A guerra do fim do mundo

A guerra do fim do mundo Mario Vargas Llosa




Resenhas - A Guerra do Fim do Mundo


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Marconi Moura 08/01/2022

10
Romance histórico sobre a Guerra de Canudos na última década do século XIX. Obra de fôlego, com um roteiro irregular, em q vão se alinhando retalhos de história, variando os narradores e mesmo o estilo. Essa estrutura não atrasa, ao contrário, acaba por aumentar o suspense e envolver o leitor.
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Marco 22/12/2021

Canudos
Aconteceram coisas extraordinárias no Brasil do século XIX.
Merece sem dúvida a leitura. A história brasileira é riquíssima.
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luizguilherme.puga 15/08/2021

Em um romance de fôlego e talvez o mais importante da carreira do Nobel peruano Vargas Llosa, é narrada em riqueza de detalhes, misturando fatos reais e ficção a Guerra de Canudos, uma das maiores barbaridades da história brasileira. Com narrativa singular, o livro é uma espécie de epopeia do sertão nordestino. Homens brutos, resignados ou abnegados, que por alguma razão viram sua vida mudar por causa de Antônio Conselheiro e da mística Canudos. Do outro lado, soldados da recém proclamada República imaginando combater uma insurreição monárquica. Relato excepcional.
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Mari 13/07/2021

A riqueza de detalhes com que Llosa descreve o sertão nordestino mostra como o autor tem maestria com as palavras, pois é possível jurar que o relato foi feito por um sertanejo, conhecedor das plantas, da geografia e do modo de vida do lugar.
Relatando a história da guerra de Canudos, mesclando personagens históricos com outros fictícios, Llosa nos transporta para a vida e os dias do Conselheiro e seus seguidores.
Como em uma narrativa digna de epopeia, às vezes, a riqueza de detalhes que mencionei acima e que enriquece o texto, também o torna maçante.
Demorei a engrenar no início, mas o livro vai em uma crescente de acontecimentos que me deixou presa na leitura.
Fico agora no desejo de ler ?Os Sertões?, de Euclides da Cunha, que inspirou o escritor peruano a escrever essa história - e que figura como um protagonista aqui, como o ?jornalista míope?.
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Marcus.Vinicius 06/05/2021

Uma epopéia
Uma epopéia no sertão baiano narrada por um peruano. O que Vargas Llosa fez nesse livro é monumental. No processo de escrita, o nobel de literatura peregrinou, tal como Antonio Conselheiro, por várias vilas e cidadezinhas do interior nordestino, além de ter realizado uma vasta pesquisa histórica. Quanto ao enredo, tal como já havia feito em A Festa do Bode, Llosa nos brinda com uma ficção histórica muito bem escrita e construída. Ao narrar a Guerra de Canudos, o faz sob a perspectiva de todos os envolvidos no conflito: deade os sertanejos/jagunços, que, liderados por Antonio Conselheiro, um pregador que era considerado o próprio Jesus na terra, travavam uma guerra em face da recém instituída República, e todos os seus males inerentes, como o casamento civil e a separação Estado-Igreja, até sob a ótica do Exército brasileiro, e dos políticos e barões que tinha interesse no conflito. Personagens bem construídos, ação, intrigas, tudo faz parte do enredo de pouco mais de 600 páginas. Um grande livro da literatura latino-americana, o qual mostra uma vez mais a genialidade de Mario Vargas Llosa.
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Antonio.Augusto 10/04/2021

O maior escritor peruano e a história do Brasil
Primeiro, o governo da Bahia mandou uma expedição com uns 150 homens para acabar com a revolta de Canudos... A expedição sequer chegou a Canudos e foi destroçada pelos guerreiros do Conselheiro. Estávamos em 1896, sétimo ano da República.

Depois, o governo da Bahia e o Exército encaminharam cerca de 500 homens, liderados por um militar experiente. Eles ganharam a primeira batalha, cercaram Canudos e deixaram para invadir o arraial no dia seguinte... Mas não houve dia seguinte para esses soldados.

Uma campanha de mentiras contra Canudos se deflagrou pelo país, para tentar justificar a derrota: Os miseráveis de Canudos teriam fortes armamentos ingleses, bem como treinamento de militares enviados pela Realeza da Inglaterra, para restaurar a Monarquia no Brasil. “Mentiras marteladas dia e noite acabam virando verdades”...

O governo federal praticamente interveio na Bahia, mandando um dos coronéis mais temido do país, apelidado de “O Corta-pescoço”, e que tinha sido interventor sanguinário em Santa Catarina. Cerca de dois mil homens, bem armados e alimentados, seguiram para o sertão... O Corta-pescoço morreu na batalha... Mais uma derrota federal, que abalou o país e gerou protestos e quebra-quebra no Rio de Janeiro.

Por fim, quatro mil homens cercaram Canudos por meses, mas não conseguiam a vitória, apesar do forte bombardeio contínuo. Receberam o reforço de uns três mil homens e só aí a vila de Canudos foi arrasada e quase ninguém sobreviveu.

Do outro lado estavam apenas pessoas miseráveis, ex-cangaceiros, pequenos agricultores, retirantes, ex-escravos, todos devotos fanáticos, mas que tinham encontrado um sistema de vida comunitário poucas vezes visto no país. O líder? Antonio Conselheiro, um homem de grande inteligência, que tinha sido comerciante e “advogado prático”, até que – em razão dos infortúnios da vida - saiu pregando em nome de Deus pelo sertão Nordestino, isso por volta de 1870. Doente ou iluminado? Talvez ambos.

A proclamação da República em 1889, com o Estado se tornando laico e separando-se da Igreja, bem como o rigor do Imposto de Renda republicano e o novo casamento civil, fizeram Conselheiro e seus seguidores se revoltarem. A República tornou-se o anticristo a ser combatido, um lugar foi escolhido para ser o centro do novo poder abençoado, onde apenas dinheiro do Império poderia entrar, o que significava que praticamente tudo se resolvia pelo escambo. Homens e mulheres extremamente crentes no beato passaram a viver um sonho todo próprio.

Esta história foi contada em detalhes por Euclides da Cunha, que foi correspondente da guerra, em “Os Sertões”. Quase 80 anos depois, o peruano Mario Vargas Llosa resolveu recontá-la, pegando como início de trajeto de suas pesquisas justamente a obra de Euclides da Cunha e, após, se enfurnando no interior da Bahia em uma série de pesquisas que iriam gerar talvez o melhor livro dele: “A guerra do fim do mundo”. Ficção e realidade se misturam na obra de Vargas Llosa,, mais de 600 páginas de leitura empolgante, onde nunca se sabe bem quem é mocinho e quem é bandido e onde ideologias são postas à prova.

“Será que as palavras de Deus podiam
ser vendidas? Não deviam ser dadas de graça?”

site: https://sites.google.com/view/pitacosecultura/in%C3%ADcio
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Octávio 02/04/2021

O massacre do povo humilde
O livro mistura romance com fatos e personagens histórico, ótima leitura. A construção dos personagens é excelente.
Vale muito a pena a leitura
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Nic 15/03/2021

Uma obra de arte por Lhosa.
Um livro sobre miséria, fé, fanatismo, honra e loucura, sobre poder, mentiras e injustiça social.
"A Guerra do Fim do Mundo" é uma verdadeira obra de arte escrita por Lhosa, inspirado por Euclides da Cunha após ler "Os sertões" em 1972 foi que Lhosa, entre 77 e 80 escreveu a saga de Antônio Conselheiro e Canudos, e para isto debruçou-se no estudo de arquivos empoeirados nas bibliotecas do Rio e da Bahia e em percursos escaldantes nos sertões baiano e sergipano visitando os locais por onde o Conselheiro passou.
É uma leitura densa, para pessoas que realmente se interessam por história, nas primeiras 150 páginas a leitura é mais "travada", pois vai contextualizando tudo, a partir daí ela se torna mais fluída.
É incrível imaginar que Conselheiro, apenas com sua fé conseguiu reunir em Canudos milhares de miseráveis que para lá se deslocaram para viver com quase nada, apenas preenchidos de sua fé, esperança de salvação e o espírito de coletividade em meio ao fervilhar de uma república recém estabelecida no lugar da monarquia.
Aquela gente só queria sobreviver, mas por conta de mentiras e disputas entre republicanos, monarquistas e a própria igreja acabaram sendo o bode expiatório de toda uma guerra de poderes. Por cerca de um ano, crentes na fé ao Bom Jesus se mantiveram firmes guerreando e defendendo Conselheiro e Canudos, em meio ao sertão, sem comida, com armas caseiras e a experiência de quem conhece a caatinga e cada canto da terra seca, conseguiram vencer 3 vezes exércitos enviados para destruí-los, na quarta vez o exército brasileiro conseguiu, e além dos jagunços de Canudos que lutaram até o fim, mulheres, velhos e crianças também acabaram dizimados.
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Gianni.Fontis 11/02/2021

Não li Os Sertões, portanto, não posso comparar a Euclides da Cunha, mas trata-se de uma bela versão da história de Canudos e seus principais personagens. As descrições das paisagens do sertão da Bahia são muito boas e provam que as viagens e pesquisas locais feitas pelo autor peruano foram muito bem aproveitadas! Excelente obra.
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Juliano.Ramos 04/12/2020

Um livro rico de personagens e histórias sobre canudos, sua revolta e seu trágico sangrento fim. Um dos melhores sobre o tema, Vargas com maestria nos reconta a vida daqueles que cercam o Conselheiro, a forma como o governo aos poucos vai se revoltando contra revolta sertaneja, recomendo a leitura.
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@ALeituradeHoje 27/07/2020

História do Brasil
Muito bom ler a história do Brasil pelo olhar de um escritor estrangeiro. Nossa história é rica e infelizmente sinto que pouco valorizada. Canudos foi a esperança despedaçada pela cobiça e ganancia da velha politica. Aquela que o tempo passa e ela acaba. Aquela que a gente vê ainda hoje. Aquele política que não muda. Nunca.
Triste demais.
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