Gio 29/07/2020
Um livro que não cabe dentro de sua sinopse.
Pretty Girl - 13 vai muito além da resenha popular de ?uma garota que foi sequestrada aos 13 anos e, três anos depois, retorna sem memória alguma do que lhe ocorreu?. É um livro que fala sobre força. Sobre psicologia. Sobre entender quem você é, mesmo as faces desagradáveis. Leitura obrigatória e necessária.
Vivendo com outras 5 personalidades, Angie retorna de seu cativeiro tentando descobrir o que lhe ocorreu nos últimos 3 anos - cicatrizes de cordas e algemas lhe manchavam os pulsos e os tornozelos, e um anel de prata decorava seu dedo anelar da mão esquerda - ?minha esposinha?.
Angie Chapman foi levada de seu acampamento de bandeirantes aos treze anos de idade, e no momento de seu sequestro, a Bandeirante assumiu sua vida. Limpava, cozinhava, era perfeitamente organizada, como ele a mandava ser. Durante a noite, Esposinha (ou Piranha) assumia, vestida com camisolas de renda e calcinhas pequenas. Foram as duas personalidades responsáveis por manter Angie viva durante os três anos em que viveu em cativeiro. Após retornar para sua vida normal, ela descobre mais personalidades - Tagarela, uma criança de seis anos, que gosta de cavalos. Anjo, um rapaz forte e vingativo, que prezava pela segurança das garotas. E, por fim, Solitária...
O livro é extremamente doloroso. Os pontos vão se ligando conforme a leitura corre, apesar de alguns deles serem tanto quanto óbvios, e apenas descobertos pela personagem principal nas últimas páginas do livro. No entanto, isso não torna a experiência da leitura menos intensa.
É um livro que te ensina a lutar. Juntar todas as peças, todas as partes que foram quebradas, e reestruturar-se, da melhor maneira possível. Aceitar que até as partes mais obscuras de seu ser, ainda sim, fazem parte de você. A força de Angie é absurda, e te inspira a fazer o mesmo.