Papéis Avulsos

Papéis Avulsos Machado de Assis
Machado de Assis
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Resenhas - Papéis Avulsos


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Patrick 20/11/2019

A psicologia em Machado
Lembro de um conto dele, não recordo o nome, em que ele escreve sobre um homem que se comprazia com o sofrimento alheio, e lembro de como o seu personagem me chamara a atenção. Aqui, em Papéis Avulsos, o conto Verba Testamentária, é uma descrição excelente de um sujeito narcisista, distúrbio que me interessa muito e creio ser muito importante - devia haver muitos à epóca dele - um sujeito que despede o próprio cozinheiro em razão de uma excelência na arte culinária que, aos seus olhos, obscura-lhe a sua imagem. Não conheço muito de Machado pra falar mais sobre ele, mas em se tratando de narcisismo, Verba Testamentária e Nuit #1 da Anne Èmond servem como ótimas introduções não-didáticas ao tema,
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claudio 19/07/2019

Que Tal um filme ou uma Peça de Teatro.
Estre livro demonstra que se tais contos fossem convertidos em filme ou peça de teatro a compreensão de alunos 2º grau seria muitíssimo mais fácil e prazerosa. Pois a limitação esta na gramática antiga e no contexto histórico ,também bem antigo, se alguém conseguisse preservar tais coisa, porém dando uma abordagem nova que conseguisse fazer as pessoas hoje intenderem seria maravilhoso. Atenção pessoas das artes!
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Blonde Venus 15/06/2019

Contos incríveis, sendo o destaque O Alienista, mas gostei também do conto Chinela Turca (acho que se chama assim).
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Angell 07/03/2019

Quer enriquecer vocabulário? Leia os clássicos!
Não há palavras que podem expressar a riqueza de se ler um clássico como esse... É algo que falta nos livros atuais...(ou eu tbm esteja escolhendo livros mais "fáceis") Mas Machado é mestre na arte das palavras e as entrelinhas e a ironia são alguns dos fatores que me fazem querer ler mais desse autor atemporal. O Alienista é meu favorito... Eu sempre ficava fazendo correlações com meu dia a dia...pois... O que é A Verdade, senão para si mesmo? Esses relativismo às vezes me encanta... E às vezes me entristecem (haha) mas se tudo fosse como 1+1=2 a vida seria muito sem graça...
Xii..filosofei agora... Vou parando por aqui pra não estragar mais!
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Leila de Carvalho e Gonçalves 22/07/2018

A Contradicao Entre Ser E Parecer
Lançado em 1882, esse é o terceiro livro de contos de Machado de Assis. Escrito na mesma época de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", ele já pertence a fase realista do autor e apresenta boas histórias que revelam um nítido aperfeiçoamento da linguagem.

Apesar de nomeadas "avulsas", essas narrativas apresentam um ponto em comum: "a contradição entre ser e parecer, entre a máscara e o desejo, entre a vida pública e os impulsos obscuros da vida interior, desembocando sempre na fatal capitulação do sujeito à aparência dominante".

Fazem parte da lista: "O Alienista", "Teoria do Medalhão", "A Chinela Turca", "Na Arca", "D. Benedita", "O Segredo do Bonzo", "O Anel de Policrates", "O Empréstimo", "A Sereníssima República" "O Espelho", "Uma visita de Alcebiades" e "Verba Testamentária".

Sem dúvida, o conto mais conhecido é "O Alienista", uma sátira a arrogância da medicina e que, paralelamente, também traça uma interessante análise do poder e de seus mecanismos psicológicos e sociais.

Porém, as demais narrativas também merecem atenção e tomo a liberdade de citar duas entre minhas preferidas: "O Empréstimo", uma anedota que retrata duas personagens com visões distintas a respeito do dinheiro, e "Uma Visita de Alcebiades", narrada em forma epistolar, revela como o famoso general grego "apareceu" na casa de um chefe de polícia...

Boa leitura!
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Daniel 23/03/2018

Histórias não tão avulsas

O talento literário de Machado de Assis dispensa apresentações. Nesta coletânea Papéis Avulsos, ele mais uma vez se mostra um mestre do conto, sintetizando através de narrativas curtas e minuciosamente construídas, com personagens peculiares e fascinantes, os mais diversos aspectos da natureza humana.
No conto/novela O Alienista, um dos mais célebres da obra, Machado tece uma crítica mordaz e bem humorada ao cientificismo predominante no final do século XIX, baseado nas crenças do postivismo e numa suposta "superioridade da ciência" sobre os valores humanos. O texto ainda reflete sobre o aspecto tênue da loucura, levando à questão central: quem são os verdadeiros loucos, os outros ou nós mesmos? Seria a loucura uma construção social, uma mera questão de ponto de vista? É essa a premissa que enreda a história de Simão Bacamarte e sua tentativa de construir um hospício, a Casa Verde, na pequena vila de Itaguai, e as consequências inesperadas (e hilarias) que esse ato traz para o lugar.

Outros contos, como Teoria do Medalhão, O Segredo do Bonzo e Na Arca, retratam a ganância humana, a facilidade de se subir na vida sem qualquer mérito em uma sociedade de aparências e a capacidade que os charlatães e falsos oradores possuem de enganar as massas, manobrando - as ao seu bel - prazer. Em A Serenissima República, o processo eleitoral da "república das aranhas" serve de crítica à corrupção e aos desmandos dos poderosos. Em O Espelho, apresenta uma interessante teoria sobre a alma humana e em Verba Testamentaria, demonstra até que ponto pode ir a inveja e egoísmo dos seres humanos.

Machado mostra-se, tal como o protagonista de O Alienista, um verdadeiro cientista da alma humana, procurando desvendar artisticamente todos os meandros da sociedade que o cerca e que prevalece até os nossos dias.
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Luciano Rosa 20/03/2018

Irônico e indispensável
É um livro que reúne contos imprescindíveis para compreender outras obras machadianas.
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Trisha 28/08/2017

Papéis Avulsos - Machado de Assis
Pessoas eu li e amei, "Papéis Avulsos", o terceiro livro em ordem cronológica lançado em 1882 de Machado de Assis, é um verdadeiro encanto. Em cada um dos contos, podemos nos apaixonar ainda mais pelo autor e sua escrita....

site: http://wp.me/p6weKF-kC
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Elvis Pinheiro 29/07/2017

Um livro fantástico
Todos os contos são temperados pelo realismo fantástico. São impressionantes, engraçados e bastante refexivos e filosóficos. De uma crítica sagaz à politica e de um ceticismo aplicado à própria ciência. Vale ler todos os seus contos.

A edição que li não é das melhores, possui erros e tem péssima diagramação. Foi o que achei num sebo, mas espero depois encontrar outra melhor publicação.
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Wilton 16/04/2016

Pequenas grandes histórias
O conto, como sabemos, é uma narrativa curta. Impressionante, como num pequeno espaço, Machado de Assis consegue transmitir tanta ação, tantas personagens heterogêneas, tanta emoção. Usa uma linguagem culta sem ser afetada; fala de assuntos de sua época de uma forma que eles despertam a atenção do leitor mais de um século depois. A psicologia sob a sua pena não é uma matéria espinhosa, mas verdadeiramente uma ciência humana.
Aninha 16/04/2016minha estante
Machado de Assis é mestre. Tb adoro esse autor!


Wilton 16/04/2016minha estante
Como diria o sambista: Quem não gosta de Machado de Assis, bom leitor não é!!!


Aninha 16/04/2016minha estante
Concordo! ^^


Jailson 29/07/2017minha estante
Machado de Assis é GÊNIO!




Ana Beatriz 09/11/2014

Papéis Avulsos
Mais um livro de vestibular, vamos lá.

Em Papéis Avulsos, Machado de Assis reúne doze contos publicados originalmente na empresa carioca.

O livro possui momentos antológicos da curta ficção brasileira.

Para quem já leu Machado de Assis antes e gosta de seus livros, leia este.

site: ultragirlandstuffblr.tumblr.com
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Valério 27/02/2012

Bons contos
Bons contos. Uns melhores que os outros. Por uns, nota 5. Mas alguns puxam a nota para baixo. Na média, nota 4. Gosto mais dos contos de Gabriel Garcia Marquez, em "Doze contos peregrinos. Ou dos contos de Nelson Rodrigues, de "A vida como ela é". Ou ainda de Nelson Motta, na coletânea "Força Estranha". Vale a leitura, sem dúvida alguma.
O estilo de Machado de Assis é próprio e deve-se o mérito de ser um dos precursores da leitura de nível brasileira.
Mas estes não são, definitivamente, seus melhores trabalhos. Ainda que não sejam ruins.
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Monnie 09/09/2011

Bonzinho.
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Gláucia 30/04/2011

Papéis Avulsos - Machado de Assis
Esse livro reúne alguns de meus contos machadianos preferidos, como por exemplo O Alienista, A Chinela Turca, O Empréstimo, O Espelho, entre outras.
Tenho a edição da Garnier, minha preferida, mas pretendo adquirir a recente da Penguin/Companhia das Letras, enriquecida por extras que ressaltam o valor da obra.
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Anica 19/02/2011

Papéis Avulsos (Machado de Assis)
O Machado de Assis contista sempre se apresentou aos poucos para mim. Fora a coletânea Contos Fluminenses, não lembro de ter buscado outras coletâneas, mas os contos de forma avulsa mesmo. Sem nem pensar duas vezes penso em A Igreja do Diabo, Missa do Galo e outros textos que mostram que quando o assunto era prosa, Machado de Assis sabia muito bem o que estava fazendo. E justamente por isso quis conferir a edição de Papéis Avulsos que saiu pela Penguin & Companhia das Letras: mesmo que já conhecesse alguns contos, sabia que seria um prazer reler.

Minha grande surpresa é que mesmo as releituras viraram novas leituras. Porque o trabalho com as notas de Hélio Guimarães (professor de Literatura Brasileira na USP) tornou textos já conhecidos como O Alienista e O Espelho algo completamente diferente, ampliando a noção do Rio de Janeiro e do Brasil de Machado e, mais do que isso, mostrando a pluralidade de referências do escritor, que citava autores então modernos como Allan Poe e Longfellow, além dos clássicos.

Além das notas de Hélio Guimarães, esta nova edição de Papéis Avulsos ainda conta com um brilhante prefácio de John Gledson (Doutor pela Universidade de Princeton), notas de Machado de Assis sobre seus contos, Preâmbulo a “Na arca”, cronologia e uma lista de sugestão de leituras relacionadas. Nos mesmos moldes da edição de O Amante de Lady Chatterley, é o equivalente a um DVD recheado de extras, que enriquecem infinitamente a leitura.

E sim, tem a capa laranja linda no padrão da Penguin na década de 30.

Ok, falamos sobre os extras, vamos ao texto. Nesta edição, os contos estão em ordem cronológica, de acordo com as datas em que foram publicados em revistase jornais para os quais Machado escrevia. É curioso saber que alguns deles o escritor acabou optando por assinar com um pseudônimo (caso de A chinela turca e A arca).

Papéis Avulsos vem cheio daquele Machado que nossos professores não cansavam de repetir no cursinho, a ironia no máximo e aquelas interrupções para conversar com o leitor, por exemplo. Mas o que mais chama a atenção nestes 12 contos que fazem parte da coletânea é como muitos deles ainda são atuais, mesmo quando se situam tão bem no Rio de Janeiro do século XIX. O leitor vê um espaço dominado por casas iluminadas por velas, personagens seguindo uma rotina que hoje em dia já não existe. Mas o interior do texto não envelheceu nem um ano sequer.

O destaque de Papéis Avulsos é sem sombra de dúvidas O Alienista, que muitas pessoas discutem tratar-se de uma novela e não um conto, mas para essa discussão gosto do que fala Machado já na Advertência que abre o livro: “Direi somente que se há aqui páginas que parecem meros contos, e outras que não o são, defendo-me das segundas com dizer que os leitores das outras podem achar nelas algum interesse (…)“. Algum interesse é uma forma até modesta de falar dessa genial história que a todo momento levanta a questão da loucura, do que é ser louco e o que é o normal. Dr. Simão Bacamarte está sem dúvida na galeria das grandes personagens da literatura brasileira.

Ainda sobre a atualidade do texto de Machado, temos o ótimo A Teoria do Medalhão, com a conversa de pai para filho mais irônica que lembro de ter lido. Os conselhos do pai causam graça porque muito do que é dito ali se encaixa no que se vê nos dias atuais. São pequenos detalhes e passagens, características de personagens que dão esse tom, como também se pode ver em A sereníssima república.

Outro conto que chama a atenção é Na Arca, que Machado escreve como se fosse um trecho retirado da Bíblia (três capítulos inéditos do Gênesis). Fico pensando na coragem do escritor de publicar algo envolvendo personagens bíblicos naqueles tempos – já que mesmo nos dias de hoje envolver religião mesmo que como alegoria ainda possa causar dores de cabeças para autores. E o melhor é que o texto é engraçadíssimo, e muito bom.

Na realidade, toda a coletânea apresenta textos de bons para excelentes. Alguns podem passar meio batido em uma primeira leitura, como D. Benedita, mas aí a questão das notas acabam melhorando a leitura. Valeu a pena reler alguns e conhecer outros, ainda mais com todo esse cuidado desta nova edição. Foi quase como reencontrar um velho amigo depois de anos, e ver o quanto ele melhorou com o passar do tempo.
Geisa 28/06/2011minha estante
Também já li os contos separados através do site Domínio Público. comprei a edição da Penguin justamente pelos extras: notas, prefácio e a capa inconfundível, marca registrada do selo.

Sua resenha está ótima.


Anica 28/06/2011minha estante
Obrigada, Geisa ^^


Vinnie 03/02/2012minha estante
Sua resenha fez justiça a esse que é o Saergent Pepper's da literatura curta nacional. Jesus, que livro!


Sara Melo 06/03/2016minha estante
Estava em dúvida se comprava ou não a edição. Sua crítica foi definitiva na minha escolha de comprá-la. Obrigada. :D




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