CooltureNews 13/09/2011
Por: Junior Nascimento
Publicada originalmente no www.CooltureNews.com.br
Em praticamente todas minhas resenhas tenho o costume de colocar o tempo que demorei para ler um livro, acredito que assim vocês podem ter uma noção do nível de envolvimento de uma obra, Morte e Vida de Charlie St. Cloud eu consegui a proeza de ler em um único dia! Tudo bem que não se trata de uma obra com muitas páginas (+300), mas sim foi um livro que me prendeu do começo ao fim e não conseguia fazer mais nada a não ser tentar chegar ao fim e descobrir o final, que fique claro que não tive a oportunidade de assistir a adaptação para o cinema, mas isso é só uma questão de tempo agora.
Sempre tive muito interesse em histórias que envolvem o sobrenatural, vida após a morte e principalmente aquelas que conseguem trazer uma mensagem importante em cada linha, Ben Sherwood conseguiu escrever uma história que envolve tudo isso com uma trama realmente interessante sem se tornar piegas. Porém estava com receio de começar a leitura do livro, e isso se deve a capa, sem preconceitos e sem comparação com o filme (como disse não assisti, e realmente torço para a opinião que darei a seguir, mudar) mas Zac Efron nunca me passou a ideia de ser um bom ator, e tinha medo de me deparar com um personagem principal insonso após ver essa cara de “paisagem” na capa (joguem as pedras!).
Por sorte o Charlie foi o oposto do imaginado, totalmente cativante e simples, alguém que poderia ser real. Como esta na sinopse, Charlie sofreu um acidente de carro ao retornar de um jogo com seu irmão caçula e foi o único sobrevivente e com isso ele recebeu um dom, conseguia ver e conversar com seu irmão e outros espíritos. Charlie não estava pronto para deixar seu irmão ir. Quantas vezes nos agarramos com força a uma ideia, ou uma pessoa e não conseguimos seguir adiante com a vida? Quando eu disse que o livro estava repleto de informações que devemos parar para pensar sobre a vida, essa é exatamente uma delas.
Achei interessante a forma com que o autor utilizou para nos prender a leitura, assim como sua narrativa completa e simples, em poucas palavras pude ter a oportunidade de visualizar os cenários e os personagens e sim, foram diferentes daqueles mostrados na capa, o que é algo raro e difícil de conseguir quando toda essa informação vem estampada de uma forma nada discreta, até acho essas capas bonitas, mas prefiro algo mais genérico.