Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


1624 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Renata CCS 06/10/2014

O que falar sobre o Kevin?

"Mas todas as mães, sem exceção, deram à luz grandes homens e se a vida as enganou em seguida, delas não foi a culpa." (Boris Pasternak)

"Eduque-o como quiser; de qualquer maneira há de educá-lo mal." (Sigmund Freud)


PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN é aquele tipo de livro impactante que prende o leitor de uma maneira indizível e que permanece na memória por muito tempo após o término da leitura. A obra nos apresenta, de forma estupenda, o que é um psicopata, desde o seu nascimento até a chacina por ele planejada de forma fria e calculista, cometida um pouco antes de completar 16 anos de idade.

É através da perspectiva da mãe de um assassino que Lionel Shriver faz uma espécie de genealogia de um homicida ao conceber, através desta ficção, uma chacina semelhante a outras tantas causadas por jovens em escolas norte-americanas. Sua crítica cutuca a ferida do que acredita ser um dos maiores problemas, não só nos EUA, mas em qualquer país que depara-se com a barbárie cometida por adolescentes: ninguém quer ser apontado como responsável.

O livro é agonizante como um soco no estômago. Enquanto Kevin cumpre pena, sua mãe, Eva, padece exilada por todos por causa da monstruosidade cometida pelo filho. Entre momentos de cólera, culpa e solidão, ela somente sobrevive.

Eva é a narradora do livro que cruza sua existência pós-morticínio com sua vida ao lado do filho Kevin, reconstruindo-os de forma magistral através de cartas destinadas ao marido, que ela considera ser o único ouvinte capaz de compreender seus infortúnios, apesar de ausente e de nunca responder às suas cartas.

É através dessa correspondência que Eva relata sua condição atual enquanto mergulha em memórias da sua própria vida. Sem qualquer medo, Eva não reluta em assumir seus erros, não poupa palavras árduas e verdades ferozes, pois, afinal, ela não tem mais nada a perder. Ela não pensa duas vezes ao reconhecer que chegou a odiar o filho e que também desejou que ele nunca tivesse nascido. Shriver realmente conseguiu criar uma personagem muito humana, complexa, e é impossível não sentir pena, raiva e medo. Eva esmiuçou cada minuto da relação daquela família nas cartas que escrevia.

Mas o que falar sobre o Kevin? Ele é um psicopata, um monstro, e também um dos personagens mais complexos que já vi. Dono de uma inteligência impressionante e de um autocontrole fora do comum, Kevin finge uma humanidade que nunca fez parte dele e um a normalidade que não possui. Ele assombra e surpreende o tempo todo, não só todos com quem convive, mas também o leitor.

Kevin foi uma aberração desde o momento que nasceu, e Eva reconheceu o horrível caráter do filho desde que colocou os olhos no bebê pela primeira vez. Sempre disposto a irritar e debochar, atormentou a mãe em cada dia de sua vida, destilando crueldade todo momento e destruindo tudo em que tocava. Definitivamente, um garoto incomum.

A grande questão do livro é: Kevin já nasceu mal ou a vida o tornou assim? Até que ponto a falta de instinto materno de Eva contribuiu para Kevin se tornar um assassino? Ele teria sido o monstro que se tornou se tivesse sido criando por uma mãe amorosa, e não por uma mãe que se retraiu quando o filho rejeitou seu seio ainda na maternidade? Se ela tivesse sido uma mãe que não se afastasse emocionalmente do próprio filho por indiferença, medo e ciúmes? Kevin é o problema ou a culpa é de Eva? Essa é a grande magia do livro!

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN é uma obra irretocável, um dos melhores livros que já li. Não apenas o tema é instigante, como a escrita da autora é brilhante e envolvente. Shriver nos faz pensar muito não só na função da família e no papel da maternidade, mas também na selvageria nas escolas e nas causas da psicopatia.

O tema é tão poderoso e intrigante que a leitura das 463 páginas do livro passa voando. As palavras de Eva quebram o silêncio que costuma predominar neste tipo de situação e nos fazem imergir em seu mundo, saindo de nossa zona de conforto.

O livro me fascinou e ainda tenho comigo as sensações que ele me trouxe. É uma obra de qualidade espantosa, perfeito do início ao fim. Uma história que todos devem ler!

Um livraço!
Jayme 09/10/2014minha estante
Shriver nos propõe o amor - ou o simples cansaço - como resposta: ninguém consegue viver sozinho, nem com todo o amor-próprio do mundo, e esse parecer ser, também, a fonte dos nossos problemas.


Joy 15/10/2014minha estante
Gostei demais da proposta do livro. Vou ler, com certeza. Ótima resenha!


Renata CCS 17/10/2014minha estante
Jayme,
Uma grande verdade a sua colocação!
Joy,
Leia sim! Você vai gostar muito.


Pedrinho 23/01/2015minha estante
Uma ótima leitura.




Talita 01/05/2016

Precisamos falar sobre o Kevin
Lionel Shriver é uma das minhas autoras favoritas, e eu ainda não havia lido Precisamos falar sobre o Kevin. Foi esse o romance que celebrizou a escritora norte-americana, mas eu comecei por O mundo pós-aniversário, que me encantou e me fez querer ler tudo o que ela tinha publicado. Adiei Kevin até conseguir encontrar a capa da primeira edição brasileira, aquela que tem um menino usando uma máscara ao mesmo tempo infantil e assustadora, publicada pela Intrínseca. A tradução é de Beth Vieira e Vera Ribeiro.

Eva viajou o mundo todo por conta de seu trabalho: escrever guias com os melhores lugares para se hospedar, comer e conhecer em qualquer país. Gostava do que fazia e continuou viajando, mesmo depois de casada. Franklin, o marido, tinha um trabalho oposto ao dela. Com sua camionete 4×4, ele visitava terrenos que serviriam para locações de uma empresa. Eva e Franklin divergiam no modo de ver a vida, mas mesmo assim eram apaixonados, e depois de um bom tempo tiveram Kevin, o primeiro filho. Eva era uma mulher independente, e não estava preparada para mudar de estilo de vida, mas precisou abdicar das viagens para poder se concentrar em Kevin, um filho por quem ela nunca conseguiu sentir carinho, nem mesmo quando bebê. Franklin se ressentia da falta de amor de Eva por Kevin, e reagiu mimando-o demais.

Eva parece ter sentido a maldade da criança ainda no útero, e Franklin, mais do que amar Kevin, amava a ideia de ter um filho. Ele parecia cultivar acima de tudo a fantasia da família americana perfeita, e por isso não conseguia enxergar as perversidades cada vez mais evidentes da criança. Eles eram ricos, bem educados, podiam pagar as melhores escolas e, ainda assim, eram disfuncionais. Mesmo nascendo em uma família afortunada, Kevin cresceu para se transformar em um assassino em massa.

Lionel Shriver escreveu Precisamos falar sobre o Kevin no começo dos anos 2000, um entre muitos períodos turbulentos da história dos Estados Unidos da América. O romance faz questão de refletir esses tempos de eleições conturbadas, ameaça terrorista, recrudescimento militar, e, no plano doméstico, massacres em escolas. O de Columbine aconteceu em abril de 1999, e ele é citado e contextualizado em Precisamos falar sobre o Kevin. Mas mais do que tratar objetivamente de um fenômeno bizarro como o desses assassinatos, o romance de Shriver é uma investigação psicológica das mentes que geraram esse tipo de tragédia ao mesmo tempo familiar e coletiva.

Acho que mais do que retratar a história de um assassino inspirada em acontecimentos da vida real, a autora parece querer exibir os problemas de uma nação que não consegue lidar com seus privilégios de país soberano - ou, numa outra forma de dizer: com seus problemas de país de primeiro mundo. Além de mimado, Kevin é entediado, irônico, cínico. Não consegue tirar prazer das coisas que se espera que uma criança goste, e, nesse sentido, ele parece ser uma continuação de Eva, sua mãe. Ela reluta em abraçar a vida familiar, despreza o sonho americano pelo qual o marido se encanta. Assim como Eric Harris e Dylan Klebold, os assassinos de Columbine, Kevin é o produto de uma desilusão.

Por causa disso, Kevin é a força do livro. Eva é a narradora, e por isso eu achei que minha identificação fosse ficar com ela, mas Lionel Shriver joga o interesse do leitor na direção de Kevin. Ele é uma pessoa ruim, isso fica claro desde o começo, quando Eva narra os primeiros anos de vida do menino que sabemos ser um assassino, mas os questionamentos e as sacadas que o livro consegue fazer se dão através dele. Kevin é um personagem inteiro, muito bem acabado. Sua personalidade é ao mesmo tempo um mistério e uma espécie de buraco negro; quem mais chega perto de desvendá-lo é Eva, e eu, leitora, me sentia a cada página cada vez mais induzida a tentar descobrir que coisas, exatamente, tinham moldado essa personalidade. E adivinha? No caso de Kevin, não há resposta, não há relação direta de causa e efeito. Assim como a mãe, ele é produto de desilusão, apatia e tédio, mas o que o fez percorrer este caminho ao assassinato? Um dos grandes méritos do romance de Lionel Shriver é manter as respostas inconclusivas que encontramos nas histórias reais. Assim como o quarto de Kevin, que a mãe tenta investigar em busca de pistas da personalidade dele, a resposta é um grande vazio.

O formato epistolar do romance me faz pensar que mais do que mandar cartas para o marido, a narradora Eva quer expurgar um pouco da culpa que ela não admite diretamente, mas que está lá, quase palpável, em cada capítulo. É uma culpa ao mesmo tempo individual e coletiva. Quando Eva reclama de seu filho, está falando nesses dois níveis. Franklin, um homem de vida simples e acima de tudo patriótico, ama Kevin incondicionalmente, e prefere não ver os problemas que estão na sua cara. Quando Eva relata as discussões que tinha com o marido por causa de Kevin, sinto que a questão se estende para o próprio país: de um lado o patriótico iludido e do outro o arrogante que desdenha do que tem. O fluxo desses pensamentos chegou a me irritar no começo, e admito que, como todos os acontecimentos estavam no passado, eu sentia que a exposição deles deixava a história menos sedutora. Mas depois da página cem eu fui atropelada por Kevin, e tudo o que eu queria era saber mais e mais da história dessa família. Por isso, nem o dilúvio de considerações da narradora - e suas ponderações que dizem mais respeito à realidade norte-americana - me tirou da história.

Lionel Shriver usa a trajetória de Eva, Kevin e Franklin como um microcosmo do que acontecia com o próprio país, mas isso não significa que a trama em si não é suficiente para envolver quem chega ao livro. Mesmo se deixarmos de lado o contexto e as metáforas, a história dessa família já vale o tempo investido.

O mundo pós-aniversário continua sendo meu livro preferido da Lionel Shriver, mas Kevin é definitivamente um dos melhores personagens que eu já conheci. Fica evidente que a autora fez uma pesquisa enorme para refletir nele as características de uma geração que cresceu com tudo à disposição, mas que ainda assim encontra motivo para sofrer e para avacalhar com tudo.

site: https://ninguemdeixababydelado.wordpress.com/2016/05/01/precisamos-falar-sobre-o-kevin/
Joice (Jojo) 01/05/2016minha estante
Esse livro está na minha lista. Que bom que gostou!


Talita 02/05/2016minha estante
Vale a pena \o/


Márcio_MX 02/05/2016minha estante
Li "Tempo é dinheiro". Tenho dois sentimentos sobre esse livro. A primeira metade é para quase desistir a outra é magnífica e vale o sacrifício de ultrapassar e persistir ao começo. Tanto que no fim dei 5 estrelas.


Talita 02/05/2016minha estante
Tempo é dinheiro foi o que eu menos tive vontade de ler. Cedo ou tarde vou acabar pegando.




Rafa 19/06/2021

Esse livro é sensacional! Escrita impecável. Me senti próxima da dificuldade da Eva com a maternidade... Quando vi o filme me deixou pensativa por um tempo, e agora com a leitura, que tem muito mais detalhes, é perturbador.
Adorei!
Elane.Medeiross 19/06/2021minha estante
Um dia meus favoritos ?


Deysinha 19/06/2021minha estante
Quero muito ler


Augusto 19/06/2021minha estante
Tô pensando seriamente em ser minha próxima leitura


Rafa 19/06/2021minha estante
Virou um dos meus favoritos também! Leiam, vale muito a pena. Uma escrita bem envolvente.




Aliny Araújo 28/10/2020

"precisamos falar sobre o kevin"
quando eu li as primeiras trinta páginas desse livro, eu achei que seria uma leitura difícil pra mim; eu tenho um pouco de dificuldade em ler romances epistolares ou seguindo o fluxo de consciência do narrador. pra minha surpresa, a escrita da autora me engoliu. é uma história árdua, incomoda, sombria, que chega até, em certos momentos, a ser repulsiva. sinceramente, eu nem sei como discorrer sobre essa leitura. a crítica que permeia a história é, ao meu ver, muito bem construída e transmitida para o leitor. o final, assim como em vários outros momentos, me deixou com um nó na garganta. se atente ao momento em que você vai ler esse livro, esteja bem.
@igorwoura 28/10/2020minha estante
Estou louco para ler esse livro!!!


Shinji 28/10/2020minha estante
Ótima resenha! Estou ansioso para ler!!!


Fer 28/10/2020minha estante
Ótima resenha, esclarecedora, objetiva e envolvente, só me deixou com mais vontade ainda de ler ?


Shinji 28/10/2020minha estante
Sinceramente, em um primeiro momento não senti muito interesse pelo livro, talvez por não se tratar de um tema e um gênero literário que estou acostumado a ler. Porém, após ler a sua resenha ? objetiva e sincera ? fui convencido de, ao menos, dar uma chance a essa leitura. O que falta agora é somente um momento em que me sinta bem, seguindo a sua autêntica dica.




Paty 28/01/2014

O livro é assustador e franco como um tapa, sacode o leitor entre culpa e empatia, retribuição e perdão, discute casamento e carreira, maternidade e família, sinceridade e alienação. Denuncia o que há com culturas e sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série. Um thriller psicanalítico onde não se indaga quem matou. Revela quem e o que morreu enquanto uma mãe moderna tenta encontrar respostas para o tradicional onde foi que eu errei? Lionel Shriver critica o que crê ser o principal problema dos Estados Unidos: ninguém quer ser culpado.
Pedrinho 28/01/2014minha estante
Que resenha incrível!


Catharina 28/01/2014minha estante
Parabéns pela resenha. Você expressou em poucas palavras todos os sentimentos por trás da história.


Arsenio Meira 28/01/2014minha estante
Vou dizer o que? cinco estrelas para o livro e seis para a resenha e não se discute mais nada.


Bel 29/01/2014minha estante
UAU !!! Fiquei com mais vontade agora de ler este livro!




Jhon 18/10/2018

Brutal e perturbador
Aos 15 anos, Kevin faz uma chacina em sua escola e é preso pelos assassinatos cometidos, e agora Eva – sua mãe – tem que viver sob um espectro constante de culpa ao mesmo tempo em que tenta entender o porquê de seu filho ter se tornado um assassino.

Só por essa premissa as minhas expectativas já eram altas, mas preciso confessar que o livro superou todas elas. Tenho que destacar logo de cara a escolha que a Lionel fez de uma narrativa mais lenta e descritiva. E por mais que muita gente tenha achado maçante e chato, principalmente o começo, acho que essa lentidão beneficiou bastante a história e a construção das personagens, pois essas descrições, que vão desde antes mesmo de o Kevin nascer, faz com que a gente conheça todo o contexto por trás da vida dessas pessoas, sobretudo da Eva, e até o final do livro, conhecemos tantos detalhes e pormenores que acabamos nos relacionando com a história com uma intensidade e tridimensionalidade tão grandes que faz com a narração se torne assustadoramente real.

Além disso tenho que parabenizar a autora pela escrita maravilhosa e especial. Embora algumas orações muito longas tenham me incomodado um pouco, não tenho como negar que a maneira como ela descreve os pensamentos da Eva, e principalmente algumas cenas envolvendo a relação dela com o Kevin, é simplesmente arrebatadora. Apesar de já ter passado um tempo desde que terminei essa leitura, algumas das cenas estão bastante vivas em minha mente e pela minha experiência como leitor sei que elas não vão sair da minha cabeça tão cedo.

Sem contar da provocante reflexão que a autora evoca sobre a maternidade e de todos os estereótipos que a envolvem, fazendo a gente questionar alguns (pré)conceitos que já estão enraizados; nos convidando a pensar sobre alguns tabus que permeiam essa questão, como por exemplo o amor incondicional e eterno que uma mãe necessariamente precisa ter por um bebê que ainda nem nasceu e que ela nem conhece; ou até os próprios motivos que fazem com que uma mulher tenha um filho, mesmo quando ela não quer. A autora realmente toca na ferida e tira a gente dessa zona de conforto na qual costumamos enxergar a maternidade unidimensionalmente, naturalizando certos aspectos que não necessariamente sempre ocorrem.

E claro, preciso enaltecer a relação entre a Eva e o Kevin, que é uma das mais bem construídas que já li na minha vida e para mim esse é o ponto alto desse livro, porque ao invés de focar na questão da chacina e dos assassinatos – como eu achei que seria – a autora conduz a história de modo a fazer a gente compreender como é que se deu a interação entre esse sociopata assassino e sua mãe, para que então possamos chegar à ocorrência do massacre. E esse convívio é tão desconfortável e perturbador que a leitura acaba se tornando difícil em alguns momentos; é realmente assustadora a forma a Lionel nos põe em contextos grotescos e medonhos ao longo do livro e simplesmente não nos tira de lá, deixando a gente com um sentimento desagradável e angustiante.

E apesar de termos acesso apenas a um ponto de vista, nesse caso da Eva, essa narração está longe de ser unilateral; muito pelo contrário. A Eva é uma personagem muito densa e complexa, e mesmo que não seja uma narradora completamente confiável, a tridimensionalidade que essa protagonista trás para história é tanta que a torna tão verossímil e crível que chegou a me assustar diversas vezes. Sei que é uma obra ficcional, mas ao longo da leitura eu me esquecia disso; parecia realmente se tratar de fatos reais e acho que grande parte dessa verossimilhança vem não só da escrita descritiva da autora, mas também do foco que ela resolveu dá à relação comportamental e psicológica entre as personagens, sobretudo entre a Eva e seu filho.

Enfim, apesar de ter sido uma experiência de leitura perturbadora (o que não é algo necessariamente ruim), sem dúvidas “Precisamos falar sobre o Kevin” é um dos melhores livros que já li. Lionel Shriver, meu amor, tu tá .de parabéns.
LLana396 19/10/2018minha estante
Bela resenha, parabéns!!


Jhon 19/10/2018minha estante
Ah Lana, obrigado ?


Jhon 19/10/2018minha estante
Ah Lana, obrigado!!


Christiane.AgrAcola 16/11/2018minha estante
Acabei de ler o livro e estou sentindo exatamente o que vc disse na resenha. Muito bem escrito!




K.G | @kennedy guedes 22/11/2017

PRECISAMOS FALAR SOBRE PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN!
Esse livro é tao..... tao... sla, foda nao é o suficiente pra descrever, incrivel tambem nao, maravilhoso tambem nao, precisa ser inventada uma palavra pra descrever tudo o que esse livro é.

Escrito em formato de cartas, por uma personagem INCRÍVEL, chamada Eva, para o seu marido Franklin, e aqui ela fala sobre sua vida, tanto pessoal, quanto conjugal, e principalmente a vida dela assim que descobriu que estava gravida do seu primeiro filho KEVIN. Kevin um adolescente de 16 anos que matou a flechadas 14 pessoas da escola.

ISSO NAO É SPOILER, ESTA NA CONTRA CAPA, NA ORELHA, EM TODO LUGAR.

Entao um dos primeiros e principais pontos é, O LIVRO NAO É NARRADO PELA PERSPECTIVA DO KEVIN, E SIM DA SUA MAE. e isso torna o
livro absolutamente SENSACIONAL.
A eva é uma mulher obscura, sombria, UMA PERSONAGEM EXTREMAMENTE BEM CONSTRUIDA, muito marcante, daqueles que voce se lembra pra sempre.

Terminei essa historia e ainda nao sei se eu tenho PENA, SE EU TENHO ODIO, SE ELA TEM CULPA OU NAO, EU NAO SEEEEEI SOCORRO

A autora construiu uma historia ABSOLUTAMENTE TRIDIMENCIONAL, muitos aspectos sao abordados.
Não é simplesmente a sociopatia do Kevin, é toda a sua construção, pelo ponto de vista da sua mae, e gente eu nao tenho palavras pra explicar o quanto isso é sensacional, mesmo nao sendo narrado pelo Kevin, o leitor consegue conhece-lo desde o nascimento, e como se vissemos todos esses anos pelos olhos da EVA.

o livro levanta uma questão muito forte que é, O SER HUMANO NASCI BOM OU MAL OU ELE É UM PRODUTO DO MEIO?
É abordada tambem de uma forma MUITO VICERAL A DEPRESSÃO PÓS PARTO, é tao intenso, que a gente tem que parar pra refletir.
O proprio relacionamento da Eva com o Kevin é muito impactante, é muito viceral, sombrio, inquietante.

Seria ela culpada ou vitima?

UM SUSPENSE PSICOLÓGICO PURO.

A escrita desse livro É FENOMENAL, mas NÃO É UMA LEITURA FACIL, é muito densa, descritiva, poucos dialogos, ( MAS QUANDO TEM SAO SENSACIONAIS) É uma leitura que te suga, te consome, NÃO É UM LIVRO PRA LER EM DOIS DIAS, no meu caso, foi quase uma semana, mas, pra mim, fluiu bem, a sensação de ler esse livro, e tipo, SABE AQUELAS FOTOS DE UMA PESSOA SOZINHA NO FUNDO DO OCEANO? E TIPO ISSO, é envolvente, e densa, É QUASE PALPAVEL, E eu achei isso absurdamente incrivel, cada FRASE faz diferença.

SE VOCE ACHAR DIFICIL, VOU ENSINAR O MEU TRUQUE, e de graça!
TAM
TAM
TAM

Intercale a leitura com um livro mais leve, mais divertido, assim, voce nao vai se sentir cansado.

já falei muito E TEM MUITO PRA SER FALADO, e um livro pra ser lido, e relido e discutido, COM CERTEZA SERÁ UM CLASSICO, para as gerações futuras.

Voce sabe o tempo todo como vai ser o final, MAS A FORMA COM QUE É CONTADO, É INCRÍVEL, IMPACTANTE, o ultimo capitulo desse livro é de DESTRUIR O CORAÇÃO.

Não é um livro que me deu vontade de surtar, mas e daqueles que voce vira a ultima pagina, fecha o livro, coloca no colo e fica olhando pro nada e pensando " caralho, pqp, que livrao!" te deixa maravilhado de uma forma diferente.Se eu visse essa autora na minha frente, eu pararia na frente dela e diria " voce é foda"

5 estrelas, favoritadissimo!
Viviane569 11/01/2018minha estante
A melhor resenha que li até agora, parabéns!


Risa 13/01/2018minha estante
Fodastica rs


Camis 25/01/2018minha estante
Não sei se sou só eu, mas quando fica em caixa alta eu imagino a voz gritando então fica bem engraçado ler esses textos


Jenni 19/11/2019minha estante
Que resenha incrível!




Waleska2 02/03/2020

Misto de emoções.
Na hora de dar estrelas, fiquei muito em dúvida entre 1 e 5, as duas dizem o que senti com esse livro, não gostaria que menores de idade o lessem porque é um livro pesado e com conteúdos que despertam pensamentos assustadores, porém um livro bem escrito, bem amarrado, um livro gostoso de ler pela forma que vai acontecendo porém "gostosa" é algo que a história não é.
Triste, desesperador, angustiante, solitário, cheio de dores. Esse livro carrega o medo de mãe (falo pq sou) e de filho (falo pq também sou), é uma solidão que só se conecta na dor.
Se você estiver em dúvida entre ler ou não, se for maior de idade eu sugiro q leia. Se for menor sugiro que espere um pouquinho, logo logo você pega ele e devora.
Caroline 02/03/2020minha estante
É aquele tipo de livro que dá nojo?


Agnaldo Alexandre 02/03/2020minha estante
Bem, já ouvi muito deste livro. Nunca me interessei a ler, pois como pai acho que não me cairia bem.
Mas se até você na sua profissão acha indigesto, imagina as demais pessoas.


Waleska2 02/03/2020minha estante
Caroline não é do tipo q dá nojo não, é do tipo q dá uma angustia. Mas, não nojo, acho q sei do q você quer dizer, não é desses não.


Waleska2 02/03/2020minha estante
É Agnaldo, um tipo de história que não acrescenta não. É muito bem escrito, a autora está de parabéns, pq só assim pra conseguir ir até o fim.




Katarina.Calixto 21/12/2020

Precisamos falar sobre esse livro
Eva não desejava a maternidade, mas teve um filho porque era o sonho do seu marido.

Para quem gosta de histórias cujo o desfecho se dá por meio do raciocínio, esse livro é perfeito. Os fatos são fatos, Kevin tomou uma atitude drástica. Agora, a motivação por trás desses fatos é o enigma. Divide opiniões. A história é contada pelo ponto de vista de Eva, que tenta o tempo todo entender o que levou o filho aquela situação. É um livro extremamente detalhado, e é preciso prestar muita atenção aos detalhes, a conclusão é individual, existem 4 principais teorias sobre Kevin:

Kevin desejava tanto o amor da mãe que tirou tudo dela, para que ela tivesse só ele.

Ele sofreu rejeição e isso o levou a se tornar uma pessoa fria e sem empatia.

Ela o via de uma maneira mais cruel do que ele realmente era, e devido a sua criação, ele resolveu assumir aquele papel imposto a ele, por ela.

Ele realmente era um psicopata e ela sentia isso desde que estava grávida.

gvnnrs 21/12/2020minha estante
QUERO MT LEEEER


Gustavo Rodrigues 21/12/2020minha estante
Vou começar esse livro amanhã!! Já tô enrolando pra iniciar faz um tempinho


Katarina.Calixto 21/12/2020minha estante
Leiam, é grandinho, mas vale a pena demaissssss




Leo freire 11/05/2017

Precisamos falar sobre kevim
Uma história forte, assustadora, emocionante e bela. Com uma escrita um pouco cansativa esse livro me fez refletir sobre o amor maternal. De início até senti um pouco de raiva de Eva fui aos pouco me apaixonando por ela e entendo q realmente ela amava seu filho, de uma forma estramha, mas ela o amava e foi a única q ficou de fato do seu lado.
Esdras 11/05/2017minha estante
Eu amo esse livro. Um dos meus favoritos. É muito perturbador.


Leo freire 11/05/2017minha estante
Achei o livro ótimo,mas a escrita bem cansativa.


Gabriella453 11/05/2017minha estante
Amo esse livro




Claudia Cordeiro 17/05/2016

Difícil diferenciar um livro dos seus personagens. Não gostei da mãe do Kevin, ponto. Talvez porque minha atitude teria sido muito diferente, muito antes. E ela ainda VISITA a porcaria do filho, na cadeia! que vai sair em pouco tempo, diga-se de passagem! Eu até entenderia isso SE ele não tivesse matado uma pessoa que para ela, deveria ter sido imperdoável.
O marido, uma tranqueira que tapou o sol com a peneira o tempo todo. Devia ter sofrido mais.
Mas o livro é excelente!!! MUITO melhor que o filme, que me deu sono.
Simone de Cássia 18/05/2016minha estante
Também fiquei "besta" com a passividade dos pais... por isso o mundo tá de cabeça pra baixo... rs rs


Claudia Cordeiro 18/05/2016minha estante
É por aí mesmo!!! Tb acho. E a sociedade no geral é leniente demais. Psicopatas deveriam.... melhor não falar, rssssss


Leo Lee 20/05/2016minha estante
O problema, Claudia, é que muitos pais são exatamente como os personagens, a linha entre a realidade e a ficção, aqui nesse livro, é muito tênue. Além disso sinto que as mulheres ainda são muito subjugadas do mesmo modo que Eva foi durante o livro todo. Senti as mazelas de Eva e ela me cativou muito, principalmente na cena de entrevista no presidio, que pra mim foi emblemática.




Thainá - @osonharliterario 20/06/2017

Precisamos falar sobre o Kevin e também sobre a Eva
Kevin é um adolescente que está prestes a completar 16 anos, porém, três dias antes de seu aniversário ele decide matar oito colegas de classe, uma professora e um funcionário da escola. Após ser preso por esse ato, a sua mãe Eva Khatchadourian através de uma narrativa em primeira pessoa nos conta sobre a vida e convivência da sua família, desde a sua decisão em ser mãe pela primeira vez até o momento em que seu filho mais velho ficou conhecido como um sociopata.

Eva nunca quis ser mãe. Dona de uma empresa especializada em folhetos que buscavam divulgar os restaurantes e as hospedagens mais baratas ao redor do mundo, Eva era quem viajava para todos os países atrás de informações para o seu trabalho. Suas viagens pelo mundo e o marido Franklin eram o que havia de mais importante em sua vida, e só isso bastava para se sentir completa e feliz.

Porém, Franklin queria ser pai, e imaginava que com um filho em casa faria com que Eva desistisse de suas viagens e se dedicasse exclusivamente a família. Mesmo depois de muito relutar, ela acaba por concordar com a ideia de ser mãe e imagina que isso fará com que o marido não a abandone nunca, então fica grávida de seu primogênito, o complicado Kevin.

Kevin desde pequeno nunca se relacionou bem com a mãe, ao contrário de sua relação com o pai que sempre foi carinhosa e calorosa. Os dois não suportavam a presença um do outro e quase nunca conseguiam ter uma conversa onde Kevin não rebaixasse a mãe ou destorcesse suas palavras. Era como se Kevin pressentisse desde quando estava na barriga de que não era bem vindo para Eva. A relação entre mãe e filho ficava mais conturbada ao passo de que o menino ia crescendo e se tornando quase um homem.

Uma história que divide tantas opiniões sobre a mente psicótica do Kevin, que acabei me enchendo de teorias. Será mesmo que o Kevin já nasceu com uma mente sociopata ou será que a mãe dele é a principal razão para isso? Seu pensamento psicopata resultou de uma mãe fria, desatenciosa e que dizia para ele desde que estava na barriga de que ele não era bem vindo por ela?

A história é pesada, lenta e bastante descritiva. Se você já é mãe, vai sentir ainda mais o impacto das palavras de Eva, e digo isso de uma forma não tão positiva.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras

site: http://sonhandoatravesdepalavras.blogspot.com.br/2017/06/resenha-precisamos-falar-sobre-o-kevin.html
Daya 22/06/2017minha estante
Esse livro é muito bom e por falar nele, até o filme é!


Thainá - @osonharliterario 24/06/2017minha estante
Sim, ambos são. Mas, o livro tem detalhes muito importantes que não exploraram no filme, trazendo até uma carta emotiva maior, na minha opinião.


Thainá - @osonharliterario 24/06/2017minha estante
Carga*




l ewald 31/08/2010

Minha conclusão
Acho mesmo que Kevin era apaixonado pela mãe. Acho que ele implicava com ela pra ter alguma relação fixa com ela, já que ele sabia que ela o detestava, e detestava como seu casamento estava acabando. Então ele criou essa ligação de implicância, de testar limites com ela, nem que para ter algo pra conversar com; mesmo que críticas e etc. E como disseram antes, ele tirou de seu caminho as pessoas que ela mais gostava, e que obviamente estavam a frente dele em questão de amor familiar. E depois, quando ele é preso, ele prega uma foto da mãe dele na parede de sua cela, que se não me engano, ela pensou ter perdido essa foto quando se mudaram para a casa nova. Então no final, Kevin cansa da postura apática e confessa estar com medo, e finalmente mostra pra mãe que se importa com ela. E como Eva imaginava o contrário, ela também o ama.
Bom.. é o que eu tirei de conclusão.
Nívia 29/12/2010minha estante
Concordo totalmente com você. Também acho que ele amava muito a mãe (embora de uma forma doentia), e esse é o porquê de tudo.


CLEUSA 23/03/2011minha estante
Não é muito legal contar o final do livro, linda.


Helder 08/02/2012minha estante
Infelizmente sua conclusão é cheia de spoilers e pode cortar o barato de quem perder tempo lendo esta resenha.




Wanessa Rastoldo 22/08/2020

Uau. Esse é um livro ligeiramente pesado, mas, que aborda temas além de Kevin, mas sim de maternidade e família.

A história conta sobre Kevin, um adolescente de 15 anos, que no dia 8 de abril de 1999 entra no seu colégio e faz um massacre. A história é contada em forma de cartas, de sua mãe para o seu ex marido. Confesso que achei o começo bem lento e demorei muito a me aprofundar na leitura, mas, após a página 100 o livro pega um ritmo muito bom, onde é impossível não ler.

Nas cartas, Eva, relata toda a sua vida antes e depois de Kevin. Contando todo o processo, até chegar então no fatídico dia.

É uma leitura pesada e densa. O final não deixa a desejar, as cenas finais são de deixar aperto, susto e tristeza. Não recomendo a todos, mas é uma leitura importante.
carmesiabooks 23/02/2021minha estante
Amiga, é thriller?


Borboletário 19/04/2021minha estante
Também queria saber


Wanessa Rastoldo 19/04/2021minha estante
não e thriller não!




1624 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR