Escravas de Coragem

Escravas de Coragem Kathleen Grissom




Resenhas - Escravas de Coragem


50 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Aninha 15/08/2016

Sofrido!
No Blog com fotos > http://www.byanak.com.br/2016/08/livro-escravas-de-coragem-kathleen.html#comment-form

Lavinia aos 7 anos perde os pais durante a travessia da Irlanda para os Estados unidos, ela é levada como escrava para a casa do capitão do navio em que ela estava com a familia lá é entregue a Belle, uma escrava mestiça, que também é filha do capitão.
Aos poucos Lavinia vai se habituando ao lugar, pessoas como a Mama Mãe uma escrava mais velha que é como a mãe de todos os escravos da casa grande, e o Papa, seu marido, vão fazer a garota se sentir da familia.
Com o tempo Lavinia cai nas graças da mulher do capitão, ela vive doente, e seus cuidados a deixa mais calma. Com isso a garota tem a chance de sair da escravidão, estudar e se casar com alguém de poses, mas é a partir daí que sua lealdade vai ser provada, ela deverá esquecer sua familia negra e ter uma vida de mulher livre ou ela fará de tudo para ajudar e proteger a unica familia que ela teve na vida?
Escravas de coragem é um livro dramático, acho que tudo o que tenha haver com escravidão é dramático, Eu mudaria o nome do livro de escravas para Escrava, acho que a Lavinia é a personagem principal do livro, o livro é quase todo narrado por ela, com alguns capítulos bem curtos da Belle. A leitura é super fluida, você sente as emoções de cada personagem, e do jeito que eu sou sensível sofri muito! No livro tem algumas mortes, o que me fez pensar na realidade daquela época, quantas pessoas morreram por epidemias. Mortes como de bebês na hora do parto, ou quando já nasciam doentes. E infelizmente essa era uma realidade á anos atrás. Gostei muito da Lavinia, peguei um certo carinho por ela, e torcia muito para que ela fosse feliz no final de tudo, a Mama é um dos personagens mais queridos, acho que ela é uma tipica vovozona que abraça e ama a todos quanto precisam. Eu indico sim o livro,é uma história bem comovente, dei 4 estrelas porque sofri muito kkk, e vocês sabem que livros dramáticos não é muito meu gênero, mas gostei bastante da leitura!


site: http://www.byanak.com.br/2016/08/livro-escravas-de-coragem-kathleen.html#comment-form
comentários(0)comente



Patricia 21/07/2016

Pretensioso
Escravas de Coragem conta a historia de Lavínia e Belle.
Lavínia perdeu os pais quando criança em uma viagem da Irlanda para os Estados Unidos. Chegando ao seu destino é vendida como escrava branca ao dono de uma fazenda de tabaco na Virginia, lá ela conhece Belle a filha bastarda do dono da fazenda e a família que a acolheu como filha.

Lavínia imediatamente é acolhida por sua nova família negra, é como uma filha para Belle e logo desenvolve por todos um amor incondicional.
Só que ela não entende porque mesmo sendo propriedade do Capitão Pyke é tratada de forma diferente por todos devido a sua condição de "branca". Assim, com o desenrolar da historia acompanhamos a saga da família Pyke e da família negra de Lavínia e Belle.

O livro é pretensioso ai afirmar na capa "Esqueça ... E o vento levou" (que é um dos meus livros preferidos) confesso que isso foi uma das coisas que me chamou atenção no livro e creio que seja exatamente essa sua intenção. A historia apesar de boa não pode ser comparada a ... E o vento levou, Lavínia não é metade da personagem que foi Scarlett O'Hara, nesse ponto acredito que a autora podia ter explorado melhor essa personagem que na maior parte do tempo foi totalmente submissa e não teve uma historia de amor mesmo que tal historia não tivesse um final feliz.

Apesar de alguns pontos que deixam a desejar, Escravas de Coragem é um bom livro que vale a leitura!

comentários(0)comente



Fran 09/03/2016

História emocionante que prende o leitor.
A história de Escravas de coragem é narrada em uma época onde a escravidão era ainda algo natural. Na trama, assuntos como lealdade, liberdade, esperança e laços de família são levantados com frequência. Uma história emocionante que eu não conseguia parar de ler. E mesmo quando parava, a história me acompanhava até a cama e eu ficava pensando e ansiando por continuar a devorá-la. Apenas achei um pouco frustrante o final, porém, não posso dar spoiler.

site: http://francarneiro.blogspot.com.br/2016/03/livro-escravas-de-coragem-kathleen.html
comentários(0)comente



Erica 14/02/2016

Favoritado!
Livro que indico para todos e se você está querendo sair de sua zona de conforto, este livro é uma ótima escolha.

RESENHA:

Em 1791 numa viagem de navio rumo aos Estados Unidos, Lavínia perde os pais e Capitão Pyke, não tem outra escolha a não ser levá-la a sua fazenda Carvalhos Altos para ser sua escrava.
Na fazenda, Lavínia é deixada aos cuidados de Belle na casa da cozinha, onde vive com uma família de escravos responsável por cuidar da casa grande, e lá, a menina passa parte da infância aprendendo suas futuras tarefas do casarão.
A partir daí, criam-se laços de afeição tão fortes que Lavínia passará a ser parte da família. Entretanto, por ser branca, ela adquire certos privilégios que, aos poucos, distanciam-na de sua família até um ponto em que precisará escolher entre seu destino e seus laços.


NARRAÇÃO E ESTRUTURA:

A história é narrada por dois pontos de vista: o de Lavínia e o de Belle, ou seja, o ponto de vista de uma criança inocente e branca e o ponto de vista de uma escrava.
Os capítulos são do tipo “só mais um”, daqueles que lemos 100 páginas num piscar de olhos! Possuem uma linguagem simples e gostosa. São bem curtos. E o melhor, cada personagem têm uma escrita e uma forma de narrar própria, o tempo todo parece que realmente duas pessoas contam a história á sua maneira. Nos diálogos, os escravos possuem um sotaque apaixonante.


PERSONAGENS:

São muito bem estruturados e extremamente humanizados. Inesquecíveis! São fortes e carismáticos, cada um tendo sua personalidade e seu papel crucial para a história. O tempo todo, suas escolhas causam consequências que ora serão solucionadas ora não, e só a força e o carinho da família fará com que superem.

Estes personagens souberam sofrer e, acima de tudo, souberam cuidar uns dos outros e de quem necessitasse de ajuda independente da cor e, além de tudo isso, ainda souberam proporcionar bons momentos de felicidade e amor, apesar de todo o sofrimento passado. Que personagens!
Este livro me apresentou dois personagens que entraram para a minha lista de favoritos. Simplesmente me apaixonei!



Foi a primeira história que li sobre a época da escravidão. A autora mostrou muito bem a realidade dos negros desta época. Escravos eram mercadorias, objetos, não eram considerados pessoas, não tinham descanso, não podiam fazer suas próprias escolhas, eram desprovidos do direito, de serem felizes, não tinham direito a nada.

O livro mostra que família está muito além de sangue e o que vale é o amor e o carinho incondicional que transformam pessoas antes desconhecidas em família. Me fez pensar: quem realmente posso chamar de família? É um romance maravilhoso, emocionante e trágico, porém, em nenhum momento é uma história pesada.
O final do livro é perfeito e condizente com a história, a autora deixa algumas coisas no ar e, por isso, eu me peguei em vários momentos me perguntando sobre o bem estar de determinados personagens.

Enfim, em apenas 336 páginas, Grissom apresentou personagens incríveis, uma história emocionante com um desfecho inesquecível! Recomendo muitíssimo!


INSPIRADO EM FATOS REAIS

A fazenda retratada na história fica em Virgínia, nos EUA, intitulada no passado como Morro dos Negros.
Um homem conhecido do pai da autora, rastreou seus antepassados até sua origem e descobriu que eram Irlandeses. Entre os séculos XVIII e XIX, estes antepassados, uma família, vieram de navio aos EUA, porém, durante a viagem, os pais faleceram deixando órfãos três crianças: dois meninos e a menina caçula. O homem conseguiu descobrir o que acontecera com os meninos mas os registros sobre a menina não foram encontrados. E foi a partir destes fatos que Grissom criou esta incrível história!
Além disso, a autora se dedicou muito a pesquisas sobre a época, os escravos e inclusive entrevistou muitos afro-americanos cujos ancestrais eram escravos.

Tudo isso, para tornar a história o mais fiel possível a época.

site: http://parado-na-estante.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



jacqueline 12/07/2015

Romance que vale a pena comprar
Ótimo livro. Trama maravilhosa.
Fazia tempo que não lia um livro assim....
comentários(0)comente



Louise177 13/01/2024

Esse livro me fez pensar sobre toda esse problemática de negros e brancos e sobre tudo que ao mesmo tempo não contam para nós que eles sofreram e eu simplesmente não sei desler esse livro
comentários(0)comente



Elis 13/06/2014

Não poderia começar de outra maneira essa análise, então saibam que esse foi um dos melhores livros que li em 2014, até o momento. Nessas páginas conhecemos a história sob dois pontos de vista, da Lavínia, uma criança que ficou órfão e por isso se tornou propriedade do Capitão do navio no qual viajava, pois como estava em choque com a morte de seus pais ela ficou doente e não servia para ser vendida como escrava, como seu irmão foi. E pelo ponto de vista de Belle uma criada mestiça que faz a comida para a casa grande onde a família do Capitão vive.

Ao iniciarmos a leitura notamos que Lavínia perdeu parte da memória e é muito nova, ela não entende o que aconteceu por causa da amnésia e começa a se sentir segura ao lado de Belle. Já a mesma não entende o porque de ter a novata por companhia, pois ela está tão fraca, que não parece ter capacidade para viver muito tempo. Com o passar dos dias e dos anos elas criam um laço lindo.

Não pense que a história é leve e divertida, aqui temos momentos bons, mas também temos cenas tristes e terríveis, a cada página um suspiro, um receio do que pode acontecer. Medo de não sobreviver ou ser castigado por algo que nem fez. Eles são escravos e não podem colocar o que pensam para fora, tem de fazer o que seus donos mandam para não sofrerem as consequências nas mãos dos próprios donos ou do capataz que não tem coração. Como vivo as histórias que leio, saibam que tive muita raiva do Rankin, o capataz da fazenda, como pode alguém ser tão terrível e ameaçador. Poluir a mente de um jovem e futuro dono das terras, que poderia modificar para melhor a situação dos próprios escravos sobre sua tutela.

Me vi querendo que certos personagens sofressem, que outros tivessem coragem, que alguns fossem mais contidos e que os anos não lhe fossem roubados. Nem sei como explicar, mas fiquei chocada. Sei que nessa época era dessa maneira que tudo funcionava, mas para mim parece pura fantasia, não parece real que tantas pessoas sofreram a tão pouco tempo, por causa de pessoas que se achavam no direto de escravizar seres humanos inteligentes, que poderiam ter um grande potencial. Sei que parece que estou falando besteira ou viajando na maionese, mas o que quero lhes dizer, é que foi tamanho meu envolvimento com a obra, que fiquei triste pelas almas e pessoas que sofreram de uma maneira tão cruel nessa época. Pelas mulheres e crianças que nasceram acreditando que poderiam rebaixar outra pessoa, somente por causa do status que possuíam.

Sou feliz por nascer no século XX e poder expressar a minha opinião, em poder conversar com uma pessoa sem me importar com a cor ou a classe social, pois ela sabe que não é melhor do que ninguém, um século em que a mulher é mais valorizada e tem voz para agir como desejar, onde o trabalhador tem seus direitos e somos valorizados, afinal hoje o patrão sabe que sozinho ele não pode gerenciar. Depois dessa leitura e de tantas emoções que passaram por mim, posso concluir que a mensagem de coragem e fé foi passada com maestria. E que aqui se faz, aqui se paga, vale para qualquer época no mundo. Eu com certeza recomendo a leitura, afinal eu devorei ela em um fim de semana.

Há segredos guardados que podem ferir gravemente a vida das pessoas, até que ponto é seguro esconder algo de alguém, sem fazer com que o ódio e a raiva, nasça por simplesmente alguém ver algo que não existe. Leiam e me entenderão perfeitamente.

site: http://amagiareal.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Michelle.Leonhardt 27/01/2015

Um romance forte e cativante!
O momento histórico no qual a história se desenrola é o período de escravidão nos Estados Unidos (1791-1810). O livro conta a história de uma família e seus escravos e se passa quase que totalmente em uma plantação de Tabaco no estado da Virgínia, propriedade do Capitão James Pyke.

A história é dividida em 55 capítulos + prólogo e epílogo. Cada um dos capítulos narra os acontecimentos pela visão de Lavínia ou Belle (as duas protagonistas da história). Essa dupla narração de acontecimentos (e, consequentemente, de pontos de vista) é importante pois as personagens possuem diferentes entendimentos sobre alguns acontecimentos (visto que Belle é uma jovem adulta no começo do livro) enquanto Lavínia é ainda uma criança. Além disso, no decorrer da história, Belle e Lavínia passam algum tempo em lugares diferentes e a dupla narrativa permite que possamos acompanhar os acontecimentos desenrolando em ambos os locais.

O enredo começa com a narrativa de Lavínia, uma menina irlandesa e branca que perdeu os pais em uma viagem de navio e foi levada pelo Capitão Pyke até a casa da cozinha de sua fazenda. Lá ela é acolhida pela escrava negra Belle (que na verdade é filha ilegítima do capitão) e toda a família de escravos da cozinha (e que atendem diretamente na casa grande). Existe também um outro ramo de escravos na fazenda (os que trabalham na plantação). O livro mostra claramente que as famílias escravas são formadas não por laços de sangue mas sim de convivência e amor (o que não é difícil de imaginar visto que os escravos eram comercializados individualmente e, muitas vezes, separados de suas famílias de sangue).

No seio dessa "família escrava" Lavínia é acolhida. Os primeiros capítulos do livro mostram o impacto da chegada da Lavínia (uma menina de aparência frágil e bastante doente) no meio de uma família que luta pra se manter unida e ajuda uns aos outros acima de tudo. Também situa o leitor na dura realidade da escravidão quando desenvolve o drama entre Belle e o capitão (filha e pai) mas que é vista pela esposa do capitão e seus filhos (principalmente o mais velho) como sua amante.

Lavínia se recupera e a história se direciona para a relação de Marshall (o filho mais velho) e Dona Martha (a esposa) com os escravos e seu ressentimento para com Belle. E, a partir desse ponto, começa uma série de acontecimentos que nos mostra o horror da escravidão ao mesmo tempo que a lealdade dos escravos para com seus mestres (ex. quando um tutor é chamado para ensinar Marshall e os escravos percebem que algo não está correto, eles fazem de tudo para trazer a verdade aos olhos dos patrões - até que tomam atitudes drásticas para acabar com o sofrimento do garoto).

A história vai se desenvolvendo e mostrando não só os laços de lealdade mas também nos mostra a fragilidade do ser humano pois em alguns momentos os acontecimentos do passado (e os ressentimentos ou alegrias) mudam ou influenciam as escolhas de vida das personagens da mesma forma como acontece na vida de qualquer ser humano.

Depois de um tempo e alguns acontecimentos Lavínia, por ser branca, passa a morar com a irmã de Dona Martha em outra cidade (assim como seu filho Marshall). Lá ela não é tratada como escrava e sim como filha e, por consequência, acaba voltando para Tall Oaks como senhoria e não mais na casa da cozinha como antes de partir. Isso gera para ela uma necessidade de ajuste. O livro narra o conflito dela tentando viver a nova vida que lhe é imposta ao mesmo tempo que deseja abraçar a família que a acolheu. Na verdade, pra ir mais fundo, o livro mostra todos lidando com essa inversão de papéis, que, por sua vez, gera uma nova sequência de acontecimentos na fazenda. Um deles, por exemplo, é a ruína do casamento de Lavínia.

Junto com tudo isso há o declínio de poder da fazenda e a necessidade de venda de escravos para que o patrão tenha dinheiro e a luta da família escrava para permanecer unida acima de tudo. Unida não só entre eles (escravos) mas também Lavínia que, embora tenha se tornado dona dos escravos, ainda mantém seu coração junto com aqueles que foram sua única família por tantos anos.

Opinião: O livro narra aproximadamente 20 anos da saga de uma família e seus escravos e é bem fiel a tudo que conhecemos sobre o assunto. Os personagens são muito bem construídos e contextualizados e, em nenhum momento, suas escolhas podem ser questionadas. Até mesmo Lavínia que, em um momento do livro, toma uma decisão que parece absurda na visão do leitor, está sendo guiada pela sua vivência e sua carga emocional de vida. E a autora acertou em deixar isso extremamente claro.
Além disso a história encanta pelo modo como é contada. A diferença na visão experiente de Belle e dos escravos e a visão ingênua e infantil de Lavínia (isso no começo da história).

Pra quem eu recomendo o livro? Para os amantes de romances históricos é uma ótima pedida. Se você curtiu "The Help", por exemplo, vai adorar. Se gostou de 12 anos de escravidão também. Mesmo pesado (o tema da escravidão é pesado assim como guerra e holocausto) é um livro que nos ensina muito e que surpreende.

Pra quem eu não recomendo? Fuja se você não gosta de tristeza e de acontecimentos marcantes. Não há rodeios para se tratar o dia a dia da escravidão (mortes, espancamentos, mutilações, estupros). O livro pode te fazer desistir ainda que esses assuntos sejam apenas pano de fundo pra se entender as ações das personagens.

Avaliação final: 4/5
- Embora ótima pra quem gosta do gênero, não é uma leitura leve ou fácil (e, pelo menos na versão em inglês que eu li, foi feita uma opção por usar o modo de falar dos escravos, o que eu não sou particularmente fã. Na versão em português acho que isso se mantém. Se, por um lado, dá mais realidade à narrativa, por outro incomoda a leitura)
- O enredo, do meio pro fim, parece um pouco apressado, sem a mesma riqueza de detalhes do inicio. Bastante compreensível já que a visão da criança Lavínia é muito mais romantizada do que a da adulta. Essa mudança, todavia, transparece uma certa falta de detalhes que o leitor já estava acostumado.


site: http://letrinhaspraler.blogspot.com.br/2015/01/resenha-kitchen-house-ou-escravas-de.html
comentários(0)comente



Vanessa Vieira 08/12/2014

Escravas de Coragem_Kathleen Grissom
O livro Escravas de Coragem, da canadense Kathleen Grissom, nos traz um história densa e tocante sobre escravidão, coragem e esperança. Tecida de forma bem detalhada, além de extremamente fiel a época em que o enredo foi ambientado, a obra é um verdadeiro apanhado sobre os tempos da escravatura, retratando todo os algozes e perjúrios que os negros sofreram nesse período e, acima de tudo, como sempre mantiveram acesa a chama de dias melhores.

Belle já enfrentava sérios problemas na fazenda Carvalhos Altos, preparando a comida da casa-grande e procurando se ocultar da visão de D. Martha e de seu filho, Marshall. Os dois não sabem que ela é a filha ilegítima do capitão James Pyke e acabam pensando o pior sobre a cordialidade do capitão com a escrava mestiça.

Durante a travessia da Irlanda para os Estados Unidos, a pequena Lavínia, de 7 anos, acaba perdendo os pais e sendo separada de seu único irmão. Ela é levada pelo capitão Pyke para a sua fazenda na Virgínia e acaba ficando sob os cuidados de Belle. Belle, por sua vez, sente um certo tormento pela responsabilidade que lhe foi imposta. A jovem garota tem problemas de saúde, não consegue reter comida no estômago, além de ser calada e não ter memórias sobre o seu passado. A aparência de Lavínia é um tanto quanto exótica também: a menina é branca e possui marcantes cabelos avermelhados. Belle sabe que no meio das pessoas em que foi criada, a cor da pele tem pouca importância e, aos poucos, acaba abrindo os braços para receber Lavínia.

Dá-se início a uma saga que retrata a trajetória de uma escrava branca e seu amor incondicional e abnegado por sua família negra, tal como o verdadeiro significado dos laços de amor e ternura que unem as pessoas.

Quando comecei a ler Escravas de Coragem, logo imaginei que a história seguisse os moldes de A Escrava Isaura - clássico da nossa literatura nacional - , por possuir vários elementos em comum com a aclamada obra de Bernardo Guimarães. Porém, para a minha surpresa, me deparei com um enredo muito mais denso e abrasivo do que eu esperava, que retrata os pormenores da época da escravidão e o que os negros passavam nas mãos de seus senhores. As cenas foram descritas de modo impecável, sem poupar nenhum detalhe, o que acaba até mesmo nos provocando profundas emoções, principalmente por saber que este período, infelizmente, fez parte da história da humanidade, com todas as crueldades que lhe foram impostas no enredo. Os personagens são fortes, corajosos e meramente humanos, com todas as suas falhas e acertos, o que concedeu um senso de realismo bacana a trama. Narrado em primeira pessoa por Belle e Lavínia, sob pontos de vista alternados, acompanhamos a saga das duas pela fazenda Carvalhos Altos, bem como as batalhas que elas vivem diariamente ao lado de seus amigos, ou melhor dizendo, a "família" que as acolheram.

Belle é uma personagem corajosa, valente e de uma força descomunal. Ela sofre ao longo do enredo das mais variadas barbáries, mas continua firme, forte e convicta em seus ideais. O seu romance com Ben teve alguns detalhes que me desagradaram, mas a julgar pela época da trama e pelo modo como os dois viviam, são até compreensíveis. Acompanhar o seu afeto por Lavínia ir crescendo dia após dia é belíssimo e gratificante.

Lavínia, por sua vez, foi uma menina que logo cedo conviveu com a dor da perda e da solidão. Acolhida pelo capitão Pyke em sua fazenda, ela se mostra uma garota muito introspectiva e recuada mas, aos poucos, com todo o carinho que recebe de Mama Mae, Papa George e de seus filhos, se sente acolhida e abraçada. Ao longo da história, algumas de suas atitudes me incomodaram, principalmente sua submissão exacerbada. É notável que as mulheres desta época não tinham voz e viviam sob a sombra de seus maridos, mas por ela ter tido a criação que teve, acredito que deveria ser um pouco mais enérgica em suas decisões. Do meio do livro em diante, depois de sofrer maus bocados nas mãos de Marshall, ela acaba se tornando mais forte e corajosa, o que proporcionou ainda mais adrenalina ao enredo.

Escravas de Coragem é um retrato quase que palpável da escravatura, expondo os fatos deste período de forma crua e clara, sem maquiar ou ocultar nenhum detalhe. Os negros sofriam agressões físicas pesadas - o que culminou com a morte de muitos deles - , além de mutilações, torturas, estupros e outros tipos de violência, que foram anexadas a trama de forma intensa e impactante. Acima de tudo, o livro de Kathleen Grissom nos mostra o verdadeiro significado da família e a força que os laços de ternura e afeto contém. A capa é muito bonita, além de condizente com o enredo e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2014/12/resenha-escravas-de-coragem-kathleen.html
comentários(0)comente



Claudia Cordeiro 06/10/2014

Achei que o final foi meio apressado, com poucas páginas a mais, resolvendo melhor certas situações, teria ficado beeem melhor...
Mas como o livro me prendeu a atenção, consegui mergulhar na história e esquecer da vida enquanto lia - é o que procuro em todos os livros... - a nota é 5 estrelas!
comentários(0)comente



GianiPlata 02/09/2014

Escravas de Coragem - Kathllen Grissom
Aaah como estou exausta!
Acabei de voltar de uma viagem incrível ao ano de 1800 e bolinhas!

Nessa viagem conheci uma família muito unida e que faz de tudo para proteger os seus!
Um povo humilde e sofrido, mas que jamais perdeu a fé em Deus. Eles eram escravos na fazenda Carvalhos Altos, propriedade do querido capitão James. Porém, ele estava sempre ausente, e por esta razão quem tomava conta de tudo era aquele capataz nojento, o Rankin, que abusava das mulheres e maltratava os homens somente por diversão, já que o filho do patrão ainda era um molecote e sua esposa era uma louca viciada em ópio que dormia o tempo todo!
Que vontade de colocar aquele cara sentado no formigueiro!!! Grrrrrr!!!

E de quem mais esse infeliz queria judiar era de Belle e sua família.

Pobrinha da Belle! Ela é filha do capitão com uma escrava e mesmo sendo protegida por seu pai, ainda assim tem a pele escura, e foi deixada aos cuidados dos criados de confiança após o casamento do capitão com a jovem e perturbada Dona Marta.
E como aquilo era um segredo, a esposa do capitão sempre achou que Belle fosse amante de seu marido. Assim maltratava a moça em todas as oportunidades possíveis.

Marshall, (o filho molecote, que vai crescer!) teve sua infância estragada. Sofreu abusos físicos e psicológicos e cresceu perturbado e agressivo. Trazendo infelicidade para a vida de todos a sua volta.

Um dia o capitão voltou para a fazenda Carvalhos Altos e junto de si trouxe uma menininha branquela e de cabelos vermelhos, que de muito assustada, não falava, nem comia. Seu nome é Lavínia e foi entregue aos cuidados de Belle e sua família.

Lavínia aprendeu a amar aquelas pessoas que cuidaram tão bem dela. E nem mesmo a distancia será capaz de destruir aquele amor.

Durante a leitura não sabia de quem eu sentia mais pena... Ô povo sofrido!
Mas pelo menos os escravos eram felizes a sua simples maneira. Já os donos da fazenda, mesmo com tanto dinheiro, eram amargos... Sua família era desunida e seca de sentimentos.

Um romance tocante que me deixou com lágrimas nos olhos, fez meu coração acelerar nos momentos de perigo e raiva e que me fez sorrir e querer abraçar alguns personagens!

Os cenários são muito bonitos, a casa grande principalmente! A comida então.... Era pegar o livro e sentir fome de tantas coisas maravilhosas que Belle e Mama Mae preparavam! Até anotei algumas coisas pra ver se consigo fazer algo parecido! hehehehe

O fato de a autora ter usado uma linguagem "da roça" para as falas dos escravos deixa a gente ainda mais próximo daquela época (1791 se não me engano).

A única coisa que me irritou foram os muitos erros cometidos pelos personagens. Parece que eles não aprendiam com seus atos anteriores e faziam tuuudo de novo... E então entra a lei de Murphy: "Se Algo pode dar errado, dará!". E neste caso dará muuuuuito errado! Dava vontade de jogar o livro longe nessas horas e gritar! Mas a curiosidade era maior e lá ia eu continuar a leitura. hehehehe

A narrativa é em primeira pessoa alternando as visões de Lavínia e Belle sobre uma mesma situação. A capa é bem simples, confesso que não me chamaria a atenção numa livraria. A fonte também é simples no papel amarelo.

Recomendo para os românticos e otimistas!


site: http://aestranhaestantedagi.blogspot.com.br/2014/08/escravas-de-coragem-kathllen-grissom.html
comentários(0)comente



Virgílio César 20/08/2014

História fantástica mostrando como amizade independe da cor da pessoa. Um drama interessante do início ao fim.
comentários(0)comente



Psychobooks 21/07/2014

- Enredo

Imaginem-se na Vírginia, Estados Unidos, no final do século XVIII e início do século XIX. A escravidão e o papel da mulher na sociedade são o plano de fundo do livro de Kathleen Grissom.

"Escravas de Coragem" conta a história de Lavínia e Belle no decorrer de 19 anos, entre 1791 e 1810. Belle nos é apresentada com 18 anos, uma escrava filha do Capitão, dono da fazenda. Ela é responsável pela casa da cozinha, onde as refeições da casa-grande eram preparadas. Lavínia chega à fazenda do Capitão após ter sido comprada na feira de escravos. Ela é irlandesa e perdeus os pais na travessia do oceano. Chegou aos Estados Unidos com seu irmão Conrad, mas os dois foram separados.

Esse é o início da história e só por aí já temos inúmeros plots a serem desenvolvidos, mas Kathleen não se contentou e decidiu rechear seu livro de personagens tridimensionais, cheios de problemas e num lugar onde tudo, tudo mesmo, pode dar errado.

Esperem um enredo cheio de drama com incesto, abuso sexual, abuso de poder, morte, traição, abuso de drogas, assassinatos... E enfim.

- Narrativa e sua fluência

A narrativa é em primeira pessoa sob dois pontos de vista - Belle e Lavínia. A escolha da autora foi superbem-vinda, pois é possível perceber desde o começo sua intenção em escancarar o preconceito da época e as diferenças sofridas por conta da cor da pele.

Lavínia foi comprada no porto, mas por ser branca tem algumas regalias e a certeza de que um dia sairá da posição de escrava da fazenda. Belle, apesar de ser filha do Capitão, sabe que isso nunca acontecerá.
Durante todo o enredo é jogada a questão familiar e como as personagens se sentem mais acolhidas pelos escravos do que pelos senhores.

- Personagens e suas diferenças

A construção dos personagens é claramente clichê, mas vejam bem, isso não tira em nada a magia do enredo. O núcleo é separado em escravos e senhores, onde todos os escravos são acolhedores e superdecentes e onde a maioria dos senhores é sanguinária. Essa construção é normal para os padrões da época e apesar de ser clichê, causa transferência para o leitor.

Mama Mae é a mãezona dos escravos. Sempre com uma palavra de conforto para quem ama e sempre engenhosa para dobrar a vontade de seus patrões, ela é o porto seguro de todos e sem dúvidas a grande personagem do livro.

Todos os personagens são bem caracterizados, com tudo o que acontece com eles acrescentando para seu amadurecimento. Com Lavínia é possível visualizar bem esse embate de posições na sociedade e como ela briga constantemente com seus papeis. Marshal, o filho mais velho do capitão, também tem esse amadurecimento bem-pontuado. O momento de virada do personagem é claro e seus atos por consequência dele, também.

- Vale a pena, Alba?

Eu gostei bastante da história e me vi muito envolvida. A leitura é fluente, mas superdramática. Kathleen seguiu aquela máxima de que "se alguma coisa vai dar errado, dará MUITO ERRADO". Há uma série de desencontros durante todo o enredo, desencontros que poderiam ter sido evitados com um pouco de conversa. Isso me irritou um pouco, porque os personagens pareciam não aprender com suas experiências.

No geral a história é interessante, com personagens fortes apresentados e com pontos de vista ricos e diferenciados entre si.
Super-recomendo.

"As palavras dela me acalmaram, mas, nesse dia, despertei para uma nova realidade e tomei consciência de uma linha traçada em preto e branco, embora a profundidade dela ainda fizesse pouco sentido para mim."
Página 116


site: www.psychobooks.com.br
comentários(0)comente



Poly 08/07/2014

Wow! Que livro! Que história! Que narrativa! Sabe quando você fica tão absorta com uma história que sonha com ela? Pois esse livro mexeu comigo dessa forma. Chegou à um determinado ponto e eu não conseguia mais parar de ler e quando eu era obrigada a dar uma pausa na leitura (desculpa, infelizmente tenho vida longe dos livros) eu continuava com a história na cabeça e por duas vezes sonhei que era a Lavinia.
Lavinia era uma garota órfã de 7 anos. Ela foi separada de seu irmão e vendida para o capitão James Pyke em 1791, após a morte de seus pais.
Naquela época, os Estados Unidos da América era um país escravocrata e com uma sociedade extremamente preconceituosa.
Apesar de branca, Lavinia foi morar com os escravos e adotou os negros Mama Mae e Papa George, escravos domésticos, como pais. Apesar da vida dura e da difícil situação em que se encontram, Mama Mae e Papa George não desanimam diante da vida e tentam sempre ver as coisas pelo lado positivo.
A história é contada por duas versões, a de Lavinia e a de Belle, filha ilegítima do capitão James Pyke. A vida de Belle já não é fácil, ela também vive com os escravos e cuida dos serviços domésticos, mas como o capitão tenta manter um grau de intimidade com a moça, a esposa dele, D. Martha acredita que Belle na verdade é sua amante e por isso não gosta da moça.

- Abinia, uma coisa eu sei. Qual é a cor da pessoa, nem quem é o pai, nem quem é a mãe, nada disso quer dizer nada. Nós é uma família, cuidando um do outro. A família deixa a gente forte nas hora de aperto. A gente fica tudo junto, ajudando um ao outro. É esse o verdadeiro sentido de família. Quando ocê crescer, vai levar esse sentimento de família dentro do peito.
P. 147

Ao longo dos capítulos acompanhamos o amadurecimento dos personagens, principalmente o de Lavinia e quanto mais a menina cresce, mais evidente fica o preconceito e a segregação social existente na sociedade norte-americana da época.
A história é intensa, cheia de emoção e de cenas envolventes. Não é uma história feliz, mas o sentimento de amor está presente em todos os capítulos.
É impossível não se comover e se emocionar.
Um dos melhores livros que eu li esse ano!
Quem gosta de livros de época não pode deixar de ler.

site: http://polypop.net/livro-escravas-de-coragem/
comentários(0)comente



Fabiane Ribeiro 08/07/2014

Resenha - Escravas da Coragem
“Ocê vai ser a linda patroinha”.

Escravas da Coragem é um livro extremamente emocionante. Repleto de relações bem construídas e um retrato a respeito da escravidão muito diferente do que estamos acostumados a ver.
Em 1791, Lavinia é separada dos pais quando faz a travessia entre a Irlanda e os Estados Unidos. Então, ela é levada pelo capitão James Pyke à sua fazenda.
No local, seu destino é virar uma escrava branca. Porém, ela é ainda muito pequena e está doente, além de ter perdido a memória. Então, quem passa a cuidar da recém-chegada é Belle, uma mestiça, que trabalha na cozinha da casa grande, mas que vive cheia de problemas e preocupações, já que é filha bastarda do capitão James Pyke.
Como a cor da pele não é o que importa, e Belle sabe bem disso, ela e Lavinia desenvolvem um grande laço, extremamente bem trabalhado pela autora desde o início, nos emocionando em diversos momentos.
Apesar de se tornar próxima de todos os escravos, Lavinia acaba brincando também com os filhos do patrão, devido à sua cor de pele. E tudo isso, em meio a muitos acontecimentos, leva a escrava branca a ter de tomar uma decisão. De que lado ela estará?
O livro também começa com um prólogo bastante intrigante, que já nos prende nas primeiras páginas.
E nada, absolutamente nada, deixa a desejar nesta história. Coragem é apenas um dos muitos valores trazidos pela trama.
O livro é absolutamente denso, profundo, reflexivo e tocante. A vida das personagens é narrada de forma intensa e possui inúmeras reviravoltas. Sempre que pensamos que algo irá acontecer, a autora muda o rumo de sua trama. E ela nos faz questionar a nossa consciência diversas vezes e torcer pelos personagens, que são fortes e construídos com maestria.
Os capítulos se alternam entre as visões de Belle e Lavinia, portanto, temos uma boa visão da história e todos os seus aspectos.
Leia este livro, reflita sobre ele, se emocione com suas cenas. A leitura é mais que recomendada a todos!

Trecho: “A Belle estava tão tensa e distraída, na manhã seguinte ao abate dos porcos, que, se eu não a tivesse lembrado, ela se esqueceria de me dar alguma coisa para comer antes de me mandar para a casa-grande” (Pág.93).
comentários(0)comente



50 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR