Branca de Neve Tem Que Morrer

Branca de Neve Tem Que Morrer Nele Neuhaus




Resenhas - Branca de Neve Tem Que Morrer


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Psychobooks 07/03/2013

Classificado como 4,5 estrelas



Eu já passei há muito da fase de thriller policial, confesso. Teve uma época em que era viciada em tudo o que Michael Connelly escrevia. Li todos os seus livros. Já li também Agatha Christie. Mas passou. Chega um momento que ficamos tão viciados nesse tipo de leitura que basta um pequeno espirro do autor para já percebermos quem é o assassino e a graça do livro acabar. Com "Branca de Neve tem que morrer" algo diferente aconteceu. Me envolvi como não me envolvia há muito tempo. Discorrerei.

Numa pequena cidade da Alemanha, repleta de segredos, é encontrada uma ossada em um tanque de combustível vazio em um aeródromo militar abandonado. Ao mesmo tempo, volta à cidade Tobias Sartorius. Ele foi condenado à prisão há 11 anos por ter assassinado duas ex-namoradas. Tobias teve um blecaute causado por ingestão de bebida alcoólica na época e não consegue se lembrar de 2 horas da noite fatídica. Ele pagou sua pena sem ao menos saber se foi realmente o assassino das duas moças. Ao voltar à cidade, encontra seu pai em uma situação deplorável, tratado como um pária e sua mãe sofre uma tentativa de assassinato no mesmo dia em que ele retorna pra casa.

Já o início da premissa é de tirar o fôlego. O fato de não sabermos se Tobias é ou não o assassino já dá o tom para a toda a narrativa. As possibilidades abertas dentro do enredo, como a ossada, a tentativa de assassinato de sua mãe e vários outros fatos que vão se desenrolando, dão o toque de suspense à história e são a causa das dúvidas que permeiam todo o texto.

A narrativa é em terceira pessoa, e morram comigo, não acompanha apenas a visão de um personagem, mas sim de todos os envolvidos na história, o que abre enormes possibilidades na trama e nos deixa na maior dúvida sobre o possível assassino, já que todos na pequena cidade parecem ter um motivo sólido para cometer assassinato.

Todos os personagens são bem-construídos. Acompanhamos todo seu crescimento na narrativa e suas facetas vão sendo reveladas com parcimônia pela autora, então, uma possível característica boa apresentada de início, pode muito bem se virar contra o personagem algumas páginas mais à frente, e essa é toda a graça do enredo. A forma como Nele Neuhaus brinca com seus personagens e fica constantemente nos jogando de um lado pro outro é o grande atrativo de seu texto.

Vou ter que falar sobre um personagem que me conquistou completamente: Thies Terlinden. A autora escolheu criar um protagonista (sim, ele brilha no enredo todo) autista. De início ela não deixa claro o que Thies tem, mas vai apresentando aos poucos, conforme sua participação no enredo aumenta. Sempre tenho medo quando algum autor insere um personagem autista, com receio de que suas características caiam na estereotipia e a caracterização fique forçada. Nele Neuhaus teve muito cuidado com isso, em nenhum momento as características dele ficam forçadas. Thies convence do início ao fim, sendo fiel às características da Síndrome de Asperger (é uma síndrome que se encontra dentro do espectro do autismo) e desenvolvendo bem seus traumas vividos dentro dela. Ele é simplesmente espetacular.

A pitada de passado indo ao encontro do futuro chega na forma de uma garçonete de 17 anos. Amelie é curiosa, excêntrica e a pimenta que ela dá ao enredo é ser extremamente parecida com uma das moças que foi assassinada.

Descobri no final da minha leitura que se trata do quarto livro, de uma série com 6 (até o momento). A série é sobre os casos policiais de Pia Kirchhoff e Frank Bodenstein. Há a apresentação da trama da vida pessoal dos dois personagens, mas não me senti perdida em nenhum momento, no que se refere às suas escolhas. A autora apresenta tudo tão bem e nos deixa tão ambientados, que é possível acompanhar tudo perfeitamente, mesmo sem ter lido os outros livros. O único problema é que para quem quer acompanhar a história completa dos protagonistas da série, começar lendo o quarto livro acaba tendo como consequência vários spoilers indesejados, como por exemplo o romance dos personagens e até mesmo o envolvimento e solução de um dos outros livros. Entrei em contato com a editora Jangada, mas até a publicação dessa postagem não obtive a resposta se eles irão ou não publicar o restante da série.

Quero também ressaltar o trabalho gráfico e de revisão e tradução da editora. O livro está muito bem diagramado, com detalhes como se fossem marcas de sangue em todas as páginas. A capa é supersombria, e já ambienta o leitor sobre o tipo de leitura que encontrará.

Por ser um livro traduzido do alemão, há uma estranheza no início com o nome dos locais e das pessoas, mas logo isso se dissipa e o enredo nos envolve por completo.

No geral, é uma ótima leitura, na dose certa para quem curte um bom thriller policial, bem-pautado e com as pontas bem-amarradas. Super-recomendo!

"Antes que ela pudesse terminar a pergunta, Thies desapareceu na escuridão nebulosa. Amelie olhou para ele e balançou a cabeça. Ela não estava entendendo nada do comportamento estranho do amigo. Mas era preciso aceitar Thies do jeito que ele era."
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Ket 02/03/2013

Por que a Branca de Neve tem que morrer?
Quando falo em livros, um dos meus gêneros favoritos é o romance policial, sem dúvida alguma. Adoro tramas com detetives, crimes misteriosos, FBI, serial killer e afins, então, sempre que tenho oportunidade de ler um romance deste tipo fico toda empolgada. E foi com esse entusiasmo que comecei a ler Branca de Neve tem que morrer, da escritora alemã Nele Neuhaus. Não conhecia a autora, nem o livro, mas quando peguei ele na mão, li a sinopse e vi aquela capa linda, tive a impressão que não iria me arrepender da leitura.
E não me arrependi!
Branca de Neve tem que morrer nos conta a história de um crime, um acusado e um vilarejo marcado por este crime. Onze anos antes, o jovem Tobias Sartorius, morador de Altenhain, fora acusado de matar a namorada e a ex-namorada em um acesso de fúria e sumir com seus corpos. O problema é que, apesar de todas as evidências apontarem para ele, Tobias, simplesmente não se lembrava de ter cometido tal ato! De qualquer forma, ele passou dez anos na prisão pela morte de Laura e Stephanie – esta mais conhecida na época de sua morte como “Branca de neve” – e passado este tempo, voltou para a cidade para tentar reconstruir sua vida.
O problema é que ninguém na cidade o aceita de volta e ele é totalmente crucificado pelos membros do vilarejo. A única pessoa que acredita em sua inocência é a jovem Amelie, uma garçonete, muito parecida com a antiga Branca de Neve. E é neste ponto que a história começa a prender o leitor: as pessoas agem de maneira estranha, uma ossada é encontrada e o passado começa a voltar com pistas que sugerem que Tobias, talvez, não tenha mesmo matado as garotas.
Mas se não foi ele, então quem foi?
Essa pergunta deixa o leitor louco! Fazia muito tempo que eu não lia um livro com a urgência de descobrir a verdade. A vontade que eu tinha era de entrar na história e acompanhar os detetives na investigação para provar que Tobias era inocente (será?) e que outra pessoa (ou pessoas) havia matado as garotas.
Em relação à aparência, o livro é lindo, com detalhes de gotas de sangue em todas as suas 470 páginas e uma capa sombria com um corvo devorando uma maçã apodrecida. O título do livro é extremamente chamativo, pois nos faz questionar quem é a Branca de Neve e porque ela tem que morrer. Por ser um livro traduzido do alemão, talvez o leitor encontre dificuldade com os nomes dos locais e das pessoas, mas depois de alguns capítulos nos acostumamos e entendemos as relações de parentesco e amizade e inimizade entre os personagens.
O livro faz parte de uma série de seis, mas apenas Branca de Neve tem que morrer foi publicado no Brasil, pela Editora Jangada.
Recomendo muito!!!
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Matheus 12/02/2013

Excelente suspense. A leitura é bem tranquila, uma vez que a narrativa flui com muita facilidade e os fatos são muito bem relatados e conectados pela autora - gostei do seu estilo. O mistério em que gira o enredo é muito bem pensado e bem feito - apesar de demorar para tomar forma, além disso, Neuhaus foi bem feliz na forma em que ela esconde esse suspense do leitor... Não foi fácil deduzir o final do livro. A quantidade gigantesca de personagens que aparecem no inicio do livro me incomodou um bucado no início da leitura, mas com o passar dos capítulos a história vai se afunilando e tomando formas inesperádas e é ai que tudo começa a ficar interessante. Enfim, excelente leitura.
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Moonlight Books 02/11/2012

Branca de Neve Tem Que Morrer, resenha de Cida Oliveira
Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, em http://www.moonlightbooks.net/


Intrigas, sangue e uma cidade com vários esqueletos no armário.

Tobias Sartorius cumpriu uma sentença de mais de 10 anos de prisão pelo assassinato de duas jovens, ao sair da cadeia acreditava que tivesse pago pelo crime, mas os habitantes de sua cidade natal estavam decididos a fazer com que ele pagasse por isso pelo resto de sua vida. Paralelamente a libertação do rapaz, uma ossada é encontrada em um antigo aeródromo fazendo a policia desenterrar muito mais do que um esqueleto.

Este livro não é sobre Tobias, é sobre um crime muito bem orquestrado ocorrido em uma pequena cidade alemã, lugar onde cada olhar e gesto tem um duplo sentido; uma cidade que vive como se estivesse em uma redoma, seus segredos pertencem somente aos seus habitantes, que vivem como em um mundo a parte e aos forasteiros nada é revelado.

Esta redoma será o maior obstáculo para a polícia, que ao investigar a ossada é levada diretamente ao crime de Tobias, mas parece que muita gente não deseja uma investigação mais apurada sobre este acontecimento, e a inspetora Pia e seu chefe o inspetor Bodenstein, percebem que algo mais profundo está enterrado com aqueles ossos.

Ao começar esta leitura a primeira pergunta que surge é se Tobias é culpado, ele não lembra de nada do que aconteceu na noite do crime, mas as provas apontam para ele e sem encontrarem os corpos, ele é condenado somente pelas evidências. Sua condenação teve uma base muito rasa, não havia quem pudesse testemunhar ao seu favor, porém com estes novos investigadores, uma nova visão sobre os fatos surge, e não é só a polícia, mas também o leitor, que começa a buscar a verdade.

Temos então uma história densa, com muitos personagens e fatos, não pensem que torna - se confuso, a escritora Nele Neuhaus, com extrema habilidade, vai ligando minuciosamente cada elemento apresentado e constrói algo sensacional. A cada página que virei uma nova teoria surgiu na minha mente, eu suspeitei de todos, já que motivos não faltavam, e o que parecia apenas o assassinato de duas jovens, prova ser uma rede de intrigas e interesses.

O livro ainda conta com ótimos personagens, eu achei o pai de Tobias um velhinho muito frágil e meigo, temos também a jovem Amelie, super ousada e corajosa, e praticamente uma sósia de uma das garotas desaparecidas, o que pode levar o passado a se repetir...
O destaque fica por conta dos investigadores Pia e Bodenstein, que ao pesquisar mais sobre a escritora, descobri que estão presentes em outros livros dela. Eles não são aqueles policiais perfeitos e infalíveis, são pessoas esforçadas e cheias de problemas, suas vidas pessoais são bem abordadas, e aproxima os mesmos do leitor.
Tobias é um rapaz sofrido, cheio de incertezas e que não confia mais nas pessoas, nem em si mesmo, ele reflete toda a dor e angústia que um crime causa nas pessoas envolvidas.

O livro é extenso, são quase 500 páginas, mas em momento algum senti dificuldade, a vontade de chegar ao desfecho é tanta, que li rapidinho. Narrado em terceira pessoa, dá uma ótima visão dos acontecimentos, tem uma diagramação muito boa e uma capa sombria, gente as páginas tem manchas vermelhas, como manchas de sangue.

E se me perguntarem onde está a Branca de Neve, eu respondo que em algum lugar deste livro, num descanso eterno.

Quem é fã do estilo vai amar, eu gostei mais do Harlan Coben, sério, é um livro muito bem escrito.

Recomendado.
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Ana Carolina 22/10/2012

MUITO BOM!
Apesar de ter um título com o nome de um personagem muito conhecido, a história contada nesse livro não tem nada a ver com contos de fadas e príncipes encantados.

Depois de ser condenado a 10 anos de prisão por cometer dois assassinatos, dos quais não se lembra de tê-los cometidos, Tobias Sartorius é solto e volta para sua cidade, onde todos o recebem da pior maneira possível.

Em meio à todas as especulações e mistérios que envolvem essa história, o ponto forte do livro é o suspense, os segredos que todos guardam. Com uma desenvoltura surpreendente, a escritora faz com que você não consiga parar de ler!

Em meio a tantas incógnitas, corpos encontrados, atentados, autismo e assassinato, BRANCA DE NEVE TEM QUE MORRER, é, para mim, um dos melhores livros de suspense policial já lidos.
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Aline 29/09/2012

Pura adrenalina e emoção!!!!
Primeiramente gostaria de dizer que esse foi o primeiro livro que li de uma autora alemã, e posso dizer que senti um pouco de dificuldade para me acostumar com os nomes dos lugares e dos personagens no inicio, mas depois a narrativa ficou tão intensa que esses detalhes ficaram pequenos diante do potencial de envolvimento da história.
Achei a capa muito linda e a diagramação de dentro do livro, simples mas bonita. Uma coisa interessante de ser observada é que o livro é dividido por dias (capitulos enormes por sinal), além disso toda a narrativa acontece em um mês de vida dos personagens, isso me chamou muita atenção, mas confesso só ter percebido no final do livro porque acontecem tantas coisas que você acredita que passaram meses.
Para quem gosta do estilo de escrita dos autores Harlan Coben e James Patterson, com certeza irá amar a Nele Neuhaus. Mas acredito que nesse livro a autora capricha nos detalhes e na carga emocional dos personagens bem mais que eles dois. Senti seus personagens mais próximos mais reais, enfim me envolvi muito com eles.
Esse livro conta um caso de assassinato duplo (Laura e Stefanie "Branca de Neve" devido sua aparência e seu papel na peça da escola) em uma cidade pequena chamada "Altenhain" e toda a influência desse fato na vida das pessoas que lá vivem. Um jovem é acusado de matar suas duas ex-namoradas e condenado a prisão por 10 anos.
O livro começa com ele saindo do prisão após cumprir sua pena e nós acabamos por acompanhar sua tentativa de reinserção na sociedade após esse evento. Mas coisas inesperadas começam a acontecer com os pais de Tobias Sartorius e ele começa a se perguntar se sua saida da prisão teria tido alguma influência nesses fatos; mas afinal de contas ele tinha cumprido a pena de um crime que não lembrava ter cometido por estar bebâdo no dia do ocorrido e tinha direito de recomeçar sua vida e ajudar seus pais a se reerguerem também. Mas as pessoas da cidade não estavam felizes com sua volta porque achavam um absurdo ter que conviver com um "assassino".
Nesse meio tempo o corpo de uma garota é encontrado e a policia acaba descobrindo ter relação com o crime ocorrido a 10 anos atrás. E acabam chegando ao nome de Tobias e a cidade de Altenhain. Nesse momento você sente o livro tenso e começa a desconfiar que tem algo estranho envolvendo esse crime.
"Tobias fora um rapaz notável e bonito, inteligente, esportista e de bom coração. Parecia carregar os melhores pré-requisitos para um futuro grandioso; ninguém falava mal do primeiro da classe, do campeão no esporte e do ídolo das garotas. Como deveria ficar sempre à sua sombra e, para as garotas mais bonitas, ser apenas a segunda opção? Será que a inveja e o ciúme não eram inevitáveis?". pág.154
O livro começa a nos mostrar partes do passado da cidade e vamos aos poucos juntando as pessas do quebra-cabeça.
Não posso esquecer que os policiais estão muito bem representados pelos investigadores Pia e Bodenstein. Acompanhamos também a rotina e tudo que um bom investigador precisa ter para ter sucesso no equilibrio entre a vida pessoal e profissional. Eles nem sempre conseguem, mas se esforçam muito.
Você começa a acompanhar a investigação policial e pensa que existe um complô por trás do ocorrido e fica louco para saber quem são os verdadeiro culpados.
Nesse livro é mostrado até onde as pessoas vão para conseguir o que querem e os culpados pressionam e manipulam todas as pessoas do vilarejo e "tudo por baixo do manto da generosidade." pág.363
"Em Altenhain, naquele vilarejo idílico, que ela havia considerado tão monótono e ermo, viviam monstros impiedosos e brutais, camuflados por máscaras de ingenuidade tacanha". pág.409
Uma nova jovem some e é preciso correr contra o tempo para que ela seja encontrada com vida e os verdadeiros culpados sejam encontrados. Você vibra a cada página e torce para que tudo termine bem. Eles conseguem resolver os dois casos que acabaram tendo ligação.
"A trama das mentiras havia se tornado tão densa e intricada que levou a efeitos colaterais lamentáveis". Pág.442
Amei esse livro mais que indico ele para todos que gostam do estilo.
M.M.JÚNIOR 22/03/2013minha estante
Poxa, fiquei com vontade de ler!


Nivia 08/11/2014minha estante
Adorei a resenha!!!
Consegui este livro de graça e estava procurando quem falasse dele. Você mandou super bem. Vou começar a ler.
Valeu!!!


Danielle 27/05/2016minha estante
Esse é o livro 4, tem q ler na ordem?




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