Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Germano.Pereira 02/02/2021

Os sertões
Esse livro tem uma linguagem bem peculiar, eu não compreendi a história, porém mesmo assim terminei de ler o livro sem entender nada.
WALISSON 02/02/2021minha estante
Perseverou até o final




Betânia 12/10/2021

Os sertões (II)
O livro narra em ricos e impressionantes detalhes a guerra de Canudos, com trechos de matérias de jornais e depoimentos da época. Com linguagem não de toda fácil, a narrativa ainda assim prende o leitor e o leva no tempo. Uma verdadeira aula de história. Não é meu estilo de leitura preferido mas é sem dúvida uma valiosa obra.
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Gi 26/06/2020

O primeiro livro-reportagem brasileiro
Os Sertões foi publicado em 1902 e o consideram o primeiro livro-reportagem brasileiro, principalmente porque Euclides da Cunha era jornalista e esteve presente em alguns dos acontecimentos do livro enquanto cobria a Guerra de Canudos, na Bahia.

Senti que estava lendo um livro de História e Geografia, principalmente pela quantidade de informações técnicas que ele apresenta, mas ao mesmo tempo, é como se todos esses detalhes ganhassem vida através de uma narrativa completamente pessoal ao tratar de toda a comoção da guerra.

O livro é bem longo e denso, a narrativa busca oferecer o maior número de detalhes, como números, nomes, datas, e até conteúdo geológico. Isso pode deixar a leitura um pouco monótona, mas as partes focadas em narrar os acontecimentos trazem muita emoção através da interpretação do autor, assim como a questão sociológica desse período de revoltas.

Uma coisa que chamou minha atenção logo no início, é a visão do autor sobre questões raciais. É nítido que ele acreditava numa ?raça superior? e deixou isso claro ao apresentar o povo do sertão. Entretanto, é curioso ver através dos olhos dele um acontecimento que marcou a história do país.

Não foi uma leitura das mais fáceis, houve momentos em que eu tinha que dar um tempo e ler outra coisa, porque já não conseguia assimilar tudo que lia. Porém, não é sem motivo que se trata de um clássico, é um conteúdo muito significativo.

A obra é dividida em três partes principais:
- A terra: em que são detalhados elementos geográficos e geológicos, como relevo, clima e vegetação da região nordestina, com atenção especial à seca.
- O homem: em que o povo nordestino é apresentado e estudado, e depois há um determinado foco na vida de Antônio Conselheiro, líder de Canudos.
- A luta: um relato preciso da Guerra de Canudos e toda a miséria advinda dela, bem como todo o sofrimento, dor e desespero.

Considero Os Sertões uma obra que deve ser lida, mas mais que isso, analisada e estudada, pois através dela podemos ter um vislumbre muito realista de um período marcante pelos olhos de quem estava lá e que foi capaz de mesclar a reportagem ao fator emocional.
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Francisco240 22/08/2022

Um livro revoltante, tocante, agonizante e icônica.
Sertões de Euclides da Cunha vai relatar a respeito de uma das mais emblemáticas e sanguinolentas batalhas da história bélica brasileira.
O início do livro é bem complexo usar termos geográficos geológicos e paleontológicos, mas ainda assim o autor está apenas preparando o caminho para conduzir o leitor após todas essas informações conhecer o tipo de homem e após toda essa introdução de mais ou menos 300 páginas ele conduz o leitor através de relatos tocáveis e agonizantes de como surgiu Antônio Conselheiro do Arraial de Canudos e como se sucedeu a sua terrível e Sangrenta queda.
Uma leitura muito enriquecedora ardua mas recompensadora e muito tocante.
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sara 29/03/2021

Acho que esse livro desperta muito sobre a realidade nacional, aquela realidade que não é retratada nos livros de história e que muitas pessoas de algumas regiões do Brasil nem sonham que existe. A descrição de tudo que foi real e ainda é, parece um soco no estômago!
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Liny Arguilera 12/09/2022

?
É um livro extremamente complexo de ler, não pude deixar de deixar pela metade, e abandonar tal leitura, ainda sou imatura para uma obra com tamanha complexidade.
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Rodriguinho @literario.rojo 02/10/2020

Ler os sertões foi meu maior desafio literário, ao todo foram quase 3 meses de leitura e com inúmeros intervalos e leituras paralelas até o desfecho final da obra de Euclides. A leitura é bastante densa e tem partes do livro que eu nem sabia mais o que tava lendo e retornava no parágrafo anterior para poder me encontrar.
A parte que Euclides faz a narrativa geográfica da região nordestina é a minha favorita do livro, o autor nos descreve o relevo, clima, o solo a vegetação da região carregado de inúmeros termos técnicos. O autor faz uma análise crítica a guerra de canudos onde a população residente no litoral ao entorno da capital do Rio de Janeiro não conhecia a realidade da população de quem se encontrava nos rincões do sertão brasileiro e travando assim uma batalha contra a mesma população considerada ignorante por esse povo que se dizia culto e de moderno no Brasil da época.
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Henrique_ 08/08/2022

Demanda esforço
Diante da curiosidade em saber o que torna "Os Sertões" um clássico da literatura dos mais difíceis de serem lidos, resolvi não mais postergar sua leitura, não sem antes avaliar meu ótimo estado de motivação. Então, já vai aí uma dica se pretende lê-lo: esteja bem motivado. Há outras dicas práticas, como iniciar pela terceira e última parte do livro, que vai tratar do conflito de Canudos em si, mas eu mesmo preferi seguir a ordem normal do livro e não me arrependi, pois assim pude apreciar toda a complexidade da obra. Bem, mas o que a torna tão complexa? Longe de mim esmiuçar essa complexidade. Mas posso dizer que a erudição é o fator que mais contribui para deixá-la difícil. E não é nem tanto pelo uso do vernáculo culto, mas pela apresentação de conhecimento extremamente técnico em geografia, geologia, antropologia, história, política, estratégia de guerra, etc. É preciso compreender o contexto de estudos racistas em que a obra está inserida.
Chama a atenção que boa parte desse esforço em ler o livro tem a ver com o longo processo de resistência de uma minúscula e crescente comunidade no interior da Bahia, cujo maior trunfo foi saber usar a caatinga a seu favor.
A despeito das dificuldades, é uma obra que ensina muito e vale muito a pena conhecer a resistência em Canudos.
Eduardo 08/08/2022minha estante
Ótima resenha, Rique (como sempre)! Você escreve tão maravilhosamente bem. Faz tempo também que esse livro tá na minha lista.


Betega 08/08/2022minha estante
Eu fiquei com vontade de ler esse Livro depois de ter lido A Guerra do Fim do Mundo, de Mario Vargas Llosa, e me apaixonado pelo livro. Mas em geral as críticas a "Os Sertões" são bastante negativas, então ainda to receoso. De qualquer modo, recomendo o livro gringo, incrivelmente bem escrito.




Dry 30/01/2024

História pura.
Sem dúvidas foi um dos livros mais difíceis que eu já li, um pouco devido a edição lida já ter 70 anos, mas também pelo vocabulário rebuscado, e extremamente descritivo, em quesito geográfico, fauna e flora local. Tendo merecidamente o título de primeiro livro-Reportagem brasileiro. Sem muitas ressalvas, apenas tenho a dizer que é um livro importante para a história do nosso país, mas acima de tudo é necessário que se tenha paciência com a leitura.
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Pretto 05/01/2021

Nunca gostei de ler livros ?literários?, aqueles que nos são passados na escola porque são cobrados no vestibular. À exceção de Pessach: A Travessia, de Carlos Heitor Cony, sempre achei esse tipo de livro muito fora de realidade, uma leitura cansativa e pouco interessante.
Resolvi dar uma chance a Os Sertões basicamente por dois motivos: o primeiro, por ter sido escrito por Euclides da Cunha, um engenheiro como eu; o segundo, por retratar a Guerra de Canudos, assunto pelo qual sempre tive um grande interesse e gostaria de me aprofundar.
Porém, logo no início, me lembrei do porquê das ressalvas que eu tinha para com este tipo de livro. O português utilizado pelo autor é de um formalismo deveras exagerado. Mesmo considerando que o texto foi escrito no início do século XX, me parece que o autor buscou sinônimos que tornassem suas frases mais cultas de maneira não natural, já que outros livros da época não utilizam do mesmo tipo de linguagem. O resultado disso é uma leitura lenta, cansativa ao extremo e pouquíssimo atrativa.
Além disso, o autor passa boa parte do início do livro retratando fielmente os aspectos naturais do sertão (talvez por isso engenheiros não devem ser bons escritores kkkk) e a constituição do sertanejo (incluindo alguns pontos em que se pode observar um racismo inerente à época), o que apenas contribui para deixar o livro ainda mais massante.
De todo o modo, resolvi continuar a leitura pois ainda havia a Guerra de Canudos em si como atração. Quando o texto enfim começa a explorar o conflito, a leitura melhora um pouco. Entretanto, as escolhas lexicais do autor continuam prejudicando a fluidez, que também é afetada pelo detalhismo de Euclides da Cunha em diversos trechos, como por exemplo quando ele lista todos os batalhões que formavam as brigadas que atacaram o vilarejo de Conselheiro.
Minha conclusão em relação à obra como um todo é que ela ficou antiga. Diferentemente de outros clássicos que são atemporais, Os Sertões não envelheceu bem. Seu português ficou antigo, seu racismo ficou antigo e, talvez, até mesmo sua relevância tenha ficado antiga. Dei uma nota 2 mais em respeito ao que este livro já representou em algum momento de nossa história e porque, mesmo que aos trancos e barrancos, conseguiu cumprir minimamente o segundo objetivo de minha leitura que era conhecer mais sobre a Guerra de Canudos.
Jessie 05/01/2021minha estante
Acho que mesmo sendo engenheiro escreve bem hehehe


Pretto 05/01/2021minha estante
Ehhehehe obrigado ?


Fenelondasneves 10/05/2021minha estante
Cara, é isso. Também comecei a leitura por ser um "clássico" e muitas pessoas recomendarem ( a maioria talvez, nem tenha lido realmente). Desisti no meio do caminho. Igual você descreveu, o autor usa muitas palavras rebuscadas, que, já na época, não eram usuais, abusa de "conceitos" racistas, aliás, uma das poucas partes que é possível entender é essa. Pretendo tentar lê-lo novamente. Já abandonei três vezes.




Rodrigo509 19/05/2024

Euclides da Cunha nos entregou uma grande cobertura de uma guerra, que envolvia religião e política. Os Sertões testemunhou um massacre brasileiro, na época do Brasil recém-republicano.
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Ize 23/11/2020

A primeira parte é lenta e chata. A segunda parte e mais interessante, mas continua lento. O final do livro é muito bom.

Um ótimo livro para compreender um pouco mais da história do país de forma sociológica, antropologia, histórica e política.
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Lucas Lobo 12/09/2022

Uns dos mais difíceis
É um ótimo livro, que fala sobre a guerra de canudos, sobre Antônio conselheiro. Porém, é um livro bem difícil de se ler. Espero ter uma leitura melhor na segunda vez que eu for ler.
Orlando 10/10/2022minha estante
Boa noite,tudo bem? Sou novo aqui no app,e não estou conseguindo ler,podem me auxiliar por favor?


Lucas Lobo 10/10/2022minha estante
Amigo, é pq o app não é feito para ler os livros, e sim para fazer anotações sobre o livro, para ver comentários a respeito do livro. Entende?


Orlando 10/10/2022minha estante
Kkkk, há entende, obrigado,me indique um para ler por favor?


Lucas Lobo 11/10/2022minha estante
O pequeno príncipe




Paulo 04/05/2010

Anotações
A TERRA — Nesta primeira parte, EC descreve o palco da epopéia impressionante. Ocupa-se da geografia, da geologia e das intervenções naturais nos processos de ocupação humana do sertão. Em sua proposta científica de análise naturalista, ainda que nos envolva esporadicamente com sentenças hábeis ("Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos"), chega a complementar a classificação climática de Hegel, julgando a caatinga um modelo particular de ambiente.

O HOMEM — A ocupação do solo. A distribuição do povo pelo Brasil. A formação do sertanejo ("antes de tudo um forte", "Hércules-Quasímodo") justifica sua índole. Sua rudeza. Traços históricos; explicações perspicazes. [Reler como história do Brasil.] Sua opinião sobre a mistura de raças ("prejudicial", p. 77). O gaúcho do sul e o vaqueiro do norte: antítese. Antecedentes biográficos de Antônio Conselheiro, "um gnóstico bronco", cuja sombra "condensava o obscurantismo de três raças" (p. 102...). O início da marcha do profeta, cujos ditos, pela natureza, conjugam-se no "permanente refluxo do cristianismo para o seu berço judaico". "Viu a República com maus olhos e pregou, coerente, a rebeldia contra as novas leis." Instalado em Canudos, recebe o afluxo incentivador de turbas deslumbradas. Na paradoxal cadeia de Canudos: "presos pelos que haviam cometido a leve falta de alguns homicídios os que haviam perpetrado o crime abominável de faltar às rezas". Um movimento político? Segundo o autor, o antagonismo à República era só "um derivativo à exacerbação mística", indicando o "triunfo efêmero do Anti-Cristo" antes do iminente "reino de delícias prometido".

A LUTA — A primeira força partiu incauta: diminuta e despreparada ("seguiu a 12, ao anoitecer, para não seguir a 13, dia aziago. E ia combater o fanatismo"). "A natureza toda protege o sertanejo", que vence as primeiras batalhas contra equipes policiais não treinadas para a guerra.

TRAVESSIA DO CAMBAIO — A primeira expedição regular, em janeiro (1897): quase 600 homens e dois Krupps. Massacrada nas trincheiras do Cambaio e em outras refregas. Finalmente, o major Febrônio retira-se. Em Monte Santo, que previra a vitória sobre Canudos, "a população recebeu-os em silêncio".

EXPEDIÇÃO MOREIRA CÉSAR — O triunfo estufou Canudos de novos homens empolgados. Em fevereiro parte expedição com quase 1300 homens. Chegam confiantes ao alto da Favela, já à vista do arraial insurreto. Apesar da grande força, o erro estratégico: "acometendo a um tempo por dous lados, os batalhões, de um e outro extremo, carregando convergentes para objetivo único, fronteavam-se a breve trecho, trocando entre si a bala destinada aos jagunços" (p. 227). Apesar do duro assalto, os sertanejos defendiam com a vida sua terra. Após novos erros (pp. 230-1), Moreira César é mortalmente ferido e o coronel Tamarindo o substitui. Perdidos no arraial, os soldados lutavam cada um a seu modo. Após recuo, decide-se pela completa retirada. Moreira César, pouco antes de falecer, é contra. Sufocada pelos jagunços, a retirada se fez debandada — o próprio corpo do chefe foi abandonado para a fuga! O coronel Tamarindo também morre. Seu corpo será estendido pelos sertanejos, como exemplo, em companhia de dezenas de caveiras, nas proximidades de Canudos.

QUARTA EXPEDIÇÃO — Comoção nacional. "Era preciso salvar a República." Comentário: "Aquele afloramento originalíssimo do passado, patenteando todas as falhas da nossa evolução, era um belo ensejo para estudarmo-la(...). Os patriotas satisfizeram-se com o auto-de-fé de alguns jornais adversos, e o governo começou a agir. Agir era isto — agremiar batalhões". O general Savaget só partiu três meses depois. Uma falha: soldados metiam-se nas caatingas e seus espinheirais vestidos de pano, não do couro apropriado do sertanejo. Mas agora eram cerca de 3000 combatentes, com aparato e organização mais sérios. Só que os sertanejos armaram-se com mais astúcia para a retaliação: entrincheirados, atacavam no escuro e baratinavam a ofensiva. Surpreenderam as forças do governo com "fuzilaria cerrada e ininterrupta". A esperança de Savaget era a convergência de brigadas projetada para o dia 27. Contudo, já em 28, a 1.º Brigada não aparece, mandando, em contrário, pedidos de socorro. O assalto afigurou-se penoso: não havia um alvo rigoroso, e os tiros vinham de todos os lados. Em meio às exíguas possibilidades de novos ataques, fazia-se a debandada dos homens, que, sem mantimentos, não tinham como se refazer. E foram cruelmente acompanhados pelos jagunços, que, à espreita, somavam-se à sede e à fome como algozes daqueles curiosos retirantes. Mas a brigada do general Artur Oscar resistiu. Conquistada a posição, ficou. E novo batalhão surgiu como reforço. Mas um novo assalto não se faria sem novas baixas e excessivos retardamentos, culminando, muitos dias depois, na escassez de provisões e na urgência do socorro aos feridos. Nesse meio tempo, chamou-se o marechal Carlos Machado de Bittencourt, estrategista impassível que percebeu a necessidade de vencer o deserto antes de sitiar o jagunço. Ainda havia algum trabalho e muito heroísmo em Canudos, por parte dos remanescentes da última investida. Mas então já "avançava pelos caminhos a Divisão salvadora".

NOVA FASE DA LUTA — Finalmente "terminara o encanto do inimigo" (p. 355). Derrubam a torre da igreja de Canudos (trincheira valiosa), além de abaterem um líder importante da resistência de Canudos. Os novos vão chegando e encontrando os antigos combatentes numa situação em que o antagonista parecia fragilizado. Atiravam com regularidade, mas das mais de cinco mil vivendas de Canudos (!) também advinham os prantos das mulheres e das crianças... Abatido, o Conselheiro morre em 22 de agosto. (Obs.: mais tarde, à p. 401, diz-se 22 de setembro, o que deve ser o real.) Alguns crentes chegaram a fugir antes que a situação mudasse, a 24 (pp. 366-7). O cerco se procede. "A insurreição estava morta" (p. 370).

ÚLTIMOS DIAS — O imprevisto: "o inimigo desairado revivesceu com vigor incrível" (p. 375). Assim mesmo começaram a cair os prisioneiros, inicialmente em especial mulheres, crianças velhos, quase todos famintos e doentes. Teve então vez a covardia dos vencedores (p. 378...). 28 de setembro: era o fim. Mas Euclides da Cunha anuncia inúmeras vezes o fim — mas anuncia o que seria o fim militar evidente. Contudo os jagunços não eram militares, e não se rendiam, a não ser com a morte. E seu heroísmo sempre impunha a confusão na formação dos assaltantes. Desta forma, conseguiam ainda matar muitos oficiais após o momento em que a "lógica" os deveria ter rendido. Mas Canudos nunca se rendeu. Restavam quatro exíguos combatentes, que pelejaram com ferocidade até sucumbirem, entregando a vida. O final de Euclides é magistral: relata e comenta a busca que se faz do cadáver de Conselheiro, e a transformação de sua cabeça em troféu último da Guerra de Canudos.
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Peter.Molina 10/01/2023

Épico
Um dos livros mais difíceis que já li, nem tanto pela história, mas sim pelo vocabulário e expressões utilizadas. Uma leitura densa e rebuscada que merece do leitor um preparo pois não é para todos. Confesso que ignorei muitas das mais de 1000 notas de rodapé, pois isso tornava o fluxo da leitura muito prejudicado. Mas é uma obra inigualável, relato de uma guerra sem igual. A partir da metade da obra, o livro ganha um fôlego imenso, a resistência dos jagunços é inacreditável, e podemos ver como a influência de um líder pode gerar comportamentos tão destrutivos e fanatizantes. Além de ser um testemunho histórico sobre o início da República, um livro difícil mas que sem dúvida merece ser conhecido e estudado.
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