelizmente a Vanessa não tinha.
Essa é uma obra que todos deveriam ler, então se você gostou do que eu falei compre a sua e descubra mais sobre esse mundo, se emocione e se apaixone, seja grato pelo que tem e que outros não têm a oportunidade de ter. Eu estou extremamente curiosa para conferir o próximo livro e entender um pouco mais de tudo isso, foi uma leitura que valeu extremamente


site: brookebells.com
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Nilda 13/04/2015

Resenha Uma canção para libélila
Uma canção para a Libélula traz a história de Vanessa, uma pianista prodigo, que desde muito pequena já tocava piano com ninguém.

A narrativa inicia com Vanessa em Londres, onde vive com a tia, a quem considera sua mãe. O livro é narrado pela voz da protagonista Vanessa.

Vanessa é uma jovem com uma carreira brilhante, com vários concertos agendados. Além disso, ainda tem um belo namorado e um pedido de casamento.

No entanto, nada disso parece deixar Vanessa feliz. Primeiro porque ela não pensa em casar, não acreditar amores para sempre. Segundo, a vida de artista famosa não lhe agrada nem um pouco. Ela detesta os cumprimentos decorados, os beijos frios, os abraços sem emoção nos coquetéis dos concertos. Vanessa, na verdade, usa uma mascara da felicidade, mas por dentro só quer mesmo ficar as sós com suas partituras.

Aos poucos ficamos sabendo o motivo de Vanessa não morar com a família em São Paulo. Ela tem pai, que a amor muito, um irmão e a mãe, Valéria, que já no inicio do livro percebemos que as duas não se dão nada bem.

Uma ligação do pai faz com que Vanessa voltasse ao Brasil. E aí tudo começa a ficar mais escuro na vida da protagonista. A mãe a recebe com indiferença. E, além disso, acontecem várias cenas desagradáveis que só prejudica mais a relação da mãe e filha.

Uma canção para a Libélula é um livro que desmonta tudo que conhecemos sobre relação de mãe e filha. Ou será que são só estereótipos maternos?

Mas mais do que isso, Uma canção para a Libélula é um livro sobre pessoas que precisam de ajuda profissional. Pessoas corroídas por culpas. O livro traz questões fortes como a depressão e suicídio. Vanessa está doente. A mãe está doente. E acredito que o pai e, até mesmo o irmão estejam doentes.

Juliana Daglio aborda todas essas questões com muito cuidado. A autora vai introduzindo aos pouco, como se fosse mesmo o processo da doença. No inicio, a gente percebe que algo estar errado porque os sonhos da Vanessa nos indica isso. A necessidade de se isolar de Vanessa não é só uma questão de personalidade.

A autora usa os sonhos como metáfora para falar de suicídio, de depressão, sempre no inicio dos parágrafos. E tudo vai se intensificando até chegar ao fundo do poço de toda a família, mas principalmente de Vanessa.

Uma canção para a Libélula é um daqueles livros que nos faz refletir sobre vários aspectos da nossa vida. Na nossa cultura estamos acostumados achar que mães são leoas que estão sempre prontas a defender os filhotes, mas até as leoas adoecem. As leoas também rejeitam os filhotes. Também achamos que carreira profissional é sinônimo de felicidade e nem sempre é assim.

Estou ansiosa para ler Uma canção para a libélula II. Quero muito saber quando acabam os dias cinzentos de Vanessa, pois ela merece dias de sol.

site: http://www.osnosdarede.com/2015/04/resenha-uma-cancao-para-libelula-i.html
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@retratodaleitora 11/04/2015

Tema difícil e personagens marcantes em uma narrativa poética e inteligente.
"A Libélula ficou ainda mais atraída pelo som vindo da menina e se aproximou. As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais."

*

Vanessa é uma jovem e famosa pianista, ela ama o que faz e encontra nesse instrumento uma razão para viver, um alívio para sua alma marcada pelas dores do passado e uma certeza para o futuro.
Foi viver em Londres ainda quando criança e, morando com sua tia, nem cogita a ideia de voltar ao Brasil. Não aguentaria as lembranças que viriam assim que pisasse em sua casa; não aguentaria ter que olhar para Valéria, sua "mãe", a razão pela qual Vanessa teve que ir embora, a pessoa que destruiu sua vida.
Em Londres ela pode contar com pessoas maravilhosas, sua tia e sua prima, sua família. Mas ainda assim está longe de ser a vida perfeita. Os pesadelos..., a angústia, a ferida em seu coração, as lembranças, a culpa... Além das apresentações sem fim e da pressão que sente para continuar sendo a pianista perfeita. Tocar para ela não é um problema. Problema é ter que lidar com os elogios vazios, com a exposição que sofre, com o sentimento de não pertencer aquele mundo. Ela só deseja tocar em paz.

Mas parece que Paz é algo que ela não vai ter. Depois de receber uma ligação de seu pai que está doente, Vanessa se sente dividida entre a vontade de ver o pai antes que seja tarde e o temor por tudo o que pode lhe ocorrer estando no centro de sua dor e perto daquela que lhe fez tão mal.
A vontade de ver o pai fala mais auto e apesar de sua tia implorar para que não vá ela decide enfrentar seus medos, afinal ela era só uma criança quando tudo aconteceu, agora é adulta e pode se defender.

Mas ela não poderia imaginar o que sua volta iria lhe causar. Agora, mergulhada em um mar de dor, incertezas e culpa, ela precisa reunir todas as suas forças para não sucumbir à depressão, que se aproxima sem dó nem piedade.
Será que Vanessa será forte o suficiente? Será que receberá a ajuda que precisa? Ou será que a Vilã Cinzenta, antagonista de sua vida, levará a melhor nessa história?

*****
Uma Canção para a Libélula trás ao leitor uma protagonista difícil, que nos narra uma história densa, triste, mas maravilhosamente coerente e, infelizmente, a realidade de muitas pessoas.
O mais triste é quando começamos a nos identificar com a tristeza dela.
Afinal, quem nunca teve que lidar com uma dor profunda? Com a vontade de sumir e a sensação de estar vivendo apenas por viver, não encontrando razão para nada? Bem, eu sim, e foi realmente difícil não me ver um pouquinho que seja na Vanessa e entender, pelo menos um pouco, seus pensamentos, seus anseios e seus atos.
O livro é um Sick-lit e como todos os livros do gênero trás um personagem doente. A doença abordada nesse livro é a Depressão. Doença essa que muitas pessoas não dão a devida atenção e apoio e tratam como algo banal.
Juliana Daglio fala desse assunto como nenhum autor que li se arriscou até agora. A leitura é densa, sim, mas é tão inteligente, interessante e diferente que é fácil ser tragado para dentro do mundo e da cabeça da protagonista. Depois dessa leitura incrível é impossível olhar a doença com os mesmos olhos.

A autora mantém um mistério até o final, e assim faz com que o leitor sinta sede de respostas e com isso acabou deixando a leitura mais fácil ainda. É difícil ler devagar quando queremos descobrir o segredo da protagonista, o que aconteceu com ela para que sua vida desmoronasse e seu sorriso fosse apagado.
É um tema pesado, sem dúvidas, mas que foi tratado com uma linguagem fácil e narrativa bem poética por alguém que entende do assunto. A Juliana é psicóloga.

Os personagens foram bem construídos, mas só temos a visão da Vanessa e senti falta de saber mais sobre outros personagens bem interessantes que aparecem poucas vezes, mas fazem bastante diferença na narrativa.
O final foi de cortar o coração, não foi um final que eu esperava e fiquei dividida entre não gostar do que aconteceu e amar a autora por ser tão corajosa e fazer algo diferente e inesperado. Fiquei com a segunda opção.
Mas não para por aqui, o livro tem continuação. Uma Canção para a Libélula parte 2 está nas fases finais para impressão e logo logo poderei continuar apreciando essa historia fantástica.

Juliana, com toda sua inteligência e criatividade, entrou para meu top 5 de escritores nacionais favoritos. Me fez derramar lágrimas logo nas primeiras páginas e, no final, me emocionou ainda mais.
Definitivamente indico esse livro para todos, acredito que agradará a maioria dos leitores!


site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/
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Rafaela 30/03/2015

Aos 24 anos Vanessa Santos é uma jovem pianista em ascensão na Europa. Atualmente ela mora em Londres, com sua tia Lorena, seu tio Ted e a prima Becca.

Prestes a alavancar sua carreira com a gravação de um disco, Vanessa se vê obrigada a retornar a São Paulo devido os problemas de saúde de seu pai. Mas nem os treze anos vividos longe de casa fizeram-na esquecer dos dramas pelos quais viveu e, ao retornar, terá de enfrentar os fantasmas de seu passado e encarar a pessoa que lhe provocou tamanho sofrimento: sua mãe.

Juliana consegue nos conduzir com maestria pelo tema central do livro, a depressão. Como um problema sério pelo qual muitos tem de passar, não é uma doença que deve ser ignorada. Assim como a protagonista demonstra inicialmente, muitas pessoas tem o mesmo comportamento de não admitirem que estão com dificuldades e se acomodam nesta situação sem tentar buscar ajuda e uma solução. A depressão é uma Vilã Cinzenta que sempre está lá, puxando as pessoas para os seus piores pesadelos e tentando mostrar que sua vida não vale nada.

''Meus dedos correram até o navegador de pesquisa e digitaram a palavra que sussurrava em meus ouvidos: depressão.
Quatrocentos mil resultados enfeitaram a tela, de dez em dez. Um infinito de informações sobre o problema que escreveram em meu prontuário. Ver aquilo tudo brilhar em linhas azuis naquele monitor só fez me sentir ainda mais sozinha. Sozinha entre tantos que provavelmente eram rotulados como eu. Sujeitos de uma massa improfícua e descartável. Um emaranhado sem rosto de pessoas cabisbaixas e sobrepujadas pela própria mente.'' Pág. 198

Além do tema, a trama também é diferente de tudo que costumamos ler atualmente. Na maioria dos livros conhecemos as mães como pessoas maternais e amorosas ou, em outros casos, apenas como pessoas não amigáveis que ignoram seus filhos. Aqui, Valéria desempenha um papel de mãe cruel jogando toda a culpa da ruína de sua vida em sua filha Vanessa. É uma convivência que entristece o leitor e mexe com seus sentimentos.

Vanessa carrega uma carga emocional muito grande devido aos fatos do passado. Isso acaba deixando o livro bastante dramático e envolve o leitor, pois sentimos as dores, os medos, as inseguranças e a rejeição junto com a protagonista.

Atos geram consequências, e Valéria conseguiu ser fruto de diversas mudanças em Vanessa. Crescendo em meio ao caos, sua personalidade foi se moldando as situações que vivenciava. Agora adulta, percebe-se os problemas que a falta de amor lhe gerou, sendo que ela não consegue transpor a barreira de expressar seus sentimentos para com as pessoas em seu convívio, não conseguindo se apaixonar verdadeiramente. Acima de tudo, Valéria prova que as palavras podem ferir, machucar e deixar qualquer um em pedaços. Elas podem permanecer na memória e nunca serem esquecidas, triturando nosso interior.

''-Talvez eu pareça muito ingênua, mas de qualquer forma digo uma coisa para a senhorita; passado é passado, e é lá que deve ficar.
-E quando a gente não esquece?
-Não é pra esquecer, é pra não deixar ele atrapalhar o hoje.'' Pág. 191, 192

Esses problemas de infância e os dramas pelos quais Vanessa passou não nos são revelados logo no início, fazendo o leitor virar avidamente as páginas em busca das respostas, os fatos que desencadearam tanto desprezo por parte de uma mãe. Sendo um livro curto e de leitura fluída, concluí-se a obra em pouco tempo ansiando por mais, já que nem todas as dúvidas e segredos nos foram revelados nesse primeiro volume, além do ponto crucial em que a história termina.

Uma Canção Para a Libélula é um livro muito bem escrito e que consegue nos passar uma torrente de diferentes sentimentos durante a leitura. Tratando de um tema frágil como a depressão, a obra é incrivelmente bela e profunda. As metáforas, a narração, o tema, os sentimentos..., tudo se encaixou perfeitamente. A ansiosidade pela continuação permanece, com um desejo de que muitos possam ler e se apaixonar pela história da menina e sua libélula.

site: http://eterna-leitora.blogspot.com.br/2015/03/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Francine 10/02/2015

Um relato fiel sobre a depressão, mas também um relato fiel sobre como concebemos o fracasso em nossas vidas.
Tive a oportunidade de ler esse livro por meio do Book Tour, organizado pela querida Patty, do blog Coração de Tinta. Agradeço muito pela oportunidade, porque a leitura foi preciosa!

Narrado em primeira pessoa, em Uma Canção para a Libélula (Parte I) conhecemos Vanessa, uma jovem pianista que está se tornando cada vez mais famosa pelo seu talento. Ela mora em Londres com sua tia Lorena, seu tio Ted e sua prima Rebecca. Logo nas primeiras palavras da nossa protagonista-narradora, notamos sua infelicidade. Tocar piano é a melhor experiência para Vanessa, mas quando suas mãos não estão sobre as teclas desse instrumento há um preocupante embotamento afetivo. Nada atrai seu interesse, nem mesmo seu namorado atencioso, Jude, que a pediu em casamento e ainda aguarda sua resposta.

Vanessa não quer casar… Ela também sabe que não ama Jude, assim como nunca amou alguém. Ela sente que nunca amará e tampouco acredita nos contos de fadas que os romances femininos apresentam. Sua perspectiva sobre a vida é cinzenta. Paralelamente, a autora nos dá pistas das razões para que Vanessa se comporte dessa maneira. Algo grave aconteceu em sua infância. Algo que não foi superado e atormenta seus sonhos com a culpa. Algo que envolve sua mãe, Valéria, por quem Vanessa nada sente além de ódio e mágoa.

Então, o inusitado acontece! O coração de seu pai, Marcos, está comprometido e Vanessa decide ir vê-lo no Brasil. O relacionamento entre pai e filha é afetuoso, assim como o carinho entre Vanessa e Alex, seu irmão mais velho. Mas a mãe, Valéria, é um terror à parte e reencontrá-la exigirá enfrentar fantasmas contra os quais Vanessa esteve lutando por toda a vida.

Fiz minhas apostas no decorrer da leitura sobre o evento traumático que provocou tamanha apatia em Vanessa, mas não estava preparada para o que a autora criou. A narrativa desse livro é repleta de metáforas, que nos aproximam dos sentimentos da personagem e nos condenam à solidão que ela enfrenta. Com sensibilidade, a autora abordou a depressão em sua expressão mais melancólica, devastada e solitária. Vanessa é incapaz de expor em palavras os seus sentimentos, engolindo-os a cada vez que é mal-interpretada por sua família ou mal-tratada pela sua mãe. Vemos quão complexas podem ser as circunstâncias que levam alguém a afundar em sofrimento, especialmente quando sente não merecer a felicidade.

Valéria é a personificação da negligência e do abuso psicológico que uma mãe pode impor sobre um filho. Suas palavras duras, até mesmo um pouco insanas, ferem Vanessa de um jeito tão profundo que se torna cada vez mais difícil desacreditá-las. Vemos as tentativas de enfrentamento da personagem e o seu fracasso; vemos sua queda cada vez mais rápida até lhe restar apenas uma casca vazia e alheia à vida.

Aos poucos (ou talvez rápido demais), Vanessa entra em um processo constante de perdas. Seus objetivos, sua carreira, sua confiança, sua identidade… evaporam-se em meio à depressão. Ela só quer fugir outra vez e voltar a Londres, mas sua saúde está cada vez mais debilitada. A casa, sua mãe, as expressões penosas de seu pai e das pessoas que a veem, são demais para suportar. A cada vez que consegue dar voz aos seus sentimentos, eles vêm turvos demais para serem acolhidos – são apenas gritos raivosos ou evasivos. E ela regride, retraindo-se em si mesma. A queda não cessa.

Eu adorei o jeito como Juliana Daglio descreveu a depressão. Intitulando-a de Vilã Cinzenta, a autora foi capaz de transmitir ao leitor cada pensamento e sentimento de Vanessa. Eu me compadeci dela, e irritei-me por sentir pena. Não era o que ela queria, não era o que ela precisava. Vanessa era incapaz de aceitar sua própria condição, o que tornava ineficiente qualquer ajuda que recebia. Torci para que conseguisse reagir e ver a mulher maravilhosa que se tornara, mas não dependia de mim. Não dependia do pai ou do irmão dela. Não dependia nem da sua mãe, que conseguia feri-la sempre um pouco mais. Dependia dela. E, no fundo, isso servia apenas para sobrecarregá-la com a responsabilidade de suas escolhas em um momento no qual sequer suportava o peso de se manter ereta.

O livro é um relato fiel sobre a depressão, mas é também um relato fiel sobre como concebemos o fracasso em nossas vidas. Vanessa é uma sobrevivente, mas jamais viu a si mesma como alguém de valor. A despeito do seu passado, ela foi capaz de se tornar uma pianista de sucesso – um mérito unicamente seu –, mas nada disso importava porque desprezava a si mesma. E não há mal maior que nossa alma aguente do que aquele que fazemos a nós mesmos.

Demorei um pouco para me habituar com a linguagem da autora, por isso considerei muito apropriado o seu texto introdutório – no qual explica que a obra se trata de uma metáfora. A narrativa é poética, com descrições tétricas e sensíveis, sem se limitar a uma observação objetiva. Depois que me envolvi com suas palavras, foi impossível parar a leitura. Vale muito a pena conhecer a obra.

A Parte II está sendo finalizada e estou muito ansiosa para descobrir o que acontecerá. O livro me roubou lágrimas em seu desfecho e torço para que me roube sorrisos a partir de agora (rs). A autora está de parabéns pela criação! A capa é deslumbrante e a diagramação está maravilhosa. É um livro de rápida leitura, que recomendo para qualquer leitor.

Observação: Acho importante salientar que a autora é formada em Psicologia e atua na área clínica.

Convido a ler meus quotes favoritos desse livro no blog (e conhecer O Lago Negro, segundo livro da autora – em desenvolvimento no Wattpad):

site: http://myqueenside.blogspot.com.br/2015/02/resenha-71-uma-cancao-para-libelula.html
Juliana 10/02/2015minha estante
FELIZ DEMAAAAAAAAAIS!!!




Livros Encantos 13/01/2015

Uma Canção para a Libélula
Personagens
Vanessa – Uma pianista de sucesso , que deixou de enfrentar seus fantasmas e passa a viver sob uma realidade que a convém.

Capa - A capa ficou perfeita para o livro, a menina ,esse tom cinza e a libélula.

Ápice do livro – Cena do encontro da Vanessa com a Libélula no lago

Momento Tenso – Quando Vanessa perde uma batalha para a Vilã Cinzenta

Diagramação - Capítulos perfeitos , bem separados, ótima revisão

Opinião Final

Sensibilidade que toca o leitor essa é a descrição para esse livro.

Muitas vezes nos fechamos para o mundo para enfrentar nossos problemas .
E assim Vanessa nossa protagonista fez, até hoje ela não vivia apenas existia, aprendeu a colocar um sorriso em seu rosto, e deixar a alma chorar .
Seus maiores temores foram colocados de lado para não serem encarados de frente .
Iremos conhecer nossa protagonista Vanessa morando com sua tia em Londres em sua carreira bem sucedida de pianista

A delicadeza e sensibilidade com que a autora tratou o tema principal do livro : Depressão foi leve, muitas vezes essa tema se torna pesado, em cada página mergulhamos juntos com Vanessa em seus medos, dores e receios de forma sensível.

Vamos conhecer Vanessa que mora em Londres com sua tia, já uma famosa pianista , que vive aparentemente bem com a tia, sua prima e o tio.
Uma doença de um parente irá fazer ela retornar ao Brasil e não poderá mais adiar o confronto com sua mãe e todos seus medos, revoltas e angústias.

Nossa protagonista carrega uma carga emocional tão grande, que sentimos sua tristeza.

Quando pequena não se sentiu amada por sua família, uma perda , uma culpa.... ao lidar com todos esses sentimentos , tudo explode dentro dela e sem saber como lidar com um se fecha em seu mundo, o confronto com a vilã cinzenta vai deixar marcas.

O livro foi uma leitura rápida e envolvente, sentimos todas emoções da protagonista, o diferencial é que normalmente são sentimentos que tem mais alegrias, mas nem por isso foram menos intensas, a dor de Vanessa é grande e ela não sabe lidar com isso.

O livro também vai abordar um pai que carrega uma imensa culpa, tentando dar amor a filha que deixou ir embora.

Muitas vezes guardamos tanto nossas emoções, pesam demais, e criamos aquele escudo para essas emoções. Deixamos de buscar a felicidade, simplesmente vamos existindo.
Juliana soube prender o leitor com toda sua delicadeza em cada palavra, a sensibilidade na dor de Vanessa amei a forma que ela conduziu o tema, e não vejo a hora da continuação. Pois o livro termina em um momento .... crucial.

Gostei muito da escrita da Juliana, de como ela descreveu cada sentimento de Vanessa , a culpa do Pai, e o descontrole da mãe, uma escrita direta e uma história que envolve o leitor .
Recomendo a todos conhecer a escrita sensível, delicada e verdadeira da autora.

Quotes
"A Libélula abençoou a menina, transferindo a ela sua essência."
"Entendi que você era especial, pois todas as meninas sonham com fadas, borboletas e princesas e você escolheu algo tão inusitado. Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza." Professora de Vanessa
"Era como se a vila fosse e presença cinza, era ela quem fazia tudo acontecer... Minha Vilã cinzenta." Vanessa


site: http://www.livrosencantos.com/2015/01/uma-cancao-para-libelula-juliana-daglio.html
Juliana 14/01/2015minha estante
Adoreeeeeeeeeeei!




Sabrina 19/12/2014

Livro lindo, emocionante e confortante.
Confesso que já faz tempo que tento escrever a resenha desse livro, mas tive uma ressaca literária muito grande, precisei de um tempo para me recompor e tentar (digo bem tentar) expressar meus sentimentos sobre a ele.
A história se inicia em Londres, que na minha opinião não tinha cidade melhor para se adequar o perfil da personagem, uma alma acinzentada. Vanessa, é uma pianista de sucesso, consagrada nos palcos, e tem uma vida aparentemente tranquila. Porém, quando seu ex-namorado Jude abre suas feridas mais profundas, toda tranqüilidade que ela passou anos tentando construir, começa-se pouco a pouco a se desmoronar.
Logo após esse acontecimento, o pai de Vanessa liga para ela e avisa que está doente, e temendo o pior pede que ela vá morar com ele um tempo. Mesmo diante do desafio de ir de encontro com seu passado dolorido, pelo amor de seu pai Vanessa embarca para o Brasil.
Lá ela terá que lidar com as mais tristes lembranças. Conviver com sua mãe amarga, que a culpa por toda sua infelicidade e pecado. Com a lembrança da morte do seu irmão, e o reaparecimento de uma velha conhecida, a vilã cinzenta.
Não quero contar mais sobre a história, pois não quero dar spoilers. Então agora vamos aos meus sentimentos.
Todo mundo que já sofreu uma dor imensa na vida, com certeza vai se identificar com a personagem, e entender porque diante de algumas situações ela parece até ser uma alma sem sentimentos. Vanessa teve que reconstruir uma vida diante de lembranças de morte, de rejeição e de raiva, e mesmo assim construir uma carreira. Porém quando a dor não é devidamente superada, qualquer fagulha é o suficiente para abrir essa ferida, e fica difícil perceber qual o limite da nossa força.
Eu tinha vontade de entrar no meio do livro e conversar com a Vanessa. (Ok, confesso que fiz isso em pensamento, tive um bom diálogo com ela).
A nossa querida autora Juliana, nos trouxe de maneira linda um tema que ainda no nosso tempo é um tabu, a depressão. E difícil entender tal doença, porque as vezes o stopim para ela começar pode ser o motivo mais banal.
Para Vanessa, o motivo foi nada banal e ela teve que lutar sozinha, com suas angústias e com sua dor. Acho que muitos lendo, se identificaram, o quão difícil é muitas vezes estar num local, onde nada parece fazer sentido para você, os móveis, as fotos e as conversas e não conseguir sair para correr e pedir ajuda é desesperador. E nesta frase do livro, que me marcou profundamente, eu trouxe ela para vocês.
“Quando uma dor pede para levar embora as lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembra ser.”
Acho que é uma das maiores verdade, na minha fase depressiva graças a Deus apaguei n situações da minha mente que foram devastadoras, mas também apaguei muito de bom. Soa como se eu tivesse acordado depois de muito tempo, e boa parte da minha história caiu no esquecimento.
A leitura é leitura fluída, sensível e emocionante,e me fez derramar lágrimas e lágrimas. Tocou minha alma e o meu coração, e estou esperando ansiosa pela segunda parte.

site: http://sabrinaikeda.blogspot.com.br/
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