Resenhas - V de Vingança

Flavia.Santana 01/04/2021

V de Vingança Alan Moore e David Loyde
(08/2021)

Como se apaixonar por um vilão anarquista em apenas 2 segundos?
Lendo V de Vingança.
Não tenho experiência com quadrinhos, sinto, até mesmo, dificuldades com a leitura.
Já amo V há algum tempo, o conheci através do filme e no meu aniversário fui presenteada com essa HQ maravilhosa. Se eu gostei? Não! Eu amei!
A genialidade de Moore e Loyde é tanta. Juntam partes de um quadrinho que foi deixado de lado e poderia até mesmo ter acabado com a carreira de Alan com a necessidade de um trabalho novo que David estava desenvolvendo em 1982. O que faz desse trabalho algo genial? O trabalho conjunto, o ouvir o outro e saber interpretar, criar mas deixar espaço para que o outro também possa somar sua criatividade ao trabalho. A quantidade e qualidade das referências utilizadas por eles é de cair o queixo. Começando com a máscara vinda de Guy Fowkes que tentou explodir o parlamento britânico e acabou sendo enforcado, passando pelos livros Fahreinheit 451 e País de Outubro de Ray Bradbury já dá pra começar a se ter uma idéia.
A história se passa num futuro distópico, localizado na Inglaterra pós guerra que é comandada por um regime autoritário e fascista onde gays, negros e qualquer pessoa que fosse fora do padrão ou contra as ideias do governo seria oprimido, torturado e até mesmo morto. É nesse cenário que aparece nosso mascarado V, um rapaz que não tem só um rosto mas sim uma ideia.
V vive em um país que sofreu muito com a guerra e acreditou que entregando a sua liberdade nas mãos dos governantes viveriam melhor. O resultado disso foram assassinatos, violência, desigualdade social e opressão para com o povo. Como um "bom" regime ditatorial, foram feitos experimentos em pessoas e dessas pessoas somente o nosso mascarado sobreviveu.
V se veste de vingança e anarquismo para derrubar o sistema e deixar um mundo melhor para seus compatriotas. Sabe que para isso precisa fazer muita bagunça e é o que faz. Essa bagunça é prazerosa demais, ver cada um dos vilões caindo e ir descobrindo o que cada um fez chega a ser divertido.
A história nos apresenta também Evey, uma jovem orfã que tem que se virar para viver num país sem liberdades. V a salva de ser estuprada pelo Homens-Dedo e acaba por ter uma relação muito bonita com ela, levando ensinamentos necessários e passando sua ideia adiante.
Assim como me apaixonei pelo filme, o mesmo se deu ao livro. Choca ao colocar a história de V sendo comparada com nossos dias atuais mas nos ensina que não podemos aceitar jamais que um governo tome nossas liberdades. A luta continua.

Jenny_Ant 31/03/2021

Amor Eterno Amor
Eu não tenho palavras para descrever esse quadrinho! Meu amor por V de Vingança começou quando assisti ao filme e descobri tempos depois que provinha de uma história em quadrinho. Sonhava em compra-lo mas sempre estava muito caro até que ganhei de presente, chorei de emoção e devorei a história em 2 dias. O filme é bem fiel ao quadrinho, mas devido a complexidade da história alguns personagens da trama foram cortados (no filme) e outros tiveram suas participações mudadas o que não altera a qualidade e genialidade da história!
Todo esse universo de superação, destruição do sistema político, revolução e um plano brilhante, me encanta profundamente. A história é bem construída, com várias reviravoltas e conspirações, vale a pena cada página!
Vou ler de novo várias vezes! ??

orul82 29/03/2021

Eu fui com expectativas altas demais, e no final elas não foram supridas do jeito que eu gostaria. Ainda assim é uma puta de uma história por isso vale a nota que dei, tanto os temas políticos, os sociais, as referências artísticas e históricas estão no ponto.

Acho que todos deveriam ler, por agregar e falar muito sobre a sociedade atual (como muitos clássicos fazem), as ideologias e corrupções do ser humano que está sempre fadado a esse looping de erros e que sempre vêm com justiceiros.

Inglaterra triunfa.

Aline Araujo 27/03/2021

Como começar?
Primeiro preciso dizer que estou sofrendo porque terminei a leitura e não quero me despedir dela..
Que obra incrível, pessoas! Que obra incrível! Eu definitivamente deveria ter lido antes. Não sei se alguém classifica diferente de distopia, uma das melhores coisas foram as referências à obra do Orwell. Alan Moore e David Lloyd colocaram todas as referências de uma maneira incrível, criaram um legado na história de V, na história dos quadrinhos e na história da humanidade (nota-se pela máscara).
Então lembrem, lembrem do cinco de novembro.

Ogaiht 25/03/2021

Uma História que Permanece Bem Atual
V de Vingança é sem dúvida uma das melhores graphic novels já feitas na história. Apesar de ter sido escrita nos 80, sua estória ecoa até hoje. Temas como o preço da liberdade e extremismo ideológico nos fazem refletir sobre o presente momento, fazendo está estória mais atual do que na própria época de seu lançamento. Alan Moore é um dos grandes nomes dos quadrinhos e nos entrega uma grande narrativa. E mesmo para aqueles que já viram o filme, vale a pena ler este trabalho, pois a graphic novel é bem mais pesada e detalhada e há mudanças significativas comparadas à versão cinematográfica.

Adriano 22/03/2021

Ainda que eu tenha sido menos impactado do que o esperado, ler depois de tanto tempo uma obra tão icônica, foi uma experiência muito mais que interessante. Pouco em razão da trama em si, mas bem mais pelos textos do próprio Alan Moore sobre sua criação em parceria com David Lloyd, onde vemos trechos onde, por exemplo, ele reflete sua ingenuidade política à época, ao acreditar que seria necessário algo como um conflito nuclear para inserir um país como a Inglaterra em um cenário fascista.
Fica claro também como uma HQ como essa só poderia surgir de uma parceria envolvendo dois nomes gigantescos como os de Moore e Lloyd.
No entanto, confesso ter terminado essa leitura com um sentimento estranho, ao pensar no esvaziamento sofrido por um símbolo tão poderoso como a figura de V e sua marcante máscara. Ao lembrar que a mesma chegou a ser utilizada em nosso país, de maneira totalmente deturpada, em protestos de trágicas conclusões, é difícil não ficar triste.

Bê! 18/03/2021

Brabo
Sou por fora do mundo dos quadrinhos de maneira geral. Foi minha primeira leitura do Alan Moore e fiquei muito engajada a ler mais do trabalho dele. Já tinha visto o filme mas a experiência é outra quando você lê, né. Brabo demais.

Senhora King 13/03/2021

Lembrem, lembrem o cinco de novembro.
Que HQ incrível, eu não tenho nem palavras pra descrever essa obra.
Nem sou boa com as palavras.
Mas o que posso dizer é que não me arrependo de ter gasto o valor que gastei. Eu já adorava o filme e o livro só me fez ainda mais amar essa obra.
Simplesmente recomendo a todos essa leitura incrível, com uma leitura rica em vocabulário e enigmas.

Fernando.Francisco 13/03/2021

Crítica embrulhada em um "Herói"
Sim existe o filmaço, uma obra de arte sem dúvida. Mas consuma antes aqui nessa fonte, aonde o autor destilou suas críticas a sociedade, política e principalmente os limites que avançamos com a desculpa de alcançar o bem estar do todo. Vá de cabeça aberta para temas pesados, e tente visualizar o que está além do obvio, todos usamos máscaras, seja em nossa realidade mas principalmente nessa distopia assustadoramente realista.
Pra quem quer apenas curtir superficialmente, segue aí um anti herói conceitualmente muito legal!

Ricardo.Rincon 22/02/2021

Essencial
Para todos aqueles que se importam com leitura ou que tem um mínimo de Interesse pela leitura essa história em quadrinhos e essencial para todos.

Wagner 21/02/2021

Bom demais
A luta pela liberdade em uma sociedade pos apocalíptica totalitária e fascista. Um guerreiro anarquista lutando contra um regime inteiro.

@debee 21/02/2021

Relembrem o 5 de novembro!

Esse quadrinho é perfeito. Três tomos que inquietam a gente a pensar e sair da caixinha.

Vitória 19/02/2021

Citações favoritas
"Lembrem, lembrem do cinco de novembro. Que traição, que artimanha. Por isso, não há por que esquecer uma traição tamanha." - V (Pág. 11)

Todo mundo é especial, sem exceção. Todo mundo é herói, amante, tolo, vilão. Todos têm uma história para contar. - V (Pág. 23)

Eles se esqueceram dos dramas. Abandonaram os roteiros quando o mundo cintilou sob os clarões dos holofones nucleares. Eu vou fazer com que se lembrem do drama, dos romances, das tramas policiais. Como vê, Evey, o mundo é um palco, tudo o mais é Vaudeville. - V (Pág. 28)

O barulho é relativo ao silêncio que o precede. Quanto mais absoluta a quietude, mais devastadoras as palmas. Nossos governantes não ouvem a voz do povo há gerações, Evey... E ela é muito mais alta do que eles se recordam. (Pág. 189)

Você pretendia me matar? Não há carne ou sangue dentro deste manto para morrerem. Há apenas uma ideia. Ideias são à prova de balas. - V (Pág. 231)

Vanessa 17/02/2021

V de Vingança
Esse foi meu primeiro contato com o autor e acabei tendo uma experiência muito boa.

Os quadrinhos têm um traço bonito e detalhista, quanto ao conteúdo, a obra também não falhou, trouxe muitas reflexões interessantes que vão além da ficção.

O único defeito, na minha opinião, foi que a todo momento eram introduzidos novos personagens e isso me deixou meio perdida em algumas situações.

Mas, ainda sim, gostei bastante e indico.

Kai 11/02/2021

Li sem assistir o filme, mas acabei ficando tão curiosa que terminei de ler e logo assisti, sabia que era um filme aclamado, mas senti uma diferença principalmente em como é demonstrada a passagem de tempo. Apesar de o filme ser relativamente grande parece que passou tudo corrido. Aqui a gente tem até o crescimento do cabelo da personagem durante o ano. Também senti falta da cena da queima de bonecas. E da cena em Auschwitz 2.0. Também de cenas como V dançando com a Evey, mas entendo que cada obra tem seu grande destaque, ressalva que seria lindo ver mais uma produção hoje em dia.
A mensagem por trás, de que as pessoas morrem mas uma ideia não, é uma das mais lindas de tudo que eu já li. É triste, e aplicada na realidade pode ser ainda mais triste, mas é real e é fato, é o que é, e eu sinto isso, como resistência.
A destruição que V propõe aí é uma questão de perspectiva, há pessoas que amam pagar o sofrimento de suas vidas com a mesma moeda, e também há pessoas que preferem não se tornar o que te machucou. Eu não sei nesse caso quem eu seria, mas ao mesmo tempo que eu gosto mais da ?paz? no geral, eu consigo defender V.
Como a primeira HQ lida na vida sem ser uma ?turma da mônica? (incrível por sinal) estou bem satisfeita, projeto gráfico lindinho, mensagem perfeita e leitura rápida. Estou animada pra ter mais contato com esse gênero.