Quem Teme A Morte

Quem Teme A Morte Nnedi Okorafor




Resenhas - Quem Teme A Morte


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Bruna 08/01/2023

Tive dificuldade para terminar esse livro. Tem um plot interessante, a autora sabe descrever bem os cenários pelos quais os personagens transitam, a protagonista é bem tridimensional. Porém nesse livro ela sobrecarrega a gente com informações. Todas essas coisas que ela distribuiu bem EM Binti, aqui foi excessivo. Pelo menos para mil, havia muita coisa acontecendo, muitas pessoas ao redor, muitas situações no meio ao invés de progredir com a trama principal. Acredito que se o livro tivesse menos informações em algumas partes, ele seria mais objetivo e manteria mais o interesse. Outra coisa que tornou essa leitura cansativa para mim é quando ficou um excesso de informações não importantes e falta de informação importante. Não há explicação para algumaa coisas, elas apenas são assim. É a inserção do misticismo que estragou a experiência para mim. As ações, situações e problemáticas deixam de ser verossímeis e acontecem de forma desregrada. Em Binti as coisas são sempre com base científica. Mesmo trabalhando fé e espiritualidade dos personagens, não deixa de ter explicações para o que está acontecendo, como está acontecendo e porquê. O livro não é ruim mas foi bem denso, o que me causou desânimo entao demorava a sentir vontade de continuar na narrativa cansativa.
Daniel.Tschiedel 25/09/2023minha estante
Concordo com tudo que você falou. Estou quase em 20% de leitura e estou a ponto de largar o livro. A trama não anda, parece que estou no mesmo lugar.




Matheus656 25/03/2021

Incrível
Essa foi uma das melhores histórias que já li na vida. Me prendeu do início ao fim. Gosto da forma como os personagens mantém uma dualidade, não sendo 100% bons ou ruins. É linda a forma como a autora faz essa mistura entre fantasia e religião.
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Kelly Barbosa 29/07/2022

Onye
Que livro. Que história. Onye. Mwita. Que personagens. Tudo incrível, doloroso, forte, revolucionário, cheio do melhor e do pior dentre as coisas humanas. Fiquei sem palavras.
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Priscila Nonato 24/01/2017

Não foi o que eu esperava
Esse livro me decepcionou um pouco .Estava esperando por uma distopia com aventura e fantasia .Mas é um livro bem pesado .Recheado de cenas de violência contra mulheres .E o final não foi nada grandioso.
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Laila 26/04/2018

Quem teme a morte
Tive sentimentos conflituosos ao longo da leitura desse livro, porque ao mesmo tempo em que gostei muito da criatividade da autora e de sua escrita, tive muita dificuldade em sentir empatia ou sequer gostar dos personagens "principais".
Não é uma simples distopia, o livro trata de assuntos pesados como estupro, racismo, machismo, o que pode causar um certo incômodo para pessoas mais sensíveis. A minha maior dificuldade, entretanto, foi a identificação com os personagens, o par romântico da protagonista é extremamente misógino, e me incomodou como a relação deles foi tão romantizada, mesmo quando ele era um completo babaca com a menina. E a menina por sua vez, tem atitudes extremamente impulsivas, que colocam em risco a sua vida e das pessoas ao seu redor, desvirtuando completamente do propósito da sua jornada.
Apesar das minhas ressalvas em relação aos personagens, é um livro que vale a pena ler, como uma experiência de reflexão, uma vez que várias questões sociais tratadas no livro, ainda persistem na nossa realidade.
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Daniel.Tschiedel 16/10/2023

Maçante demais...
Esse livro me deixou inconclusivo. A história é longa e maçante, a autora gasta muito tempo com descrições mundanas, de forma que a história não avança.

Os personagens não são carismáticos e salvo poucas exceções, não consegui me apegar a eles.

Apesar de tudo, partes da jornada de Onye foram interessantes e o livro me prendeu pra saber o desfecho.

Porém tudo foi caminhando lentamente para um clímax que nunca chegou. O final é confuso e aberto e o embate pelo qual você espera o livro inteiro é, sei lá, banal...

De positivo fica o fato do livro se basear muito na cultura africana, bem como em fatos tenebrosos de sua história e também por debater racismo, misoginia etc.
Daniel.Tschiedel 18/10/2023minha estante
Sinceramente, a quem tenha interesse na leitura do livro, ignore minha avaliação e veja a avaliação da Preta & Nerd. Acho que ela conseguiu colocar em seu vídeo tudo que senti durante a leitura e que me fez ficar preso no livro, mesmo não gostando muito, e que eu não consegui redigir.

https://www.youtube.com/watch?v=l1ztT-h0GrQ




Eclipsenamadrugada 17/01/2019

Pouco convincente, muitas incongruências sem mais...
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 29/01/2019

Já Li
Nnedi Okorafor vem de uma família igbo, ou seja, originária do sudoeste da Nigéria. Ela nasceu nos Estados Unidos quando seus pais não puderam retornar ao país por causa da Guerra Civil, quando os igbos quiseram independência do restante do país. Desde criança, Nnedi gostava de ciências e já na escola começou a escrever contos de ficção-científica.


"Quem Teme a Morte", publicado em 2010, é o primeiro romance adulto de Nnedi, que até então só tinha escrito para o público infantojuvenil. Na teoria, o livro se passa numa África pós-apocalíptica, onde um povo chamado Nuru escraviza os Okeke. Os Nuru são pessoas de pele clara enquanto os Okeke são pessoas de pele escura.

No entanto, ao longo da leitura, não consegui perceber nenhum elemento pós-apocalíptico ou distópico na narrativa, o que me frustrou consideravelmente. Nnedi inseriu apenas rápidas menções a computadores e celulares, que constrataram com o cenário rústico de deserto com suas tendas e costumes tradicionais. A princípio, achei que eu tinha entendido errado em qual tempo a estória se passava, pois fiquei confusa se era no passado ou no presente, mas em nenhum momento consegui apreender que se tratava de um futuro pós-apocalíptico. Por causa disso, eu quase desisti da leitura, mas persisti.

A protagonista é Onyesonwu, que significa "quem teme a morte" em igbo. Sua mãe, uma sacerdotisa Okeke, foi estuprada por um conquistador Nuru, dando origem a Onye, que é considerada uma Ewu, ou seja, a mistura entre Okeke e Nuru. Os Ewus são considerados seres malignos, pois são nascidos do ódio e da violência e, por isso, amaldiçoados e abandonados por todos seus amigos e familiares. A mãe de Onye é banida da aldeia porque é considerada culpada pelo seu próprio estupro e, assim, mãe e filha passam mais de seis anos no deserto, até chegarem a uma aldeia. Lá, a mãe de Onye consegue reconstruir sua vida e casa com Fadil, um gentil ferreiro.

Conforme vai crescendo, Onye descobre que possui alguns poderes mágicos. Ela pode, por exemplo, devolver a vida aos mortos, assim como também consegue se transformar em animais. Onye acaba chamando a atenção de Mwita, um garoto também Ewu, que estuda para ser feiticeiro com Aro, o mago da aldeia.

Onye sente que seu pai, o estuprador de sua mãe, a vigia e a procura, querendo matá-la. Com medo de que ele a alcance na aldeia e mate todos ali, ela sai em busca dele, em direção ao Oeste.

O livro aborda dois temas pesados: o estupro, abuso sexual e a castração feminina.
Nnedi Okorafur teve como referência um artigo chamado "We Want to Make a Light Baby", escrito em 2004 por Emily Wax, que conta a história real dos estupros cometidos no conflito de Darfur. Esse conflito aconteceu no Sudão e as mulheres eram estupradas na frente de seus maridos e filhos, com o objetivo de humilhar toda a família e o povo. Nnedi não poupa o leitor na cena de estupro da mãe de Onye, é de embrulhar o estômago, ainda mais quando sabemos que é algo baseado em fatos reais.
Uma das amigas de Onye, Binti, sofre abusos sexuais de seu pai desde que é criança. Embora o assunto seja tratado em segundo plano, pois Binti é uma coadjuvante que aparece pouco, ainda assim é difícil de ler.
E referente à castração feminina, trata-se de uma prática comum na África. Ao completarem onze anos, as meninas tem seu clitóris retirado, pois a crença popular diz que a mulher não deve ceder e não merece os prazeres sexuais. No livro, quando Onye é castrada, ela perde seus poderes mágicos. Suas amigas, também castradas, pedem que ela dê um jeito de reparar o clitóris, pois elas querem sim ter prazer sexual.
A forma como Nnedi aborda estes temas é interessante. A personalidade de Onye e de suas amigas é bastante cativante e, mesmo diante de assuntos tão pesados, elas os abordam com força e graça.

Mas, excetuando estes temas, achei este livro chato. Além da questão do pouco desenvolvimento da trama distópica que comentei acima, a trama envolvendo a busca de Onye por seu pai não me cativou. Ela sai para o deserto com Mwita e suas amigas e a dinâmica do grupo não prendeu minha atenção. E mesmo as descobertas mágicas de Onye pareceram muito fáceis, até descabidas em alguns momentos. Por isso, infelizmente, não é um livro que recomendo.


site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2019/01/ja-li-84-quem-teme-morte-de-nnedi.html
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@mariresenhando 05/09/2019

Boa leitura, mas faltou...
O livro em si tem uma proposta super interessante, por se tratar de uma distopia, com uma cultura africana, super diferente. Mas achei que em alguns pontos ele deixou a desejar, a leitura se arrastou um pouco, e tiveram momentos nos quais eu me senti perdida no livro, justamente por se tratar de uma realidade muito diferente, acho que faltou uma contextualização melhor dos povos e de como a protagonista tinha aquelas características, por exemplo. Mesmo assim valeu a leitura.
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Bibs | @queriaestarlendo 08/07/2020

- Uma das melhores fantasias que li em anos, bastante original.
- Personagens imperfeitos, mas cativantes.
- Onye é uma das protagonistas que eu mais gostei de conhecer nos últimos anos.
- A Nnedi tem uma forma muito gostosa de contar a história. Pelos comentários que vi, eu achei que seria uma história maçante e arrastada, mas pelo contrário. Tudo nela te instiga a continuar, especialmente quando parece que nada vai dar certo.
- Um final digno e ousado, poucos autores que li até hoje teriam coragem de fazer algo assim. E eu amo a Nnedi por ter feito isso.
- Favorito.
- Já quero ler as histórias da Binti.
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oramauricio 14/03/2023

SURPREENDENTE
Uma história surpreendente que, apesar de se passar na África do futuro, contém elementos tradicionais do passado, como crenças e utensílios. Um misto de tecnologia, magia, feiticeiros, preconceito e motocicletas. Uma trama interessante e imersiva que te prende e te faz pensar no rumo dos personagens do começo ao fim.
Na segunda vez que li me emocionei muito mais com cada progresso, cada evolução, cada perda, cada novidade. É uma leitura tensa, porém incrível.
Contém cenas fortes, esteja preparado para tudo! Recomendo.
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Nasa 18/03/2018

Quem Teme a Morte - Onye e A Profecia - Nnedi Okorafor- #3 Leituras de Fevereiro
A sinopse parece ter sido escrita para outro livro, porque o que encontramos na leitura desse livro é algo totalmente diferente. Claro, existem suaves pinceladas desse tal “hecatombe nuclear”. Mas é como se houvesse ocorrido há muito tempo atrás.
A leitura desse livro me deixou dividida, então serei sincera possível. A escrita é equilibrada e temos uma história consistente, mas muito pesada. Se você resolver ler esse livro não espere nada cor de rosa. Você vai descobrir povos violentos, discriminadores, capaz de matar apedrejando pessoas. Há cenas de estupro e violência que me pegaram de surpresa. Como disse a sinopse não te prepara. É uma mistura de distopia e conflitos entre povos africanos que acredito fictícios. Os Okeke e os Nuru. Povos governados por um Grande livro que determina o certo e o errado, o bem e o mal. Esses dois povos segundo esse livro forma os primeiros a existir e irritaram uma deusa e foram castigados com a criação de um povo chamado Nuru e seu destino se tornou a escravidão. Em alguns lugares tal profecia se concretizou em outras não.
Os tais Nuru dizima os Okeke, matam os homens e estupram suas mulheres para que eles gerem filhos deles que são chamados de Ewu. Eles carregam uma marca de vergonha e todos acreditam que eles são a escória do mundo, violentos, por serem filhos da violência.
Onyesonwu, a mocinha do livro, (nome que quer dizer "quem teme a morte), é uma ewu. Sua mãe viveu no deserto com ela até que decidiu que era hora de viver em uma cidade. E é nessa cidade que Onye começa a traçar seu destino.


Onyesonwu é fascinante, boa gente, e tem poderes incríveis. Nós acompanhamos a sua vida dos 11 aos 20 anos, ela nos conta como foi concebida, quem é sua mãe e como é obrigada a aceitar um destino nada fácil. Não é um conto de fadas, nem uma história feliz. Mas uma historia cheias de pequenas história dentro. Tem começo meio e fim, mas é um livro de cenas chocantes e fortes com poucos momentos de alegria.
Li do começo ao fim e vi Onyesonwu crescer, amadurecer, se tornar mulher, amar, passar por provas bizarras para controlar seus poderes, conviver com pessoas amigas e inimigas enfrentar o preconceito de povos, conviver com culturas onde a mulher e circuncidada para ser respeitada. A cultura africana se mescla com essa fantasia de forma perfeita. Mas deixo claro aqui, não sei até onde é real e até onde é fantasia. Algumas partes foram difíceis de digerir e olha que já li coisas bem densas.
O final me frustrou, não é feliz e deixa dúvidas cruéis. E certamente não cumpriu o que prometeu, entende? Os personagens são incrivelmente bons, bem elaborados, pude me envolver com todos, mas o desfecho foi cruel. Talvez esteja acostumada a finais felizes demais.
Só leia se tiver estômago forte e entender que a fantasia poder ser bem real ás vezes.
Minha nota? Três beijos mordidos!


site: http://www.nazarethfonseca.com.br/2018/03/21/teme-morte-onye-profecia-nnedi-okorafor-3-leituras-fevereiro/
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Fernanda 06/10/2014

Olá, leitores lindos! Já falei para vocês que estou sempre me aventurando em leituras novas e diferentes. Depois de muito pensar eu solicitei este livro para a editora e resolvi arriscar.

Quem Teme a Morte é uma distopia sinceramente ainda não entendi o porquê desta classificação que se passa no mundo devastado da África. Na leitura deste romance, não temos relatos sobre o que aconteceu no passado. A única coisa que sabemos do período anterior, é da existência de equipamentos tecnológicos abandonados em uma caverna e, somente isto, depois a história acontece no futuro.

Neste novo mundo existem os Okekes e os Nurus. Segundo o grande livro onde estão registradas as informações de porque o mundo é o que é os Okekes foram os primeiros povos a existirem, mas os Nurus foram criados como forma de castigo da deusa para com os outros povos. E a partir desta criação, os Okekes passaram a ser escravizados. Seus homens foram mortos e suas mulheres estupradas e deste ato violento, nascem os Ewu.

Ewu quer dizer nascidos da dor eles nascem com peles claras como a areia do deserto e são discriminados pelos outros povos. Eles são considerados sujos e indignos de existirem, pois são vistos como as vergonhas e maldições de suas mães. Mas também, por acreditarem que estes seres Ewu se tornarão violentos no futuro.

A heroína do livro, Onyesonwu que quer dizer Quem Teme a Morte é uma Ewu. Nascida da violência. Seus primeiros anos de vida foram no deserto junto de sua mãe, mas com o passar dos anos ela decidiu que deveriam passar a viver na cidade. E é nessa cidade que o destino de Onye é traçado.

Onye é uma personagem forte e teimosa. Durante a narrativa descobrimos o momento em que ela foi concebida, mas passamos acompanhá-la diariamente quando ela tem 11 anos. Ela cresce sabendo aceitar seu destino e nunca a vemos recuar. Além do mais, ela tem Mwita. Ele também é Ewu e sofre os mesmos preconceitos que ela.

O Mwita é o parceiro da Onye. Apesar de jovens eles possuem uma relação de marido e mulher. Justamente porque só tem um ao outro. São vistos como pessoas sujas e quase ninguém ousa ficar perto dos dois. Para a sociedade onde vivem é ainda mais absurdo eles terem essa relação de casal, pois temem que seus filhos sejam aberrações. Apesar de que discriminação existe em todo o lugar.

Mwita possui o poder da cura, e quando a Onye está em treinamento de suas habilidades ele fica sempre perto para cuidar das feridas dela. A relação entre eles é bonita, até quando ele sente inveja de Onye, por tudo que ela é. Ele não gosta desse sentimento ruim, pois sabe que podem levá-los à ruína.

Já Onye possui várias habilidades e uma delas é a transmutação. Ela é uma Eshu, e esta qualidade digamos assim permite a transformação dela em animais, que concede a ela o poder de ver o mundo de uma forma diferente e fazer grandes viagens em um curto espaço de tempo. Além de dar a ela acesso ao mundo selvagem ou mundo dos mortos.

A escritora escreveu bem o livro, mas mesmo assim ele ainda é complexo. E também não consegui entender o final, pois são descritas várias passagens e nada fica totalmente amarrado. Isso me deixou frustrada porque esperava algo diferente. Tiveram os personagens esquecidos, que existiram até boa parte do livro e no final eles nem sequer foram citados. E pelo que sei não teremos uma continuação.


Beijos Fê :*

site: www.amorliterario.com
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Dressa Oficial 10/06/2014

Resenha Quem Teme A Morte
Olá, tudo bem com você?

Eu sempre tenho o costume de ler vários gêneros pois gosto de diversificar minhas leituras e sempre partir para o novo, mas confesso que esse livro é o mais diferente de tudo que já li em toda minha vida.

Esse livro se passa na África um lugar totalmente desconhecido por mim até então, e além disso o povo da África é dividido em tribos nesse conhecemos a tribo dos Okeke que possui a pele da cor da noite porque foram criados antes do dia, e a outra tribo são os Nuru vieram das estrelas e por isso que sua pele é da cor do sol.

Então os Okeke são negros e os Nuru brancos, por existir essa diferença o povo Okeke era escravo do povo Nuru.

As duas tribos são muito religiosas e acreditam em tudo que está escrito no Grande Livro eles tem uma deusa que escreveu esse livro e tudo que existe nele é para ser seguido.

Porém depois de muito tempo o povo Okeke se rebelou com o povo Nuru e acabaram se separando virando tribos diferentes e vivendo separadamente.

Essa separação gerou muitos genocídios morrendo várias pessoas dessas tribos respectivamente, a nossa protagonista se chama Onyesonwu mais conhecida como Onye ela que narra toda a história do livro, o livro é narrado em primeira pessoa do começo ao fim.

Onye não é Okeke nem Nuru, sua pele é cor de areia e ela tem sardas no rosto o que faz ela ser discriminada quando ainda era muito pequena sendo chamada de Ewu.

Página 25
Os homens Nuru e suas mulheres haviam feito tudo aquilo por motivos além da simples humilhação e tortura. Eles queriam gerar crianças Ewu. Tais crianças não são fruto do amor proibido entre um Nuru e uma Okeke, nem são Noahs, Okeke que nascem sem cor. Os Ewu são filhos da violência.


Ser um Ewu significa claramente que você foi gerado através de um estupro, porém as crianças da África não entedem que quem nasce de um estupro não tem culpa desse ato repulsivo e Onye sofre muito preconceito com isso, pois sua pele é muito clara e isso diferencia ela totalmente em um mundo que só existe brancos e negros.

Página 35
Eu sabia um pouco sobre sexo. Tinha até uma certa curiosidade sobre o assunto... bem, talvez eu tivesse mais suspeitas do que curiosidade propriamente dita. Mas eu não sabia sobre isso... sexo como violência, violência que gerava crianças... que me gerou, que aconteceu com minha mãe. Senti vontade de vomitar e de rasgar minha pele. Queria abraçar minha mãe, mas ao mesmo tempo não queria tocá-la. Eu era venenosa, Não tinha esse direito.


Onye então descobre que foi gerada através de um estupro e fica com muita raiva de seu pai biológico, ela mora na casa de seu pai de criação que ela conheceu passeando pela cidade de Jwahir e então seu pai após se encantar com a criança Onye decide casar com sua mãe para ficarem mais próximos.

Onye também prensencia o ritual dos onze anos, que na África é feito a circuncisão feminina nas meninas que é retirar uma parte da pele genital e costurar para que não seja tão fácil perder a virgindade, na época em que Onye vive, esse ritual não é mais obrigatório, as meninas que passam por essa idade podem escolher se devem ou não fazer esse ritual.

Onye conhece suas amigas nas circunstâncias do ritual e se tornam amigas inseparavéis depois disso , suas amigas são Diti, Luyu e Binta.

Cada uma dessas meninas já passou por muita coisa nessa vida, inclusive atos de pedofilia praticados pelo próprio pai.

Cada uma tem uma personalidade diferente e apesar de saberem que Onye é julgada o tempo inteiro por sua cor elas acabam conhecendo um outro lado de Onye.

Como não poderia faltar, em qualquer história que se preze precisamos de um romance, e Onye encontra um cavaleiro chamado Mwita que também é Ewu porém ele não foi gerado por um estupro e sim por um amor proibido entre o povo Okeke e Nuru.

Mwita é um pouco mais velho que Onye e os dois primeiro se tornam amigos, Mwita fala que conhece um feiticeiro e quer aprender muitas coisas com esse feiticeiro, Onye fica curiosa com isso e acaba querendo também participar, porém o feiteiro nunca aceita Onye por ser uma mulher.

Onye se depara com outros instintos que não consegue controlar , ela tem o poder de virar vários bichos, como abutre, que é o que ela mais se identifica pelo fato de poder voar, e ela também tem visões sobre o que pode ocorrer em um futuro não muito distante.

Quando Onye está com 16 anos e passa por uma situação muito chata em sua vida, ela decide ir atrás de seu pai biológico e tentar acabar com ele, para que os atos de estupro contra outras tribos não sofra as mesmas consequências que sua mãe já sofreu um dia.

Para isso Onye conta com a ajuda de seu companheiro Mwita e suas amigas, todos vão em busca do agressor e passam por situações bem aventureiras cheia de ação, lutas, sangue, e tudo mais que sua imaginação possa sonhar.

A leitura fluiu muito rápido até a página 200, porém confesso que depois disso a história se perdeu um pouco e a leitura se confundiu e eu já não sabia o que Onye e seus amigos estavam indo atrás, depois disso a leitura se tornou um pouco lenta.

A diagramação, capa e letra estão de ótimo tamanho, mas o final do livro me deixou bem aborrecida, acho que a autora quis abordar esses temas fortes como discriminação, genocídio, estupro, circuncisão e acabou deixando os personagens principais com menos destaque, eu diria que é um livro que começa muito bem, mas depois acaba perdendo algumas referências.

A autora tem ascendência nigeriana mas ela vive nos EUA, o livro já tem os direitos comprados para virar um filme, devido ao sucesso que já fez internacionalmente, o nome do livro "Quem Teme a Morte" é a tradução do nome da protagonista Onyesonwu.

O que achei ruim foi que na sinopse fala que se trata de uma distopia e não achei esse gênero dentro da história, e também informa que a terra foi devastada por um hecatombe nuclear, isso também não foi mencionado na história por isso fiquei sem entender algumas coisas.

Apesar dos temas serem bem fortes e atuais acima de tudo, a autora soube criar personagens fortes que mesmo com tantos traumas a gente não sinta vontade de chorar nem nada parecido, muito pelo contrário o livro te faz pensar e refletir sobre todos esses atos de uma maneira mais leve.

Se quiser diversificar sua leitura e ler algo bem diferente pode gostar do que o livro nos apresenta.

Página 121
- É melhor dar ou receber ?
- Ambos são a mesma coisa - respondi. - Um não pode existir sem o outro. Mas se você continua dando sem receber nada, é um tolo.


Mas caso for ler pensando que vai encontrar um distopia ou romance isso pode decepcionar....

Página 227
- Todos nascemos com fardos a carregar. Alguns de nós mais do que outros.


Beijos

Até mais...


site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/05/resenha-quem-teme-morte.html
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Fer Kaczynski 26/05/2014

Muito bom ler coisas diferentes das habituadas, eu nunca tinha lido nada oriundo da África, não tinha conhecimento de alguns costumes ou terminologia, e foi bem interessante adentrar-me nesta história criada pela escritora Nnedi Okorafor, que foi comparada a J.K. Rowling, criadora de Harry Potter, devido a seus romances cheios de aventuras mirabolantes, por assim dizer.

Eu poderia me transformar num abutre e voar para longe agora – sussurrei. Mas se eu permanecesse como um animal muito tempo, ficaria louca. “E será que isso seria tão ruim?”, pensei. “Mwita estava certo. Sou perigosa demais.”- pág 118

A história é sobre uma garota, Onyesowu, que significa Quem teme a morte, título do livro, que descobre que sua origem é derivada de um estupro e é por isso que as pessoas tem preconceito contra ela, devido a ser filha de um rapaz do povo Nuru, e sua mãe sendo uma Okeke, ela é uma mestiça, uma Ewu, termo para “nascido da dor”, uma pária, sendo discriminada e mal vista perante a aldeia em que vive. Seu pai biológico volta para tentar matá-la e é principalmente contra ele sua luta nesta aventura.

Leia mais em:

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2014/05/resenha-quem-teme-morte-geracaoeditorial.html
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