Caverna 10/01/2019
Whit e Wisty são dois irmãos adolescentes, com 17 e 15 anos, respectivamente. Eles levavam uma vida normal de adolescentes do Ensino Médio, sendo Whit o exemplo de aluno, e Wisty a rebelde que mata aulas; até que um dia (que na verdade é o primeiro capítulo) eles acordam com sua casa sendo invadida pela polícia da Nova Ordem, e são levados como prisioneiros. Sem entender, a polícia os acusa de bruxaria e manipulação de Magia Negra.
O que os irmãos percebem, no entanto, é que seus pais parecem saber algo a respeito dessa história insana de bruxaria. E entregam para eles uma baqueta e um livro aparentemente em branco, para que possam levar com eles até o dia do julgamento.
Sendo maltratados e sem entender, no momento do desespero, Wisteria pega fogo sem se queimar e, um tempo depois, percebe que talvez eles sejam mesmo, bruxos.
A caminho da prisão, eles percebem que a Nova Ordem tomou conta do país: há bandeiras vermelhas com o símbolo da N.O. por todos os lados e as pessoas parecem realmente acreditar nessa história de bruxaria, como se de repente, estivessem no século XVII.
Presos, eles procuram saber mais sobre suas habilidades, bruxaria e o que está acontecendo com o mundo. E em quem confiar, e em quem não confiar, claro. Ao descobrirem um pouco de cada, descobrem também que eles são os dois bruxos de uma Profecia em uma parede, que diz que eles são os salvadores. Seria isso minimamente possível?
Bom, um resumo geral do livro sem soltar muito spoiler, é isso: eles precisam aprender a controlar seus poderes, fugir, enfrentar a Nova Ordem e tentar resgatar seus pais, que agora possuem suas caras estampadas em cartazes por toda a cidade.
Porém, eu achei a série muito, muito rasa. Senti falta de um desenvolvimento inicial dos personagens, afinal, somos introduzidos já no momento de prisão deles, quando nem eles entendem tudo o que está acontecendo. Aos poucos, vamos aprendendo sobre eles e sobre os amigos e personagens secundários.
O livro é dividido pela narração em primeira pessoa pelo ponto de vista de Whit e Wisty, porém, cada capítulo não tem mais do que três páginas, o que nos faz ficar mudando de POV a cada instante. Isso é bom, e é ruim, porque parece que não conseguimos manter uma linha única de raciocínio.
A leitura é rápida, sem muita enrolação no quesito de desenvolvimento da escrita, mas um pouco em alguns acontecimentos (principalmente pela mudança de ponto de vista), mas faltou muito desenvolvimento de personagens, da história política por trás da N.O. e até mesmo dos pais deles. Como assim do nada é instaurada uma ditadura onde o cara sai falando que magia é real e vamos perseguir os bruxos e todo mundo simplesmente acredita?
Em Bruxos e Bruxas conhecemos mais os dois personagens, e começamos a nos situar nesse Novo Mundo, sem aprofundar muito.
Já em O Dom, os nossos protagonistas começam a dominar seus poderes e entendem seus Dons e porque são tão perseguidos pelo Único que é O Único (acho que não comentei, mas nesse mundo, o cara que "comanda", basicamente, O Único, diz que não podemos chamar aos outros pelo nome, então eles viram O Úncio Que É Alguma Coisa e eu achei isso muito idiota).
Já em O Fogo, finalmente há lutas, desenvolvimento de personagens que ficaram para trás e... Não é o último livro. Mas eu parei de ler nele, porque achei que há um desfecho suficientemente bom para a série que é. Ou seja, se você não ler O Beijo, quarto e último livro da série, ainda assim, a sensação é de que acabou.
Eu percebi, depois que terminei de ler, que cada livro foi escrito pelo James Patterson e alguma outra pessoa. E eu nunca tinha lido nada dele, mas sempre ouvi falar muito bem, e, honestamente, a premissa do livro é muito boa, mas deixou muito a desejar. Então, acabei me decepcionando um pouco. É uma série para passar um tempo e ser lida bem rapidinho. Mas nada que chegue aos pés das Distopias que temos por aí, que fizeram tanto sucesso.
site: https://caverna-literaria.blogspot.com/2019/01/serie-bruxos-e-bruxas.html