Escravas de Coragem

Escravas de Coragem Kathleen Grissom




Resenhas - Escravas de Coragem


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ValGouveia 26/05/2014

Emocionante
Aos 7 anos, Lavinia perde os pais e é separada do irmão. É levada para uma fazenda na Virginia, e passa a ser criada por Belle, filha ilegítima de James Pyke, o capitão. D. Martha, a esposa do capitão, desconhece o parentesco entre Belle e seu marido e vive com a certeza de que Belle é sua amante.

Mesmo sendo branca, Lavinia é adotada por Mama Mae e Papa George, casal de escravos, responsáveis pelos trabalhos dentro da casa-grande. No entanto, com o passar do tempo, sua pele clara, acaba fazendo com que ela seja afastada de sua família negra. Lavínia passa a ser questionada sobre sua lealdade. Que lado ficar? Qualquer que seja sua decisão, a vida de todos nunca mais será a mesma.
Quando abri a página pra iniciar a resenha, achei que fosse escrever muito sobre este livro. No entanto, estou aqui sem palavras. A história é tão linda e comovente, que me faltaram palavras.

A primeira coisa que me chamou a atenção neste livro: a capa. Que capa linda!!! O tema também foi um dos motivos que me fez passá-lo na frente de todos os outros da minha imensa lista de leitura. Sou apaixonada por livros que contam histórias sobre a época da escravidão. É triste; na maioria das vezes, revoltante, mas gosto muito de livros assim. E a autora me surpreendeu, esse livro é diferente de todos os outros que já li sobre o tema.

Continue lendo aqui http://www.livroseblablabla.com/2014/05/escravas-de-coragem-kathleen-grissom.html

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Bruno 27/05/2014minha estante
Sua resenha foi muito mais esclarecedora que a própria sinopse do livro. Havia ficado em dúvida se deveria ou não ler o livro; após sua resenha, contudo, tive certeza que sim. Essas editoras deveriam rever algumas coisas rs


Jujuba 28/05/2014minha estante
A sinopse do livro não me cativou, mas insisti na leitura e está valendo a pena.
Gostei da sua resenha.




Núbia Cortinhas 31/08/2023

Escravos corajosos!
Escravas de Coragem é um drama histórico.
   Quando eu li a sinopse, pensei que seria apenas mais um livro bom para intercalar com uma leitura pesada, um livrinho curto para passar o tempo...
   Mas, quanto engano! O livro é incrível, repleto de personagens apaixonantes que logo nos fisgam, ficando difícil parar com a leitura.

   O livro é narrado por Lavinia e Belle alternadamente.
   Lavinia, é uma garota ruiva e de pele clara que chegou muito doente à fazenda Carvalhos Altos, e é designada para servir como ajudante na casa da cozinha. Ela nunca se deixou influenciar pelas regras impostas pela sociedade da época no que diz respeito ao racismo e à diferença social.
   Belle é uma moça mestiça muito bonita que teve uma infância feliz, mas depois da morte de sua avó sua vida sofreu uma terrível mudança, tudo por causa de um pai ausente e omisso que guarda um segredo da família.
  E sem contar a bravura e a garra dos escravos dessa fazenda. Pessoas sofridas, mas de um enorme coração e fé como a Mama Mae, o Papa George e toda a sua família. Que personagens incríveis!
   Isso me fez refletir sobre o título do livro e percebi o quão injusto ele é. Pois não são somente as escravas que são corajosas, mas sim todos os escravos. Portanto o título ideal, amplo e justo seria Escravos de Coragem.

   Que livro! Mesmo trazendo uma trama realista e extremamente dolorosa, a autora conseguiu retratar o quanto é importante ser presente na família e o quanto a omissão e a ausência dos pais podem gerar traumas, confusões e conflitos cruéis no seio familiar e principalmente na criança. Ela também emocionou ao retratar que a  amizade e o amor não tem cor e nem classe social.

  Premissa perfeita, escrita gostosa, tudo para ser cinco estrelas se não fosse o final corrido, que me fez tirar meio ponto. Mas com certeza, ainda o recomendo, sendo uma leitura marcante.
Flávia Menezes 04/09/2023minha estante
Gosto muito das suas resenhas, Núbia! Você tem muita suavidade na sua escrita, até para pontuar seus pontos de crítica. E que vontade que me deixa em ler algo tão bonito assim.
Parabéns! ????????


Núbia Cortinhas 05/09/2023minha estante
Ahh, Flávia!! Ganhei meu dia lendo o seu elogio. Muito obrigada!
Tem dias que são tão corridos, outros são tão cansativos que a última coisa que eu quero é escrever uma resenha. E ultimamente eu tenho andado cansada para escrever. Mas depois de um elogio desse, não tem como não se emocionar. ???




Karine.Maco 28/06/2021

Uma viagem no tempo...
Apesar de a história fornecer poucas descrições físicas dos personagens eu tenho todos eles nítidos na minha mente. Essa história me deixou triste, ansiosa, feliz, com medo, apreensiva... ou seja, me despertou uma castacata de sentimentos e eu eu não conseguia largar o livro por simples curiosidade e até mesmo preocupação com os personagens. Eu acredito que é muito possível que boa parte dessa história seja verídica, o realismo é impecável. A principal lição que tiro dela é que muitas vezes pensamos que nossas más escolhas vão refletir apenas na nossa vida. Mas, infelizmente acaba prejudicando principalmente a quem nos ama. E agora o que faço? Vou sentir saudades de todos e da fazenda Carvalhos Altos. ? Esse é um livro de mulheres fortes vivendo em uma época onde ser mulher forte era uma afronta, um erro que merecia punição. Se for ler prepare o coração pra os mini-infartos e os lencinhos também.
Janann 10/07/2021minha estante
Esse livro é muito forte, fiquei traumatizada kkk


Karine.Maco 29/07/2021minha estante
Eu fiquei enlutada por uma semana, é muito forte mesmo.




Greice Negrini 04/08/2014

Coragem você vai ter que ter se perder esta leitura!
No ano de 1791 Lavínia fora comprada por um capitão chamado James. Naquele momento, com apenas 7 anos de idade e separada do seu irmão após a morte de seus pais, a garota passava a ser uma escrava branca em um país que tinha um percentual gigante de escravos negros.

O capitão era dono da famosa fazenda Carvalhos Altos, no estado da Virgínia. Era casado com Dona Martha, uma mulher com um coração frágil porém amável, e possuía dois filhos: Marshall de 11 anos e Sally de 4 anos. Havia também Belle de 18 anos, mas esta era uma filha que o capitão tivera fora do casamento e até então ninguém sabia do fato, exceto os escravos e o capitão.

Belle era uma boa moça, trabalhava na casa da cozinha e preparava toda a comida da casa-grande. Dona Martha tinha raiva da garota, pois considerava que o capitão dava mais atenção à Belle do que a ela e que a garota era sua amante. Não somente a sua esposa considerava isto, mas também seu filho mais velho. Belle sabia disto e o que mais queria era que seu pai providenciasse sua carta de alforria para poder ir embora o quanto antes, para que não acontecesse nenhuma tragédia.

Belle fazia parte da família de Mama Mae como era chamada a mãe que cuidava de quase tudo por ali. Cuidava dos grandes problemas junto com seu marido, o Papa George e amavam Belle como uma filha, juntamente com as gêmeas Fanny e Beattie, Dory e Benjamin. Após a chegada de Lavínia, que fora apelidada de Abínia, a mesma se formou parte da família de escravos, trabalhando junto de Belle na casa da cozinha.

O capitão era uma pessoa muito querida por todos. Porém tinha um capataz severo, que não pensava duas vezes antes de punir os escravos. Rankin era malvado ao extremo e muitas vezes o capitão era chamado para interferir em suas decisões. Até o momento em que o capitão precisou viajar. Ele, sua esposa e Dory, a filha de Mama Mae, foram passar um tempo na Filadélfia para fazer sua esposa esquecer uma tragédia ocorrida na família. Porém a gripe espanhola chegou e mais uma vez assolou a família Pike.

Neste meio tempo, Marshall já havia se juntado à maldade de Rankin e fez de Belle uma escrava para fins terríveis e com esta situação Belle acabou engravidando. Mas antes de poder ter sua alforria, o capitão faleceu. A carta de alforria já estava preparada, mas fora escondida pela esposa do capitão.

Com a morte de James, a fazenda ficou a mando de Marshall, que se tornara cruel e frívolo. Mas ainda precisava completar seus 21 anos antes de poder comandar por inteiro. Antes disso precisava ir estudar em Williansburg. E foi para lá que também fora mandada Lavínia, com a irmã de Dona Martha, que enlouquecera com a perda do marido. Sarha, Sr. Madden e Meg a receberam de braços abertos.

Após alguns anos, uma reviravolta coloca Lavinia junto de Marshall e ambos se tornam amigos e acabam se casando e voltando para a fazenda Carvalhos Altos. Até então Marshall era o legítimo cavalheiro: doce, querido e bem quisto perante sua esposa. Cuidava de sua mãe o tempo todo. Mas ao chegar na fazenda tudo mudou. Marshall voltou a ser a pessoa ruim, arrogante e cruel. A vida de Lavinia viraria um inferno.

Belle conseguiu a alforria, sendo comprada por Will Stephens, juntamente com Ben, Lucy e seus filhos. Precisava fugir da fazenda Carvalhos Altos ou morreria. Seu filho Jamie fora junto, até Marshall descobrir que era seu também e foi tirá-lo de sua mãe.

A partir deste momento, uma guerra se abateu sobre eles. A vida dos escravos se tornou um martírio de fome, sacrifícios, surras e lamentações. Marshall punia até mesmo Lavínia com surras inimagináveis. Até que ponto aquilo poderia chegar? Tudo precisava ter um fim, mesmo que a vida de Lavínia estivesse em jogo.

O que falo sobre o livro?

Não consigo recordar se já li algum livro sobre escravos. Ao menos não consigo lembrar se li algum livro com a magnitude de Escravas de Coragem. Pois se tivesse lido algo parecido, certamente jamais me esqueceria de algo assim.

Escravas de Coragem é como a fome: nos lembra o tempo todo que há algo dolorido, dramático, que machuca e corrói e mesmo que colocarmos algo no estômago, logo vai passar e vai voltar a incomodar. E esta é a sensação. É um livro que faz o leitor perceber que mesmo que possa transformar a dor em alívio, ela vai voltar a incomodar novamente em algum momento, pois a escravidão é algo que, naquele tempo, não havia nada que pudesse ser feito para amenizar a situação.

O ato perfeito da autora foi introduzir uma escrava branca na história, a ponto de que desta forma, o convívio e as diferenças entre os brancos e negros, mesmo que escravos, fossem demonstrados na narrativa. Mesmo sendo uma escrava, Lavínia, de alguma forma, acaba tendo mais privilégios e, como acontece na história, sobressaindo-se com um futuro melhor.

Mas a estrutura familiar montada é igualmente interessante. O amor entre os parentes, que fazem de tudo para ajudarem uns aos outros, mesmo que em meio ao sofrimento da situação, provoca uma sensação de proteção e consolo.

A narrativa está separada em momentos, alguns capítulos são descritos por Lavínia e alguns por Belle, sendo que alguns tem o mesmo relato de cena, mas por ponto de vista diferentes.

Não se pode pensar que somente os escravos sofriam naquela época. Os filhos também passavam maus bocados por terem seus pais longe de si. Na verdade eram mais cuidados pelos criados do que pelos pais e a educação sempre ficava por conta de um preceptor.

O livro é de um contexto maravilhoso, com uma história que garante entrosamento, entretenimento e me fez ficar vidrada a cada virada de página. Gosto muito de histórias que se passam em décadas passadas, mas mais do que isso, gosto dos detalhes escritos, da história revelada e da capacidade de uma autora transpôr o passado para uma folha de papel como se eu estivesse vivendo lá, naquela fazenda, e vendo cada personagem passar por mim com sua vestimenta, seu estilo e sua fala.

Um drama perfeito, digno de uma nota 10. Brilha com o encanto, mesmo que às vezes dolorido, de uma época em que todos desejavam nada menos do que a liberdade.

site: www.amigasemulheres.com
Lais Ribeiro 07/11/2014minha estante
Marque a opção de spoiler na sua resenha.




Ivy 14/10/2021

Tempos que eu não lia um livro q me prendesse tanto...
Esse livro é muito bom para ser tão desconhecido. História triste e cruel, mas com um toque de esperança. O resto você descobrirá lendo...
Ivy 14/10/2021minha estante
Comprei esse livro numa promoção das lojas Americanas, pelo mísero valor de R$10,00. Nunca tinha ouvido falar sobre ele. Não imaginava a história rica que tinha em mãos. Conclusão: vale a pena apostar no desconhecido, naquele livro não tão badalado. Às vezes os livros "famosos" só tem isso mesmo, fama.




Rebeca 10/01/2015

Belo!
Vai ser difícil esquecer esse livro… Porque é difícil abrir os olhos e lembrar que existiu uma época em que pessoas eram escravizadas, que sofriam os mais diversos maus-tratos e abusos. É perturbador, mas nos prende até o fim. Nunca senti tanto carinho por vários personagens e tanto ódio de outros tantos quanto ao ler essa história!
cid 19/01/2016minha estante
Concordo Rebeca. Ótimos personagens.




Raquel Lima 13/05/2015

Drama
Duas escravas brancas vivendo entre os negros em uma fazenda de tabaco. Uma delas é filha do dono da fazenda , a outra não sabe quem é ... As duas contam a história de sofrimento , violência , estupro...
Confesso que não gostei . Gente boa demais , sofrimento demais ... Mistura de E o Vento Levou e Escrava Isaura ...
Michelle.Leonhardt 28/02/2020minha estante
Sabe que é justamente a mistura de "O vento levou" com "Escrava Isaura" que me chama atenção em livros? Gosto da temática. Mas concordo: é sim MUITO sofrimento. MESMO!




Lina DC 08/06/2014

Arrebatador!!!
"Escravas de Coragem" é um livro que narra com extrema sensibilidade a história das duas protagonistas: Belle e Lavínia. Conforme a sinopse explica, Belle é filha do dono da casa com uma escrava. Apesar de não ser reconhecida, ela recebe o que poderia ser considerado como "tratamento especial" do capitão, que permite que ela trabalhe apenas na cozinha e traz presentes para ela quando volta de suas viagens. Sem contar a verdade sobre o relacionamento, o capitão acaba gerando grandes ressentimentos por parte de sua esposa e de seu filho mais velho Marshall.
A outra protagonista é Lavínia, uma garotinha que perdeu seus pais na viagem da Irlanda no navio do Capitão James. Para pagar a "dívida" de seus pais, ela é levada para a fazenda, onde irá trabalhar também na cozinha ou onde for necessária.
A história começa em 1791 e avança os anos de forma ordenada, com exceção do prólogo que mostra o ano de 1810. Os capítulos são narrados em primeira pessoa, alternando a visão entre Belle e Lavínia. Junto com essas duas, iremos acompanhar os demais escravos da fazenda, como Mama Mae e Papa George, que possuem filhos biológicos, mas que também tem filhos de coração, como Belle e Lavínia.
A história retrata anos de acontecimentos e infelizmente nem todos são bons. Graças a maldade presente em algumas pessoas, observamos o sofrimento de toda essa família, que sofre constantes violências físicas, abusos e perdas, mas que continua firme e juntos não importa o que aconteça.
Vários núcleos são apresentados no livro: durante a infância de Lavínia, acompanhamos sua inocência junto com as gêmeas Fanny e Beattie (filhas mais novas de Mama Mae e Papa George), ou sua primeira "paixonite" por Ben, o filho de 18 anos do casal Mae e George.
Pelo lado de Belle, vemos a proibição do capitão dela se relacionar com um dos escravos, o interesse lascivo do capataz Rankin e o ódio profundo de Marshall.
São diversos os assuntos discutidos no livro e torna-se impossível realizar a leitura sem ter lágrimas nos olhos.
Belle e Lavínia se complementam: onde perdura a inocência de Lavínia, Belle aprende a necessidade de superar e seguir em frente. Onde Belle demonstra não ter medo de assumir quem ama, Lavinia é reticente. Belle é uma escrava que defende seu ponto de vista, Lavínia aprendeu a se submeter a vontade dos outros, percebendo que não tem a sua total liberdade.
Existem diversos outros personagens que compõem essa belíssima obra, mas seria um crime não comentar sobre a força de Mama Mae e Papa George. São dois personagens que conseguem iluminar uma vida de trevas.
Os personagens desse livro são extremamente humanizados, até mesmo aqueles que despertam sentimentos sombrios nos leitores. O modo como a autora apresentou cada um deles, construí as personalidades durante os anos e os moldou tão perfeitamente imperfeitos é incrível.As descrições são fortes, não existe suavização dos cenários criados.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho.
Um livro arrebatador, que tira o fôlego ao mesmo tempo que cria um sentimento de impotência diante das situações.
Uma história capaz de fazer o leitor chorar, sorrir e se apaixonar por personagens fortes e resistentes.

"- Eu também posso ser sua filha? - perguntei depressa.
.....
- Olha que eu acho que ia gostar muito disso.
- Mas eu não sou parecida com as suas outras filhas...
- Quer dizer, porque ocê é branca?
- Assenti.
- Abini - disse ele, apontando para as galinhas - , olha praquelas ave. Umas é marrom, umas é branca e preta. Ocê acha que, quando elas têm pintinho, aquelas mamães e papais se incomoda com isso?
Sorri para ele, que apoiou sua manzorra na minha cabeça.
- Acho que acabei de arranjar mais uma fiota". (p. 29)
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Elis 13/06/2014

Não poderia começar de outra maneira essa análise, então saibam que esse foi um dos melhores livros que li em 2014, até o momento. Nessas páginas conhecemos a história sob dois pontos de vista, da Lavínia, uma criança que ficou órfão e por isso se tornou propriedade do Capitão do navio no qual viajava, pois como estava em choque com a morte de seus pais ela ficou doente e não servia para ser vendida como escrava, como seu irmão foi. E pelo ponto de vista de Belle uma criada mestiça que faz a comida para a casa grande onde a família do Capitão vive.

Ao iniciarmos a leitura notamos que Lavínia perdeu parte da memória e é muito nova, ela não entende o que aconteceu por causa da amnésia e começa a se sentir segura ao lado de Belle. Já a mesma não entende o porque de ter a novata por companhia, pois ela está tão fraca, que não parece ter capacidade para viver muito tempo. Com o passar dos dias e dos anos elas criam um laço lindo.

Não pense que a história é leve e divertida, aqui temos momentos bons, mas também temos cenas tristes e terríveis, a cada página um suspiro, um receio do que pode acontecer. Medo de não sobreviver ou ser castigado por algo que nem fez. Eles são escravos e não podem colocar o que pensam para fora, tem de fazer o que seus donos mandam para não sofrerem as consequências nas mãos dos próprios donos ou do capataz que não tem coração. Como vivo as histórias que leio, saibam que tive muita raiva do Rankin, o capataz da fazenda, como pode alguém ser tão terrível e ameaçador. Poluir a mente de um jovem e futuro dono das terras, que poderia modificar para melhor a situação dos próprios escravos sobre sua tutela.

Me vi querendo que certos personagens sofressem, que outros tivessem coragem, que alguns fossem mais contidos e que os anos não lhe fossem roubados. Nem sei como explicar, mas fiquei chocada. Sei que nessa época era dessa maneira que tudo funcionava, mas para mim parece pura fantasia, não parece real que tantas pessoas sofreram a tão pouco tempo, por causa de pessoas que se achavam no direto de escravizar seres humanos inteligentes, que poderiam ter um grande potencial. Sei que parece que estou falando besteira ou viajando na maionese, mas o que quero lhes dizer, é que foi tamanho meu envolvimento com a obra, que fiquei triste pelas almas e pessoas que sofreram de uma maneira tão cruel nessa época. Pelas mulheres e crianças que nasceram acreditando que poderiam rebaixar outra pessoa, somente por causa do status que possuíam.

Sou feliz por nascer no século XX e poder expressar a minha opinião, em poder conversar com uma pessoa sem me importar com a cor ou a classe social, pois ela sabe que não é melhor do que ninguém, um século em que a mulher é mais valorizada e tem voz para agir como desejar, onde o trabalhador tem seus direitos e somos valorizados, afinal hoje o patrão sabe que sozinho ele não pode gerenciar. Depois dessa leitura e de tantas emoções que passaram por mim, posso concluir que a mensagem de coragem e fé foi passada com maestria. E que aqui se faz, aqui se paga, vale para qualquer época no mundo. Eu com certeza recomendo a leitura, afinal eu devorei ela em um fim de semana.

Há segredos guardados que podem ferir gravemente a vida das pessoas, até que ponto é seguro esconder algo de alguém, sem fazer com que o ódio e a raiva, nasça por simplesmente alguém ver algo que não existe. Leiam e me entenderão perfeitamente.

site: http://amagiareal.blogspot.com.br/
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Thaisa 28/06/2014

Um livro mais do que emocionante!
Antes de mais nada preciso dizer que nunca me emocionei tanto com um livro como em Escravas de Coragem. Filmes, livros, séries ou até mesmo documentários que trazem como tema a escravidão tendem a me emocionar, mas até hoje, nenhuma história conseguiu ser mais tocante como a desse livro. Após concluir a leitura eu chorei compulsivamente por quase 1 hora e estava totalmente desgastada emocionalmente.
Claro que não serão todas as pessoas que lerão o livro e ficarão nesse mesmo estado em que fiquei, mas com toda certeza irão se emocionar muito, pois, a narrativa da autora é perfeita. Ela conseguiu transmitir, nas 331 páginas, todas as alegrias, tristezas e sofrimentos de cada um dos personagens apresentados na história com uma perfeição que me deixou boquiaberta. Sabemos que a realidade dos escravos foi muito cruel e isso é bem retratado no livro. Apesar dela não ter sido tão detalhista nos momentos de tortura, violência e mortes, o leitor vai conseguir visualizar cada ato e vai sentir a dor no coração que me acompanhou da primeira à última página deste livro. A autora conseguiu dosar bem a escrita tornando-a envolvente e chocante no ponto certo.

Confira a resenha completa no blog Minha Contracapa:

site: http://minhacontracapa.com.br/2014/06/resenha-escravas-de-coragem-de-kathleen-grissom/
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Fabiane Ribeiro 08/07/2014

Resenha - Escravas da Coragem
“Ocê vai ser a linda patroinha”.

Escravas da Coragem é um livro extremamente emocionante. Repleto de relações bem construídas e um retrato a respeito da escravidão muito diferente do que estamos acostumados a ver.
Em 1791, Lavinia é separada dos pais quando faz a travessia entre a Irlanda e os Estados Unidos. Então, ela é levada pelo capitão James Pyke à sua fazenda.
No local, seu destino é virar uma escrava branca. Porém, ela é ainda muito pequena e está doente, além de ter perdido a memória. Então, quem passa a cuidar da recém-chegada é Belle, uma mestiça, que trabalha na cozinha da casa grande, mas que vive cheia de problemas e preocupações, já que é filha bastarda do capitão James Pyke.
Como a cor da pele não é o que importa, e Belle sabe bem disso, ela e Lavinia desenvolvem um grande laço, extremamente bem trabalhado pela autora desde o início, nos emocionando em diversos momentos.
Apesar de se tornar próxima de todos os escravos, Lavinia acaba brincando também com os filhos do patrão, devido à sua cor de pele. E tudo isso, em meio a muitos acontecimentos, leva a escrava branca a ter de tomar uma decisão. De que lado ela estará?
O livro também começa com um prólogo bastante intrigante, que já nos prende nas primeiras páginas.
E nada, absolutamente nada, deixa a desejar nesta história. Coragem é apenas um dos muitos valores trazidos pela trama.
O livro é absolutamente denso, profundo, reflexivo e tocante. A vida das personagens é narrada de forma intensa e possui inúmeras reviravoltas. Sempre que pensamos que algo irá acontecer, a autora muda o rumo de sua trama. E ela nos faz questionar a nossa consciência diversas vezes e torcer pelos personagens, que são fortes e construídos com maestria.
Os capítulos se alternam entre as visões de Belle e Lavinia, portanto, temos uma boa visão da história e todos os seus aspectos.
Leia este livro, reflita sobre ele, se emocione com suas cenas. A leitura é mais que recomendada a todos!

Trecho: “A Belle estava tão tensa e distraída, na manhã seguinte ao abate dos porcos, que, se eu não a tivesse lembrado, ela se esqueceria de me dar alguma coisa para comer antes de me mandar para a casa-grande” (Pág.93).
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Poly 08/07/2014

Wow! Que livro! Que história! Que narrativa! Sabe quando você fica tão absorta com uma história que sonha com ela? Pois esse livro mexeu comigo dessa forma. Chegou à um determinado ponto e eu não conseguia mais parar de ler e quando eu era obrigada a dar uma pausa na leitura (desculpa, infelizmente tenho vida longe dos livros) eu continuava com a história na cabeça e por duas vezes sonhei que era a Lavinia.
Lavinia era uma garota órfã de 7 anos. Ela foi separada de seu irmão e vendida para o capitão James Pyke em 1791, após a morte de seus pais.
Naquela época, os Estados Unidos da América era um país escravocrata e com uma sociedade extremamente preconceituosa.
Apesar de branca, Lavinia foi morar com os escravos e adotou os negros Mama Mae e Papa George, escravos domésticos, como pais. Apesar da vida dura e da difícil situação em que se encontram, Mama Mae e Papa George não desanimam diante da vida e tentam sempre ver as coisas pelo lado positivo.
A história é contada por duas versões, a de Lavinia e a de Belle, filha ilegítima do capitão James Pyke. A vida de Belle já não é fácil, ela também vive com os escravos e cuida dos serviços domésticos, mas como o capitão tenta manter um grau de intimidade com a moça, a esposa dele, D. Martha acredita que Belle na verdade é sua amante e por isso não gosta da moça.

- Abinia, uma coisa eu sei. Qual é a cor da pessoa, nem quem é o pai, nem quem é a mãe, nada disso quer dizer nada. Nós é uma família, cuidando um do outro. A família deixa a gente forte nas hora de aperto. A gente fica tudo junto, ajudando um ao outro. É esse o verdadeiro sentido de família. Quando ocê crescer, vai levar esse sentimento de família dentro do peito.
P. 147

Ao longo dos capítulos acompanhamos o amadurecimento dos personagens, principalmente o de Lavinia e quanto mais a menina cresce, mais evidente fica o preconceito e a segregação social existente na sociedade norte-americana da época.
A história é intensa, cheia de emoção e de cenas envolventes. Não é uma história feliz, mas o sentimento de amor está presente em todos os capítulos.
É impossível não se comover e se emocionar.
Um dos melhores livros que eu li esse ano!
Quem gosta de livros de época não pode deixar de ler.

site: http://polypop.net/livro-escravas-de-coragem/
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Louise177 13/01/2024

Esse livro me fez pensar sobre toda esse problemática de negros e brancos e sobre tudo que ao mesmo tempo não contam para nós que eles sofreram e eu simplesmente não sei desler esse livro
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GianiPlata 02/09/2014

Escravas de Coragem - Kathllen Grissom
Aaah como estou exausta!
Acabei de voltar de uma viagem incrível ao ano de 1800 e bolinhas!

Nessa viagem conheci uma família muito unida e que faz de tudo para proteger os seus!
Um povo humilde e sofrido, mas que jamais perdeu a fé em Deus. Eles eram escravos na fazenda Carvalhos Altos, propriedade do querido capitão James. Porém, ele estava sempre ausente, e por esta razão quem tomava conta de tudo era aquele capataz nojento, o Rankin, que abusava das mulheres e maltratava os homens somente por diversão, já que o filho do patrão ainda era um molecote e sua esposa era uma louca viciada em ópio que dormia o tempo todo!
Que vontade de colocar aquele cara sentado no formigueiro!!! Grrrrrr!!!

E de quem mais esse infeliz queria judiar era de Belle e sua família.

Pobrinha da Belle! Ela é filha do capitão com uma escrava e mesmo sendo protegida por seu pai, ainda assim tem a pele escura, e foi deixada aos cuidados dos criados de confiança após o casamento do capitão com a jovem e perturbada Dona Marta.
E como aquilo era um segredo, a esposa do capitão sempre achou que Belle fosse amante de seu marido. Assim maltratava a moça em todas as oportunidades possíveis.

Marshall, (o filho molecote, que vai crescer!) teve sua infância estragada. Sofreu abusos físicos e psicológicos e cresceu perturbado e agressivo. Trazendo infelicidade para a vida de todos a sua volta.

Um dia o capitão voltou para a fazenda Carvalhos Altos e junto de si trouxe uma menininha branquela e de cabelos vermelhos, que de muito assustada, não falava, nem comia. Seu nome é Lavínia e foi entregue aos cuidados de Belle e sua família.

Lavínia aprendeu a amar aquelas pessoas que cuidaram tão bem dela. E nem mesmo a distancia será capaz de destruir aquele amor.

Durante a leitura não sabia de quem eu sentia mais pena... Ô povo sofrido!
Mas pelo menos os escravos eram felizes a sua simples maneira. Já os donos da fazenda, mesmo com tanto dinheiro, eram amargos... Sua família era desunida e seca de sentimentos.

Um romance tocante que me deixou com lágrimas nos olhos, fez meu coração acelerar nos momentos de perigo e raiva e que me fez sorrir e querer abraçar alguns personagens!

Os cenários são muito bonitos, a casa grande principalmente! A comida então.... Era pegar o livro e sentir fome de tantas coisas maravilhosas que Belle e Mama Mae preparavam! Até anotei algumas coisas pra ver se consigo fazer algo parecido! hehehehe

O fato de a autora ter usado uma linguagem "da roça" para as falas dos escravos deixa a gente ainda mais próximo daquela época (1791 se não me engano).

A única coisa que me irritou foram os muitos erros cometidos pelos personagens. Parece que eles não aprendiam com seus atos anteriores e faziam tuuudo de novo... E então entra a lei de Murphy: "Se Algo pode dar errado, dará!". E neste caso dará muuuuuito errado! Dava vontade de jogar o livro longe nessas horas e gritar! Mas a curiosidade era maior e lá ia eu continuar a leitura. hehehehe

A narrativa é em primeira pessoa alternando as visões de Lavínia e Belle sobre uma mesma situação. A capa é bem simples, confesso que não me chamaria a atenção numa livraria. A fonte também é simples no papel amarelo.

Recomendo para os românticos e otimistas!


site: http://aestranhaestantedagi.blogspot.com.br/2014/08/escravas-de-coragem-kathllen-grissom.html
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Claudia Cordeiro 06/10/2014

Achei que o final foi meio apressado, com poucas páginas a mais, resolvendo melhor certas situações, teria ficado beeem melhor...
Mas como o livro me prendeu a atenção, consegui mergulhar na história e esquecer da vida enquanto lia - é o que procuro em todos os livros... - a nota é 5 estrelas!
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