O primeiro dia

O primeiro dia Marc Levy




Resenhas - O Primeiro Dia


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Naty 17/10/2012

www.meninadabahia.com.br


- Não demore muito, para podermos passar juntos um momento,
antes que vá embora de vez. Espero que encontre o que procura.

O que tinha vindo procurar ali estava exatamente à minha frente,
mas eu precisava de um pouco mais de tempo para confessar isso.
Pág. 223


Adrian é astrônomo, Keira é arqueóloga. Tiveram um breve romance, quinze anos atrás, e por conta de um prêmio que os dois pleiteiam, acabam se reencontrando. Nesse encontro, que se segue a uma noitada de rocordações, Keira deixa para ele um estranho pedaço de um material que se assemelha a uma madeira polida, mas que é mais duro que pedra, nada é capaz de marcar esse objeto, nem mesmo diamante.

Esse estranho objeto, que ela prendeu numa corda e havia feito de pingente, é singular e guarda alguns segredos; quando uma fonte de luz potente é direcionada sobre ele, ele reflete uma cópia exata de parte do céu, céu esse de 400 milhões de anos.

Adrian fica encantado, ele nunca havia visto tamanha perfeição. Se ele conseguir descobrir esse mistério e o que exatamente esse objeto produz, poderá ser o mais novo ganhador do Prêmio Nobel, mas não é isso que lhe interessa. Ele é um cientista. Ele sempre sonhou em descobrir onde começa a aurora.

Keira sonha em descobrir o primeiro homem, trinta anos atrás achavam que as primeiras civilizações surgiram há 3 milhões de anos, mas atualmente a conta foi para 35 milhões de anos. Ela passou boa parte de sua vida pesquisando isso, e quando teve a oportunidade de ir para África e ser chefe de sua própria expedição, ela não pensou duas vezes. O pequeno objeto foi presente de um órfão, pertencente a uma das tribos que habitam o Vale do Olmo, que o havia achado na cratera de um vulcão extinto.

Quando deixa o objeto com Adrian, ele lhe faz indagar, e se o primeiro homem remontasse à exata época do céu refletido pelo objeto? E se as contas voltassem mais 385 milhões de anos?

Fascinados pela descoberta que esse objeto trará para área de cada um, partem juntos numa difícil missão. E se uma antiga lenda estiver certa? E se esse objeto for parte de um maior? E se outros pedaços estiverem escondidos nos mais inóspitos recantos da Terra e juntos refletirem com perfeição como o céu era na época em que surgiram os primeiros homens? E se esses pedaços fossem separados, convenientemente, para que a população não fosse dizimada?

Com uma escrita leve e suave, Marc Levy nos apresenta um fantástico enredo. O Primeiro Dia (Suma de Letras, R$ 34,90, 328 páginas) me lembrou um pouco dos livros de Dan Brown, mas com uma suavização exemplar. Levy tem uma escrita poética e quase lírica, sem deixar de incluir um pouco de suspense. E o mais interessante, todas as suas teorias e observações são pertinentes. Como/Quando será que existiu o instante zero, aquele que deu origem a tudo que somos hoje?

Há dias que parecem se iluminar com coisas pequenas, insignificâncias que nos deixam incrivelmente felizes; uma tarde bisbilhotando brechós, um brinquedo que surge da infância, num bazar de quinquilharias, uma mão que se agarra à nossa, o telefonema inesperado de alguém, uma palavra de ternura, o abraço de um filho, sem qualquer expectativa senão a de um pouco de carinho. Há dias que deixa a alma feliz, um raio de sol na janela, o barulho da tempestade que se ouve ainda na cama, as ruas cobertas de neve ou a chegada da primavera e seus primeiros viços.
Pág. 142
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Vivi 16/10/2012

Primeiramente preciso dizer que este é um livro 4 estrelas para mim, não por ser um livro que prende do começo ao fim, na realidade só comecei a engrenar a leitura após a página 200 e isso por si só, me faria dar no máximo 3 estrelas para um livro, mas a partir desse ponto a história pega uma ritmo tão delicioso, tão envolvente e traz um final tão desesperador! que não existe a mínima possibilidade de não cair de amores pelo livro (e graças a Deus por eu ter a continuação aqui do ladinho!).

O Primeiro Dia nos apresenta a Keira, uma arqueóloga extremamente dedicada que ama o que faz e tem um sonho ambicioso relacionado as suas pesquisas, que é encontrar o fóssil do primeiro homem (não considero spoiler pois está na contracapa do livro). Em sua estada no Vale do Omo - Etiópia, recebe de presente um estranho objeto que passa a usar como pingente, e após uma violenta tempestade de areia que destrói todas as possibilidades de pesquisa em seu sítio arqueológico, é obrigada a voltar para Europa.

Conhecemos também Adrian, astrônomo apaixonado por seu trabalho e suas pesquisas no Chile, e apesar de ele e Keira estarem em áreas totalmente avessas, tem em comum a dedicação e os sonhos ambiciosos, que no caso de Adrian é encontrar a mãe de todas as estrelas, a primeira a brilhar no céu (também não é spoiler). Um mal estar súbito obriga Adrian a abandonar seu posto de trabalho no Chile e retornar à Inglaterra.

Ambos não imaginam como seus caminhos irão se entrelaçar, nem poderiam imaginar que um antigo pingente poderia ser o motivo para que os dois unissem forças na busca de desvendar um mistério. Porém, não imaginam que a partir do momento em que uniram forças, uma antiga organização ressurgirá para impedir, ou em muitas ocasiões orientar o rumo de suas descobertas, que poderiam modificar o mundo.

Bom, acho que só consigo ir até esse ponto na história sem liberar spoilers, houve uma grande ansiedade por conta do lançamento desse livro e confesso, até terminar a leitura não havia visto nada que motivasse tamanho alvoroço. Para mim, o livro não passou de uma agradável leitura que me deixou intrigada ao final, não sei se por ter um ritmo um pouco lento para o meu gosto...

O que mais gostei foi a escrita do autor, e isso conta muito para que eu goste de um livro, não sei se por minha fase Dan Brown ter passado há muito tempo, achei as descrições um tanto quanto enfadonhas, o autor mostrou dominar (ou pelo menos ter feito um trabalho de pesquisa muito bom), a astronomia e arqueologia, além de adentrar em diversas outras ciências, lendas, etc.

Mesmo a parte onde inicia o romance propriamente dito, não me fez ter grandes reações (e olha que estou passando por uma fase chorona), o máximo que aconteceu foi no final, quando meus olhos começaram a arder levemente. Agora então vocês me perguntam por que raios eu dei 4 estrelas! O motivo foi realmente o final do livro, se Marc Levy tivesse utilizado a paixão que vi nos últimos capítulos mais vezes durante a história, com certeza seria um livro digno de entrar para meus favoritos, basta agora esperar que A Primeira Noite, supra minhas expectativas.

Somos extremamente inteligentes, um conhecimento que está sempre evoluindo e, mesmo assim, somos às vezes tão ignorantes. Pág 45

Você se acha um homem direito por ir à igreja aos domingos, depois de ter frequentado o puteiro no sábado? Pág 220

O caminho da sabedoria é difícil, se não considerarmos a grandeza do universo e nos interrogarmos com relação ao infinito. Pág 310

Perder uma pessoa que a gente amou é horrível, mas pior ainda seria não tê-la conhecido. Pág 346

Resenha: http://emporiodoslivros.blogspot.com.br/2012/10/resenha-o-primeiro-dia-marc-levy.html
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Psychobooks 15/10/2012

Classificado como 3,5 estrelas no Psychobooks

Comecei o novo livro do Marc Levy com o pé superatrás. Tinha em mente que esse seria a último chance que daria ao autor. Quando vi que era um thriller, confesso que minha crença diminuiu ainda mais: como um autor que eu não curto muito irá me convencer dentro de um gênero que não é meu preferido? Analisemos.

Tenho um sério problema com thriller de ação e suspense. A premissa que rege esse gênero é uma narrativa completamente acelerada, com o mundo acabando (ou alguém morrendo) em questão de dias – quando não são apenas horas – e com os bandidos todos CONTANDO durante todo o enredo quais serão seus passos. Há uma forçação de barra absurda! Mas ela faz parte do gênero e já vem embutida no pacote.

Daí comecei a ler “O Primeiro dia” e percebi uma calma absurdamente deliciosa na apresentação dos fatos. Marc Levy não se apressa em apresentar Keira e Adrian. Discorrerei sobre eles.

Adrian é um astrofísico que passou 3 anos no Chile e teve que voltar à Londres por conta de um mal súbito. Seu corpo volta, mas sua alma continua do deserto do Atacama e quando recebe uma oferta de Walter, um colega de trabalho na Academia de Ciências, para apresentar seu projeto em frente a uma bancada de uma fundação privada para ganhar um financiamento, ele resolve arriscar tudo pelo seu sonho.

Na outra ponta temos Keira, uma arqueóloga que passou 3 anos no Vale do Olmo, na Etiópia e que por conta de uma tempestade de areia que acabou com sua escavação, se vê obrigada a voltar à Paris. Como Adrian, ele volta em corpo, mas sua alma permanece no Vale do Olmo. Por força do destino ela também se inscreve para o financiamento da fundação e aí o enredo começa a se desenrolar.

Adrian busca a primeira aurora, a origem do Universo, o primeiro dia. Keira busca o ancestral mais distante do homem, o homem original. Suas duas buscas parecem tão distintas, mas têm algo em comum, e é o que descobrimos durante a trama.

A narrativa é dividida sob dois pontos de vista, ora acompanhamos Adrian na Inglaterra e ora Keira, na França. O autor optou por acentuar as características de cada um ao apresentar cada personagem por meio de uma narrativa: Adrian é transparente, suas ideias são claras e seguimos sua visão em primeira pessoa; Keira é um poço de suspense, sempre pronta a nos surpreender com alguma atitude, suas intenções nunca ficam claras, a narrativa da parte dela é em terceira pessoa, o que reforça o ar de mistério da protagonista.

Em cada fronte existem personagens coadjuvantes muito bem-construídos e que dão o apoio para que o protagonista brilhe na narrativa. Com Adrian temos Walter, um administrador cheio de manias, o típico inglês idealizado. Ele parece contido mas foi o personagem que mais surpreendeu e me agradou na trama. Seu crescimento é claro e encantador. Com Keira conhecemos Jeanne, sua irmã mais velha. Achei a personagem chata e estagnada; ao contrário de Walter ela não cresce na trama. Há também os personagens que brilham nos outros países visitados. Na Grécia, país natal de Adrian, o destaque fica por conta da mãe e da tia dele e no Vale do Olmo, com Keira, meu coração ficou dilacerado pelo cativante Harry, um órfão que tem Keira como uma mãe.

Há alguns aspectos negativos no livro. Por ser um thriller, os acontecimentos são lentos demais; esse aspecto me agradou bastante, mas me deixa com o pé atrás porque não sou a típica fã do gênero. Acredito que as pessoas que curtem a pegada acelerada desse tipo de texto não gostarão muito da apresentação da narrativa. Marc Levy tende a divagar e poetizar algumas passagens, isso também é um aspecto que poderia ter sido melhor cuidado na edição do texto.

Uma coisa que me desagradou bastante foi a falta de atenção do autor com o romance dos protagonistas. Em dado momento percebi uma escorregada imperdoável, não posso me aprofundar muito mas já adianto que é praticamente impossível a forma que o autor construir a trama dos dois.

No geral o livro é bom, quase atinge o “muito bom”, mas falta um quê a mais na trama. Pra quem curte um thriller apresentando com calma, o livro é super-recomendado. O final é de tirar o fôlego e há nele toda aquela fantasia embutida nesse gênero onde não podemos nos apegar ao que realmente é realista que aconteça e sim nos deixar levar pela divagação do autor e aceitar a fantasia apresentada por ele.


"Há dias que somam insignificâncias, dias dos quais por muito tempo nos lembramos, sem poder exatamente dizer por quê."
Página 144
http://www.psychobooks.com.br/2012/09/resenha-sorteio-o-primeiro-dia.html
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gleicepcouto 14/10/2012

Vale (?) a pena ver de novo
http://murmuriospessoais.com/?p=4409

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O Primeiro Dia (Suma de Letras) é do autor Marc Levy. O escritor francês possui mais de dez romances publicados e suas obras já venderam mais de 20 milhões de cópias ao redor do mundo. Dois de seus livros, inclusive, já foram adaptados para o cinema. Resumindo, o cara é um fenômeno.

Em O Primeiro Dia, Levy nos apresenta Keira, uma arqueóloga apaixonada pela profissão, que tem como meta achar o fóssil do primeiro homem da Terra. Conhecemos também Adrian, um astrônomo que, por sua vez, está em busca da primeira aurora. Ambos acabaram de ter uma experiência ruim em seus trabalhos anteriores. Keira viu seu trabalho ser arrasado por uma tempestade de areia na Etiópia - o que a obrigou a voltar à Paris. Já Adrian teve que voltar do Chile para Inglaterra quando foi acometido por um mal súbito.

Esses tropeços, por pior que pensem ser, acabam por aproximá-los quando participam de uma apresentação para angariar fundos para suas pesquisas. Somente um deles consegue, mas, a partir dali, seus objetivos começam a se fundir. Por conta de um pingente de uma pedra de procedência desconhecida a vida desses dois profissionais se cruzam e juntos procuram por respostas para esse mistério. O que eles não fazem ideia, entretanto, é que essa pedra é muito mais importante do que imaginam e por isso, vão parar no cerne de uma conspiração que movimenta os quatro cantos do mundo.

Esperei ansiosa pelo lançamento desse livro. Só conhecia Marc Levy de nome, ainda não tinha lido nenhuma obra sua. Então, quando a Suma de Letras resolveu investir pesado no marketing do lançamento de O Primeiro Dia, e consequente de sua continuação (A Primeira Noite), achei que fosse uma boa oportunidade de dar uma chance ao francês. Acredito que muitas pessoas aproveitaram essa chance e se deram bem, mas comigo, o livro não funcionou.

Não posso negar que Levy tem uma escrita redondinha, com poucos erros e não deixa furos na trama, mas precisa mais do que isso para um livro sair do regular e ir para o bom. Vou enumerar algumas.

Narrativa. Apesar de escrever bem e de ter divido o livro em dois PDV (Keira e Adrian), Levy é um contador de histórias bem mediano, se aproximando do entediante. As descrições são superficiais, o suspense passa do ponto, a conspiração não convence nem um pouco. Acho que esse último item foi o que mais me incomodou. Tudo que os personagens conseguem (as pistas, as informações, etc ) faz parte de um plano maior, ou sejam, não é por mérito deles. A impressão que deu é que eram apenas fantoches nas mãos de pessoas misteriosas.

Personagens. Nesse livro, são unidimensionais e pouco carismáticos. Não me surpreenderam em momento algum e não me fizeram querer conhecê-los mais a fundo. Quando começavam a contar/pensar sobre suas memórias e/ou vida, eu bocejava. Nem os que eram mais engraçados, conseguiram arrancar uma risada minha, apenas um leve sorrir.

Pesquisa. Fato que o livro tem um ponto positivo aqui. Há informações interessantes sobre arqueologia, astronomia e outras ciências. Levy, porém, escorregou ao dar um ar didático. Era como se eu estivesse sentada na cadeira do colégio, enquanto o professor ditava a matéria.

Suspense. Sei que o livro tem continuação (lançamento previsto para Outubro), mas o fato de terminar este sem saber do que se trata a tal pedrinha lá, me irritou profundamente. Li quase 400 páginas para ainda continuar no escuro. Legal, hein? #not

Parece que Levy quis criar um grande e emocionante thriller, mas tudo que conseguiu foi uma compilação de coisas no sentido "vale a pena ver de novo". Já vi as fórmulas que ele usou em outros livros e ainda por cima melhor aproveitadas. Uma pena. Levy, para mim, por enquanto, só tem nome; ainda espero por uma boa história.
Jéssica 03/11/2017minha estante
senti o mesmo que vc,tanto que troquei o livro sem querer saber da continuação




CooltureNews 22/09/2012

Publicada no www.CooltureNews.com.br
Questionar faz parte da natureza humana, levantamos teorias e tentamos descobrir as respostas para perguntas que nem mesmo sabemos haver uma resposta para tal. De onde viemos? Para onde vamos? são as primeiras dúvidas que surge na cabeça de qualquer pessoa quando abordamos esse tema. Adrian é um astrofísico que tenta encontrar a resposta para uma dessas questões olhando para o espaço, em busca da mãe de todas as estrelas, a primeira a iluminar o céu assim que o universo foi criado. Keira busca a resposta para essa questão escavando sitios arqueológicos em busca do fóssil do primeiro ser humano a andar por este planeta. Apesar de buscarem respostas em lugares distintos, ambos tentam responder a mesma questão e essa resposta mudará totalmente o destino da humanidade e não são todos que aguardam ansiosamente a solução deste mistério.

Adrian e Keira possuem um passado em comum e após concorrerem a um prêmio que poderiam coloca-los de volta a busca por respostas, se encontram e a partir daí suas vidas não serão mais as mesmas. Apesar da trama se mostrar um tanto quanto misteriosa e envolvente não posso afirmar são, pelo menos não por inteiro. O autor demora um pouco para colocar todas peças chaves em andamento, o que torna a leitura um pouco lenda nos primeiros capitulos. Entretanto somos comtemplados com vários personagens envolventes e convincentes, principalmente Adrian e Keira.

Durante seus muitos capítulos, somos apresentados a uma trama envolvente e uma incessangte busca de pistas em busca de misteriosos objetos que ao serem transpassados por uma fonte luminosa extremante potente, refletem pontos luminosos que retratam o céu de um determinado local a milhares de anos atrás. Como esses objetos foram criados? Qual sua Idade? Do que são feitos? Essas perguntas estão presentes durante toda leitura e infelizmente ainda não tivemos essas respostas.

O livro busca uma identidade investigativa, entretanto se perde um pouco ao dar mais ênfase ao romance, não que isso tenha sido algo ruim eu só esperava um pouco mais de pistas, mistérios e definitivamente mais respostas. Esse ultimo aspecto entretanto teve um resultado positivo, pois tornou praticamente obrigatória a leitura do próximo livro.

Para finalizar, o livro é realmente muito bom, uma leitura divertida e atraente, mas não irressistivel. Apesar disso, temos muitos ganchos para a continuação e ela for somente 10% do que espero garanto que será muito boa. No mais a narrativa do autor continua sendo envolvente e fácil, apesar de ser difícil encontrar sua linha temporal.
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Tribo do Livro 21/09/2012

– Onde começa a aurora?
Eu tinha apenas 10 anos quando, enfrentando minha timidez doentia, fiz essa pergunta.(...) Meu nome é Adrianos, mas há muito tempo me chamam de Adrian, exceto no vilarejo onde minha mãe nasceu. Sou astrofísico, especializado em estrelas extrassolares. (...)

Bem este é um livro que gostaria muito de ter lido durante os dez dias que estive em Salvador, porém ele chegou depois que já tinha ido. Por que? Este é o segundo livro que leio de Marc Levy, e este autor é cheio de nuances, minúcias e pormenores, você não pode deixar de prestar atenção em nada, pois corre-se o risco de perder o "fio da meada".

O primeiro dia é uma narrativa interessantíssimo sobre dois jovens pesquisadores e seus "nada" ambiciosos objetivos. Keira é uma arqueóloga que quer nada mais que nada menos, descobrir a origem do homem; Adrianos ou Adrian como é conhecido quer encontrar a primeira estrela, aquela que deu origem ao universo. Normal não é mesmo? já que se trata de dois grandes estudiosos. É por conta dessas paixões que os dois acabam unidos e envolvidos em um romance que será permeado por mistérios, perigos e aventuras. O causador disso é um pingente que ninguém sabe datar a época, mas há alguém, um menino etíope que Keira apelidou de Harry, ele com certeza sabe de alguma coisa, pois foi quem presenteou a arqueóloga com o misterioso pingente, mas também uma paixão curta que os dois tiveram há quinze anos atrás.

Narrativa inimaginável, pois ela começa devagarzinho e depois entra em um ritmo frenético, que nós leitores nos damos conta rapidamente e queremos ver o que vem a seguir, – é difícil largar o livro depois que o ritmo aumenta –, porém os personagens só muito tempo depois, talvez pela própria natureza de suas personalidades. Keira, é mais "pé no chão", tenta criar uma lógica para tudo; já Adrian, como astrônomo é mais "mundo da lua", apesar dele perceber mais rápido o que está acontecendo com eles, logo identifica que a chave de tudo ou quase tudo, está no pingente que Keira se esqueceu em sua casa, propositalmente, – sabemos posterior – depois que passaram uma noite juntos. Adrian e Keira não se viam há 15 anos, e quando se reencontra parece que o tempo não passou...

(...) Sem esperar reposta, Keira deixou de lado a pasta que segurava , mergulhou em meus braços e me beijou. (...) o verdadeiro beijo de papel, em que sonhei escrever os sentimentos que tinha por ela.(...).

Marc Levy, cria uma narrativa cheia de surpresas e reviravoltas. Tudo é inesperado e de certa forma mágico, um livro formidável, imperdível de se ler. Adrian acaba se apresentando um personagem doce e sensível e Keira, por vezes é um pouco chata, porém isso se dá por conta de seu espírito independente e talvez também em razão de seus fantasmas, talvez...não sei, opinião. Há uma personagem muito engraçado, porém tenho certas reservas é o amigo de Adrian, Walter. É ele quem insiste por razões financeiras que Adrian apresente seu projeto em uma fundação. O que propicia o reencontro de Keira e Adrian, quando os mistérios e as atenções sobre o pingente começam a se formar, ainda que nenhum dos protagonistas se deem conta disso.

Fico por aqui, senão acabarei contado o livro todo. Para quem gosta de saber sobre o surgimento do mundo, a aurora, o primeiro homo, a origem da vida no Vale de Omo, na Etiópia, dentre outras coisas. Marc Levy faz um verdadeiro apanhado sobre isso e junto a um romance sensual e delicado, de duas pessoas que pensam ser muito diferentes um do outro, mas que se completam intensamente.

Livro incessante, fascinante e riquíssimo em informações. Parabéns a Suma de Letras por este título de Marc Levy, ficamos felizes de nosso primeiro livro de parceria ter sido este.

Eu não costumo adicionar vídeos musicais em minhas resenhas, mas está música do Coldplay embala bem o romance de Keira e Adrian - Til Kingdom Come, porquê eles não são românticos ao extremo, mas a relação dos dois é bem diferente e intensa da maneira deles.

Agora aguardemos ansiosos a continuação em A primeira noite.

Gabriela Medeiros 24/09/2012minha estante
Gostei muito da resenha e estou doida pra ler!


kathy kristine 24/09/2012minha estante
quero muito ler esse livro . Ele parece bem interessante . amei a resenha bjus


Bianquinha 24/09/2012minha estante
Eu to doida para ler.... ainda mais que esse livro eu ganhei... é mais gostoso!!


Micaela Ramos 28/09/2012minha estante
Como já falei na resenha do site. Sou leitora acídua e quero muito ler!


Genilda Silva 30/09/2012minha estante
Ainda não li livros deste autor, mas a narrativa parece muito interessante.


Vanilda 03/10/2012minha estante
Ainda não li nada do Marc Levy, mas vejo tantas resenhas positivas sobre o trabalho dele que estou bem curiosa. O enredo de O Primeiro Dia me chamou muita atenção. Gosto bastante desse tipo de história, com aventuras e descobertas de mistérios. E uma dose de romance, que não faz mal a ninguém.


Cris21 08/10/2012minha estante
Muito legal esse livro! Eu quero ler o meu! Adoro Marc Levy e fiquei doida com esse livro novo dele. E com a continuação também! Muito bom *-*




Vanessa Vieira 19/09/2012

O Primeiro Dia_Marc Levy
O livro O Primeiro Dia, de Marc Levy, nos conta a história do astrônomo Adrian. Adrian se dedica a sua profissão com afinco e nutre o sonho de encontrar a primeira estrela que brilhou no céu, há milhares de anos atrás. Em um universo paralelo, conhecemos a arqueóloga Keira, uma moça determinada e apaixonada pelo que faz. Ela estava trabalhando em um grande projeto de escavação no vale do Omo, na Etiópia, quando foi interrompida por uma violenta tempestade de areia. Frustrada pela destruição que assolou o local, a única coisa que lhe resta é um exótico e intrigante pingente, que ganhou de presente de um garoto órfão etíope, Harry.

É em Londres, mais precisamente em uma disputa por uma bolsa de pesquisa, que os destinos de Adrian e Keira se cruzam novamente. Há muitos anos atrás, os dois tiveram um pequeno romance, que devido a várias circunstâncias, não acabou engatando. Pouco a pouco, eles resolvem dar mais uma chance a sua felicidade. Durante uma visita ao apartamento do astrônomo, Keira esquece o seu pingente, o que acaba intrigando Adrian, não só pelo interesse acerca do objeto misterioso, como também, pela sua dona apaixonante.

Os dois acabam embarcando em uma viagem alucinante e repleta de aventuras, em busca do significado da tal peça, e descobrem que não são os únicos interessados em sua origem. Percorrendo vários países, da África até a China, eles buscam desvendar o enigma e também, se manterem a salvo.

O Primeiro Dia é um livro repleto de aventuras e com um pano de fundo simplesmente incrível. Os protagonistas cruzam continentes, e podemos conhecer um pouco mais de várias etnias através de seus olhos. Narrado em primeira pessoa pelo Adrian, vislumbramos uma história alucinante, intrincada por segredos, mistérios, e sobretudo, perigos.

Adrian é um astrônomo renomado e acalenta o sonho de descobrir a mãe de todas as estrelas. De uma sabedoria ímpar, não perde uma oportunidade de adestrar ainda mais o seu conhecimento e não hesita em buscar o significado do pingente misterioso. Suas cenas ao lado de Walter, seu melhor amigo, são hilárias, principalmente quando sua mãe e sua tia os pegam em uma cena bem constrangedora.

Keira é dona de um caráter firme e é uma mulher bem ambiciosa. Centrada, ela sabe bem o que quer, e não poupa esforços em busca de seus objetivos. Algumas vezes, chega até mesmo a ser tempestuosa, devido ao seu orgulho e temperamento ardil. Ao lado de Adrian, forma um casal perfeito, com conhecimentos avançados, e também uma química intensa.

O Primeiro Dia nos traz uma aventura imperdível, norteada por vários elementos como amor, amizade, e os mistérios que cercam a humanidade e são quase que indecifráveis. Também temos um romance, que acontece de uma forma bem natural e condizente com o enredo. A escrita de Marc Levy é envolvente e percebe-se o porquê do autor ser um dos maiores best-sellers mundiais. O final do livro é repleto de suspense e mistério, nos deixando ainda mais ansiosos pela sua continuação, A Primeira Noite. Um livro surpreendente e que prende a atenção do leitor, do início ao fim, e que recomendo, com toda a certeza!

http://www.newsnessa.com/2012/09/resenha-o-primeiro-dia-marc-levy.html
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Bruna Britti 17/09/2012

www.supremeromance.blogspot.com

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- Onde começa a aurora?

(prólogo)

Quando li a sinopse desse livro, me identifiquei logo de cara. Marc Levy é autor do livro “E Se Fosse Verdade?”, que originou o filme pouco tempo depois. Embora eu nunca tenha lido nada do autor, O Primeiro Dia foi uma ótima surpresa e me conquistou com uma tema do qual sou fã de carteirinha desde meus tempos de adolescência: A arqueologia e astronomia.

Keira e Adrian trabalham em profissões diferentes, com um objetivo em comum: os dois procuram os primórdios da humanidade, onde tudo começou. Keira é arqueóloga e procura as respostas na terra, em suas escavações na Etiópia. Adrian por sua vez é astrônomo, estuda as estrelas e procura responder a origem do universo. Após Keira receber um pingente que, para ela, nada mais era que um presente simbólico de Harry (uma criança africana), a vida da arqueóloga muda e o caminho de Keira e Adrian se cruzam com um mesmo propósito.

Incentivado por seu amigo Ivory, Keira decidi buscar mais informações sobre o pingente. Mas o que começa com uma simples pesquisa termina com várias nações interessadas no artefato, e tão importante quanto o objeto era saber se Keira e Adrian deveriam ou não continuar as suas pesquisas que mudaria tudo que o homem sabe sobre si próprio em termos de história.

Já no prólogo fui conquistada. De forma singela e fluída, o autor nos apresenta o pano de fundo da história: Um livro recheado de questionamentos acerca do universo, explicações arqueológicas e astrológicas de fácil compreensão, que envolvem o leitor da primeira a última página. O suspense é a marca do autor, mas ele também resgata o bom e velho estilo “Indiana Jones”. Temos aventura, alguns enigmas, mistério, assassinatos e claro, romance!


Marc Levy optou por dois tipos de narrativa. Quando estamos lendo sobre Keira, a narrativa se encontra em 3° pessoa, mas quando há acontecimento de Adrian, entramos na 1° pessoa. De tal forma, ficamos mais próximos de Adrian, seus pensamentos, sentimentos e conflitos.

Demorei um pouco a me acostumar com os diálogos que preenchiam uma, as vezes duas páginas (ou mais) sem qualquer tipo de interrupção. (tadinho dos personagens, não faziam pausa nem para respirar!). Os pontos de exclamação em cada frase também eram constantes. De certa forma, tudo isso contribuiu para que os personagens não soassem tão naturais, de uma forma um tanto quanto mecânica. Felizmente, isso não durou todo o livro. Lá pela página cem o autor consegue “pegar o jeito” e a leitura fluí de forma ótima e deliciosa. Aquele tipo de livro que, quando vai ver, você já leu mais de cem páginas e não consegue mais largar.

O romance acontece de forma natural. Sem grandes holofotes, mas, ao mesmo tempo, bem trabalhado, acabamos torcendo para que no fim dê tudo certo e eles consigam ficar juntos. Na contracapa do livro há elogios à Marc por trabalhar temas como amor e amizade, e é verdade. A amizade de Adrian com Walter, que acaba se tornando seu melhor amigo, me fez pensá-los como Batman e Robin, ou como o próprio Walter chega a comentar, “Dom Quixote e seu fiel escudeiro”. Ainda assim, temos surpresas bastante interessantes no final e o autor nos mostra que quase ninguém no livro é o que parece.

O resultado? Uma história deliciosa com um final deixando aquele gostinho de quero mais. O Primeiro Dia deixa alguns pontos para o próximo livro, mas nada que dê ao leitor a sensação de ter sido enrolado, pelo contrário. O livro fecha de forma compreensível e bastante curiosa. O bom é que não precisaremos esperar muito, em outubro a Suma de Letras estará lançando sua continuação, “A Primeira Noite”. Adorei.
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spoiler visualizar
Camille 12/09/2012minha estante
Ai meu Deus, você me deixou mais curiosa que tudo!


Raffafust 12/09/2012minha estante
hhhahahahah Mas é muito bom mesmo! Vale a pena ; )


Cello 04/12/2012minha estante
"Só tem um defeito...preciso do final!"
Não vejo a hora de por as mãos n'A Primeira Noite!




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